Infraero pode assumir o aeroporto de Caxias do Sul para ampliar as operações no terminal

A ideia é que o terminal de Caxias, atualmente sob administração do governo estadual, sirva como uma das alternativas para receber voos comerciais impedidos de usar o aeroporto Salgado Filho
Foto: Prefeitura de Caxias do Sul/Divulgação

O ministro do Turismo, Celso Sabino, afirmou que a Infraero “está pronta” para assumir a operação do Aeroporto Regional Hugo Cantergiani, em Caxias do Sul, na Serra Gaúcha, e “entrar rapidamente” com dezenas de funcionários no terminal.

A ideia é que o aeródromo de Caxias, atualmente sob administração do governo estadual, sirva como uma das alternativas para receber voos comerciais impedidos de usar o Aeroporto Internacional Salgado Filho, em Porto Alegre, que está inundado e fechado por tempo indeterminado.

Além de Caxias, outros dois locais foram citados pelo ministro como opções para atender a demanda por voos comerciais: a Base Aérea de Canoas e o aeroporto de Canela.

Em Canoas, conforme já anunciado pelo governo federal, a base da FAB (Força Aérea Brasileira) passará a receber aviões de passageiros. Sabino explicou que a área de um shopping center localizado próximo à base será usada para os serviços de check-in e para as inspeções de segurança (raio-X de bagagens e detectores de metais). Os passageiros serão transportados em ônibus até o embarque nos aviões estacionados na base da FAB.

O aeroporto de Canela, também operado pelo governo do Estado, é apontado como opção para reativar o fluxo de turistas na Serra Gaúcha quando as condições climáticas permitirem.

De acordo com o ministro, a principal restrição atualmente para uso mais intenso do terminal de Canela é o fornecimento de combustível de aviação.

“Já que o aeroporto Salgado Filho está totalmente submerso, estamos trabalhando para que aeroportos alternativos no Rio Grande do Sul sejam utilizados”, disse Sabino.

Segundo ele, praticamente 30% da oferta de assentos pré-calamidade está sendo recomposta com a adoção de uma malha emergencial. “Na próxima semana, deveremos chegar a 50%. Estamos montando uma operação de guerra”, concluiu o ministro. As informações foram dadas em entrevista à CNN.

Imagem: Prefeitura de Caxias do Sul

Link: https://www.osul.com.br/infraero-pode-assumir-o-aeroporto-de-caxias-do-sul-para-ampliar-as-operacoes-no-terminal/



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17 respostas

  1. Faz 15 dias de calamidade, mas a calamidade aéreas do estado continua… Faz 10 anos que eu queria Canoas aberto, mas o monopólio näo deixa…

    • Falando estritamente no contexto anterior à presente calamidade:

      Eu concordo que abrir o aeródromo da BACO para uso civil é uma ideia inteligente (também venho defendendo isso aqui no blog), mas mesmo assim isso faria sentido quando houvesse pressão para expansão da capacidade do serviço. O Salgado Filho é plenamente capaz de atender a demanda com sua pista e terminal, e a recente ampliação do terminal melhorou bastante a qualidade do serviço.

      A falta de serviço aéreo para o resto do Estado dificilmente seria sanada abrindo a BACO para uso civil.

      • Canoas aberto é opçäo e concorrência ao Salgado Filho, mas Caixas limitado a 3 voos/hora, teria Canela, Torres e os deslocamentos por estradas meia boca??? Construir um novo custa caro, demora 10 anos e quem se habilita??

        • Não entendo o enquadramento disso como uma questão de “concorrência”.

          Pegando uma companhia como a LATAM, por exemplo, no último relatório trimestral deles eles aponta gastos totais de $2.8B, dos quais apenas $387M (11%) são referentes à categoria “Other Rental and Landing Fees”, que inclui os custos aeroportuários. Não é nem de longe um fator dominante.

          Ou seja, a possibilidade de um aeroporto novo e uma possível redução nos custos dessa categoria pra empresa teria pouco impacto no planejamento da oferta para RMPA, especialmente considerando que não há pressão do lado da demanda. O SF movimenta hoje 8 milhões de passageiros por ano e, mesmo dotado de apenas uma pista, deveria ser capaz de chegar a 13 ou 15 milhões.

          • A grande POA precisa de mais 1 aeroporto para low cost, tipo em Canoas.. POA tem limite de 15 pousos/hora. Concorrência é bom, e quebrar o monopólio é melhor ainda..

  2. Aquele meme “aeroporto ou rodoviária” caiu como uma luva.

  3. É um tanto assustador constatar o déficit de infraestrutura do Rio Grande do Sul em certos setores como o aeroviário. Essa cidade importante com é, riquíssima, polo industrial, meu contar com um aeroporto nesse nível medíocre é só o fim, até porque comparando com os estados vizinhos as duas segundas cidades mais importantes respectivas, Londrina e Joinville, possuem baita aeroportos. Acompanho essa lenga lenga do novo terminal de Vila Oliva, que tende piedade, o que é a distância do centro da cidade de Caxias!? Um terminal pensado para favorecer Gramado, mas que demandaria para o povo poder acessar de obras de estradas e inclusive uma dita mega-ponte, que custariam e torrariam muitos milhões. Quando talvez, outra localização mais racional e economicamente viável, poderia fazer toda diferença positiva. Agora independente, choca até hoje uma cidade metrópole como é Caxias do Sul, com um aeroporto desses com cara/padrão tapera. Surreal! Vejam a cidade de Cascavel no Paraná, com talvez sei lá metade da população e 1/4 do pib de uma Caxias, e o terminal e toda estrutura de pista de aeroporto que os caras têm lá, só de cair o queixo!

    • Joinville baita aeroporto????

      Somente Floripa é baita aeroporto em SC.
      Talvez Navegantes…

    • Campo dos Bugres, aceita 3 voos horas, 72 voos dia, 150 pax por voo = 10.800 passageiros/dia.

    • É mesmo assustador. Mas o estado do RS está há anos impotente e “satisfeito” com a estrutura que tem, seja em relação a aeroportos, terminais rodoviários ou até estradas. No passado, o estado era visto como pioneiro em várias frentes, inovador, pujante. Hoje, aparenta ser um estado acomodado, um tanto decadente em certos pontos, ainda que a iniciativa privada seja empreendedora. A falta de capacidade de investimento do RS é preocupante, visto que foram vários anos de irresponsabilidade em gastar mais do que arrecadar. Além disso, mandamos p Brasilia cerca de 60 bilhões por ano. Recebemos de volta 13 bilhões. Se os recursos ficassem no estado, teríamos outro poder de investimento.

      • Foi a dívida impagável ué tirou essa capacidade de investimento do nosso estado, que no passado conseguia realizar grandes obras de infraestrutura necessárias.

        • Realmente, estamos condenados a não mais investir em grandes obras de infraestrutura, pois o governo federal suga a maior parte dos recursos do estado.

  4. COMENTÁRIO DELETADO POR SAIR DO FOCO DO BLOG E DO POST.

    • Vou voltar a moderar comentários político partidários. Não é o foco do Blog este tipo de assunto. Nunca foi. O blog vai fazer 18 anos e nunca foi isso o assunto. Peço por gentileza que se atente aos assuntos de forma técnica e não política. Se não quiser ser banida, evite de comentar de política, principalmente de partidos.

  5. Minha curiosidade é se o novo aeroporto da região de Caxias, na Vila Oliva, já estivesse em operação, não teria sido afetado ou ficado isolado com todos estes eventos? Será que o local se mostrou adequado para receber o novo aeródromo?

    Sim, pois o atual segurou a barra, dando suporte inclusive à RMPA.

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