Em 1820, quando Saint-Hilaire avistou o Guaíba, não teve dúvidas em anotar em seu diário que se tratava de um lago. Os moradores da época chamavam-no de Lago de Viamão ou, também, Lago de Porto Alegre, denominações existentes desde o século XVIII. A análise de mapas históricos da região costeira do Rio Grande do Sul mostra que, durante o século XVIII e início do XIX, Rio Guaíba era a designação do segmento final do atual Rio Jacuí, compreendido entre a foz do Rio Taquari e as ilhas do delta. Se Guaíba, em tupi-guarani, significa o “encontro das águas”, de fato é para esse segmento que as águas de quatro rios afluem e convergem.
O Guaíba é um lago, pois:
1. os rios que nele desembocam formam um delta. Este tipo de depósito sedimentar ocorre quando um volume de água confinado por canais encontra-se com um grande corpo de água. O rápido desconfinamento do fluxo de água causa a descarga do material arenoso e argiloso que estava sendo carregado pelos rios. Este processo origina a formação de ilhas que vão sendo recortadas por canais sinuosos chamados de distributários. Ao longo do tempo, as ilhas crescem em direção ao lago. Os canais distributários podem se fechar e novos podem se abrir, conectando ou separando as ilhas. A Ilha das Flores, por exemplo, era formada pela antiga Ilha do Quilombo, na porção norte, a qual era separada da porção sul por um canal, chamado de Quilombo, que hoje está ainda se fechando;
2. cerca de 85% da água do Guaíba fica retida no reservatório por um grande período de tempo. Esse fator é fundamental para a compreensão do modelo ambiental do município e da região hidrográfica, implicando diagnósticos ambientais e diretrizes de controle de efluentes poluidores mais acurados;
3. o escoamento da água é bidimensional, formando áreas com velocidades diferenciadas, típico de um lago;
4. os depósitos sedimentares das margens possuem geometria e estrutura características de sistema lacustre;
5. a vegetação da margem é de matas de restinga, identificadoras de cordões arenosos lacustres oceânicos.
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Fonte: Atlas Ambiental de Porto Alegre. Coordenador Geral: Rualdo Menegat.
PMPA – UFRGS – INPE. Porto Alegre, RS, 1999 2ª Edição.
Cap. 3, pág. 37
É tipo aqui do RS. As pessoas optam por alguma coisa sem nenhum embasamento e se agarram naquilo com todas as forças. Meu professor de Geografia dizia há mais de 40 anos: “É um lago cujo nome é Rio Guaiba”.
O Guaíba é um lago, pois:
os rios que nele desembocam formam um delta. Este tipo de depósito sedimentar ocorre quando um volume de água confinado por canais encontra-se com um grande corpo de água. O rápido desconfinamento do fluxo de água causa a descarga do material arenoso e argiloso que estava sendo carregado pelos rios. Este processo origina a formação de ilhas que vão sendo recortadas por canais sinuosos chamados de distributários. Ao longo do tempo, as ilhas crescem em direção ao lago. Os canais distributários podem se fechar e novos podem se abrir, conectando ou separando as ilhas. A Ilha das Flores, por exemplo, era formada pela antiga Ilha do Quilombo, na porção norte, a qual era separada da porção sul por um canal, chamado de Quilombo, que hoje está ainda se fechando;
cerca de 85% da água do Guaíba fica retida no reservatório por um grande período de tempo. Esse fator é fundamental para a compreensão do modelo ambiental do município e da região hidrográfica, implicando diagnósticos ambientais e diretrizes de controle de efluentes poluidores mais acurados;
o escoamento da água é bidimensional, formando áreas com velocidades diferenciadas, típico de um lago;
os depósitos sedimentares das margens possuem geometria e estrutura características de sistema lacustre;
a vegetação da margem é de matas de restinga, identificadoras de cordões arenosos lacustres oceânicos.
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Fonte: Atlas Ambiental de Porto Alegre. Coordenador Geral: Rualdo Menegat.PMPA – UFRGS – INPE. Porto Alegre, RS, 1999 2ª Edição.Cap. 3, pág. 37
Toda a minha vida ouvi falar do Rio Guaíba. Pra mim ele será sempre o Rio Guaíba e não Lago Guaíba. Nem combina com Porto Alegre, falar em lago Guaíba.
Comentário totalmente sem teor científico. Me desculpe, mas perde o teu tempo fazendo este tipo de comentário com “ACHISMO”
. . . Vejo grandes interesses extranos, nessa sonhada mudança do nome = Lago não tem a proteção ambiental na mesma proporção de rios, sangas, arroios. . . PELA CABECINHA DESSES PENSADORES, O GIGANTE DA BEIRA RIO = seria então, Gigante da Beira Lago === PROVÍNCIA DE SÃO PEDRO DO RIO GRANDE – então seria PROVINCIA DE SÃO PEDRO DO LAGO GRANDE ? ? ? === Nos Dicionários, LAGO é uma porção de água cercada por todos os lados – Talvez os Dicionários todos estejam errados. . . vai saber.
E o senhor pelo jeito é um geógrafo, cientista? Discordando de dezenas de cientistas que concluíram que o Guaíba é um lago. A explicação está no artigo aí em cima. Vai ver nem leu.
Tem dezenas de lagos pelo mundo que não seguem esse seu conceito de quinta série.
A gente ouve falar a todo momento que a terra é plana e nem porisso ela é. Apesar da insistência dos terraplanistas, a ciência mostra que não é.
Exatamente. As pessoas que falam que não é lago carecem de instrução, de conhecimento, e querem opinar. Não é questão de opinião, é ciência.
simplesmente a gramática é jogada no lixo, não sei se, nas escolas ou pela falta de vontade de adquirir conhecimento.
Único lago que tem navios trafegando por ele, provavelmente eles devem cair do céu no meio desse “lago” 🤦🏽♂️
Que coisa mais simplória e superficial este teu comentário. Leia as verdadeiras razões pra ele ser considerado Lago e deixa de passar por
ridículo.
Ridiculo é dizer que um rio conectado ao mar é um lago!
Se fosse assim, todo delta seria um lago.
O único motivo de quererem que o Guaiba seja um lago, ao inves de um rio, é a especulação imobiliaria, afinal, as construções podem ser mais proximas da margem no caso do lago.
ele deságua na lagoa dos patos, abra Google maps, aproxime na região ele também diZ que é lago Guaíba, agora, veja no satélite toda aquela água marrom vinda dos rios e parando por ali mesmo no Guaíba, esses são os sedimentos todo o lodo das enchentes.