A Fraport Brasil informa que está atuando em cooperação com o Mpor (Ministério de Portos e Aeroportos) e Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) para que a recuperação do aeroporto ocorra da forma mais célere possível. Nesse contexto, ações estão em andamento para que o terminal aeroportuário retome suas atividades, conforme descritas a seguir.
No dia 3/6, exato um mês após a suspensão das operações, a Fraport iniciou o processo de limpeza do Terminal de Passageiros, acessos viários, pista de pouso e decolagem e taxiways. A limpeza geral do Terminal deve encerrar até o dia 16/6. Esta consiste nas áreas públicas do piso 1, sala de desembarque doméstico e internacional, sala de embarque remota, corredor de serviço e doca doméstica e internacional.
Após esta atividade, se inicia a limpeza das áreas técnicas, como área de manejo de bagagens e data center. Em paralelo, segue a limpeza técnica de equipamentos que dependem de desmontagem. Como muito dos equipamentos foram alagados, eles têm que ser removidos, desmontados, limpos e, só depois disso podem ser energizados para os testes. Se forem energizados antes de todo esse processo, corre-se o risco de, inclusive, danificá-los ainda mais.
A pista de pouso e decolagem já foi totalmente limpa, bem como as taxiways K e L. As vias de acesso em frente ao Terminal, e as que ligam ao antigo Terminal 2 também já foram liberadas. O processo de limpeza está bem adiantado, mas segue em andamento, pois ainda há muitas áreas para serem processadas, como as demais taxiways e os Pátios 1, 2, 3 e 4.
O fornecimento de energia ainda não foi reestabelecido no sítio aeroportuário. As subestações de energia, que recebem a energia da rede e distribuem ao sítio precisarão ser reconstruídas. No momento, o Terminal de Passageiros está funcionando com geradores.
Diagnóstico na PPD (Pista de Pouso e Decolagem)
Na semana do dia 3/6 começaram as extrações de amostra de solo e asfalto da PPD. Esta semana (10/6), mais extratos serão enviados para análise de um segundo laboratório. “O objetivo é trabalharmos com três ou quatro laboratórios simultaneamente, para termos a melhor análise e reduzir o máximo possível o tempo dos ensaios”, esclarece Cássio Gonçalves, diretor de Infraestrutura & Manutenção da Fraport Brasil.
Outros testes na pista devem ocorrer nos próximos dias. Chamados de ensaios não destrutivos, o primeiro consiste em um escaneamento completo da pista por meio de um laser. O segundo é o HWD (Heavy Weight Deflectometer, ou no português Deflectômetro de Impacto Pesado). Este se trata da medição para avaliar a condição estrutural da pista. O resultado destes testes é aguardado para meados de julho. Só então será possível determinar os impactos sofridos e definir os próximos passos a serem tomados.
Diversas notícias foram veiculadas com a especulação de prazos para a reabertura do aeroporto. A Fraport Brasil reitera que o segue o disposto na Portaria Nº 14.654, emitida pela Anac, que define que as operações do Porto Alegre Airport estão suspensas por tempo indeterminado. A Empresa só poderá ter uma previsão de abertura, após o resultado dos diagnósticos, tendo em vista que as análises que estão sendo feitas são de grande importância para a garantia de um retorno seguro aos passageiros, aeroviários e comunidade aeroportuária.
Via e-mail
Assessoria de Imprensa
www.portoalegre-airport.com.br
Categorias:Aeroporto Internacional Salgado Filho, Enchente, Reconstrução do Rio Grande do Sul após enchentes
Sejamos sensatos. A Fraport não é a proprietária do aeroporto e portanto não faz sentido obrigá-la a fazer reforma em tão grande extensão, não sendo ela a culpada pelos danos nem por ação nem por omissão. Fazendo uma analogia com a lei do inquilinato, o que uma vertente de interpretação pretende da Fraport é equivalente a cobrar do inquilino a reconstrução parcial do imóvel que sofreu um dano vultoso pela inundação. Isso não é justiça e fará com que voltemos à estaca zero com o aeroporto, com o governo federal obviamente tendo que reconstruir o aeroporto ao preço de dois e fazer nova licitação para a concessão. Ademais, tendo sido a prefeitura, por incúria nas suas obrigações, a causadora dos danos, que esta banque o prejuízo da reforma do aeroporto ou, não podendo, que acione urgentemente o governo federal a prestar socorro financeiro. O que importa é ter o aeroporto funcional o mais breve possível, e isso só será possível com a Fraport administrando a reforma.
Mais um que não leu o contrato….
Você está mal informado. Leia as cláusulas 5.1 e 5.2.8, no Capítulo V do contrato. E é justo que assim seja.
https://www.instagram.com/p/C8Hi4TlORyJ/?igsh=ejF2bWEwYTNwYjBo
Está corretíssima a posição da Fraport em devolver a concessão caso não venha dinheiro pra recuperar o aeroporto. Está amplamente caracterizado que foi uma falha da cidade, que não garantiu condições básicas para a proteção do aeroporto. Foi colapso generalizado do sistema, pois ele foi projetado pra proteger uma alta de 6,00 metros e mesmo assim tudo falhou bem abaixo disso, essencialmente devido à falta de manutenção de comportas, muros e bombas. Se tudo estivesse funcionando corretamente a água não chegaria perto da pista.
Ja leu o contrato da Fraport com a ANAC ?
Quem ferrou a cidade e o aeroporto foi o poder público, com a sua irresponsabilidade na manutenção das defesas contra cheias.
Sim, concordo contigo. Mas nem por isso é permitido descumprir um contrato.
O que aconteceu foi um sinistro, para o qual a concessionária tinha o Seguro, se fez seguro aí está a prova de que não havia imprevisibilidade e o contrato não teve sua base rompida – a empresa assumiu o risco e fez seguro; eles não têm direito a rescindir como estão a ameaçar, ainda mais sendo um contrato para com o poder público não poderão fazer da maneira como a infame executiva da empresa mencionou em vídeo, em tom de ameaça, as coisas não são uma brincadeira assim como eles pensam.
Está tudo certo e o contrato deve ser mantido com as obrigações de cada parte, no caso, a Fraport deve manter a integridade e funcionamento do aeroporto, devemos nos fazer respeitar por essa empresa e se quiserem sair, isso não ficará por isso mesmo.
A seguir, o contrato. https://www.anac.gov.br/assuntos/paginas-tematicas/concessoes/aeroportos-concedidos/porto-alegre/documentos-relacionados/contrato-e-anexos/contrato-porto-alegre
Recomendo ao caro Gilberto ler o capítulo 5 que é o campo em que provavelmente a demanda judicial será travada. Há espaço para interpretação judicial em relação a esse contrato principalmente pelo fato de existir um seguro em prol da concessionária.