Prefeitura decreta situação de emergência após temporal

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O prefeito Sebastião Melo anunciou na quarta-feira, 17, um decreto de emergência devido aos estragos causados pelo temporal com fortes ventos e chuvas da noite passada. documento foi publicado em edição extra do Diário Oficial de Porto Alegre (Dopa), dispensando de licitação a aquisição de bens necessários às atividades de resposta ao desastre, entre outras medidas para minimizar os danos.

Melo começou a despachar no fim da madrugada de quarta-feira, no Centro Integrado de Coordenação de Serviços de Porto Alegre (Ceic-POA), para acompanhar as ações de atendimento à população. No início da tarde, o prefeito vistoriou as vilas Ecológica e Pedreira, no bairro Cristal, prestando assistência do município aos moradores. Emergencialmente, foram compradas 2,2 mil telhas que serão distribuídas aos atingidos em diversos bairros.

“Por meio do decreto, encurtamos o caminho para a contratação de serviços na cidade. O nosso foco é o restabelecimento da rotina para os porto-alegrenses, buscando ouvir e atender as comunidades” – Prefeito Sebastião Melo.

Confira a situação das ocorrências no final da tarde desta quarta-feira:

Monitoramento – O Centro Integrado de Coordenação de Serviços (Ceic-POA) recebeu 74 pedidos de ações integradas desde o temporal da noite de terça-feira. O órgão permanece mobilizado no monitoramento das ocorrências geradas pelo evento climático.

Água – O fornecimento de energia elétrica foi restabelecido nas Estações de Água Tratada (ETAs) Menino Deus e São João. No entanto, em razão do longo período de desabastecimento, a retomada das atividades será gradual – podendo se estender nas partes mais afastadas da rede. As equipes da CEEE Equatorial seguem trabalhando para normalizar os serviços das Estações de Tratamento de Água (ETAs) Moinhos de Vento, Ilhas e Tristeza. Dez das 22 Casas de Bombas de Águas Pluviais também estão sem luz.

Árvores caídas – Até as 18h, a Secretaria Municipal de Serviços Urbanos registrou ao menos 450 ocorrências de árvores caídas em Porto Alegre. O levantamento não inclui os parques e praças da Capital. Já foram atendidas 250 dessas ocorrências, podendo chegar a 280 até o final do dia. Nos próximos dias, será feito o recolhimento. As equipes da pasta atuam nas remoções com o auxílio de 11 motosserras cedidas temporariamente à prefeitura.

Trânsito – A EPTC registra 143 ocorrências de bloqueios nas vias de Porto Alegre devido ao temporal. São 64 pontos de bloqueio total por queda de árvores, 14 por postes ou fios caídos e três por acúmulo de água, além de 63 bloqueios parciais. As linhas 171, 345, 347, T3, T4, T5, T11 e B09 seguem com desvios de itinerário. Ao todo, 103 semáforos estão fora de operação devido a falta de energia. Os principais eixos atingidos são áreas Sul e Leste, nas avenidas Ipiranga, Aparício Borges, Cruzeiro do Sul e Wenceslau Escobar.

Assistência social – O plantão do Conselho Tutelar será realizado das 18h do dia 17/01/2024 até às 8h do dia 18/01/2024, na sede da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social, localizada na avenida João Pessoa. Os telefones são (51) 3289-2073 e (51) 3289-3289.

Doações – Quem quiser ajudar pode doar água, das 9h às 17h, no térreo do Centro Administrativo Municipal, na rua Gen. João Manoel, 157, no Centro Histórico.

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Link: https://prefeitura.poa.br/gp/noticias/prefeitura-decreta-situacao-de-emergencia-apos-temporal

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3 respostas

  1. Não só a fiação elétrica principal deveria ser subterrânea, como as estações de tratamento e distribuição de água deveriam ter geradores. Não adianta prefeito fazer alarde quanto a ausência de energia elétrica nas estações se a própria gestão municipal falhou em ter um plano de contingência.

  2. Toda uma situação extrema que gera transtornos imensos para a população. Especificamente quanto à problemática da falta de energia que interfere tão negativamente na vida das pessoas e no desempenho dos estabelecimentos e economia da cidade, pensemos apenas que se a REDE DE DISTRIBUIÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA local fosse majoritariamente SUBTERRÂNEA, a dimensão desse problema seria ínfima comparada ao que se vê agora e quando, teria a resolução super facilitada. Acredito que o blog poderia se articular e provocar essa discussão na cidade, talvez à câmara de vereadores ou a algum conselho municipal, associação de usuários de serviços públicos, agência reguladora, sei lá. O fato que não se pode ignorar é que a recorrência de temporais está cada vez maior e que então… a adminsitração pública precisa promover e cobrar adaptações nos sistemas e na infraestrutura urbana e daí vem a importância de se evoluir efetivando a supressão de postes e fiação aérea e implantação de uma nova rede de distribuição abaixo do solo. O fato é que ante grandes temporais e esses todos notam estão ocorrendo periodicamente, esse sistema convencional de rede de distribuição elétrica deixa a capital gaúcha em um estado de vulnerabilidade muito acentudado, posto que a energia elétrica é vital para as atividades humanas urbanas e ao faltar provoca inúmeros contratempos e perdas. Vejamos que haveria ganhos múltiplos se a fiação estivesse aterrada, e seria ótimo a eliminação da horrenda poluição visual produzida por esses postes e fios, e além e acima de tudo que baita ganho seria gerado através do aumento da perfomance de fornecimento com maior constância de energia disponível para as unidades consumidoras, o que diminiuiria deveras danos e o desconforto dos cidadãos portoalegrenses especialmente quando da ocorrência desses fenômenos climáticos extremos, saliente-se minha gente, cada vez mais presentes. Portanto, algo tem de ser feito para enfrentar esses déficits, esse óbvio descompasso estrutural do sistema de distribuição de energia dominante na capital gaúcha.

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