Curitiba é a segunda melhor cidade do país para se empreender e abrir negócios. É o que aponta o novo Índice Sebrae de Desenvolvimento Econômico Local (Isdel 2.0), divulgado neste mês. No total, sete municípios do Sul aparecem nas primeiras vinte posições. Porto Alegre é a única representante do Rio Grande do Sul no Top 20, enquanto o Paraná e Santa Catarina possuem três cidades no ranking.

Apenas 20% dos municípios brasileiros têm alto ou muito alto índice de desenvolvimento econômico, com a capital paranaense aparecendo na vice-liderança, atrás apenas de São Paulo. A cidade se destacou em todos os quesitos do Isdel 2.0, como capital empreendedor, tecido empresarial (redes formais e informais de empreendedores e empresas), governança para o desenvolvimento, organização produtiva e competitividade. Impulsionada pelo Vale do Pinhão, é a segunda vez, apenas neste ano, que Curitiba é apontada como uma das melhores cidades para empreender.
Cris Alessi, presidente da Agência Curitiba de Desenvolvimento e Inovação, reforça que a mobilização do Vale do Pinhão em apoio a quem assumiu o desafio de empreender, mesmo com a pandemia, se reflete neste reconhecimento do ranking do Isdel 2.0. “As ações visam estimular o empreendedor a adotar soluções inovadoras e economicamente sustentáveis para alavancar vendas, conquistar e fidelizar clientes, melhorar processos, ter maior presença digital e até repensar o modelo de gestão”, pondera.
Entre as iniciativas em favor dos empreendedorismo curitibano, estão a criação dos primeiros coworkings públicos do país (Worktibas); a retomada ou criação de programas municipais de fomento e capacitação, como Tecnoparque, Empreendedora Curitiba, Bom Negócio e 1º Empregotech; a desburocratização da abertura de empresas (hoje são necessárias apenas 13 horas para se obter o alvará on-line); a criação da Lei de Inovação de Curitiba; iniciativas de legislação (Lei de Inovação e o Decreto do 5G); a ampliação da rede de Espaços Empreendedor de Curitiba; e a abertura do primeiro Fab Lab público do país.
Isdel 2.0
Criado em 2018, o Índice Sebrae de Desenvolvimento Econômico Local foi reformulado no ano passado, passando a se chamar Isdel 2.0. É uma parceria do Sebrae com o Centro de Desenvolvimento e Planejamento Regional (Cedeplar/UFMG), para ter maior aderência com o modelo de atuação sistêmica adotado pelo Sebrae para estimular o desenvolvimento econômico local e, assim, criar um ambiente favorável ao fortalecimento do empreendedorismo e dos pequenos negócios. A versão 2.0 do índice engloba 106 variáveis disponibilizadas por fontes oficiais – a primeira tinha 135 -, que estão agrupadas em 39 indicadores. “Com a reformulação, o índice apresentou uma correlação ainda melhor com índices de desenvolvimento de referência nacional e internacional, tais como o PIB per capita e o IDH”, afirma a economista Bárbara Castro, analista da Unidade de Inteligência Empresarial do Sebrae Minas.
O Isdel 2.0 posiciona os municípios em uma escala que varia de 0 a 1. Quanto mais próximo de 1, maior o nível de desenvolvimento econômico da localidade. “A diferença entre a pontuação obtida por uma localidade e 1 é, portanto, a distância em pontos percentuais que essa localidade precisa percorrer para atingir o mais alto patamar de desenvolvimento econômico”, destaca o economista.
De acordo com a abordagem Isdel 2.0, o desenvolvimento econômico está diretamente relacionado à dinâmica de cinco fatores ou dimensões: Capital Empreendedor (quantidade e qualidade de empresas, empreendedores e lideranças), Tecido Empresarial (redes formais e informais de empreendedores e empresas, que se unem para atuar coletivamente em prol dos seus interesses), Governança para o Desenvolvimento (visão comum de futuro construída de maneira compartilhada, participativa e democrática com toda a comunidade e por um Plano Estratégico de Desenvolvimento Econômico, como o Vale do Pinhão), Organização Produtiva (maneira como cada cidade organiza as atividades econômicas para gerar renda e riqueza) e Inserção Competitiva (ações necessárias para que o município se posicione externamente de maneira competitiva, contribuindo para a dinamização de sua economia).
A escala de desenvolvimento econômico é distribuída em cinco classificações:
Isdel Muito baixo: reúne todas as localidades que apresentam índice abaixo de 0,150.
Isdel Baixo: localidades com índice entre 0,151 e 0,310.
Isdel Médio: localidades com desenvolvimento econômico entre 0,311 e 0,470.
Isdel Alto: localidades com índice entre 0,471 e 0,630.
Isdel Muito Alto: localidades cujo índice seja igual ou superior a 0631.
Top 20 das cidades mais empreendedoras do Brasil
1.São Paulo (SP) 0,785
2.Curitiba (PR) 0,749
3.São Caetano do Sul (SP) 0,749
4.Barueri (SP) 0,734
5.Campinas (SP) 0,730
6.Belo Horizonte (MG) 0,728
7.Ribeirão Preto (SP) 0,722
8.São Bernardo do Campo (SP) 0,718
9.Porto Alegre (RS) 0,718
10.Rio de Janeiro (RJ) 0,716
11.Maringá (PR) 0,715
12.Joinville (SC) 0,710
13.Jundiaí (SP) 0,704
14.Londrina (PR) 0,704
15.Florianópolis (SC) 0,703
16.Balneário Camboriú (SC) 0,703
17.Sorocaba (SP) 0,703
18.Guarulhos (SP) 0,697
19.Valinhos (SP) 0,695
20.Goiânia (GO) 0,695
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Olhando no geral da pesquisa esses vinte nomes citados nos gera a impressão de que se trata mais uma vez daquele padrão de levantamento/pesquisa brasileiro que não corresponde exatamente à realidade. Moro em SC e por exemplo nada mais artificial por exemplo do que Balneário Camboriú constar nessa lista e não Blumenau. A auto-proclamada “Dubai brasileira” é aquilo de oba oba e mundo de ilusão ilimitado com crescimento focado e totalmente restrito ao setor imobiliário por vias meio que inexplicáveis e que soam artificiais. Já Blumenau é uma cidade completa, aonde existem padrões de excelência, e que é e sempre foi uma potência na área industrial com DNA empreendedor e fabril histórico, que integra a cultura local. É uma cidade que após transformações profundas hoje se reinventa como um dos polos mais dinâmicos do país no setor da tecnologia e especialmente na área de TI. Então só por isso para mim essa lista aí… os critérios usados para escolher essas cidades e suas posições… Acredito que nesse momento em especial com tanta abertura por parte do setor público e todo um dinamismo acontecendo de forma virtuosa no privado, Porto Alegre ainda mais tendo o nível de instituições de ensino e a mão-de-obra que forma, deveria estar em um posição melhor, sem dúvida. Também com certeza uma Caxias do Sul deveria constar sim ou sim dentre as cidades mais empreendedoras do país, e muito provavelmente Passo Fundo também. Tem a meu ver muita, digamos conveniência nesse tal ranking.
que resultado pessimo