Apresentado Projeto do Trecho 2 da Orla. Previstos anfiteatro e centro de eventos

Projeto foi apresentado nesta sexta-feira pelo prefeito Sebastião Melo
Imagem: Pedro Piegas / PMPA

Porto Alegre terá um moderno Centro de Eventos para até 10 mil pessoas, um novo anfiteatro e uma marina pública no Trecho 2 da Orla do Guaíba. Além disso, uma esplanada para até 30 mil pessoas será construída no local. Tudo isso está previsto no projeto desenvolvido pela consultoria Cheetah, anunciado nesta sexta-feira, 5, como o escolhido pela gestão municipal para transformar a área por meio de parceria público-privada. Confira aqui a apresentação do projeto.

“A cidade assistiu à transformação de convivência urbana que foram os trechos 1 e 3 revitalizados. Agora, damos um passo adiante rumo a uma Porto Alegre mais moderna e aberta ao turismo e às atividades culturais em um espaço de alto padrão. O trecho 2 vai consolidar e conectar essa nova mentalidade” – Prefeito Sebastião Melo.

Com 850 metros entre a Rótula das Cuias e o Arroio Dilúvio, o Trecho 2 tem um terreno de 134 mil metros quadrados, sendo que 20% do espaço deverá ter área construída, segundo a proposta, que ainda estipula um contrato de 35 anos de concessão.

Projeto foi apresentado nesta sexta-feira pelo prefeito Sebastião Melo. Presentes o Vice-Prefeito Ricardo Gomes e secretários de Meio Ambiente, Urbanismo e Sustentabilidade, Germano Bremm, de Parcerias, Ana Pellini e do Desenvolvimento Econômico e Turismo, Julia Tavares.
Foto: Pedro Piegas / PMPA

Além dos itens já citados, também estão previstos como espaços obrigatórios no local uma reserva natural para os cágados que vivem na área, um farol com mirante, ciclovias, decks, áreas para eventos ao ar livre, playground para crianças, cachorródromo, caminho das flores e estacionamento.

O projeto também propõe a inclusão de outros empreendimentos adicionais, que poderão ser viabilizados pela iniciativa privada, como museu/aquário, hotel flutuante, instituição de ensino superior e shopping ao ar livre.

“Há anos, o ambiente da cidade provoca Porto Alegre a ter um equipamento que atenda às demandas das pessoas. Houve estudo do terreno, diálogo com entidades do setor privado, oitivas com o mercado de eventos do Brasil e do mundo até chegarmos à PMI e selecionarmos o estudo vencedor. A revitalização é uma construção coletiva que irá resultar em grandes frutos para o município”, diz o vice-prefeito Ricardo Gomes.

Agora, a prefeitura dará andamento ao processo, que inclui os seguintes passos: consulta pública, audiência pública e encaminhamento do projeto ao Tribunal de Contas do Estado (TCE) para revisão. A expectativa é de que essas etapas ocorram até o final deste ano. A publicação da licitação, a assinatura de contrato com a concessionária e o início das obras estão previstos para ocorrer ao longo de 2024. Após o começo do serviço, os trabalhos deverão durar aproximadamente quatro anos para serem concluídos. 

“A proposta do Grupo Cheetah contempla, conceitualmente, os setores, fluxos, usos, acessos, eixos de circulação e arquitetura das edificações, valorizando o pedestre e o os usuários. Permite grande permeabilidade visual, valorizando o espaço aberto e o parque público como um todo, harmonizando com os trechos 1 e 3 da Orla”, afirma a secretária municipal de Parcerias, Ana Pellini.

Processo – O trabalho até a escolha do projeto anunciado nesta sexta-feira se iniciou ainda em novembro de 2021 pela atual gestão municipal. Em novembro daquele ano, o Executivo publicou um Procedimento de Manifestação de Interesse (PMI) sobre o Trecho 2. O recebimento de dois projetos e o começo da análise dos mesmos ocorreu no ano seguinte. Entre março e abril deste ano, a SP Parcerias, especializada no tema, prestou consultoria para avaliar as modelagens econômica, jurídica e ambiental dos dois projetos recebidos.

Investimentos – O projeto escolhido, com os itens obrigatórios previstos, está orçado em aproximadamente R$ 400 milhões, sendo que a construção do Centro de Eventos demandará investimento público. A prefeitura deu início a um diálogo com o Governo do Estado para buscar parceria a fim de viabilizar a proposta do espaço de eventos. Na manhã desta sexta-feira, o prefeito Sebastião Melo detalhou o projeto para o governador, Eduardo Leite, em audiência no Palácio Piratini.

Galeria de imagens do projeto

Cronograma do projeto

Localização e delimitação dos espaços

Dados gerais

Link: https://prefeitura.poa.br/gp/noticias/projeto-do-trecho-2-da-orla-preve-anfiteatro-e-centro-de-eventos

Todas as imagens são ampliáveis



Categorias:ORLA, Trecho 2 da Orla

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25 respostas

  1. Só fiquei na dúvida se há profundidade suficiente para uma marina. Se tiverem que fazer o desassoreamento sairá caro. Mas seria excelente uma marina naquela área.

  2. Gostei do projeto. A esplanada é muito legal. Só é uma pena que na ponta dela é os fundos CTG Estancia da Azenha e um prédio bem estranho e não o museu do Oscar Niemeyer…

  3. Eu gostei do projeto. Me lembrou um pouco Barcelona. Acho que elevaria a orla de POA a outro nível. Mais que isso só com a despoluição e balneabilidade do Guaíba. Entretanto, alguns pontos me dão calafrios: os renders da revitalização do centro histórico ficaram bons (mínimo aceitável), porém as obras estão de péssima qualidade e execução. E se fizerem do mesmo jeito com esse trecho? Outro ponto, ano que vem é eleição, será que não é mais um daqueles projetos maravilhosos que nunca vão sair do papel?

    Bem, espero que o Melo deixe algo de bom para a cidade, sem entrar em mérito ou discussão política. O Fortunatti nos deixou o trecho 1, que foi aquela briga para conseguir. O Marchezan tocou o trecho 3. Espero que o Melo não queira ficar para trás…

  4. Gostei do projeto. Melhor do que está hoje aquela área, com certeza ficará. Pelo menos não é aquela aberração de cuia gigante que cogitaram de por ali, aí sim seria melhor deixar como está.

  5. Bonito projeto mas eu prefiro algo mais natural, mais grama e árvores e menos concreto. Meu maior medo é esse concretão começar a rachar e ficar todo sujo, como temos no trecho 1.

  6. Projeto interessante, porém parece que simplesmente pensaram nas coisas que queriam e tocaram no projeto. Não tem “conversa” alguma com os outros 2 trechos já finalizados. Não continuou o caminho de pedrestres existente, não continuou a ciclovia de modo decente, não continuou com o design de caminhos e margens ondulados…
    São simplesmente 2 prédios que poderiam estar em qualquer outra parte da cidade e em nada aproveitam o fato de estar na orla per se.

    Única coisa que usufrui da orla nesse projeto é a marina, que tenho minhas dúvidas da localização, sendo que ajudará a tapar a vista para o guaíba e pôr-do-sol, mas até que aí é discutível.

    Sinceramente, por 400 milhões e 4 anos de obras, esperava algo mais único e integrado. Se pegassem o projeto original e investissem talvez nem metade do dinheiro e do tempo, acho que a cidade ganharia muito mais.

    • Vi seus argumentos e fui analisar os renders. O caminho de pedestres ondulado projetado pelo renomado Jaime Lerner, tinha função de encaixar em um espaço de orla reto, linear. Como ocorre nos espaços do trecho 1 e 3. Meu caro, olhe para o espaço do trecho 2, é onde deságua o arroio, uma massa de terra curtíssima e esticada na vertical da imagem, formação que a Marina se encaixará perfeitamente. Logo adiante é o espaço do centro de eventos, massa de terra extensa e circular, nada de orla. Depois disso nem se dá dois passos já começa o trecho 3. É um lugar estreito que faz uma pequena península Guaíba a dentro. Não tem como nem motivos pra construir as calçadas onduladas do Lerner. Que são feitas para orlas lineares. Ou você acha que faria sentido esse calçamento na frente de uma Marina?

      • Oi, Lucas. Talvez eu não tenha deixado claro, mas não necessariamente indiquei que a marina fosse obrigatoriamente continuar no projeto. Inclusive adicionei que a presença dela era discutível, já que basicamente os barcos tapam a visão além, afinal, o piso não tem desnível.

        Em suma, ponderei sobre 1. a falta de integração com o restante do projeto da orla e 2. falta de aproveitamento do fato de estar na orla, afinal, o pôr-do-sol não será aproveitado. Ou seja, não precisaria continuar com o ondulado, mas encaixar num contínuo design. Ou isso não seria possível? Precisa mesmo parar do nada? Quanto ao fato de não ter tanta orla, concordo, obviamente é um trecho pequeno, porém, tanto o fadado anfiteatro atual, quanto o de outros projetos, aproveitavam melhor o local onde se encontra esse projeto.

        Desculpe, mas tirando o fato de ter citado que seria ideal para uma marina, não vi nenhum argumento que indique que esse projeto saiba utilizar a localização privilegiada em que se encontra. O mesmo projeto de centro de eventos poderia ser realizado em qualquer outro terreno da cidade, a isto credenciei a falta de identidade com o restante do projeto.

        • pessoal, isso é apenas um projeto CONCEITUAL sem detalhamento de projeto executivo. Numa concessão o vencedor tem a liberdade de executar da forma que entender melhor dentro de certas diretrizes

  7. Se honrarem os renders, vai ficar lindo.

    Essa obra vai qualificar enormemente a orla.

    Como é bom presenciar a transformação da nossa cidade!

  8. Falta algo de destaque , tipo prédio bem alto , sem isso fica tipo mais do mesmo

  9. Vi muitas reclamaçoes qto ao projeto nas redes sociais, com a velha falácia de que “irá elitizar a orla”. Sabemos que qdo estiver pronto estarão todos lá curtindo o local. A gestão municipal atual está deixando a oposição em pânico, estão apelando até pela preservaçao do anfiteatro Pôr do Sol.

  10. Achei os renders bem legais. Me lembrou um pouco Barcelona.

  11. Me parece que nos render tinham “esquecido” a ciclovia e nota-se a rua com uma só faixa…

  12. Projeto interessante, se sair do papel mudará a cidade para melhor!!!!

  13. O projeto é interessante e esse prefeito é tocador de obras, ele se mexe. Porém fazer uma marina naquele local, perto da maior saída de esgoto metropolitana não é boa idéia, é necessário a cidade começar a rediscutir a despoluição do Guaíba urgentemente.

  14. depois do vexame do Pontal, devemos agradecer desse espaço publico não ter relação com a Melnick.

    E o parque de diversões gaudério quando sai?

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