Catamarã: Governo estuda rota até Itapuã

Transporte hidroviário. Ideia da travessia de catamarã até o parque de Viamão é antiga.
Prioridade do momento é trajeto para o município de Barra do Ribeiro, a 48 km da capital

catamaraContando com três rotas, o catamarã que percorre o Guaíba pode ter dois novos trajetos. Uma das travessias estudadas é para o Parque Estadual de Itapuã, em Viamão – sonho antigo dos governantes estaduais. Outra, já mais avançada, é até o município de Barra do Ribeiro.

Atualmente, o Parque Estadual de Itapuã só pode ser acessado por terra, estando a 57 km de Porto Alegre. Em 2014, governantes chegaram a realizar uma viagem experimental ao lado da CatSul, que opera o catamarã, avaliando a possível linha como positiva.

De acordo com o secretário estadual de Logística e Transportes, Juvir Costella, seria possível adequar as condições de navegação para o trajeto de Itapuã aproveitando as ações visando à rota para Barra do Ribeiro. “O parque é muito bonito, temos interesse de valorizá- -lo. A princípio, o foco é a travessia para Barra do Ribeiro, mas podemos unir o útil ao agradável”, comentou.

O secretário Costella explica que, para tornar a ida do catamarã até Barra do Ribeiro viável, é necessário nivelar a profundidade do Guaíba. “Há locais com 1,5m, mas, para navegar tranquilamente, o barco precisa de uma profundidade de, ao menos, 2m”, pontua. Os trabalhos de aplanação poderiam ser estendidos para uma possível rota até o Parque de Itapuã, o que viabilizaria o trajeto hidroviário.

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Praias e cultura

Com pouco mais de 13 mil habitantes, a cidade de Barra do Ribeiro fica a 49 km de Porto Alegre. O município apresenta praias, arroios e um morro, o Cerro da Cavalhada, que tem 383 metros de altura.

O projeto de levar o catamarã ao local partiu de um interesse da prefeitura local, que revitaliza o antigo atracadouro do Engenho Santo Antônio, com objetivo de transformá-lo em centro cultural. Com as reformas, será possível criar a rota da capital até o local. Segundo o secretário de Logística e Transportes, a viagem deve custar em torno de R$ 18, com a duração de 50 minutos.

Jornal Metro Porto Alegre – 17/10/2019



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27 respostas

  1. Poderiam fazer paradas em Belém Novo e Lami pro caso de não haver demanda suficiente que compense o trajeto para Itapuã.

    Só achei salgado o preço. Isso teria que ser de alguma forma subsidiado pra ser mais acessível. O ônibus pra Itapuã é R$8,55.

    Lembrando que apesar de algumas pessoas pensarem com a finalidade turística, os catamarãs e serviços da Cat Sul são de transporte urbano, não de turismo. Tem que pensar isso como meio de transporte economicamente viável e não como bondinho do pão de açúcar ou trenzinho do corcovado. É pros moradores da localidade se deslocarem.

    Até porque duvido que pessoal que vai pras praias em Itapuã vai levar cadeiras, isopor e farofadas de catamarã, e ainda por cima pagando 18 pilas (ou mais) por cabeça. Inviável. Pessoal vai de carro, nem que seja de Chevette enferrujado.

    • Concordo integralmente. O Catamarã não é um transporte turístico. Seria ótima ideia fazer escalas em belém novo (um bairro razoavelmente povoado) e Lami que incrementariam o público.Só pra Itapuã é inviável. A não ser que começassem a desenvolver pacotes turísticos de 1 dia divulgando em hotéis e agencias de turismo com o fim de ocupar o catamarã. Mas sem farofada.

    • Quando o governo subsidia algo, está na realidade a. tirando verba de alguma outra atividade ou b. aumentando imposto.

      Para algo ser economicamente viável, tem que dar lucro pela atividade em si, e não através das bengalas financeiras como subsídios.

    • Melhor forma de baixar o preço é permitir que outras empresas possam ofertar o serviço. Por que ter exclusividade? Cada um que decida a qualidade e preço que quer pagar.

  2. Putz, Itapuã é muito massa! Se tiver vai ser muito legal, se desse pra levar bicicleta seria mais legal ainda, baita rota turística além de transporte do dia a dia.

  3. Queria entender essa ideia tacanha de dificultar o acesso para preservar. É como ser contra a orla para preservar o Guaíba ou botar abaixo o mirante para preservar o morro. É mesma coisa.

  4. Torcendo muito que esse projeto se torne real… a Vila de Itapuã já esta preparada para chegada e saída.

  5. Há mais de trinta anos que eu me dedico e invisto em Itapuã, sou apaixonado pelo lugar, sou o autor intelectual pelo clube náutico Itapua, alguns amigos que nem conhecem o local me ajudaram financeiramente a construir os molhes do Clube, o prefeito de Viamão Jorge Chieden da época acreditou no meu sonho é construiu a Marina do Clube que hoje é usada e querida por muitos velejadores e motonautas.
    O potencial turístico de Itapuã é enorme e muito prazeroso, só quem conhece pode avaliar.
    Parabéns à Catsul.

  6. Bela iniciativa…. tomara realmente desta vez aconteca…. assim fica mais proxima a perspectiva de conectarmos tambem o centro de POA aos bairros da zona sul…. para o que ja existem os locais para implantar as respectivas Estacoes Hidroviarias…..

  7. Fantástica iniciativa! Itapuã está meio abandonada, pois além de ser muito longe de ir há uma série de restrições. Agora com o Catamarã é um belo passeio turístico em Porto Alegre

    • sim para a sua proteção!!!é um belo local porque é protegido.

      • Que tal fazer uns buracos nas estradas para tornar mais inacessível e assim proteger ainda mais?

        O que não se conhece não se valoriza e portanto não se tem interesse em preservar. Portanto, facilitar a visitação é permitir que mais pessoas conheçam a natureza e se interessem por preservar

        • A visitação vai ser facilitada devido a uma melhor infraestrutura, mas ainda com certeza terá que existir um limite na visitação,que hoje é de 350 pessoas , pois o local é uma unidade de conservação de proteção integral, você sabe o que significa isso né?

      • Proteger para ninguém nunca desfrutar ou conhecer.?
        De jeito nenhum !!!

        Importante é tornar nossos recursos acessíveis… Importante é escolas, pessoas comuns e quem quer que seja poder visitar, conhecer e aprender a respeitar.
        Aliás, não é por que é inacessível que é preservado, afinal se pesquisarem na internet verão que existem invasões e disputa de áreas por parte de posseiros no local.

        Ideia maravilhosa, que além de transporte público e pouco poluidor ao local exista lá infra estrutura para receber as pessoas e minimizar os impactos que surgirão (sim, haverão impactos como em qualquer local que o ser humano pisa ou não).

        Coleta e destinação de lixo, serviços de higiene com tratamento do dejeto gerado, acessibilidade, espaço de informação e conscientização, espaço para refeições e lazer, caminhadas e segurança,
        Partimos daí.

        É um importante passo no caminho da valorização e democratização às paisagens naturais.

        • Não sei se você sabe, mas você pode conhecer e desfrutar quando quiser, escolas podem ir lá e vão!!!qualquer ser humano pode ir lá é só se organizar e tem mais um detalhe o local é uma unidade de conservação de proteção integral!!!!você sabe disso né?

          • Sei, e sei bem…
            Tentei ir a alguns dias e não consegui chegar pelas estradas pelo barro. O dia que consegui chegar percebi que não havia estrutura nenhuma para receber qualquer pessoa que fosse.
            Sabe que lá não trata o esgoto dos visitantes?
            Sabe que lá não tem coleta e destinação de lixo adequadas?
            Sabe que lá não tem praticamente nenhuma segurança às pessoas que tentam andar nas trilhas?
            Aliás, sabe que, não é permitido sair da frente da prainha na entrada do parque, ou seja, não se pode fazer absolutamente nada e nem conhecer uns 99% do parque por que é proibido?

            Nenhuma escola vai lá.
            Não é desfrutar quando quiser, pelo contrário, tens que ter autorização (há limite de visitantes), respeitar horário (abre tarde e fecha cedo) e rezar pra não chover, senão tu não chega, ou pior, não volta!

            Tu sabe disso né?

        • Meu amigo com relação as estradas, muitas delas em Viamão não são asfaltadas, não só as que vão até Itapuã ,e essas informações que lá não tem tratamento, coleta de lixo, e tal você tirou de onde? e só para lembrar você não pode ir em qualquer local e qualquer hora em uma área protegida!!! melhor você ler a legislação sobre o assunto.

          • Roger,

            Quando concordas que as estradas realmente são ruins e dificultam, muitas vezes impossibilitam, o acesso ao local, está me dando razão na defesa de um sistema de transporte mais democrático, mais eficiente e menos poluente que é o Catamarã. Não concordas ?
            As informações eu perguntei ao guarda parques quando estive lã. Mas nem precisava, pois soube identificar o sumidouro dos sanitários e perceber que nunca foi devidamente limpo. Também percebi muito lixo nos mangues (creio que vem pela correnteza de outras partes da cidade).
            Outro fato que constatei e não comentei anteriormente – sabia que lá não há acessibilidade alguma para PNE? Provavelmente não é este tipo de local que tu defendes, com acesso apenas para alguns…
            Então certamente também me dá razão quando digo que o local precisa melhorar sua estrutura.

            Quando me falas da legislação, mais uma vez me dá razão, pois justamente pela falta de estrutura ocorrem as imposições e proibições do local. Deixo claro aqui que o problema não é a legislação, esta existe e deve ser cumprida. Para mim o problema é a falta de estrutura e atenção ao local, o que faz com que a população não possa usufruir, mesmo dentro da legislação.

            Tu que falas de legislação, sabes que não é por ser área protegida que ela deve ficar inacessível à população?
            Só para citar alguns exemplos que conheço Chapada dos Guimarães, parque nacional, é muito visitada por turistas. Acampam, fazem trilha, conhecem a natureza local. Bonito, no Mato Grosso do Sul é um núcleo turístico e preservacionista fantástico.
            Foz do Iguaçu, parque nacional e maior área de turismo interior (sem litoral e sem metrópole) do Brasil. Maravilha da natureza.
            E a Floresta da Tijuca, no Rio de Janeiro, com trilhas e caminhadas (perigoso, mas aberto ao público)
            E Fernando de Noronha, quer área mais sensível e protegida que essa? Recebe inúmeros turistas ano a ano. Claro, há bom regramento e infra-estrutura para isso.
            A Patagônia e Terra do Fogo, por mais fim de mundo que sejam (literalmente) têm parques abertos a visitação e locais de infra estrutura muito bons para campismo. Até hotéis existem dentro dos parques nacionais. Recebem turistas do mundo todo a todo momento.
            Isso só para citar o que conheço.

            Agora imagina todos estes locais isolados, fechados em si. Sem estrutura. Não né:?
            E por que não podemos ter, dentro de nossas proporções e limites, uma bela área de preservação turística aqui, ao lado de Poa, para as atuais e futuras gerações conhecerem e aprenderem a respeitar?
            Me diga, por que?

            Resumindo, não defendo que esta área seja mais um parque sem controle da cidade, sem regras. e que assim se acelere sua destruição. Óbvio que não.
            A legislação deve ser cumprida, respeito a horários, locais próprios e impróprios para acesso, descartes de resíduos, limpeza, controle, etc.

            Mas, também defendo a democratização deste espaço, com acessibilidade, segurança, estrutura, conscientização ambiental e respeito, de modo que a população possa desfrutar desta maravilha natural da região.

          • Ah, para informação geral, quem pretende ir lembro que tem que pagar ingresso (uns 18/20 pilas por cabeça)

        • Minha preocupação é que o local seja preservado,infelizmente muitas áreas verdes que resistiram a degradação humana, hoje são desejadas e utilizadas como valorização econômica somente, não por uma real preocupação com o futuro.O local é bem simbólico, pois representa uma das últimas áreas que é possível visualizar como era a nossa região ainda sem a interferência direta do ser humano..

          • Sim, tens inteira razão. Esta deve ser uma preocupação de todos.
            Mas acho que existem bons exemplos de exploração e uso de áreas naturais de forma sustentável ecológica e financeiramente.

    • Justamente por ser meio longe e não tão acessível que é bem preservado.
      Facilite-se o acesso e em pouco tempo pode ser destruído ou não tão bem preservado.
      Sou contra o Catamarã ir até lá. Existem outras prioridades de locais mais habitados que mereceriam uma linha hidroviária.

      • Já esteve em Itapuã? Há sacos plásticos pendurados nas árvores e garrafas PET que são levados de outros lugares para lá. Além disso, o que não se conhece não se valoriza e portanto não se tem interesse em preservar. Portanto, facilitar a visitação é permitir que mais pessoas conheçam a natureza e se interessem por preservar. Por essas duas simples evidências, é bobagem tornar inacessível para proteger.
        O catamarã ir para Itapuã não tira a possibilidade de ir para outros lugares, até porque não é o teu ou meu dinheiro que é gasto para esse trecho, é o dinheiro das próprias pessoas que estão dispostas a pagar para ir.

  8. Torço muito por isso. Avante, POA! Avante, transporte alternativo! Avante, turismo! Avante, Lago Guaíba!

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