Prefeitura de Porto Alegre promete funcionamento de BRTs até o final de 2013

Orçadas em mais de R$ 112 milhões,estão em construção nas avenidas Protásio Alves e Bento Gonçalves. Para a João Pessoa, os envelopes da licitação já foram abertos e estão em fase final de análise.

Confira a matéria completa no site http://zerohora.clicrbs.com.br/rs/esportes/copa-2014/noticia/2012/07/prefeitura-de-porto-alegre-promete-funcionamento-de-brts-ate-o-final-de-2013-3828406.html



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21 respostas

  1. Melhor discutir estas questões do ponto de vista técnico. Há várias maneiras de implementar esse tal de BRT. Por exemplo: para atender a uma determinada demanda, pode-se optar por mais ônibus a uma velocidade menor ou menos ônibus a uma velocidade maior. A primeira situação privilegia a segurança. Se deixarmos para as empresas de ônibus decidirem isto, adivinhem qual será a opção deles? Hoje, há mortes demais provocadas pelos ônibus em Porto Alegre, mas em Curitiba, a situação é ainda pior. As vítimas são principalmente jovens e idosos. Vocês querem isto para seus pais e seus filhos?
    Na Europa e nos Estados Unidos, não há uma única implementação de BRTs. Mas eles tem ônibus metropolitanos e TLVs, que trafegam em velocidades menores que aqui. Se os ônibus forem mais frequentes, e devem ser, não há necessidade de ar condicionado em paradas.
    Este discurso ufanista de que as coisas tem que ir “para frente” coincide com o da ditadura nos anos 70. Enquanto se cantava “Prá Frente Brasil”, eram arrancados os trilhos e as redes elétricas dos bondes em Porto Alegre para que os ônibus reinassem para sempre, sem volta. Na Europa, elas foram mantidas, e os bondes foram substituídos por modernos TLVs.

    • Verdade. Não sei a velocidade que andariam os BRTs, mas um ônibus biarticulado a 60km/h no meio da cidade tem um potencial de destriução incrível.

      Só pra dar uma noção, um crash teste de um caminhão (leve) batendo a 70km/h (velocidade que acham normal pra dentro da cidade): http://www.youtube.com/watch?v=VZ0b_jAshl8 (vídeo da batida em 1:25).

    • É Aldo. Realmente esse é o maior problema. Viver é o maior problema. Vai que algum louco espalhe alguma bactéria mortal ao vento ou simplesmente decidirmos ir ao cinema e um maluco entrar atirando. Tenho que cuidar dos meus parentes, meus sobrinhos… Vou aconselhá-los a deixarem de viver, de sair. Ou melhor, vou trancafiá-los no porão.
      As cidades européias (as médias pra grandes) possuem um sistema de metrô que dá suporte aos TLVs. Eu andei muito de TLV lá, mas para trajetos curtos. Quando precisava ir a locais mais afastados, precisava pegar metrô ou ônibus. E muitas vezes precisei pegar taxi porque nenhum dos dois servia pra mim. Berlim é umexemplo. Não pude andar de TLV nenhuma vez lá porque as coisas ou são distantes ou se concentram tudo no mesmo quadrilátero (dispensando qualquer tipo de transporte).
      Já em Heidelberg e Münster só usei TLV. Mas os trajetos eram curtos.
      O estilo da vida é diferente. No Brasil, infelizmente a maioria dos membros de uma mesma família precisa trabalhar pra sobreviver. Muitas vezes em 2 ou 3 empregos diferentes. Isso explica porque ao visitar uma cidade com a mesma população de Poa na Europa, não vemos a mesma multidão nas ruas precisando se deslocar. Mesmo em Miami eu tive essa impressão quando morei lá. Pouco se via os americanos nas ruas —a maioria absoluta era de turistas (em compensação as freeways estavam sempre paradas por causa do trânsito).
      Coloca dados de Curitiba aqui pra gente ver. E coloca de outras cidades também. Trajédias acontecem a todo instante, em qualquer lugar. O Diretor de Criação da Paim que é meu amigo voltou de Roma chocado com as mortes que viu. Inclusive de uma criança de uns 7 anos, que tinha umairmã gêmea que sobreviveu. Ah, e foi um Train (TLV).

    • É bem isso! Não precisamos de ônibus com super-capacidade, precisamos é de ônibus frequentes!

      • É um paradoxo mesmo. Tem gente que fala que o trânsito é horrível, que mais ônibus vai poluir e tal… Os ônibus já tem uma frequência razoável —salvo algumas exceções— Eu prefiro mil vezes diminuir a quantidade de ônibus das ruas, mantendo uma organização da frequência e quantidade de ônibus conforme o fluxo. Não adianta ter linhas de 3 em 3 minutos com ônibus vazios. Pode ter um intervalo maior, onde um mesmo ônibus com maior quantidade dê conta do recado. Por isso mesmo que as paradas envidraçadas são ótimas, porque se as pessoas vão esperar, que esperem com um mínimo de conforto. De bandeija ainda deixa a cidade ocm um visual mais bonito e moderno.

      • Sim, e no caso da linha 520 (que sai do Triangulo e vai até o Hospital Fêmina) no horário de pico da manhã, sai de 3 em 3 minutos, e não dá conta!

        Nem vou citar o caso do T11, é onibus articulado um atrás do outro….

        Tudo porque é a unica alternativa de transporte público naquele trajeto…..

  2. Eu gostei. E muito.
    Então, se depender de alguns argumentos acima, nada na cidade pode ser costruído. Esses problemas citados seriam os problemas em qualquer cidade brasileira.
    Não interessa se é promessa em tempos de eleições. O que nós, como grupo organizado na internet, temos é que exigir que isso saia, assim como no render e que dure, com pessoas cuidando. Sem pessimismo do tipo “ah, o camelódromo era pra ser assim e foi assado, imagina as estações”. O projeto está aí e foi divulgado. A nossa função agora é fazer barulho para que isso saia do jeito que está aí. Se foi projetado assim é porque é viável aos cofres da cidade. Nós sabemos que barulho organizado na internet funciona (exigindo que saia e não comparando com comentários “ai, mas o de Curitiba é arredondado, é mais moderno, é mais bonito, é mais pujante…”)
    Era pra ter um monte de comentários aqui ao menos elogiando o projeto.
    Mas quando é pra elogiar, ninguém aparece. Já quando é pra comparar com Curitiba, Dubai e afins, surge uma galerinha…
    Sério, eu acho que faz o grupo perder MUITA força. Esse negócio de só comparar o seu gramado com o do vizinho soa mal para a multidão. Já quando a galera “vai lá e faz”, é elogiado, o grupo ganha força.
    O exemplo dos adesivos nas paradas de ônibus é bem ilustrativo. Eu acho uma idéia bem chinfrin, mas os caras foram lá, fizeram videocase, postaram na internet, deu repercussão e pra prefeitura não restou mais que “a vergonha” de não estar pensando em nada a respeito e ter que aceitar a sugestão pra não ficar mal na fita (e começarem a pensar num projeto maior para as paradas).
    Há uma movimentação na cidade e no estado para as coisas irem pra frente. Eu estou num projeto agora de divulgação enorme pra colocar o RS na ponta de novo. E pessoas que estão no projeto falam sobre isso. Há consenso que o Rio Grande do Sul está estagnado e que precisa de soluções (inclusive no Governo) Um deles já teve até reuniões com um megaprojeto de um lance com ondas que só tem em outras duas cidades do mundo, sendo Dubai (#todoscurtem) uma delas.
    Eu citei o blog portoimagem em umas 4 reuniões. Ninguém fez festa. Mas era só citarem outros grupos (portoalegre.cc, os caras dos adesivos, o massacrítica..) e todo mundo comentava das ações, dos “cidadãos que arregaçam as mangas”.
    Nas mesmas reuniões há um desses caras que a gente tanto critica que puxa a cidade pra baixo. Aliás, é um dos fomentadores de um site que já foi criticado várias vezes. Em duas dessas reuniões eu briguei com ele na frente de todos e citei coisas como o Cais e coisas como “qualquer ninho de coruja faz com que alguma obra importante para o estado pare”.
    Temos que fazer MUITO MAIS do que comparar mal e porcamente Porto Alegre com outras cidades. MUITO MAIS que colcoar postinho neoclássico e florzinhas nas praças através do photoshop”. MUITO MAIS do que dizer que a mentalidade é retrógrada em Porto Alegre e no estado. Chega de chororô gente.
    O que agente precisa é ser o gurizinho desse comercial:

    • O Anderson tirou as palavras da minha boca. Leio sempre o Porto Imagem e o que me choca é ver, nos comentários (e algumas vezes nas opiniões do próprio site) essa vontade de não-gostar, de achar tudo ruim. Revitalização da praça é ruim porque o banco foi pintado de laranja, BRT é ruim porque a parada é fechada, tal projeto nunca vai sair do papel, adesivo nas paradas é não-sei-o-quê. Talvez esteja na hora de apoiarmos ações legais, mesmo achando que elas poderiam ser mais legais. Elas estão aí por uma necessidade que foi sentida (pela prefeitura, pelo governo, por algum grupo, enfim…) e passam por estudos de viabilidade técnica para que possam tornar-se realidade.

    • Cara, parabéns pelo teu comentário!

      Concordo contigo, a impressão que tenho é que nesse site só tem “velhos” (velhos de idéias, velhos resistentes a mudanças, etc) lendo e comentando!

      Ta loco!!!

  3. Não há nenhuma necessidade de bretes de vidro. Isto é solução exclusiva para o terceiro mundo onde as pessoas são tratadas como boiada. O objetivo desses BRTs em Porto Alegre é simplesmentente dificultar a mobilidade de pedestres e ciclistas obrigando-os a tomar ônibus a preços extorsivos. As paradas, projetadas “de graça” pela ATP, serão grandes barreiras de vidro com centenas de metros de gradis em seus entornos. A desculpa será a “imprudência” dos pedestres que cruzariam o caminho dos ônibus rápidos e imensos do BRT, na verdade, verdadeiros trens com dois ou três vagões sobre pneus e mais de 30 toneladas.

    • Fala sério cara. As paradas de Poa são verdadeiros amontoados de gente, sem conforto, passando frio e calor e sujeitas a assaltos. Quem nunca conheceu alguém que foi assaltado numa parada? Sabemos que se o cara quiser assaltar, ele vai. Vai entrar ali com a arma e vai. Mas a maioria dos assaltos são de marginais que estão passando próximo ao local e se dirigem às paradas só por causa disso.
      Tu cita mobilidade de pedestres e ciclistas… Isso é conforto, não é pra prejudicar ninguém, ao contrário. Na Alemanha, onde passei uns dias há poucos meses, haviam espaços como esses dentro das estações de trem, para as pessoas esperarem o trem com confirto e aquecidos do frio. E haviam ciclistas ali tb.
      Esse é o tipo de comentário de quem não pensa no todo e sim numa minoria. É o tipo do carangueijo que puxa o outro pra não fugir da panela.
      Tão vendo que isso aqui é um microcosmos do pensamento geral no estado?
      Nada vai pra frente porque quando aparece uma proposta decente, já começam os pseudoqualquer coisa a enxergar só coisas negativas.
      Daqui a pouco aparece alguém comentando “ai, e onde as corujas vão fazer seus ninhos???”

    • Aldo M.: quanta besteira.

    • Concordo contigo, Aldo.

      Devíamos começar tirando aqueles bretes ridículos que só trancam a passagem dos pedestres nos grandes cruzamentos. Já perdi a conta de quantos sinais não consegui passa por causa deles.

  4. O que não se promete em véspera de Eleições?

  5. Qual o ônus se essa promessa não for cumprida??? ¬¬

  6. Eu particularmente acho BRT um retrocesso. Nada mais é do que ônibus comum com paradas mais ‘modernas’, grande coisa! Certamente, com a mentalidade de algumas pessoas, logo serão destruídas, pichadas e coladas e cartazes de dentistas ou políticos. Uma evolução seria o VLT, mais bonito, moderno e confortável. Mas quem manda são as empresas de ônibus né… vamos deixar apenas no sonho.

    • “…quem manda são as empresas de ônibus” – falou tudo, Tulio! É bem por aí, quem aposta que não vai sair do papel o Aeromóvel em Porto Alegre? Só saiu lá no trecho do aeroporto porque não é concorrencia para as empresas de ônibus (vulgo monopólio), agora, tente por uma linha de Aeromóvel onde passe linhas de ônibus pra ver se vai ser construido, não mesmo!

    • Túlio Ramos, não confunda as coisas. Os Dentistas não colocam cartazes nas paradas. O que acontece é a locação de espaços para divulgação de clínicas odontológicas, mas de forma legal. E isso acontece com várias outras empresas, que locam espaços ou luminosos nas paradas. O que acontece é que muitos cartazes, sem relação com a Odontologia, são colados de forma ilegal nas paradas. E isto é o que deve ser combatido.

  7. Sem querer ser pessimista, essa eu vou querer ver. E sendo assim, estação fechada, climatizada e tal, surgem as perguntas: quem fuma? Vai aguentar não entrar na área fechada? E quantos dias os vidros vão durar sem serem pichados ou quebrados? As estações terão pessoas controlando? Enfim, veremos o resultado, espero, na data esperada!

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