Prefeitura sanciona passagem de ônibus a R$ 4,05 em Porto Alegre

Novo valor passa a valer a partir da meia-noite de sexta-feira

Novo valor passa a valer a partir da meia-noite de sexta-feira | Foto: Joel Vargas / Divulgação / PMPA / CP

O prefeito Nelson Marchezan Júnior sancionou nesta quarta-feira o reajuste das tarifas do transporte público em Porto Alegre. O valor da passagem de ônibus ficou estabelecido em R$ 4,05 e o das lotações em R$ 6.

O aumento passa a valer a partir da meia-noite de sexta-feira. Os usuários que possuem créditos ou abastecerem o cartão TRI antes da nova passagem terão 30 dias para utilizar o valor de R$ 3,75.

Os novos valores foram sancionados após definição do dissídio dos rodoviários, cálculo técnico da Empresta Pública de Transporte e Circulação (EPTC) e aprovação do Conselho Municipal de Transporte Urbano (Comtu). Ainda na terça, o Comtu havia aprovado o valor de R$ 4,05 para a tarifa dos ônibus. Dos 17 conselheiros que votaram, 14 foram favoráveis ao reajuste e três contrários.

Conforme a Prefeitura Municipal de Porto Alegre, o reajuste leva em consideração a licitação do transporte coletivo realizada em 2015. De acordo com os contratos firmados, além de itens como salários de cobradores e motoristas, despesas com combustível, lubrificantes e pneus, manutenção da frota, impostos e lucro das empresas, o valor depende diretamente do número de passageiros transportados e da quilometragem rodada.

Correio do Povo



Categorias:Outros assuntos

17 respostas

  1. Aqui não vai mudar nada pois segundo a estatistica da prefeitura a maior parte dos pagantes é vale transporte e ai não faz muita diferença se a passagem subir pois se a pessoa ganha um salario baixo só paga 6 por cento e o resto é o empregador,ou seja os caras querem tirar as isenções para aumentar o lucro astronomico que as empresas tem. A prefeitura sempre foi um mero legitimador da tarifa quem manda são as empresas,hoje de manhã peguei um onibus tarifa nova e o mesmo serviço quase podre de sempre,40 minutos de atraso as 8.00 da manhã e os rodoviários não estão nem ai,alias estão se lixando para quem paga a passagem,é uma pelegada dos donos das empresas.

  2. Havia um pré-estudo feito pela Metroplan há uns anos atrás que pontuava algumas coisas importantes sobre a mobilidade urbana da RMPA, e inclusive, o estudo trazia algumas alternativas para a diminuição, otimização e barateamento dos custos de transporte. Trajetos mais longos, diminuição de postos de trabalho utilizando sistemas digitais de cobrança/recarga/renovação, criação de supermodais e supercorredores…
    Não sei se avançou para estudos mais técnicos, mas não ouvi nunca mais sobre…

    • Esse estudo/projeto da Metroplan era muito interessante. Tenho certeza que dava pra fazer um sistema muito melhor baseado nele e, o que é mais importante, sem grandes dispêndios de capital.

      Infelizmente, a Metroplan foi vítima da poda de instituições públicas promovidas pelo Governador.

  3. Espero que um dia o sistema mude para linhas troncais, brt etc..
    Antes de falir, é claro

  4. Meu colega de trabalho ficou indignado com essa noticia, já que provavelmente vai afetar o preço da carteirinha de estudante falsificada que ele usa pra pagar menos.

  5. O que mais me deixa injuriada, além da questão custo x benefício, é que a Prefeitura sequer dá possibilidade da população se organizar pra fazer a última carga com o valor antigo… sancionam aumento de um dia pro outro e azar da população.

    Demora UMA SEMANA pra validar a renovação do TRI escolar, e aí se faz o que? Quem estuda na UFRGS por exemplo só teve o comprovante de matrícula essa semana em função da greve/ocupação… ou seja, não vai ter nem chance de pagar a meia dos 3,75 ainda.

  6. É uma pena o transporte publico nao ser publico e sim “baerto ao publico”.
    Naquele imaginario que nunca ocorrera, fico pensando como seria se o onibus fosse a um preço irrisorio, tal qual o trensurb, com uma tarifa a 2,00 como seria o transito da cidade…

  7. Surreal esse preço.

    Pra comparação: aqui em Santiago do Chile, a passagem (em hora de pico) custa CLP 740 (equivalente à R$ 3,60). E é uma passagem integrada, que permite usar toda a rede de metrôs, microônibus e ônibus, com até duas transferências em duas horas.

    • E vai ficar cada vez mais caro em comparação ao Chile, EUA, Europa… O argumento é que o número de passageiros caiu 11% no último ano, e talvez seja verdade. O sistema se encaminha rapidamente pro colapso financeiro. A causa todos sabem: linhas com trajetos terríveis, conexões desconfortáveis (o cara da zona sul tem que descer na Salgado Filho, caminhar 600 metros na chuva/sol escaldante/vento até a praça Dom Feliciano (tem que subir uma lomba), e esperar 20 minutos em média para pegar a “conexão” em direção ao eixo 24 de Outubro/Independência. Se quer ir para a Carlos Gomes/Zona norte tem que descer na Ipiranga esperar 5 minutos para atravessar o sinal, rezar para não ser assaltado e tentar a loteria do T2/T11 que já vem abarrotados. O sujeito prefere assumir uma divida impagável e comprar um carro ou moto. Agora com Cabify e Uber o sistema vai falir de vez. O Uber Pool vai decretar a falência de uma vez, uma viagem de Uber Pool vai ser mais barata (e mais segura e confortável) que uma passagem de ônibus.

      • O principal problema financeiro não é nenhum desses, mas sim o da gratuidade das passagens. Brasileiro adora um almoço grátis.

      • Ricardo,

        Alguma evidência disso? Vais me apontar aquele cálculo da EPTC que jogava a segunda-viagem gratuita no mesmo bolo da isenção e clamava que “porto alegre é a cidade com mais isenções”? Ah por favor. As isenções que existem em Porto Alegre estão em linha com o que se usa no resto do mundo. Já que estou falando de Santiago: aqui não só se permite DUAS transferências, como também está prevista a isenção pro estudante, que paga menos que meia, i.e. CLP 210 (28% da passagem integral).

        Pra mim, jogar a culpa nas isenções nada mais é do que colocar um grupo de usuário contra o outro, e deixar de lado a discussão que realmente importa: o sistema é grosseiramente ineficiente em sua alocação de recursos.

        Há uns dois ou três anos discutimos isso no blog do Alex Panato; lá discutimos com números, sem papagaiar o discurso oficial, e volto apontar o que apontei lá: se atacarmos os fatores preponderantes da tarifa (mão-de-obra e eficiência), podemos chegar a um corte de uns 25%-30% do valor sem tirar nenhuma isenção.

      • No fundo, acho que vocês dois estão corretos. Isenções de fato encarecem a passagem e não é difícil calcular isso, basta analisar a fração dos usuários que usam algum tipo de isenção e os que não usam e aplicar isso no valor dá passagem. A própria existência dá isenção atrai os isentos a usarem o ônibus e os não isentos se afastam, devido ao preço da passagem.

        Agora, a segunda passagem não é isenção. A pessoa que paga a segunda passagem, na verdade paga pela inexistência dá linha que a atenda. Pagar a segunda passagem é transferir para o usuário a ineficiência dos itinerários. O que é contraproducente, pois quanto pior os itinerários, mais as empresas ganham.

      • “A pessoa que paga a segunda passagem, na verdade paga pela inexistência dá linha que a atenda. Pagar a segunda passagem é transferir para o usuário a ineficiência dos itinerários”
        ISSO!
        Colocar a 2a passagem como “gratuidade” é o cúmula da desonestidade intelelectual, para não dizer CANALHICE, mesmo.

Faça seu comentário aqui: