Seminário aborda desafios de Porto Alegre e outras cidades para expansão da malha cicloviária

Melo destacou a necessidade de expansão das ciclovias de forma integrada com a mobilidade urbana. Foto: Cesar Lopes / PMPA

A prefeitura, por meio da Secretaria Municipal de Mobilidade Urbana (SMMU) e Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC), realizou nesta quinta-feira, 3, o Seminário Mobilidade + Ativa: Caminhos para bikes em Porto Alegre, no Teatro da Unisinos. O objetivo foi promover uma troca de experiências e falar dos desafios para a ampliação do uso da bicicleta. O evento contou com cerca de 200 participantes. 

O prefeito Sebastião Melo participou da abertura do evento e afirmou que a expansão da malha cicloviária precisa avançar de forma integrada com a mobilidade urbana, atendendo aos anseios da população. “Espero que com a concretização deste seminário possamos colher experiências que deram certo no Brasil e pelo mundo e que souberam fazer o casamento dos interesses dos cidadãos e dos meios de transporte envolvidos”, destacou Melo.

Após a abertura, o secretário de Mobilidade Urbana, Adão de Castro Júnior, mediou o debate envolvendo as cidades de Recife, São Paulo, Florianópolis e Buenos Aires. Representantes das prefeituras e do WRI trouxeram suas experiências em relação aos desafios enfrentados e projetos para ampliar a malha cicloviária. O público presente fez questionamentos sobre captação de recursos, segurança viária e a execução dos projetos. 

“Foi de extrema relevância conhecer os desafios enfrentados pelas cidades que têm infraestrutura cicloviária bastante avançada como as que ouvimos no seminário. Foi possível extrair bons exemplos para debatermos internamente sobre os novos caminhos da mobilidade ativa em Porto Alegre”, afirmou Castro Júnior. 

À tarde, foi mostrada mais uma experiência da evolução cicloviária nas cidades com o exemplo da Cidade do México. O diretor regional na América Latina do Instituto de Políticas para o Transporte e Desenvolvimento, Bernardo Baranda, falou da experiência para impulsionar o uso das bicicletas no México. Já a Tembici abordou o serviço das bicicletas compartilhadas, que foi expandido em Porto Alegre e passará das atuais 410 bicicletas para 1000. 

O cicloturismo e a geração de empregos e renda a partir do ecossistema ciclístico estiveram em pauta nos painéis realizados também na parte da tarde. O coordenador do programa de segmentação da Secretaria do Turismo do Rio Grande do Sul apresentou os roteiros de cicloturismo e falou sobre tornar o estado a maior rota de cicloviagem do Brasi. No painel sobre a geração de empregos, o presidente da Aliança Bike, Daniel Guth, ressaltou o aquecimento do mercado de bicicletas durante a pandemia e a geração de emprego e renda para o setor. 

Caminhos para as bikes – No final do seminário, a diretora de Mobilidade Urbana da SMMU, Carla Meinecke, e o coordenador de Planejamento, João Paulo Cardoso Joaquim, apresentaram a estrutura cicloviária de Porto Alegre e o resultado da pesquisa realizada em reuniões setoriais desenvolvidas entre junho e agosto. Os técnicos também falaram dos próximos passos para avançar na expansão da malha cicloviária da Capital. “Nossas prioridades a partir de agora são o aumento das conexões em vias prioritárias entre ciclovias existentes, a revisão do Plano Diretor Cicloviário Integrado e a participação social para nos ajudar nessa construção”, explicou.

Link: https://prefeitura.poa.br/gp/noticias/seminario-aborda-desafios-de-porto-alegre-e-outras-cidades-para-expansao-da-malha



Categorias:ciclovias

Tags:, ,

8 respostas

  1. no ano que a iniciativa privada constroi em poucos meses o maior lago artificial do Brasil no Golden Lake + ciclovia interna no seu paráiso murado,

    temos que nos contentar com a contrapartida de pintarem calçada com ciclofaixa..

    Não tem como incentivar a adesão da bicicleta como meio de transporte se as ciclovias que estão saindo do papel atualmente só visam passeio, e não transporte com segurança.
    Quem pedala para ir ao trabalho quer segurança para andar em velocidade de transito.
    Ciclofaixa de calçada é pra passeio no parque.

    Curtir

  2. Sabendo que a ciclovia da Ipiranga (com estreitamentos extremamente perigosos e lugares sem grade proteção que dão direto para o arroio) é uma das melhorzinhas da cidade, nós temos uma ideia do quão ruins são as ciclovias projetas em Porto Alegre.

    Curtir

    • é inadmissível não haver guarda-corpo em alguns trechos da ipiranga, ainda mais com estreitamento de pista.
      Algumas estão sem guarda-corpo ha ANOS.
      É questão de tempo até algum ciclista morrer caindo no diluvio

      Curtir

      • De uma coisa eu tenho certeza: quem projeta as ciclovias de Porto Alegre não tem a menor ideia de como é o ciclismo.

        Aqui uma breve lista dos problemas que nós encontramos na cidade:

        Iguatemi, Nilo Peçanha e Joaquim Silveira:
        – faixas pintadas no meio da calçada, sem desnível, sem divisão e sem preocupação com a segurança dos pedestres.

        Ipiranga:
        – trechos sem grades de proteção, que dão direto pro valão.
        – estreitamentos repentinos e extremamente perigosos, mesmo onde há espaço de sobra para fazer duas faixas, com um pouquinho mais de engenharia e trabalho.

        Baltazar e Bento Gonçalves:
        – faixa extremamente estreita, dividida apenas por pequenos ‘olhos de gato’, ao lado de ônibus e carros que passam há mais de 60km.

        José do Patrocínio e Goethe:
        – buracos e grande desnível em direção ao meio-fio, que acumulam água e terra depois da chuva.

        Nós não precisamos alterar nosso modelo, precisamos criar um novo.

        Curtido por 1 pessoa

      • O que mais surpreende, é que sei que existem ciclistas na área de projeto cicloviário da EPTC, tanto concursados, quanto estagiários, aliás é pré requisito para ser estagiário deste setor, além de estar cursando áreas de engenharia e arquitetura, ser ciclista.

        Logo a conclusão que chego é de que há uma ordem superior que os obriga a fazer apenas projetos de ciclovias que “nao atrapalham o Transito”

        Curtir

  3. faz tempo que não fazem ciclovias de verdade, com 2 faixas, como a da ipiranga e josé do patrocinio.

    Desde então temos que torcer para construirem um shopping novo e haver contrapartida pra pintar a calçada de ciclofaixa..

    É melhor uma ciclovia enorme que atravesse o tecido urbano, como foi a da ipiranga, do que ficar conectando ciclovias da cidade baixa, em ruas que ja são seguras para o ciclista.

    Curtir

    • Falou muito! Falou Bem!

      Deve haver um checklist de duas perguntas que o planejamento da pref reponde antes de fazer uma ciclovia
      ( ) Essa cilcovia vai atrapalhar os carros?
      ( ) Vai custar caro fazer ou é só pintar o chão?

      Marcando NAO nas duas questões eles constroem as “ciclovias”.

      Em situações SEM ciclovia, para andar em uma rua sem movimento ou de caracteristica de transito lento ou em um pequeno trecho de umas quadras, o cliclista, ainda que seja medroso e inexperiente VAI, vai pela rua, pela calçada (o que é errado) mas vai.
      Já pensar em ir da região da PUC até a redenção, orla cidade baixa só vai se for experiente e com bom fisico ou se houver ciclovia. O mesmo vale para qualquer distancia longa.

      Um ciclista experiente e/ou com bom folego vai longe, vai rápido e consegue nao ser atropelado.

      Um ciclista SEM experiencia e sem preparo fica nervoso, perde controle da bike, nao prevê pontos de risco, fica burro por exaustão e acaba NÃO se aventurando por grandes distancias SEM ciclovia. Logo acaba NÃO virando um ciclista preparado ou NÃO usando o modal da bike, reservando sua bike para passeios em parques e até trazendo a bike no carro até a orla etc…

      A falta de ciclovias em rotas longas reduz a ciração da cultura do ciclismo.

      Curtir

Faça seu comentário aqui:

Preencha os seus dados abaixo ou clique em um ícone para log in:

Logo do WordPress.com

Você está comentando utilizando sua conta WordPress.com. Sair /  Alterar )

Imagem do Twitter

Você está comentando utilizando sua conta Twitter. Sair /  Alterar )

Foto do Facebook

Você está comentando utilizando sua conta Facebook. Sair /  Alterar )

Conectando a %s

%d blogueiros gostam disto: