Uma imagem: Estátua da Índia Obirici (atualizado)

O Eduardo Garcya, da Drones & Afins, nos manda hoje essa imagem praticamente inédita da estátua da Índia Obirici em Porto Alegre, vista de cima, mostrando seu rosto. A foto foi feita hoje, 9 de setembro, as 15h, com drone.

Localizada no Largo Obirici, junto ao Viaduto de mesmo nome, quase não é vista pois fica escondida por prédios e pelo viaduto.

Aqui o texto dele, na publicação do Facebook:

É com imenso prazer que trago no dia de hoje, a tão esperada foto do rosto da linda Índia Obirici, a qual todos tinham imensa curiosidade de conhecer após tantos anos ali, chorando pelo seu Príncipe Guerreiro…
Espero que gostem!
A escultura é LINDÍSSIMA de perto! Confesso que nunca
tinha percebido ela por ali. 

Foto: Drones & Afins (EDU)
09/09/2021
15h
Viaduto Obirici

Mais uma…

LOCALIZAÇÃO

Localização por Blog Porto Imagem

BREVE HISTORIA (pesquisa da Drones & Afins)

Antigamente, o território onde foi erguida Porto Alegre era ocupado por duas tribos indígenas: Tapiaçu, que ocupava o cume do Morro Santa Tereza; e Tapimirim, que se situava às margens do atual rio Gravataí.

Conta a lenda que Obirici, a filha predileta do cacique dos Tapimirim, teria se apaixonado e morrido de amor por Upatã, filho mais velho do cacique da tribo Tapiaçu. Todavia, outra índia também se apaixonara pelo guerreiro. A sorte foi então decidida numa competição de arco e flecha, cuja vencedora desposaria Upatã. Muito nervosa, Obirici teria errado o alvo e, em decorrência, perdido sua grande paixão. Teria saído, então, a caminhar por uma grande planície arenosa, onde hoje se situa o bairro Passo da Areia. Cansada, teria se sentado embaixo de uma figueira e ali ficado chorando. Em meio a preces e lágrimas, teria pedido com os braços erguidos ao céu que o deus Tupã viesse buscá-la.

Teria morrido, assim, de amores por Upatã. Das lágrimas, teria se formado um pequeno riacho, que corria sobre a areia, entre colinas e vales, árvores e plantas. Por isso, as mulheres indígenas que perdiam seus maridos em batalhas buscavam consolo nas “lágrimas de Obirici”.

A lenda, registrada pelo escritor José Antônio do Vale Caldre e Fião, era recitada por um velho índio guarani, chamado Vicente, que teria fugido de um dos Sete Povos das Missões, logo após o final da Guerra Guaranítica, ocorrido em 1756. Em Porto Alegre, que recém estava recebendo seus primeiros habitantes, teria se instalado na área em que atualmente fica o Viaduto Loureiro da Silva. O riacho foi canalizado e o barulho de suas águas pode ser ouvido embaixo do asfalto. Alí há uma elevada com o nome de Obirici e uma bela estátua que encanta os passantes por sua tristeza.

A estátua em homenagem à índia Obirici foi inaugurada em 13/03/1975, quando o prefeito da época, Telmo Thompson Flores, inaugurou o viaduto no cruzamento das avenidas Plinio Brasil Milano e Brasiliano Índio de Moraes. A escultura foi modelada pelo artista Mário Arjonas e projetada por Nelson Boeira Fairich. (fonte: revista Viva no Sul, Ano 3, Novembro de 2000, p. 10-11)

Da mesma forma como a história de Obirici, a história dos povos indígenas é, invariavelmente, muito triste.

Fonte: https://virtudesaqui.blogspot.com/ 



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3 respostas

  1. Em metrópoles como Cidade do México e Buenos Aires, dentre outros, há exemplos incríveis do aproveitamento do entorno e especialmente da parte de baixo de grandes viadutos, que são estruturados e adquirem configurações como ótimos polos culturais, comerciais, gastronômicos, e para a oferta de serviços e lazer, enfim, com o ótimo trabalho de urbanistas gabaritados esses espaços se transformam de nada ou de pura degradação, em áreas super bacanas! Porto Alegre merecia esse tipo de iniciativa e aí mesmo poderiam ser feitas intervenções que trouxessem vida para o espaço, o que iria repercutir até em termos imobiliários. Outro local que merecia um projeto grandioso é a parte de baixo do viaduto Conceição junto ao edifício Ely (Tumelero) que por suas características poderia ser transformado tipo um cartão-postal nível internacional.

    • Excelente comentário Maurício!

      Em Santiago do Chile tem um exemplo excelente de bom aproveitamento do entorno de um viaduto neste local aqui (sugiro explorar com o street view). A área é dotada de estação de metrô, terminal de ônibus e lotações, centro comercial subterrâneo, praças e outras utilidades. A experiência de atravessar de um lado para o outro é bem agradável e segura, e sempre tinha muito pedestre na área.

      Façamos o contraste com qualquer viaduto de Porto Alegre. Não consigo pensar em um que sequer chegue perto disso.

      • Bem bacana saber que tem pessoas que comungam conosco a mesma visão. Dei uma olhada no link e realmente é outra coisa quando o urbanismo racional e de qualidade entra em ação, e se modelam espaços que trazem bem-estar e favorecem a vida das pessoas. Vemos que Porto Alegre tem um potencial absurdo só falta mesmo bem explorá-lo! Essa área por exemplo com essa tão bonita e interessante estátua, o quê poderia ser né!? Deixo para tu olhares um endereço que mostra algo sobre o projeto “Vía Viva Tren Mitre”, que estão colocando em prática em Buenos Aires. Trata-se da exploração da parte de baixo dos viadutos feitos para elevar as linhas de trens metropolitanos de lá, e que os caras vão explorar a área livre dos vãos. Então não serão maloqueiros e sujeirada a se acumular e sim se multiplicarão opções de comércio e gastronomia, serviços, enfim, tudo que poderia ser facilmente replicado em certos viadutos de POA também. Temos de sugerir, apoiar e pôr pressão na prefeitura, para os caras se moverem, porque todo mundo tem a ganhar. Abraço.
        Link: https://www.skyscrapercity.com/threads/buenos-aires-bajo-viaducto-mitre.2222268/page-6

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