Revitalização do viaduto da Avenida Teresópolis é concluída com intervenção artística

As equipes contratadas pela Secretaria Municipal de Serviços Urbanos (SMSUrb) concluíram a revitalização da passagem de nível José Portella Nunes, o viaduto da avenida Teresópolis. A última etapa das intervenções foi o grafite com o tema que remete aos símbolos da Zona Sul da Capital.

A recuperação iniciou-se em novembro do ano passado com a limpeza da estrutura, pequenos reparos e pintura que serviu como base para o grafite. Após a conclusão do serviço, os artistas Erick Citron, Leandro Alves e Ana Scarceli iniciaram a pintura com temas característicos da região, como o pôr do sol, prática de esportes na água, chimarrão e a natureza.

“Quando pensamos na recuperação deste viaduto, a ideia era dar boas-vindas a quem chega à Zona Sul de Porto Alegre, sejam moradores ou visitantes. Então é mais do que uma recuperação necessária. A gente quer transformar viadutos em símbolos da cidade. E o de Teresópolis é também um espaço no qual os grafites representam aspectos da região”, explica o secretário municipal de Serviços Urbanos, Marcos Felipi Garcia.

No total, foram gastos R$ 401.534,49 para recuperar o viaduto, incluindo a intervenção artística, que faz parte do contrato entre a prefeitura e a DW Engenharia, responsável pelas intervenções. 

Este é o quinto viaduto temático de Porto Alegre. Antes do de Teresópolis, a SMSUrb entregou o Jayme Caetano Braun nesses mesmos moldes em que a intervenção artística faz parte do projeto de recuperação da estrutura. Os viadutos Dom Pedro I, Tiradentes e Loureiro da Silva e a Elevada da Conceição foram recuperados pela SMSUrb e adotados pela iniciativa privada, por meio da Secretaria Municipal de Parcerias (SMP) que ficou responsável pelo grafite e manutenção do espaço. 

Veja mais fotos

Link: https://prefeitura.poa.br/smsurb/noticias/revitalizacao-do-viaduto-da-avenida-teresopolis-e-concluida-com-intervencao

Como era antes:



Categorias:Arquitetura | Urbanismo, Arte

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16 respostas

  1. Tomara que tenha boa durabilidade. A pintura do viaduto Tiradentes, na Protásio, já tá bem deteriorada. Tá ficando feio de novo.

  2. Achei muito bom a arte final.
    Vivo pela ZS de POA já faz 30 anos, via pichação para todo lado.
    Pelo menos onde fazem um grafite, desde o mais simples ou básico até esses de alto nível e detalhes, parece que os pichadores respeitam mais e não picham ou não vandalizam.
    É claro que sempre vai ter aquele(s) pichador(es) raiz (eu defino como vândalo(s)), mas vai fazer o que, faz parte.

  3. Que bagaceirice ! Desistimos como cidade de possuir um padrão estético urbano para abraçarmos de vez pichações e “grafitis” como estilo…
    Na europa e américa tais estilos de “arte” só aparecem em bairros onde eiva o tráfico, subúrbios de refugiados em Berlim, no Bronx, partes ruins do Harlem… Em zonas sérias não há. Mas parece que Porto Alegre desistiu de ser civilizada, adotou como norma o que para eles é a réstia, paciência.

    • Bagaceirice na tua opinião. Eu achei lindo. Tá maravilhoso!

    • Feliz da cidade que pode oferecer um espaço assim para os seus artistas desenvolverem arte. Isso não é um grafite tradicional. É uma obra de arte. Por que tudo cinza ou branco se pode ter arte?
      Eu teria vergonha de chamar isso de bagaceirice.

      • Gilberto, o que tu pensas sobre arte é uma questão tua, bem como possuo a minha, não é algo pessoal contra ti. Mesmo assim já que entraste na questão então considero que está em aberto a colocar seus pontos e também aprender algo também, o que é um diálogo civilizado. Não basta apenas “eu gosto e pronto”.

        Vejo o grafiti como ele é de fato, um produto do seu meio, dos guetos americanos, dos bairros favelizados europeus, este “movimento” está em consonância com o ideal de arte moderna, iconoclasta, subjetivo, na maior parte das vezes inimigo da boa técnica; isto levado ao limite faz com que vaso sanitários e latas de excrementos sejam consideradas (e o são por muitos) atualmente como obras de “arte”.

        É a mera banalização da palavra arte. Trata-se de dar ao povão aquilo que é mais fácil, qualquer coisa ao invés de elevá-lo a um bom nível estético(mais difícil e custoso). A mesma atitude dos que impõem favela como “comunidade” ao invés de realocar os moradores em bairros dignos é presente na defesa dos grafiteiros e da arte vulgar, a mediocrização e desistência de melhorar. Comparar esta área grafitada com um bom conjunto arquitetônico europeu, simétrico, com cores adequadas, com paisagismo e estilo é igual a comparar arte rupestre com um Rembrandt. (Outro exemplo são os tais murais na parte lateral de prédios, há muita gente bem versada em arte com quem convivo na capital que os detesta pela mesma razão.)

        Porto Alegre desceu um degrau abaixo ao normalizar este nível, e veja-se que nem sempre foi assim, a cidade possuía até parte do século 20 bom gosto e locais como os arredores da Praça da Alfândega e da Matriz eram realmente belos com seus belos predinhos portugueses (hoje substituídos por aberrações de metal e vidro de 10 a 20 andares, entre prédios de 2 a 3 andares). A normalização da feiura e desistência em seguir tendências arquitetônicas civilizadas (Paris, Madrid, Lisboa, etc…) infelizmente mostra o caminho que POA está tomando, o do empobrecimento e evasão de cérebros para outros países e estados, o PIB que só diminui ano após ano o comprova. Grato pelo espaço para debatermos a cidade.

        • Claudio, concordo que não é “high art”, porém o padrão de cores e os temas e estilos abordados nos painéis tem tudo a ver com a Zona Sul da cidade.

          Vejo que para para projetos infraestruturas pós-modernas, esse tipo de intervenção é mais válido que o cinza, a paleta de cores trouxe um calor humano que geralmente não conseguimos atingir somente com o cinza-concreto.

          Além do que, vejo uma evolução deste projeto de intervenção artística em relação aos antigos murais do Viaduto da Conceição e outros.

          Mas, contudo & todavia: opinião é como bunda. Cada um com a sua.

    • “Na europa e américa tais estilos de “’arte’ só aparecem em bairros onde eiva o tráfico”

      Essa informação é mentirosa.

  4. Achei muito bagaceiro, não deveriam chamar grafite de revitalização. Ta mais para uma maquiagem.

    Deveriam ter deixado cor de concreto e pintar com tinta anti-pixação, fica mais bonito e moderno.

    Porto Alegre está virando uma Philadelphia, ao invés de reformarem as coisas, deixam os artistas pintar tudo pra maquiar os problemas.

    • Pois eu e a maioria das pessoas estão achando lindo.

    • Maquiar os problemas? Que problema existia ali Augusto? Não havia nenhum problema na verdade, foi apenas iniciativa da prefeitura de tornar mais bonito um lugar cinza. E mandaram bem, ficou impactante. Uma forma de arte bem moderna. Impossível alguém não achar bonito dessa maneira que ficou. Uma pessoa tem que ser muito insensível pra não apreciar algo assim.

      Obs: havia pixação na verdade.

  5. Estou gostando dessas revitalizações. Poucos meses atrás reclamávamos aqui no blog do abandono do viaduto da Nilo com a Carlos Gomes. Pois revitalizaram e está BEM melhor. Creio que usaram aquela tinta antipichação. Agora temos mais este caso aí. Show!

  6. Ficou tri mesmo! Quem fez, definitivamente manda bem, sabe fazer! Deveríamos pedir para a prefeitura acionar esse pessoal para refazer o “trabalho” inspirado nos times de futebol da capital, que ficou muito a dever né, lá no viaduto Conceição/Tumelero. Com certeza esses artistas talentosos criariam algo mara que deixaria aquele ponto de passagem para entrada do centro histórico, o máximo!

  7. Não sou fã de grafite, mas essa ficou muito legal!

  8. Gostei demais! Ficou super bonito!

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