‘Eu não teria aberto as comportas’, diz ex-diretor do DEP e do Dmae

Em manifesto de 13 de maio, engenheiros já alertavam que sistema de proteção é robusto, eficiente e fácil de operar – mas falta manutenção

Captura de vídeo

Diante dos novos alagamentos em Porto Alegre nesta quinta-feira (23), ex-diretores do Departamento de Esgotos Pluviais (DEP) e do Departamento Municipal de Água e Esgotos (DMAE) criticaram a medida da Prefeitura de derrubar comportas do Guaíba na semana passada para que a inundação pudesse ser escoada. Em coletiva de imprensa na sede do Sindicato dos Engenheiros (Senge), os especialistas voltaram a reforçar a necessidade de manutenção das comportas e das casas de bombas da cidade.

Mestre em Planejamento Urbano e Regional, a engenheira Nanci Giugno explicou que a cidade conta com dois sistemas: o de comportas e o de drenagem. “Os dois não funcionaram. Hoje vemos água da chuva, da bacia como um todo, que não consegue sair da cidade porque estamos sem a proteção da inundação e sem a eficiente drenagem interna da cidade”.

As casas de bombas da cidade ainda estão operando parcialmente, algumas com auxílio de geradores. Na semana passada, o grupo de especialistas havia sugerido fazer uso de bombas flutuantes para recuperar o sistema nesse meio tempo.

“Eu não teria aberto a comporta do muro. Quando se abre a comporta do muro, perde-se o controle da relação lago-cidade”, afirmou o engenheiro Augusto Damiani. Ex-diretor do DEP e do DMAE, Damiani tem 40 anos de experiência em drenagem urbana.

O engenheiro Vicente Rauber, que já dirigiu a CEEE e o DEP, afirmou que as soluções imediatas seguem sendo as mesmas que os especialistas já defenderam na semana passada. O grupo chegou a se reunir com o prefeito Sebastião Melo (MDB) na última sexta-feira (17) para sugerir que fossem vedadas as comportas e as tampas violadas dos condutos forçados Polônia e Álvaro Chaves, entre outras medidas emergenciais.

Rauber defendeu ainda que havia tempo para realizar a manutenção do sistema depois da enchente de novembro do ano passado. “A própria natureza mostrou o que tinha que ser consertado nas comportas. As casas de bombas têm operadores 24 horas por dia, que avisam os problemas da casa para os chefes. Certamente o fizeram, e elas também não tiveram seus problemas resolvidos a tempo”.

Faltou manutenção

No manifesto que assinaram em 13 de maio, 42 engenheiros fizeram o primeiro alerta de que o sistema de proteção contra inundações de Porto Alegre é robusto, eficiente e fácil de operar e manter – mas falta uma manutenção permanente, especialmente em relação às comportas.

“A manutenção não é só física, é de gestão. Se um modelo é desenvolvido para uma cidade com x habitantes, ele funciona. Mas se toda a área de várzea é ocupada com construções, a condição de permeabilidade muda”, acrescentou o engenheiro Darci Campani, membro do conselho diretor da Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental (ABES).

Campani também defendeu a importância da gestão pública de órgãos como o Dmae. “Empresas privadas competentes existem, mas para conhecer o sistema de drenagem não pode ser um funcionário que é admitido hoje e demitido amanhã. Tem que ser funcionário público, tem que ter história”.

Quatro diques externos (Na Freeway, na Av. Castelo Branco, na Av. Beira-Rio e na Av. Diário de Notícias), além do Muro da Mauá, somam aproximadamente 60 km. Já os diques internos da cidade são formados pelas margens dos principais arroios que deságuam no Guaíba, especialmente o Dilúvio. Ao longo do sistema existem 23 casas de bombas, que também possuem comportas.

Os engenheiros explicam que esse sistema, quando totalmente fechado, impede o extravasamento das águas sobre Porto Alegre e evita a inundação até a cota de 6 m. As águas geradas dentro da cidade são retiradas através do bombeamento das casas de bombas, diques internos e condutos forçados (dutos completamente fechados que levam as águas para o Guaíba desde os pontos mais altos). Ou seja, os dois sistemas – de proteção e de drenagem – precisam funcionar de forma integrada.

Tanto as comportas ao longo do Muro da Mauá e abaixo da Av. Castelo Branco, quanto as que ficam junto às casas de bombas carecem de manutenção, segundo os especialistas. Os vazamentos observados nesta enchente estão em boa parte das comportas sem manutenção.

No ano passado, quando o sistema foi acionado durante as inundações com início no Vale do Taquari e que também inundaram a Região Metropolitana, as deficiências nas comportas ficaram visíveis. De acordo com o manifesto, “fáceis de serem sanadas, mas não foram”. As próprias casas de bombas, bem como as Estações de Bombeamento de Água Bruta (EBABs) ficaram inundadas neste mês de maio. Além disso, o Departamento Municipal de Água e Esgotos (DMAE) atua em situação que os engenheiros consideram “muito desfavorável”, com o quadro de funcionários reduzido.

Link: https://sul21.com.br/noticias/geral/2024/05/eu-nao-teria-aberto-as-comportas-diz-ex-diretor-do-dep-e-do-dmae/

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Obs.: Este é um post para discussão. Não necessariamente representa a opinião do Blog.



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31 respostas

  1. Pessoal do Blog parece que esqueceu (ou finge esquecer) o que era a avenida Goethe antes do Conduto Álvaro Chaves, que foi inclusive uma demanda aprovada do Orçamento Participativo…

    • É difícil encontrar um comentário sensato quando tudo se resume à política. Aí vira uma discussão de quem mais fez ou quem foi mais negligente, sempre esquecendo os pontos fracos do seu ou os pontos fortes do outro.

      Vejo que muito se discute sobre responsabilidades mas não há elaboração de ideias sobre como resolver os problemas estruturais relacionados à chuva. Há 1 ano isso não era minimamente preocupante, agora somos milhões de experts em hidrologia e Obras de contenção. Pura bobagem de discursos de rede social, onde é mais importante descarregar a culpa em alguém e se sentir superior por não ter votado nessa pessoa.

      Da forma como estamos tratando a questão, infelizmente a tendência é de que fiquemos anos discutindo responsabilidades e pouquíssimo tempo debatendo soluções. O próximo desastre é inevitável

      • Eu discordo de você. Precisamos procurar responsáveis sempre. Se um prédio cai, se um avião cai, sempre são apontados os responsáveis. E agora diante dessa tragédia que destruiu a vidas de muitas pessoas não haverá responsabilização?

        Somente quem não foi afetado ou é cumplice para ter um discurso desses. O Melo está apelando para o fato de ser o 13º prefeito desde a implantação do sistema de prevenção de enchentes, e que por isso a responsabilidade deveria ser compartilhada. Acredito que sim, que muitos deles deveriam, só que nós não temos até agora indícios de omissão. Os únicos que claramente se omitiram de agir são o Melo e o Marchezan diante de das informações que imprensa já divulgou. Se surgirem informações que comprovem que Fortunatti, Fogaça, Verle, Genro, Pont, Dutra, Colares tiveram atos de OMISSÃO, preste atenção: OMISSÃO, eles devem ser responsabilizados também.

        Em setembro do ano passado tivemos um enchente em Porto Alegre que já havia demostrado que o sistema era falho, e que foi feito de setembro até maio para resolver os problemas? Essas é a questão.

        Saiam do Três Figueiras, do Bela Vista e vão lá olhar o Sarandi, o Humaitá, vão nos abrigos com 300 pessoas e 1 banheiro, e me digam se é politicagem defender responsabilizações. Os moradores da Vila Farrapos tiveram que trancar a Castelo Branco para que uma bomba da Sabesp fosse destinada ao bairro deles. Acordem para o que esta acontecendo.

        Estado mínimo não significa estado nulo.

        • Assino embaixo deste teu comentário. Disse tudo!

        • Em nenhum momento disse que não era para procurar responsáveis. Óbvio que deve haver responsabilização de quem foi omisso. Só que algo fundamental é discutir soluções para que nunca mais aconteça esse tipo de calamidade.

          O que me deixa indignado é que a sociedade parece não estar preocupada com as soluções, ou acha que a solução é algo simples e que algum político milagreiro vai resolver tudo em 4 anos. Isso não é algo simples.

          • Uma coisa tem que ficar clara: a situação do estado é uma, a de Porto Alegre é outra. A do estado como um todo talvez custe mais de 10 ou 20 anos para se resolver. Já a situação de Porto Alegre, pode ser resolvida em meses. Então acaba que aumenta a responsabilidade dos últimos prefeitos, principalmente o Marchezan e o atual. Marchezan perdeu 121 milhões de verba federal por não fazer um plano para usar os valores, que deveria ser prioritariamente a manutenção das casas de bombas. Já o atual não fez a devida manutenção todos sabemos disso. Os governos anteriores ao Marchezan até fizeram alguma manutenção. Se seriam suficientes, não sei. Mas fizeram algo.

            • Sim, são duas situações distintas mas que devem ser solucionadas em conjunto.

              Estudei engenharia ouvindo de professores que o.sistema não recebia manutenção e a sorte da cidade era que cheias comprometedoras só aconteceriam em um futuro distante.

              Lembro que em.2015 houve uma quase enchente e descobriram.que as comportas não fechavam. Aí o Fortunati fez uma manutenção pontual.

              A manutenção obviamente precisa ser feita e os erros de projeto devem ser corrigidos. Além disso toda a estrutura de proteção deve ser repensada para cheias maiores.

              Nao é apenas problema de manutenção, mas também de erros do projeto.

              Com relacao às casas de.bomba e captacao de agua bruta, Creio que foi subestimado o possível nível atingido na enchente.

              Imagino que tenha sido pelo período de recorrência calculado para atingir a cota 5.30 , que era de 1000 anos conforme série AGRAR até 1967.

              Esses dados hidrologicos com certeza estão desatualizados frente às mudanças climáticas.

            • Muito otimismo da tua parte Gilberto, pode levar anos também, aliás acho que a recuperação do Taquari não será tão lenta em comparação com a metropolitana também pois eles já estão se mexendo, transferindo pessoas entre as cidades, arranjando empregos, não estão aguardando o governo.

              Em Porto Alegre a situação também é dura.

              Prejuízos maiores: aeporto perdido (parece que sai mais caro que fazer um novo); Indústria do bairros limítrofes ao Rio Guaíba e Gravataí destruída; milhares de pequenos empreendedores do centro e arredores com altos prejuízos; fábricas clássica da cidade como a da Coca Cola(maior da américa) e pastelina destruídas; Trensurb não se sabe o futuro dele no trecho de Porto Alegre.

              A recuperação será MUITO difícil. O desemprego imediato vem forte, milhares de desabrigados do Sarandi, São Geraldo e Vila Farrapos, gente que já era pobre e tinha sua casinha e eletrodomésticos humildes, mas tinham.

              Talvez a ótica de alguém(não me refiro ao Gilberto em específico, mas ao padrão médio dos comentaristas desse blog que é classe média mais para alta) que frequenta Menino Deus, Moinhos, Cidade Baixa seja mais suave afinal apenas perderam alguns móveis no máximo, pouca coisa perto da água a 3 metros de altura perto da Arena do Grêmio. As perdas financeiras e humanas são enormes.

              Também além do desemprego vem outro problema típico de mercado: a desvalorização virtual dos imóveis e empreendimentos do quarto distrito e arredores, até mesmo o baixo centro. Quem desejava empreender, e havia um belo movimento econômico na área, agora fatalmente irá retirar o investimento, mero controle de riscos que qualquer economista e investidor fazem.

              O deslanche da capital após 20 anos de trevas encalhada que passava pelo 4 distrito e orla, tal avanço foi detido e de repente temos milhares de desempregados e falidos-quase falidos.

              O mercado imobiliário irá modificar-se e os investimentos na orla que eram bastante comemorados, junto ao desenvolvimento do bairro Praia de Belas com um possível novo Zaffari e shopping, tudo isso será repensado pois não há garantias para o investidor.

              Vejo uma nova valorização da zona norte (parte nobre e parte aptas a construção) pois possíveis modificações legislativas e ambientais (devem vir os senhores percebem também as narrativas sendo formadas) irão impossibilitar novos condomínios na zona sul.

              Tudo isso é um atraso para a cidade, é perda de futuro e perda de investimento além das perdas imediatas que já são enormes. Apenas a minha opinião quem puder acrescentar algo ou diferir esteja a vontade.

              • Tudo bem, concordo contigo. Mas eu falei especificamente sobre o sistema contra cheias de Porto Alegre. Creio que alguns meses, entre estudo pra melhorar e executar, uns 2 anos no máximo. Claro, pode levar mais tempo. Mas temos que qualificar o sistema, desde as comportas, até os diques assim como as casas de bombas. A prefeitura vai ter que fazer uma licitação para escolher uma empresa capacitada a estudar e melhorar o sistema todo. Isso não demora tanto assim. Até porque precisa ser urgente. Ninguém sabe quando vai ter novamente uma enchente assim. Considerando as mudanças climáticas, pode ser daqui 1 mês, 6 meses, 1 ano ou 2 anos. Tem que ser pra ontem a qualificação do sistema.
                E uma outra coisa: estão dramatizando demais a questão do aeroporto. Eles vão ter que trocar os eletrônicos e a fiação elétrica. Pelo menos revisar tudo. Duvido que a pista em si tenha sofrido algo muito grave. Também tem a iluminação da pista. Provavelmente vai ter que ser revisada e o que não funcionar deve ser trocado. São centenas de lâmpadas. Mas isso se faz em alguns meses. Não poucos, mas se resolve. Não perdemos o aeroporto e nem sai mais barato construir outro coisa nenhuma. Como as pessoas gostam de dramatizar, meudeus! (não falo de ti, falo de todos). Tenho certeza que em 3 a 4 meses teremos o Salgado Filho operando normalmente.

  2. O RS está sofrendo de Política Brasileira de forma aguda. É o exemplo perfeito da desgraça que são os políticos.

  3. Era preciso abrir as comportas para descer a água no centro pois estava mais alta que na parte de fora.

    Depois disso se fecha de novo, já escoou o excesso, nada de errado.

    Tem um pessoal muito sujo e oportunista tentando de toda a forma politizar, criminosamente, a tragédia. Não percebem a gravidade da situação, é luta pelo poder a qualquer custo.

    • eles percebem sim a gravidade da situação, justamente usam isso como ferramenta política.

      a solução do problema não é importante para esse povo, mas sim conseguir de alguma forma de satisfazer em colocar a culpa no seu inimigo político. Não me surpreendo ser nos próximos anos investirem em CPIs e investigações sobre os culpados e não na solução dos problemas.

      não me surpreende a quantidade de votos negativos em comentários sensatos como o seu

    • Qual é o problema? Problema nenhum se eles tivessem somente aberto as comportas. Mas com a inépcia dessa administração, eles literalmente arrancaram as comportas fora com a ajuda de um rebocador marítimo, destruindo-nas assim, conforme divulgado em vídeo aqui mesmo no blog. Pelo visto vocês não acompanham o blog ou só veem o que querem ver.

      • Óbvio que avaliando agora, na situação atual, percebe-se que não foi uma.boa escolha.

        Mas e antes? Tu teria essa avaliação?

        explica como poderia ser simplesmente aberto as comportas com aquele nível d’água.

        como eu já disse, é muito fácil dizer que foi uma má escolha depois que deu errado. É a engenharia de obras prontas

  4. O que vamos ter que admitir é que no primeiro grande e efetivo teste o sistema falhou. Falhou porque o equipamento não foi cuidado (vide opinião de 42 engenheiros). No fim é uma sequencia de erros que resultou por perderem o controle da coisa. Por vazarem as comportas a cidade alagou e por alagar, danificaram-se as bombas. Sem bombas e com comportas fechadas o lago baixa mas a água represada não sai; abrindo-se as comportas as águas escoam para o Guaíba mas fica a capital vulnerável a um novo repique. A agua que inundou a city baixou mas deixou a lama e areia obstruindo dutos. Caos…

    O sistema foi projetado pra funcionar em conjunto e não prevendo falha de algum componente. Teria funcionado perfeitamente bem se nada tivesse falhado desde o princípio.

    Obvio que se as EBAP tivessem sido construídas acima da quota 6, mesmo alagando a cidade elas não sofreriam avarias e seguiriam funcionando normalmente e após efetuados reparos nas comportas ou diques rompidos ou extravasados tomariam rédeas do problema. Hoje em dia temos poderosas bombas submersas, melhores até que estas instaladas, que não apresentariam nenhum problema, inclusive fabricadas em São Léo.

    É preciso aprimorar o sistema

    • “O sistema foi projetado pra funcionar em conjunto e não prevendo falha de algum componente. Teria funcionado perfeitamente bem se nada tivesse falhado desde o princípio.”

      Existe uma termo que se chama redundância, que significa dois ou mais sistemas sobrepostos para um poder cobrir as falhas de outros em situações críticas, como seria o caso do sistema de proteção contra enchentes, que falhou miseravelmente nesse ponto, sem redundância alguma.

  5. Esses ditos “ex-engenheiros do DEP” só têm causado mais discórdia e revolta entre a população em um momento que é delicado, em que todos deveriam estar focados em se resguardar e reconstruir a cidade. Por que não avisaram tudo isso há meses atrás? Ou por que não assumem logo a gestão dessa crise?

    • Literalmente é avisado desde 2018! Tem matérias jornalísticas, tem avisos oficias (diversos) do DMAE para a prefeitura. Tem que apontar o dedo sim!

    • O próprio Melo num vídeo de campanha eleitoral alertou sobre isso em 2020, criticando a gestão Marchezan, mas uma vez no poder investiu zero reais no sistema de proteção. O vídeo em questão está circulando pela Internet, Instagram, etc, procure se não acredita.

      “Se o seu prefeito não investe no sistema de drenagem, troque de prefeito”, ainda diz o Melo no final do vídeo.

  6. A engenharia de obras prontas sempre em desfavor da discussão séria sobre o problema.

    Muito fácil depois que a ação deu errado (ou não teve o resultado esperado) dizer que não foi uma boa escolha.

  7. Por favor há anos acompanho as reportagens publicadas pelo seu canal. Por favor publicar este tipo de manifesto é servir ao PT e seus asseclas que deixaram os sistema de bombeamento da cidade totalmente quebrado. É de um oportunismo politico rasteiro.

    [ass]

    • Está escrito no post: “Obs.: Este é um post para discussão. Não necessariamente representa a opinião do Blog.”
      Não coloco só nossa opinião no blog, coloco matérias gerais pra serem discutidas.

    • Acho interessante que tudo é culpa do PT, mesmo que o partido não esteja no poder aqui na capital há 20 anos. Poderia me explicar melhor o motivo da culpa ser do PT nesse caso?

      O que me parece, nesse momento, é que a prefeitura tá agindo completamente a esmo, sem medir as consequências. Se abrir as comportas pode resolver o problema imediato, então que se abra “e depois a gente vê”. Só que o depois veio bem rápido, e parece ter piorado mais um pouco a situação toda. Esse caso das comportas é só um exemplo… nem me parece ser um problema tão grande se compararmos com todo o resto. O atual prefeito tá completamente perdido.

      • O canal não é sobre política e nem é um assunto cabível nesse momento, porém como foi citado, vamos lembrar algumas coisas:

        O PT não está no poder, mas quando esteve por muito tempo, no estado e município, jamais fez obras para contenção de enchentes, nada foi feito, nem um tostão na contenção de cheias.

        Ademais a sobrecarga de água recorde que inundou o Taquari e subiu o seu nível 20 metros e depois o Guaíba veio em boa parte por motivo do rompimento parcial de uma das controversas barragens(controversas mesmo) construídas no governo Dilma, a barragem 14 de julho. Não afirmo nada sobre culpados, só que é preciso estudar esse tema urgentemente.

        É preciso investigar a questão das barragens sua influência nas enchentes.

        E também por último lembrar que o PT não está no poder, mas ele tem uma característica marcante que é quando não está no poder ele não soma esforços para bem da população; ele impede o partido no poder de governar, para eles quando não estão no poder quanto pior melhor, uma mentalidade anti-democrática.

        Não é momento para culpados e política e sim para Somar esforços, a tragédia é pior do que vocês imaginam, estamos sem aeroporto, com centenas de milhares de casas destruídas e desempregados novos e também milhares de empresas destruídas. A briga tem que ficar pra depois.

        • Só pra lembrar:

          https://www2.portoalegre.rs.gov.br/dep/default.php?p_noticia=130494

          JULHO 2010 – Governo Fortunati (se não me engano ele era do PDT)

        • Como que o PT não investiu em drenagem e preverão de enchentes?

          O Conduto Álvaro Chaves é a maior obra de drenagem de Porto Alegre e previne inundações em pontos críticos da cidade, como a Avenida Goethe
          e nove bairros. Cerca de 120 mil pessoas são diretamente beneficiadas com a construção. No total, foram implantados 15 mil metros de redes pluviais em 35 ruas.

          A obra começou em 2005 no governo do Fogaça porque o Raul Pont perdeu a eleição, mas os projetos e a captação de recursos foram no governo do Tarso/Verle.

          • Não te faça de espertinho para defender partido político, o que foi mencionado são obras para conter as cheias do Guaíba, para evitar desastres nas ilhas, no 4 distrito e centro, enfim o sistema de contenção de cheias da Mauá-Castelo Branco com seus diques e casas de bombas.

            O PT esteve 20 anos no poder no estado e município, além disso também na presidência e não fez, assim como os outros governos, investimentos relevantes para mudar a cidade.

            É muito fácil agora colocar a culpa no prefeito de turno sendo que nunca fizeram nada também fora remendos inúteis e menores. Deixem de oportunismo e se foquem no bem da cidade.

            • Você não sabe o que é um conduto né?

              Fica em silêncio, não precisa confirmar que é ignorante.

              • Mais uma vez, não te faça de espertinho e não parta essa típica chinelagem de tentar enganar aos leitores mais desatentos ou ofender. Mas nao vou me rebaixar ao teu nível chulo e em respeito ao Gilberto que faz um belo trabalho no blog vou me ater aos fatos:

                Se o Fortunatti fez obras é coisa da gestão dele no PDT, não do PT. Se o Fogaça fez obras é da competência dele, um político que não tem qualquer relação com o partidão, nenhuma.

                Ademais o que se está tratando não é de obras secundárias, remendos, e sim de obras Decisivas compreendendo o Muro da Mauá, sistema de esgotos.

                Em 20 anos de governos estaduais e municipais do partidão no RS e POA onde estão os Diques necessários, onde o muro e sistema de esgotos foi reformado e fortalecido ? O quarto distrito e ilhas foram protegidos ? Não. NADA SE FEZ, só politicagem ideológica.

                Então não vem defender a tua companheirada que nunca fez NADA objetivo, igual ao Melo, são iguais, talvez o Melo um pouco melhor pois ao menos revitalizou a Orla, os outros não fizeram nada mesmo.

                Quem nunca fez Nada e contava apenas com a sorte de não ter uma enchente não tem moral para apontar aos outros que nada fizeram, mas receberam essa bomba no colo, bomba que o partidão tinha Recursos federais, estaduais e municipais para desermar na melhor época econômica do país, e sabe o que fizeram ? Não fizeram nada.

                • Quem tenta enganar as pessoas aqui é você com esse discurso que “ninguém fez nada” justamente para tirar o foco daqueles que de fato se omitiram.

                  Haviam recursos do PAC que foram perdidos, haviam recursos para reforma das casas de bombas que foram perdidos. O rei está nú.

                  Esse discurso que “todos foram culpados” pode ter algum apelo aqui que é uma bolha de leitores de centro direita, mas terá no ministério público. A carreira do Melo termina por aqui.

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