Ciclofaixa é extinta; ciclovias vão sair do papel

 Criado em 2001 como alternativa inovadora de passeio para os ciclistas em Porto Alegre, o Caminho dos Parques será desativado. A ciclofaixa que liga o Parque Moinhos de Vento (Parcão) à orla do Guaíba, passando pela Redenção, é considerada arriscada pela prefeitura, que pretende retirar as placas que indicam preferência para o trânsito de bicicletas.

Oficialmente, o caminho ainda funciona domingos e feriados, das 8h às 20h. Pelo menos é o que indicam as placas. Na prática, o trajeto foi desaparecendo à medida que a sinalização se desgastava. Nos últimos meses, a Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC) nem coloca mais os cones para evitar que carros entrem na área das bicicletas.
O projeto é muito ruim. E induz as pessoas a riscos. Não pode ter uma ciclofaixa em vias de alta movimentação de veículos, como a (Avenida) Goethe, por exemplo. Por isso, vamos retirar as placas – afirma Luiz Afonso Senna, secretário municipal de Mobilidade Urbana.
Mediador de uma lista de discussão na internet com mais de 700 ciclistas, o corretor de seguros Fábio Lazzarotto concorda que o Caminho dos Parques tem falhas, como o fato de passar por ruas de paralelepípedo, subir calçadas e andar na contramão. Ele diz que o trajeto já havia perdido público porque a sinalização é deficiente e motoristas desrespeitam a área dos ciclistas. Porém, lamenta a extinção do espaço.
– Apesar de ter defeitos, era um incentivo para quem estava começando a pedalar. Nem isso vamos ter mais – observa.
O presidente do Movimento Cicloviário Nossa Porto Alegre, Paulo Roberto Alves, defende a ideia de que o Caminho dos Parques deveria ser reformulado respeitando as leis de trânsito.
– Vão desativar algo que as pessoas usam bastante, que ficou no imaginário como único lugar para andar de bicicleta – lamentou Alves, conhecido entre os ciclistas com Lagartixa.
Novas vias exclusivas para ciclistas serão criadas
A prefeitura renova as promessas de que Porto Alegre terá novas vias exclusivas para as pedaladas.

O Plano Cicloviário da Capital que está na Câmara de Vereadores prevê a possibilidade de construção de 495 quilômetros em vários pontos da cidade.

Conforme Senna, para este ano estão previstos no orçamento R$ 2,8 milhões para iniciar as obras nos bairros Restinga, Sarandi e em um trecho da Avenida Ipiranga. Além disso, o Shopping Praia de Belas irá construir um trecho de ciclovia na Ipiranga, da Avenida Beira-Rio à Erico Verissimo.

– A cidade vai ganhar um conjunto de ciclovia e ciclofaixas, que será usado para a locomoção de toda a população – garante Senna.

 Zero Hora

 

 

 

A ciclofaixa já vai tarde.  O projeto era mesmo ruim, fato evidenciado logo em sua estréia.

E no mesmo ano da inauguração já começou a fazer água, por causa do desrespeito dos motoristas, que já naquela época estacionavam os carros em cima ciclofaixa no domingo, quando era proibido.  

 

Porto Alegre merece ciclovias, e não ciclofaixas improvisadas que nem podiam ser usadas em dias de semana, que é quando a cidade, o trânsito e o ar mais teriam a ganhar com elas.

Agora parece que os projetos vão mesmo sair do papel, inclusive com saudáveis iniciativas privadas.

 

Chama a atenção no texto como os portoalegrenses não conhecem belezas como a praia de Ipanema: ao contrário do afirmado no texto, a cidade tem ciclovia sim, lá naquela bela orla.

 

Ricardo H

 

 

 

 



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