
Foto: Ricardo Giusti
Incentivar o uso diurno do espaço, com mais segurança e harmonia entre os frequentadores. Esse é o objetivo da Prefeitura de Porto Alegre com o projeto Ruas Completas, implantado na João Alfredo. Na manhã deste sábado, 9, o prefeito Nelson Marchezan Jr., acompanhado de integrantes da prefeitura, realizou uma visita no local.
Foram instalados três lounges, nove bancos e 16 floreiras. Os bancos foram doados pela empresa LifePoa, os lounges foram produzidos por alunos de marcenaria da Fundação O Pão dos Pobres, com pallets doados pela empresa Gerdau e projeto desenvolvido pela designer Laura Machado e arquiteta Luísa Konzen (participação na concepção do mobiliário), com apoio do Engenheiros sem Fronteiras. As floreiras de cimento foram doação da Artefatos de Cimento Confiança, as plantas foram fornecidas pela Secretaria Municipal do Meio Ambiente e Sustentabilidade (Smams) e a pintura das rótulas foi feita por crianças, com a supervisão do grafiteiro Deivid Bizer.
Desde que foi implantada a sinalização, em setembro, levantamento da Empresa Pública de Transporte e Circulação aponta uma queda de 36% no número de acidentes na João Alfredo, de 22 para 14. “O conceito aqui é testar. Escolhemos um ambiente que já tem ocupação do espaço, tem esse conflito entre pedestres, ciclistas, veículos, moradores e comércio, é um bom ambiente de testes. A ideia depois é usar como modelo para implantar em outras regiões. Humaniza o ambiente e embeleza a cidade”, explica o prefeito. O mobiliário instalado encerra a primeira etapa da metodologia do projeto, seguindo o conceito mundial de Rua Completa, que teve retorno positivo em cidades como Nova Iorque, Barcelona, Cidade do México e Madri. “A proposta é organizar o local, com espaço destinado para todos os modais, com prioridade ao pedestre e à ocupação do espaço público. A segurança é um dos principais objetivos e na João Alfredo já temos resultados muito positivos”, destaca o secretário Extraordinário de Mobilidade Urbana, Rodrigo Tortoriello.
Ruas Completas
É um conceito mundial que tem como objetivo remodelar o espaço público, com desenho urbano diferenciado, incentivo à mobilidade ativa (meios de transporte não motorizados) e atividades no período diurno. A qualificação irá beneficiar a população que transita pelo local, com mais segurança para todos (moradores, comerciantes e visitantes). Essa etapa já concluída, com a apresentação do conceito para a população (com consulta e sugestões da comunidade local), implantação de sinalização viária e mobiliário, é chamada de temporária. Após as modificações, é realizada uma ampla análise do que foi implantado, o impacto na população, segurança viária e mobilidade urbana. Com base na conclusão, é feito um novo projeto que prevê alargamento de calçadas, iluminação e arborização, com possíveis adequações conforme necessidade.
Fotos: Jefferson Bernardes/PMPA
Parceiros no desenvolvimento do Ruas Completas na João Alfredo:
– Além da Secretaria Municipal de Infraestrutura e Mobilidade Urbana (Smim), Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC), Secretaria Municipal do Meio Ambiente e Sustentabilidade (Smams) e DMLU. Também se envolveram no projeto: Frente Nacional dos Prefeitos (FNP), WRI (World Resources Institute), Fundação O Pão dos Pobres, Engenheiros sem Fronteiras, Gerdau, designer Laura Machado e arquiteta Luísa Konzen (participação na concepção do mobiliário).
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Veja a matéria no site da WRI Brasil, sobre Ruas Completas, clicando aqui

Em Porto Alegre, Rua João Alfredo passou por intervenções para gerar vitalidade diurna e segurança durante o dia e à noite – quando tem vida boêmia agitada (foto: Daniel Kener Neto/WRI Brasil)
Categorias:Arquitetura | Urbanismo, Meio Ambiente, Meios de Transporte / Trânsito, Outros assuntos, Paisagismo, ruas completas, traffic calming
Bah, a galera dos cursos de Arquitetura e Urbanismo de Porto Alegre deve ter vontade de se matar vendo o resultado das suas sugestões para a cidade…
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Concordo com a maioria dos que aqui comentaram. Calçada mais larga, como a da República é muito melhor que esses parklets. Claro que parklets é bem mais barato e dá mais propaganda, essa é a principal motivação.
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Se só aumentassem as calçadas ja estaria melhor mesmo, fizeram um carnaval, uma bagunça ali.
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Bem intencionados, mal sucedidos.
Não vejo maneira melhor de expressar meu sentimento em relaçao ao projeto.
Fazem dodo um auê para falar de ruas completas etc ai fazem um trabalho fraco, deploravel.
Passei la no domingo, vi aquela pinturinha boba na rua (pra nao gastar fazendo calçadas) mobiliario quase irrelevante, pequeno, que quase desaparece em meio ao espaço destinado a ele arvores e vasos de flores tambem inocuos.
Estava com uma espectativa que quando chegasse o mobiliario a rua mudaria mas nao vi nada de significativo.
Se só aumentassem as calçadas que atualmente tem 1m de largura, colocassem arvores (nao mudinhas) em algumas esquinas e alguns bancos nas novas calçadas ja seria muito mais do que isso que temos hoje.
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A ideia é muito boa, a tendência é de uma transformação positiva nessa área, muito bem-vinda. Agora olhando as imagens me parece que algo que precisa ser melhorado sensivelmente em Porto Alegre é o nível de qualidade dos serviços públicos. O acabamento das obras tem de ser aprimorado, os servidores precisam passar por reciclagens e aprendizado mesmo. Pela imagem se nota como a pintura de verde no pavimento é feita de modo desleixado e especialmente minha gente o que são essas floreiras? E chego a perguntar se essa cidade tem um horto municipal? O que se vê que colocaram no centro dos bancos e nos vasinhos é simplesmente patético! Deveriam aprender como se usam plantas e flores em vasos e canteiros em espaço público, e ir mesmo até Curitiba e especialmente lá no Norte do Paraná na cidade linda ultra arborizada e com paisagismo especial que é Maringá, para se capacitar e aprender o que é paisagismo público. Aquelas plantecas que os caras colocaram na cara do senhor prefeito e para os cidadãos, é algo no mínimo ridículo.
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Concordo, falta cultura urbanística em Porto Alegre, e a razão é que a comunidade não cobra do poder público. Não cobra talvez por desconhecer a realidade do bom urbanismo em outras cidades. Teríamos que ter sorte de eleger um urbanista pra prefeitura ou um candidato que se assessorasse de bons urbanistas.
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