Secretária Ana Pellini confirmou ao MP que Prefeitura desistiu da proposta apresentada no ano passado e estuda agora modelo ‘mais enxuto’
Ainda que não confirme publicamente, ao menos de forma clara, a Prefeitura de Porto Alegre já não trabalha mais com a possibilidade de lançar um edital para a concessão do Parque Farroupilha, a Redenção, que também envolveria o Calçadão do Lami, à iniciativa privada por um prazo de 30 anos e com a previsão de construção de um estacionamento subterrâneo no parque.
A interpretação de que a Prefeitura desistiu da concessão nos moldes que foi anunciada no ano passado — 30 anos e a construção do estacionamento — foi confirmada à reportagem pelo promotor de justiça Alexandre Sikinowski Saltz. Ele era o promotor responsável no Ministério Público do Rio Grande do Sul (MP-RS) por uma Notícia de Fato instaurada a partir de uma representação feita pelo Instituto Gaúcho de Meio Ambiente (Ingá). Na representação, o Ingá pedia a abertura de uma investigação a respeito da concessão de parques em Porto Alegre, o que incluía também o Parque Marinha do Brasil.
Na segunda-feira (27), Saltz comunicou o arquivamento da Notícia de Fato sob a justificativa de que a Prefeitura não iria dar mais andamento ao projeto de concessão.
Isso ocorre porque, em resposta à Notícia de Fato datada do dia 9 de fevereiro, a secretária municipal de Parcerias, Ana Pellini, explicou que, em audiência pública, foi apresentado o argumento de que existem aves migratórias que poderiam ser afetadas por mudanças na Redenção, e que somente um “estudo com monitoramento nas quatro estações do ano poderia comprovar os fatos para que as providências sejam adotadas”.
Além disso, diz que seria necessário realizar os estudos a respeito do impacto do planejado estacionamento subterrâneo. Mais uma vez, a resposta de Pellini ao MP diz que o município não teria recursos para realizar estes estudos no momento.
A secretária afirma então que, como “medida intermediária”, a Prefeitura está adaptando o projeto da concessão para um período mais curto, que ficaria entre 5 e 7 anos, e no qual o concessionário que for contratado pelo edital ficaria responsável por administrar os espaços do parque que já geram receitas atualmente. A exceção seria o antigo espaço do posto de combustível. Na resposta ao MP, a secretária também afirma que os recursos deveriam ser investidos no próprio parque de acordo com um caderno de encargos que estaria em elaboração.
“Nenhum investimento novo poderia ser realizado, nem mesmo o estacionamento subterrâneo, apenas a manutenção das vagas que já existem no local. Neste tempo os estudos seriam realizados, um plano de uso do parque estabelecido, e a administração municipal poderá decidir sobre o modelo mais adequado para a gestão do nosso tão querido Parque Farroupilha, ou Redenção, como é mais conhecido”, diz o documento assinado pela secretária de Parcerias.
Veja mais detalhes na reportagem completa clicando aqui.
Categorias:Concessão de Parques
“foi apresentado o argumento de que existem aves migratórias que poderiam ser afetadas por mudanças na Redenção” hahahahahahaahahahahahahahahaha
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Também achei engraçado isso….
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É sem dúvida uma desculpa esfarrapada pois sabem que ninguém se importa. Se pelo menos tivéssemos jornalismo investigativo… ficamos só na especulação. Políticos sendo políticos.
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por que conceder a redenção?
alguem está sentindo falta dos quiosques de madeira da orla lá?
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