O prefeito de Porto Alegre, José Fortunati (PDT), pediu ao vereador Reginaldo Pujol (DEM), em reunião na segunda-feira, para suspender, por enquanto, seu projeto de lei que prevê estímulos à construção civil no entorno da Terceira Perimetral e na região das futuras estações do metrô. “Pedi para ele segurar e não votar agora, é preciso aperfeiçoar o texto. E vamos fazer uma reunião com a equipe dele e a minha – que tem a arquiteta e urbanista Rosane Zottis -, para fazer ajustes no texto”, informou ontem Fortunati, após lançar a publicação do Plano Diretor revisado.
O prefeito disse que concorda com a tese de adensar as áreas onde o poder público fará grandes investimentos em transporte público, caso das avenidas onde estarão as futuras estações do metrô. “Mas não pode ser estabelecida para tudo uma só regra, há peculiaridades, como a Praça Japão e as áreas de interesse cultural”, observou Fortunati. O pedetista ressalvou que não está preocupado com o período eleitoral e que, tão logo o projeto esteja pronto, será encaminhado à votação.
Também pesou o fato de o Plano Diretor revisado ter recém sido publicado ontem pela prefeitura, embora tenha entrado em vigor em 2010. Se a proposta de Pujol, que garante o índice de aproveitamento máximo para uma faixa de até 120 metros junto à Terceira Perimetral e às futuras estações do metrô, fosse aprovada agora, a publicação da prefeitura já estaria desatualizada.
O projeto de Pujol retoma o debate sobre a questão do tamanho máximo das edificações, tema de grande repercussão no processo de revisão do Plano Diretor, que levou oito anos. O titular da Secretaria do Planejamento Municipal (SPM), Márcio Bins Ely (PDT), que deixa o cargo nessa semana, salienta a grande capacidade que o metrô terá de transportar passageiros. “Por isso, é uma ideia que tem o apoio do Executivo, mas precisamos aprimorá-la.”
‘Foi o tema de maior complexidade que eu já enfrentei’, diz pedetista
Ao apresentar a publicação do Plano Diretor revisado – um calhamaço de 454 páginas, colorido, com mapas e tabelas em anexo -, o prefeito José Fortunati (PDT) lembrou sua participação no processo. O hoje titular do paço municipal assumiu como secretário do Planejamento municipal no primeiro governo José Fogaça (PMDB) e foi o responsável pelo encaminhamento, em 2007, do projeto de lei do Executivo à Câmara Municipal.
“A revisão do Plano Diretor foi o tema de maior complexidade que eu já enfrentei”, disse o prefeito. O pedetista avaliou que o grande desafio foi “popularizar” o tema, praticamente restrito a técnicos. “Eu já havia participado dos debates do Plano Diretor aprovado em 1999, era secretário de governo na época. É um tema extremamente difícil.”
Mas o prefeito avaliou que a discussão foi democratizada e ilustrou sua percepção ao contar que, numa noite em que voltava de uma audiência pública sobre o tema, foi jantar no restaurante Copacabana. Ao chegar, ouviu os garçons discutindo as alturas das edificações, uma das polêmicas do debate. “Ali, eu vi que, de fato, houve uma ampliação do debate.”
Fortunati admitiu que o Plano “não é o ideal, mas que foi o possível dentro do debate democrático”. Destacou a diminuição de alturas máximas permitidas aos prédios em mais de 20 bairros, o aumento dos recuos entre as edificações, a criação da área livre vegetada e permeável, proposta do vereador Beto Moesch (PP), e a instituição do Estudo de Impacto de Vizinhança (EIV).
A regulamentação do EIV não foi feita durante a apreciação do Plano Diretor na Câmara em 2009, o projeto só foi aprovado neste ano. Por isso, não está incluída na nova publicação da prefeitura. Outro tema que também ainda está sendo trabalhado são as áreas especiais de interesse cultural. Segundo o titular da SPM, Márcio Bins Ely, a matéria deve chegar ao Conselho Municipal do Plano Diretor nas próximas semanas e ser enviada em seguida para a Câmara Municipal.
Nadruz critica aumento dos índices construtivos
O arquiteto e urbanista Nestor Nadruz trabalhou com Edvaldo Pereira Paiva na elaboração do Plano Diretor de Porto Alegre de 1959. Acompanhou o tema por 30 anos na prefeitura e, já aposentado, nos anos 2000, foi uma das lideranças das associações de moradores que protestaram contra a descaracterização na paisagem de alguns bairros que concentraram novos empreendimentos após o Plano Diretor entrar em vigor. Foi coordenador do Porto Alegre Vive e do Fórum de Entidades.
Ele é crítico ao projeto de lei do vereador Reginaldo Pujol (DEM), que dá estímulos ao aumento do tamanho das edificações na Terceira Perimetral e nas futuras estações de metrô. Nadruz interpreta a proposta como um exemplo da prática da construção civil nos últimos anos. “Quando a cidade chega a um limite útil, passam a outra etapa e forçam uma nova modificação na lei, de acordo seus interesses”, avalia.
Ele observa que, depois de oito temporadas de discussões e com muita polêmica, foi aprovada a revisão do Plano Diretor, que entrou em vigor há um ano e meio. “É surpreendente a apresentação desse projeto agora. É a formatação de um novo Plano Diretor dentro do atual Plano recentemente aprovado.”
Nadruz cobra mais transparência, debates e audiências públicas. “Será uma aberração institucional se não tiverem o cuidado de cumprir a Lei Orgânica Municipal, que exige amplo conhecimento da população durante 90 dias que antecedem a aprovação de um projeto de lei que possa resultar num impacto ambiental negativo.”
Para o ex-coordenador do Porto Alegre Vive, o tema poderia entrar na próxima revisão do Plano, mas não agora e sem a participação popular. Ele também critica o projeto por dispensar licitação para a compra de Solo Criado (aquisição de índices construtivos) e cobra a implementação de outros complementos do Plano, como as áreas especiais de interesse cultural e o Estudo de Impacto de Vizinhança, recém-aprovado na Câmara.
Jornal do Comércio
Categorias:Arquitetura | Urbanismo, Prédios
Pablo
Já que insistes em dizer que a variável é o número de habitantes, então não precisava fazer nada, pois a população de Porto Alegre está praticamente com crescimento ZERO, logo pela tua lógica, não há nenhuma pressão urbana!
Outra coisa que não entendeste é que quando se passa de um determinado limiar, o custo de reurbanizar uma área para um pequeno incremento de densidade populacional (passar de 90 para 120) é maior do que o custo de urbanizar uma outra área para uma densidade menor (60 por exemplo), pois tratam-se neste caso de valores absolutos, ou seja não de valores unitários, partes do Zero ao 120.
Logo todo este teu papo de que a variável é a população não tem o mínimo sentido, por isto procurei ignorá-lo.
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Pablo.
A interpretação é simples, quanto maior a densidade populacional, maior a área IMPERMEÁVEL, por consequência a chuva que cai vai diretamente para a rede pública de coleta de esgoto pluvial,
Segunda conclusão, quanto maior a concentração maior o investimento público em micro e macro drenagem.
Já que estás a fim de entrar no assunto, o custo da rede de macrodrenagem que é aproximadamente nulo quando os terrenos são pouco povoados (a microdrenagem leva a água para os arroios naturais existentes), a medida que a a densidade aumenta, aumenta a necessidade de investimentos em macro-drenagem, a medida que não só as vazões máximas aumentam como a intensidade da onda de cheia também.
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Para área constante sim, mas isso não é correto, pois o que é constante é a população. Simples assim…
Pegue uma área de um hectare e vá enchendo de gente… é lógico que a impermeabilização vai aumentar! é lógico que a tubulação de água para a mesma área irá aumentar, é lógico que haverá mais esgoto para a mesma área. Mas isso é um raciocínio tosco!
Pegue a mesma quantidade de pessoas e espalhe e calcule o custo disso! As tuas próprias tabelas mostram isso!
O próprio Limiar da Expansão descrito assim prevê isso e que vc foi contra! “com o metrô o sistema estará maduro para transpor um novo limiar”
Mas o problema aqui não é falta de entendimento, é má fé…
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Pablo
Agora voltamos a discussão inicial, e talvez te faltes dados para interpretar o problema.
Uma coisa é numa área virgem se definir a ocupação inicial, se definida a concentração por um valor X, é construída toda a infra-estrutura para esta taxa de concentração, se for proposto outra taxa, uma taxa X+dX, conforme o estado das redes públicas é necessário a complementação destas obras, conforme a situação o incremento de infra-estrutura é mais caro do que a infra-estrutura construída somente para a densidade dX num noutro local completamente virgem.
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Pablo
Como estás preocupado sobre o assunto leia a segunda parte do trabalho denominado:
Infra-estrutura Urbana 1997 de Witold Zmitrowicz e Generoso De Angelis Neto, Departamento de Engenharia de Construção Civil. TT/PCC/17 USP, onde é apresentado o conceito Limiares da Expansão. Quem te deu a explicação sobre a diminuição de custo com o adensamento urbano, estava parcialmente certos. Estas relações simples de adensamento e custo de implantação podem ser vistas em MASCARÓ, J. L. 1987. Desenho Urbano e Custos de Urbanização, Brasília, MHU/SAM.
Mas o que estou falando é deste chamado Limiar da Expansão, ou seja, um ponto em que um mero reforço das redes não atende as necessidades, e para isto se tiveres de passar de uma densidade de 90hab/ha para 120hab/ha as redes existentes devem ser totalmente redimensionadas, ou seja, para aumentar e 30hab/ha as deverás dimensioná-las para a segunda situação, gastando no mínimo o dobro que já tinhas investidas para a primeira situação.
Como aqui não posso colocar gráficos e tabelas, já coloquei no meu blog um post sob isto, podes ver em: http://engenheiro.blogspot.com.br/2012/04/aumento-da-densidade-na-cidade-de-porto.html , e estou preparando um segundo post de reforço a teoria do Limiar da Expansão, como estou com uma ligação de internet de péssima qualidade talvez só consiga colocar bem mais tarde.
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Não concordo com o exemplo da impermeabilização do solo. A variável constante é a quantidade de pessoas e não á área. Se não adensar essas pessoas irão para outro lugar. o índice hab./ha induz a uma interpretação errada.
Veja o exemplo da tabela sobre a área impermeável do solo:
1. Com a densidade 200 hab./ha a área impermeável é de 66,7%, ou seja 0,667ha não serão impermeáveis.
2. Se fixarmos 100 hab./ha, não teremos 0,50 ha impermeáveis e sim 1 ha impermeável, pois a quantidade de pessoas é fixa, assim teremos 200 habitantes distribuídos em 2 hectares com um taxa de impermeabilização do solo de 50%.
Se gerares a mesma tabela usando ha/hab. ao invés de hab/ha. terás a surpresa de encontrar que quanto maior a distribuição das pessoas, maior será a área impermeável.
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Pablo.
Talvez não tenha entendido direito a tabela. Quando há taxas de ocupação crescente há taxas de IMPERMEABILIZAÇÃO CRESCENTE, e não ao contrário do que estás interpretando.
Quando a concordar ou não com os dados, aí é outro problema, estes dados não são resultados de uma achismo de minha parte nem da parte do autor da mesma (que não sou eu), eu simplesmente coletei-os de uma publicação em uma revista técnica, que por sua vez foram elaborados para uma tese em Recursos Hídricos. O autor também não achou nada, ele simplesmente por técnicas de geoprocessamento MEDIU as taxas de impermeabilização em função da densidade populacional. O trabalho deste autor, passou por uma banca de examinadores de sua tese de doutorado e após passou pelos revisores da revista e o crivo dos leitores. Não é uma questão de achar ou não, ou se refaz o trabalho para chegar a novos índices, ou simplesmente o aceita!
Podes simplesmente interpretar este resultado olhando a situação dos Bairros Auxiliadora em Porto Alegre. Este bairro era tipicamente de residências mono-familiares, com baixa taxa de densidade populacional, naquela época as casas tinham seus pátios que serviam como verdadeiras bacias de acumulação da água da chuva, com o início da verticalização do bairro, ainda sobre a égide do plano diretor antigo, a taxa de ocupação dos terrenos eram baixas (em relação aos dias atuais), resultando em edifícios com jardins que ainda freavam as águas da chuva. Com o advento do novo plano diretor, que além do aumento da área construída permitiu a criação do chamado solo criado, onde o incorporador “compra” um solo virtual para ser utilizado em seu terreno, os edifícios agora construídos restringiram ao máximo a área impermeável. Resultado de tudo isto, com qualquer chuva alagava-se toda a área, até que a Prefeitura com obras de macro-drenagem (extremamente caras) resolveu parcialmente o problema.
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Acho que temos dois problemas aqui… um de entendimento e outro de interpretação dos dados. Não questiono os dados e sim a interpretação dos mesmos…
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Bah, mas o povo viaja aqui em?
O cara diz que vai liberar uma altura maior na região onde teremos metrô, ja que vai ter um transporte publico melhor, e ja falam em levar toda a cidade pra essa região?
Meu ponei do céu, vamos parar de viajar….
É incrivel, tem coisas em Poa que me assustam.
Se falar em estacionament, carro, metrô, orla e cais do porto, o povo viaja e cria uma cidade imaginaria completamenet louca em suas mentes, nunca vi..
haha
Primeiro com a historia do pontal, depois o cais, agora o metrô?
sahsuhshas
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Gostei Gilberto, é incrível o sonho e as viagens ao Pais das Maravilhas que este pessoal faz. Antes de tudo isso que ficam divagando aqui tem uma série de coisas muito mais importantes como a EDUCAÇÃO para que tudo possa ser usufruido e não destruído. O povo se perguntado se quer Metrô ou Saúde, com certeza vai preferir o segundo. Espero poder ver este Metrô funcionando.
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Juliana, você está argumentando com uma falsa dicotomia. O investimento em infraestrutura urbana não exclui o investimento em saúde. O governo tem que saber equilibrar estes gastos em busca de eficiência econômica.
Also, é um grande erro querer comparar uma obra de investimento (metrô) com algo que é gasto contínuo (saúde). Sim, há investimentos para se fazer em saúde, como construir novos hospitais, mas antes de tudo há que se qualificar o funcionamento dos que já existem, isto é, tornar os gastos correntes do sistema mais eficientes.
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E o governo sabe equilibrar alguma coisa…………..que é um gasto contínuo todo mundo sabe, mas, infelizmente este fato não acontece. Como sempre digo não existe manutenção de NADA.
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É estranho. A instalação do metrô agora só é viável com o adensamento? A cidade HOJE ja tem deficit de metrô, e por onde ele passar apenas sanará uma necessidade existente. Aí no que terminarem este metro, o mesmo será sobrecarregado com mais edificações?
Existem vários exemplos de capitais mundiais que nao precisam de adensamento para fazer o transporte publico viavel.
Quem acha que apenas um metro vai salvar a patria, ta é muito enganado.
Esquecem que a cidade precisa de VLT’s, ciclovias e segurança para que o pessoal saia pra rua sem ser necessariamente em um carro.
Alguem aqui realmente acredita que uma Porto Alegre com o dobro de habitantes do que tem hoje vai ser um lugar melhor de morar, com o investimento existente?
E pros estatísticos, esquecem que pequenas melhorias fazem a taxa de natalidade disparar. Os jovens de hoje que nao querem ter filhos, do nada, começarão a ter.
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Perfeito, Maurício.
Sem a integração dos diversos modais possíveis, o metrô fica sub-utilizado.
Agora pensando melhor, se não fosse bizarro seria trágico, o Senhor Prefeito que transferir os moradores da cidade para entorno do Metrô, aí se fizerem a segunda e a terceira linha não vai faltar pessoas para serem transferidas ao longo das linhas do metrô?
Esta proposta do senhor prefeito parece muito de uma forma que Pequim resolveu o problema do deslocamento durante a Revolução Cultural, os moradores de Pequim gastavam mais de três horas para se deslocar para o trabalho, durante meses eles procuraram casas mais próximas ao trabalho e colocavam as suas a disposição de quem quiseste. Depois de milhões de propostas, onde A se mudava para B, B para C, C para D……. (coisa de chinês de tão complicada) foi estabelecido o DIA DA GRANDE MUDANÇA, onde todos pegaram os seus pertences e foram para as casas novas. Depois disto se reduziu em parece 50% o tempo de deslocamento.
Será que vamos ter que começar a ler O Livro Marrom do Prefeito Fortunatti? É dose.
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Ninguém está dizendo que a vinda do metrô “só é viável com o adensamente”, mas que uma linha de metrô permitirá um aumento do adensamento pelas regiões da cidade onde passar. Porto Alegre pode optar por isso ou continuar a se expandir territorialmente, o que, no futuro, exigirá ainda mais investimentos em metrôs ou outros sistemas de transporte público.
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Se não me falha a memória (sou antigo), há muitos anos, quando foi demolido o prédio que havia na esquina da Andradas com a Caldas Junior, onde hoje está o Shopping Rua da Praia, chegou a ser divulgado na antiga Folha da Tarde um projeto para erguer no local um edifício com 60 andares. Tal projeto, entretanto, foi vetado pela prefeitura pela razão de vir a provocar excessivo acréscimo de pessoas/usuários naquele local e as redes e serviços públicos não suportariam a sobrecarga.
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O prédio demolido na esquina da Andradas com a Caldas Jr. era do Grande Hotel, um prédio lindo, sua fachada poderia ter sido preservada e o edifício construido dentro. Este prédio foi vítima de um incêndio, pois dizem o incêndio foi criminoso. Como tinha muita madeira por dentro se foi rapidamente.
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Fazendo uma projeção segundo uma tendência de 50 anos a taxa de crescimento populacional do Rio Grande do Sul atingirá Zero por volta de 2025 e a de Porto Alegre em torno de 2020, ou seja em menos de uma década devemos começar a ter taxas nulas ou até negativas. A pressão pela urbanização não existe mais, a região rural do Rio Grande do Sul não tem mais grandes pressões para e emigração e a população está envelhecendo.
Esta é a realidade do Estado e do Município, logo toda esta pressão populacional praticamente inexiste, se adensarmos a cidade o que ocorrerá é que determinados bairros já com infra-estrutura começarão a desertificar, só restando o aumento das necessidades urbanas nas regiões densificadas.
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Alguém aqui sabe o que diz hein…
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Ou… com os preços caindo, pessoas do Interior ou RM vão vir morar em Poa.
😀
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Só estás esquecendo que dezenas de milhares de famílias ainda não tem casa ou moram em subabitações, outras tantas moram em residências diminutas e vão querer mais espaço. Sem contar a migração para grande e médias cidades, é claro – um processo que ainda vai continuar por certo tempo, ajudando a pressionar a expansão urbana.
Por isso, não existe saída, Porto Alegre, como centro maior do RS, deve escolher entre uma certa horizontalidade controlada, em termos de construção, ou manter o modelo atual de construções horizontais descontroladamente, restringindo áreas agrícolas e de preservação.
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Julião
Totalmente de acordo com o problema da sub-habitação e a necessidade de melhoria de residências, porém não é este mercado que ocupará grandes imóveis nas vias principais ($$$), para este pessoal é melhor aproveitar as áreas que estão ocupando (desde que não sejam áreas de risco) e urbanizá-las.
Já o pessoal que procura melhor lugar para morar, necessariamente já estão morando em algum local, logo se troca seis por meia dúzia, e as áreas abandonadas serão degradadas com o tempo!
Quanto ao ponto migração do campo para a cidade ou de pequenas cidades para as grandes, a tendência moderna (natural, não imposta por políticas públicas) é exatamente ao contrário, ainda tem um remanescente pouco significativo em termos demográficos.
Não esqueça que as grandes indústrias não estão mais em Porto Alegre, e quando alguém migra é atrás de emprego.
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Porto Alegre precisa ter algumas áreas com predios mais altos, também.
Não pode ficar querendo ser uma Marau para sempre !
.
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Realmente, concordo com a idéia, tirar os corredores e forçar as pessoas a usarem o metrô, ai sim eu concordo, até por que sou totalmente contra os corredores.
Só acho inutil a idéia de fazer um lugar com arvores e caminhos para caminhadas no lugar do corredor, e até perigoso, a assis brasil ja é perigosa a noite, imagina com umas arvores assim.. vish… Até por que acho horrivel uma area no meio de uma avenida para pedestres e ciclistas, é até perigoso, até por que o povo é meio louco da cabeça e tem muita gente achando que é só pular na frente de um carro que da pra atravessar.
Prefiro que aumentem as calçadas, façam uma ciclovia simples e o resto que seja area para parar o carro/taxi/onibus/caminhões (não estacionar)…
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Cara, procura a Unter den Linden no street view. É um lugar muito mais humano do que qualquer avenida de porto alegre, e ainda assim funciona bem como avenida para os veículos.
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Acho que se deixarem adensar um pouco mais o entorno da assis brasil a região vai ficar melhor, hoje está lotada de prédios degradados. E se tiver passeios na avenida, tende a ter mais gente na rua, vivendo por ali e portanto exigindo melhoria de segurança, etc.
Note que as regiões degradadas (no grande centro) se formaram em volta de grandes avenidas, como a Assis Brasil, não o contrário.
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Na maioria, lugares sem lugar para estacionar e com corredores de onibus.
É só andar uma quadra pra dentro que muita coisa muda…
Até na região da Farrapos, tu entra nas ruas e as construções são bem melhores, tenho um amigo que mora numa casa gigante ali, uma casa linda num baita terreno, toda bem cuidada.
Claro, nem todos os luagres são assim, ainda assim tem muita prostituição, mas tem muita coisa boa e em bom estado ali, pessoas com dinheiro morando ali… Só fica feio mesmo quando chega na quadra da voluntarios, ai tem até lixo jogado…
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Como vocês sonham e perdem tempo com utopias, é claro que os corredores de ônibus vão continuar, as estações do Metrô ficam muito mais longes uma da outra do que as paradas de ônibus, ou vocês acham que vai ter estacão de Metrô a cada 50 ou 100m. Acordem, parem de sonhar com ruas ajardinadas e ciclovias maravilhosa (porque a SMAM não esta nem aí para isso) e outras coisas mirabolantes. Estamos no Brasil e aqui as coisas não são assim, mesmo que queiramos. Não sou do contra, nem pessimista, gostaria que tudo fôsse assim fácil, como num passe de mágica, mas tudo isto depende de governos e povo. O Governo não faz e o povo destroi o que tem.
Gerson London escreveu, O que êles querem Controle de Natalidade?. Pois é gente, isto já devia ter sido feito há muito tempo e uma série de problemas já teriam sido resolvidos.
Agora podem clicar no não gostei. Eu sei porque escrevi, há muito tempo luto sozinha por algumas coisas em Porto Alegre e sei como é dífícil. Eu pergunto: Algum de voçês que ficam sonhando aqui neste blog e escrevendo laudas imensas à respeito do sexo dos anjos já tirou dinheiro do seu bolso (além dos impostos pagos) para fazer algo por esta cidade? Já pagou uma castração para um animal em uma Ong? Já saiu num fim de semana para amarrar árvores caidas e tortas pelas ruas do seu bairro? Já telefonou para o 156 pedindo para trocar lâmpadas queimadas e limpar bueiros entupidos mesmo que não estejam no seu bairro? Já telefonou para o 118 solicitando troca de gradis nas ruas e corredores de ônibus, pintura de faixas de pedestres passagem de cadeirantes danificadas? Eu já, muitas e muitas vezes. Não discorro sobre mais coisas para não me alongar. Portanto não esperem muito, nós não somos 1°mundo, nós não somos Europa. Nós não temos manutenção.
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o corredor de ônibus pode sim ser eliminado com o modelo de baldeação para linhas perpendiculares ao metrô que sugeri.
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Baldeação é um porre.
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Cara Juliana Staudt
Cliquei exatamente no não gostei porque a concepção de controle da natalidade não se aplica para a realidade brasileira. Sou contra o controle da natalidade não por motivos religiosos ou ideológicos, sou contra este controle mais por razões pragmáticas do que outra coisa.
Primeiro, o crescimento exacerbado da população brasileira da-se por motivos históricos da rápida urbanização do que outra coisa. Pessoas egressas do meio rural, num primeiro momento, tendem a manter o mesmo padrão de família que lhes era conveniente no campo (mais filhos, mais mão de obra), já na segunda ou terceira geração esta taxa de natalidade cai abaixo de padrões internacionais.
Segundo, o maior controle da natalidade que se pode fazer, é dar padrões mínimos de dignidade ao migrante nas grandes cidades, sabe-se pela experiência do próprio Demhab (POA) que ao passar para residências populares com o mínimo de conforto e saneamento ambiental, que a taxa de natalidade se reduz drasticamente em curto espaço de tempo, não precisando de implementar ações elitistas e, algumas vezes nada democráticas, de políticas públicas de controle da natalidade.
Terceiro, e maior motivo, se não fosse as altas taxas de crescimento populacional no século passado, o Brasil hoje em dia seria um imenso vazio populacional, vazio este que seria logicamente preenchido por outros migrantes. A nossa densidade populacional em relação a países desenvolvidas é pífia, e se alguém deveria ter controle da natalidade no século passado deveriam ser os Europeu e não os Brasileiros.
Quarto, se este país teve algum desenvolvimento foi graças a esta criação de uma imensa massa de pessoas que se sujeitaram a salários degradantes e permitiram, por exemplo, que até há dez ou quinze anos tivéssemos uma habitação relativamente barata em termos internacionais.
Quinto, e último, quando escuto este discurso, pró controle da natalidade, escuto nas entrelinhas teorias eugênicas, mui gratas a países e situação de países, nada democráticos.
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Fica dificil entender esse povo-do-contra-tudo….
Nao querem o adensamento, mas ai reclamam que estao destruindo o meio ambiente, construindo-se milhares de casas para suprir a demanda pois vao devastar uma area muito grande!!!!????!!!!!
O que eles querem? Controle da Natalidade?
Tenho uma ideia: Comecem pelo castramento dos proprios!!
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Adensar mais! E quem paga o aumento as redes públicas de água e esgoto com este adensamento! A população.
Imaginem se a cidade de Paris adensasse mais ao logo de toda a rede de metrô.
O que o prefeito quer é poder vender mais solo criado, os problemas e os custos ficam para os próximos prefeitos administrarem (e nós pagarmos).
Adensamento tem mais repercussões do que se vê, o problema do Dilúvio, que estão falando atualmente, será seriamente agravado com o adensamento em áreas de sua bacia, aí quem paga. A população em geral, quem mora e quem não mora na bacia do Dilúvio.
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De qualquer maneira iria ter esse aumento, com a cidade crescendo pra cima ou pros lados.
Todo mundo iria pagar igual…
E quem falou em diluvio?
Não é em toda cidade, só em algumas areas como a 3 perimetral e regiões com metrô.
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Por incrível que pareça é bem mais barato adensar do que espalhar. Aumentar o diâmetro de tubos, a potência de bombas ou o diâmetro de fios sai mais barato que construir longas redes para enviar água, recolher esgoto ou levar energia elétrica.
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Também acho, imagina levar água, esgoto, luz, coleta de lixo para um bairro a 20, 25, 30 km do centro. Deve ser muito mais fácil ampliar o sistema para bairros onde já existe esses serviços.
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Explico o porque da pergunta. O custo de instalação da infraestrutura para um local que será bem densificado, é bem menor por habitante do que a instalação da mesma infraestrutura para um local bem menos densificado (isto é claro e concordamos), entretanto estou falando do custo primeiro da instalação existente (para baixa densificação), retirada da mesma (quando for o caso) e posterior colocação de outra infra-estrutura.
Ou seja, temos um custo que já foi amortizado que serve a uma dada região, na introdução de nova densificação teremos um custo que é menor mas o ganho é marginal, ou seja, se tínhamos uma taxa qualquer, 120hab/ha ao passarmos para 180hab/ha se tivermos que reconstruir determinadas redes, como as redes de água, redes de esgoto pluvial e cloacal para 180hab/ha e o custo for integral, ganharíamos somente uma taxa de 60hab/ha o que corresponderia a instalação de redes para locais menos densificados.
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Pablo
Só gostaria de saber de onde tiraste esta conclusão? Sério, não é brincadeira.
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Trabalhando em infra-estrutura de telecomunicações e conversando com ex-colegas que vieram da distribuição de energia e água.
Quanto maior o adensamento maior é a taxa de compartilhamento da infraestrutura…
A lógica é simples: A volume interno do tubo aumenta na proporção do raio ao quadrado e a quantidade de material utilizado para fazer o tubo aumenta na proportção do seu raio. Resumindo, para passar 4 vezes mais água se gasta apenas duas vezes mais material para produção do tubo. Para fazer um tubo que passa 16 vezes mais água se gasta apenas 4 vezes mais material para a produção do mesmo tubo…
Para energia elétrica a lógica é parecida, é mais caro levantar os postes para levar energia elétrica mais longe do que aumentar o diâmetro do fio.
Além desses pontos há as perdas no transporte de água, energia e esgoto. Se a densidade populacional é pequena, a água, esgoto ou energia devem percorrer distâncias maiores, para a mesma população, disperdiçando energia na resistência dos fios ou como perda de carga na tubulação.
Outra grande vantagem do adensamento é a economia de combustível no transporte.
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Pablo
Como te interessas pelo assunto colocarei num texto abaixo, com uma caixa maior, algumas explicações e referências que demostram que esta regra de quanto maior o adensamento menor o custo não é totalmente válida para zonas já urbanizadas.
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Paris não se adensou ao longo do metrô mais por motivos arquitetônicos e históricos do que urbanísticos. A maioria das cidades desenvolvidas orientam seus adensamentos de acordo com a rede de transporte, justamente para viabilizar esta. Temos um exemplo ótimo disso em Curitiba, onde o plano diretor determina a densidade da ocupação EM FUNÇÃO da distância dos eixos trinários da RIT.
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Não adiaanta, vai ganhar meu voto…
O cara me entende..
Só espero que não demore muito, se não vão acabar os terrenos na região da 3 perimetral e ae não vai adiantar mais nada.
sahusahushu
Tomara que isso sirva como incentivo para derrubarem as coisas feias na Assis Brasil e construir coisas novas, mas a prefeitura ja deveria fazer um projeto, tipo, obrigar a manter um espaço maior na calçada para que no futuro quando completarem as quadras, tenha espaço para por uma pista nova para carros e uma ciclovia em cada lado… e dar uma melhorada nos corredores né.. mesmo com metrô, acredito que vão se manter por la..
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Deusulivre manterem o corredor com o metrô embaixo!
A melhor opção seria transformar em um canteiro mediano caminhável, no estilo da Unter den Linden em Berlim[1]. Infelizmente, tenho o pressentimento que simplesmente vão tacar asfalto em cima e transformar em pista de rolamento. Transformar em canteiro tem várias vantagens:
1) facilita a travessia dos pedestres, pois ele teria que atravessar menos pistas de cada vez
2) evita indução da demanda veicular, reforçando a importância do metrô para o eixo
3) permite a instalação de recuos para conversão à esquerda e retornos, coisa impossível hoje em quase todas avenidas de Porto Alegre.
[1] http://en.wikipedia.org/wiki/Unter_den_Linden – talvez árvores seja pedir demais em função do metrô embaixo, mas vocês entenderam a ideia 🙂
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A citar: a mesma ideia poderia ser aplicada na Farrapos ao Norte do cruzamento com a Visconde do Rio Branco. Todo o tráfego arterial seria transferido para as avenidas Pernambuco e Franklin Roosevelt, enquanto que a Farrapos teria apenas tráfego local, forçadamente lento, e canteiros e praças harmonizando.
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Vai continuar tendo onibus e lotações, acho que as faixas de onibus deveriam virar faixas para transporte publico, escolar e taxi.
A Assis Brasil nem tranca tanto, ja tive minha época de usar essa via no horario de pico, de carro era muito mais rapido que de corredor…
Eu demorava 1 hora para ir até a faculdade de onibus, e cerca de 15 minutos de carro…
A maior parte do tempo era no Ubirici…
Apesar do metrô, ainda teremos onibus saindo do centro em direção a rm de Poa, por isso que o corredor deve ser mantido…
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Acho que a ideia é que os ônibus da região metropolitana e dos bairros porto-alegrenses, para além do metrô, não cheguem mais até o centro de Poa, mas façam conexão com o metrô em algum ponto, como no Triângulo ou na região da Fiergs, o final da linha, até para justificar um investimento desse vulto.
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O meu ponto é: o corredor só faz sentido quando se tem linhas que percorrem toda a avenida; estas linhas estariam concorrendo diretamente com o metrô sem ter um pingo da capacidade deste, o que seria bastante estúpido.
Sim, com certeza a região precisa ser atendida por linhas de ônibus mais locais, mas a visão que eu tenho é que estas linhas deveriam ser sempre, na medida do possível, perpendiculares à avenida. Por exemplo, para a estação Cristo Redentor, poderíamos ter uma linha de ônibus chegando pela Av. Francisco Trein ou pela Rua Antonio J. Mesquita, fazendo uma parada bem quase na esquina com Assis Brasil, depois cruzando a Avenida e entrando por aquelas ruazinhas ao norte. Essa linha poderia ser bem curta, indo, digamos, do Iguatemi até a Sertório e voltando. Seu objetivo seria aproximar do metrô, e não do centro.
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