Urgente – barragem colapsa na serra e Guaíba transborda na capital

Barragem no Rio das Antas se rompeu e águas avançam com grande velocidade para o Vale do Taquari e chegarão a Porto Alegre

Situação das enchentes se agrava a cada hora e vai ficar ainda mais crítica com rompimento de barragem no Rio das Antas .
Foto: Anselmo Cunha / Metsul Meteorologia

A situação no Rio Grande do Sul é cada vez mais dramática. Uma das principais barragens da Serra Gaúcha se rompeu, o que deve piorar a enchente no Vale do Taquari, e o Guaíba transbordou em Porto Alegre pouco antes das 15h, devendo subir com cotas apenas abaixo de 1941 no curto prazo.

De acordo com o jornal Correio do Povo, houve o rompimento de uma barragem no Rio das Antas, o que agravará ainda mais os efeitos da enchente na Serra e no Vale do Taquari. O prefeito de Bento Gonçalves, Diogo Segabinazzi Siqueira confirmou a informação por volta das 14h25 desta quinta-feira em suas redes sociais.

De acordo com o prefeito, a informação é oficial e foi emitida pela Companhia Energética Rio das Antas (Ceran). A prefeita de Santa Tereza, Ggisele Caumo, também confirmou a informação.

A orientação aos moradores que vivem em locais próximos aos rios das Antas e Taquari é de que deixem suas casas imediatamente. A projeção, segundo Segabinazzi, é de que o nível da água suba até 4 metros rapidamente.

“A barragem 14 de julho acabou de colapsar. A informação que precisamos passar a todos moradores que vivem as margens do Rio das Antes e do Rio Taquari é sair o mais rápido possível desses locais. A tendência é que suba de 2 a 4 metros nas próximas horas, nos próximos minutos. Isso é uma informação oficial”, afirmou o prefeito.

O Guaíba extravasou no Cais Mauá por volta das 14h de hoje ao atingir a cota de 3,00 metros. É apenas a quarta vez desde 1941 que o Guaíba transborda no Centro de Porto Alegre. As vezes anteriores foram em setembro de 1967 (3,11 metros), setembro de 2023 (3,18 metros) e novembro de 2023 (3,46 metros). Todas estas marcas serão facilmente superadas e o Guaíba pode atingir marcas somente vistas na enchente de 1941.

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Imagem do CEIC / PMPA agora -15:30

15h30 – Câmera da @eptc_poa mostra o interior do Cais Mauá, no Centro Histórico.

Última cotação do Guaíba, atualizada às 14h15min, é de 3,09m.



Categorias:Enchente, Meio Ambiente

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3 respostas

  1. Até quando seremos “pegos de surpresa”?

    Há anos que os eventos climáticos extremos tem feito parte da rotina. Em menos de um ano foram três grandes chuvas. Impressiona que depois da enchente do Rio Taquari, no ano passado, não houve uma imensa mobilização das autoridades (principalmente estaduais e municipais) para criar um plano estrutural de recuperação e qualificação das nossas bacias hidrográficas e suas margens. Da forma que está, não adianta plantar semente ou mudinha de árvore à beira dos rios. É preciso reforçar os taludes até que as matas ciliares sejam restabelecidas e retirar as construções que estão em APP.

    Sem projeto não adianta pedir dinheiro federal.

    Estamos vivendo um momento em que teremos que criar soluções novas. A infraestrutura existente não comporta essa dimensão de adversidade. Pontes, rodovias, rede elétrica e cidades, no geral, precisarão ser atualizadas para essa nova realidade. Nada garante que não virão chuvas mais volumosas.

    • Não poderia concordar tanto com um comentário, o RS é o único estado do Brasil que chove tanto quanto o Amazonas, uma região onde frequentemente as massas e ar quente do equador se encontram com o ar frio polar, isso gera diversos temporais e instabilidades. O Brasil é o País com mais raios do mundo, e o RS o estado com mais raios do Brasil. Tudo indica que as mudanças climaticas só vão itensificar a frequencia dessas temporadas de “chuvas”. Temos que preparar toda ifraestrutura que for feita levando isso em consideração. Isso sem citar a necessidade de intervenções maiores, como alargamento e açoreamento de rios, inclusive do lago Guaiba. Um sucessor para o muro da Maúa também poderia ser feito, como uma arquibancada, só que protegendo todos os arredores daquela região de penisula do centro de POA.

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