Três empresas apresentam propostas para adoção do muro da Mauá

O embelezamento do muro pode contar com obras de arte, grafites, ajardinamento, espelhos de água e outros Foto: Giulian Serafim/PMPA

O prazo para apresentação de propostas visando a adoção de parte do Muro da Mauá encerrou no final da tarde da segunda-feira, 31, e três empresas manifestaram interesse. Consórcio Sinergy-HMídia, Consórcio Leonid Streliaev/Imagine Soluções Criativas e TIS Marketing apresentaram pré-projetos e disputarão o trecho de 750 metros entre a Secretaria Estadual da Fazenda e a cerca divisória na curva da Avenida Mauá, antes da Usina do Gasômetro.

Com a entrega dos envelopes lacrados na SMPAE, inicia-se o processo de avaliação. As empresas poderão demandar a apresentação oral, defendendo suas ideias perante a comissão avaliadora presidida pela Secretaria Municipal de Planejamento e Assuntos Estratégicos (SMPAE) – composta, também, por representantes da Secretaria Municipal de Parcerias (SMP), Secretaria Municipal da Cultura (SMC), Secretaria do Meio Ambiente, Urbanismo e Sustentabilidade (SMAMUS), Secretaria de Serviços Urbanos (SMSURB) e do Gabinete do Prefeito.

“Ficamos satisfeitos com a mobilização dos potenciais parceiros. Daremos sequência ao processo o mais rápido possível, para que tenhamos a definição ainda no mês de junho”, afirmou o secretário municipal de Planejamento e Assuntos Estratégicos, Cezar Schirmer.

Além do muro, a adoção inclui cinco canteiros próximos à parada de ônibus existentes no perímetro. O período estipulado para a utilização do espaço é de dois anos, com possibilidade de renovação por mais dois anos. Para cumprir o que está previsto no edital, as empresas apresentaram projeto paisagístico, plano de trabalho e cronograma de implantação. O edital exige ainda que as obras sejam entregues até 26 de março de 2022, data que Porto Alegre completa 250 anos.

“Estamos preparando a cidade para os 250 anos e queremos que esse espaço tão importante seja embelezado e qualificado com o apoio do privado. Os pedidos para adoção vieram de empresas qualificadas e temos certeza que o adotante escolhido deixará o espaço mais bonito e agradável para todos que circulam pelo local”, assegurou a secretária municipal de Parcerias, Ana Pellini.

Contrapartida – Como contrapartida, parte da área adotada (15%) poderá ser utilizada para identificação da marca do parceiro. Também será permitido o uso da frase “Uma empresa parceira de Porto Alegre” no local. O parceiro adotante poderá, inclusive, utilizar em suas peças publicitárias a frase “Uma empresa parceira de Porto Alegre”, acompanhada do brasão oficial do Munícipio.

O que pode ser feito – O embelezamento do muro pode contar com obras de arte, grafites, ajardinamento vertical e horizontal, espelhos de água e outros equipamentos ou técnicas propostas pelo adotante. O projeto deve prever iluminação potente para a área, de preferência com características cênicas seguindo especificações técnicas estabelecidas no edital.

Contestações – A decisão da comissão julgadora será publicada no Diário Oficial de Porto Alegre (DOPA). A partir da publicação, abre-se o prazo de dez dias para contestações. Transcorrido o prazo – e caso não haja manifestações – o termo de adoção será assinado. No caso de serem apresentadas contestações, as mesmas serão avaliadas pela comissão julgadora e, em caso de permanecerem contrariedades, as mesmas serão julgadas pelo prefeito Sebastião Melo.

Prefeitura de Porto Alegre



Categorias:Muro da Mauá

9 respostas

  1. aff. Um feio bem arrumado!

    Uma cidade projetada com base em uma exceção, uma enchente que aconteceu uma unica vez em 4,54 mil milhões de anos e existência de Planeta Terra. Previsão é que o fenômeno se repita daqui uns 8 trilhões de anos.

    • Não é bem assim. Acho uma idiotice sacrificar um projeto de proteção contra as cheias de dezenas de quilômetros e que levou dezenas de anos pra ficar pronto em nome de um visual pra área portuária da cidade. Enchentes acontecem, e não estamos muito longe não da possibilidade de termos uma. Não é assim como vc fala. Pode-se melhorar o sistema, sim, mas não simplesmente derrubar o muro e descartar o sistema. Seria extrema ignorância e nenhum técnico (engenheiro) vai recomendar isso. E ainda arrisco, apesar das falas do atual prefeito, ninguém vai querer fazer algo pra que a cidade fique desprotegida, sob o risco de vir a ser conhecido historicamente como o cara que inundou a cidade. É um grande absurdo isso. A cidade precisa sim de um sistrema contra cheias, queiram ou não. E repito, essa análise deve ser feita por engenheiros e técnicos aptos para tal atividade e não por leigos na área (ou população em geral).

      • Será Gilberto? Você realmente acha que daqui 400 anos o muro da Mauá ainda estará lá?
        Nenhum engenheiro vai assinar porque até seria injusto personalizar em uma única pessoa a responsabilidade de uma decisão que deve ser comunitária.

        Além do mais existem os técnicos que super dimensionaram esse sistema e que obviamente não irão assumir isso.

        Imagina Gilberto se você tivesse criado um sistema de proteção que custou alguns bons milhões de reais e agora tivesse que vir a público e assumir: desculpe Porto Alegre, estraguei o centro da cidade, foi mal. Nenhum autor do muro irá fazer isso, ser humano é muito egocêntrico para aceitar entrar para os livros de história como a pessoa que estragou o centro de uma cidade toda. Por isso ele ficam nos assustando eternamente com “a enchente que está para chegar”, “ano que vem haverá a maior enchente de todos os tempos”. Enfim…

        • Essa obra foi baseada em estudos hidrologicos. Não foi um engenheiro que disse “bom, acho que 3m de altura aguenta”. Existem estudos detalhados que indicam a probabilidade de haver no futuro próximo enchentes tão nocivas quanto àquela que motivou a construção do muro (1947, acho).
          Como disse no comentário anterior, uma inundação no centro danificaria uma extensa rede subterranea de dados, elétrica, etc. Não se pode arriscar a remoção do muro pela importância do que existe ali, bem como de toda a vida do Centro.
          Alem do mais, o que estraga o centro não é nem de longe o muro

          • A data do muro é 1974. Inverteu ali. Obrigado pelo comentário Ricardo. Já está entre os melhores do ano! Simplesmente perfeito. Tem gente que cansa de questionar e ou criticar o muro sem nada entender. Tudo bem, estamos num blog, todo comentário é válido, mas eu lendo este teu comentário é que tenho certeza que valeu a pena eu construir esse blog.

    • Os estudos hidrológicos indicam que o período de retorno para uma chuva capaz de alagar o centro (quando o Guaíba chega na cota 3.2m) é de 40 anos. Então existe a probabilidade real de acontecer enchentes nocivas à cidade. Imagina o centro alagado, com toda sua infraestrutura de dados, comunicação, elétrica, etc subterrânea?
      É muito mais seguro manter o muro do que suprimi-lo por uma questão estética apenas. Vamos aproveitar os muitos quilômetros de orla plenamente visível e acessível.

      • *visíveis e acessíveis

      • 👏👏👏👏 Falou exatamente o que penso! Comentário sério e lúcido.

      • Acrescento que o sistema de proteção por diques em Porto Alegre protege, além do Centro, boa parte da zona norte da capital (incluindo aeroporto) e zona sul de Canoas. Ao todo são 62 km de muros e diques formando uma barreira contra enchentes.
        Comprometer uma parte deste sistema, mesmo que seja pequena, é colocar em risco milhares de lares, empregos, estrutura urbana (água, luz, esgoto, etc), fontes de renda, serviços públicos (transporte, saúde, segurança, etc).

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