Empreendedor do Pontal aguarda a decisão

Arquiteto que fez o estudo técnico prevê que edificações serão construídas independentemente do regime misto ou comercial  

Esta seria a imagem observada do alto

Esta seria a imagem observada do alto

O empreendedor do Pontal do Estaleiro, empresário Saul Boff, aguarda a posição do prefeito José Fogaça quanto ao projeto de lei complementar 006/2008, aprovado pela Câmara Municipal em 12 de novembro. A proposição prevê mudança na lei 470/2002, que define o regime urbanístico na área do antigo Estaleiro Só. Com a alteração, o Legislativo autoriza a inclusão de unidades residenciais no complexo denominado Pontal do Estaleiro. ‘Aguardaremos a decisão do prefeito para elaborarmos o projeto arquitetônico. Temos apenas um estudo técnico de ocupação da área’, disse o arquiteto Jorge Decken Debiagi.

A única certeza é que mesmo que a alteração à legislação seja vetada pelo prefeito, o Pontal do Estaleiro será edificado. Se houver o veto, os três prédios de apartamentos idealizados serão transformados em unidades comerciais. Se for sancionado, o projeto será elaborado de acordo com estudos técnicos prévios. ‘Quando estiver finalizado, será encaminhado para análise das secretarias municipais e da prefeitura’, explicou.

Debiagi diz que, em nenhum momento, os vereadores aprovaram o projeto Pontal do Estaleiro. ‘Apenas permitiram agregar a possibilidade de construção de edifícios com unidades residenciais na área que pertenceu ao Estaleiro Só’, observou. O arquiteto argumentou, porém, que a intenção de Boff é a execução de um empreendimento misto – habitação, comércio, serviços e lazer – com espaços de circulação pública. Nos estudos preliminares, teriam sido reservados 3,2 hectares – 54% da área total – para espaços públicos.

O projeto, conforme Debiagi, contemplará restaurantes, bares, espaços de entretenimento, píer para atracação de embarcações turísticas, lojas de conveniência e os museus do Estaleiro e da Água. ‘Haverá amplo espaço para que os porto-alegrenses possam contemplar o pôr-do-sol do Guaíba’, argumentou. O advogado empresarial Milton Terra Machado enfatizou que a BM Participações, de propriedade do empreendedor, está propondo uma solução condizente com as condições de urbanismo de Porto Alegre. ‘Trata-se de uma proposta com sustentabilidade, que inclui a criação de um espaço público para os moradores da cidade’, destacou.

O arquiteto afirmou que o estudo técnico do Pontal do Estaleiro contemplou a volumetria construtiva obtida a partir de diretrizes da Comissão de Administração e Gerenciamento Urbanístico do município. ‘Não houve qualquer ilegalidade nesse processo’, sustentou o advogado. Conforme Machado, a BM Participações – pertencente ao empreendedor – formalizou um compromisso prévio com a construtora Goldsztein Cyrela para a execução do complexo Pontal do Estaleiro, orçado em R$ 150 milhões. Debiagi disse que as edificações ocuparão 10,9% da área total do estudo, que assegura acesso opcional para a zona Sul costeando o Guaíba, parque público com esplanada de lazer e recreação, além de ciclovia.
 
Correio do Povo, 24/11/2008

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Serão 3 prédios residenciais agora ?
Interessante, assim a área pública aumenta e podem surgir novos restaurantes e bares no local !
Isso prova que o Pontal do Estaleiro não é um projeto pronto, e sim um estudo de utilização VIÁVEL  da área. E que, após pronto, será remetido a apreciação das diversas secretarias da Prefeitura, exatamente como deve ser feito. A maioria dos contra-tudo falam que o projeto não tem RIMA. Mas comó terá se nem projeto é ainda ? Ele terá, no tempo certo, após tornar-se realmente um projeto e não apenas um desenho.

Gilberto Simon



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8 respostas

  1. Bom que o índice construtivo foi mantido. Torcia para isto.

    Uma pena é ver que (pelo menos nesta imagem) foi retirado um dos prédios cujas formas eram as mais interessantes. Poderiam ter tirado aqueles dois do meio, que são bem medíocres…

  2. Eles podem reduzir a quantidade de curvas na via que passa na frente da orla tb.

  3. Acredito que seja por que o empreendedor contava com um indíce construtivo de 1,5 e a camara de vereadores aprovou a infeliz emenda que limita em 1,0… Com isso ou os prédios terão que ser menores ou terá de se retirar algum deles…

    Pelo visto a opção foi por retirar um prédio… Infelizmente, pois o projeto estava perfeito na minha opinião…

    Mas fico feliz em saber que o empreendedor está disposto a construir, mesmo que sejam comerciais…

  4. Percebi também, pelo próprio texto, que retiraram um dos prédios residenciais. Poderá ser uma solução interessante, pois abriria mais espaço público, e como o Muller disse aí em cima, poderia aumentar o número de restaurantes e bares no local do edifício que não está mais.

  5. Porque o Pontal perdeu um dos prédios? Aquele mais largo esta faltando, acho ate q sem ele, o visual fica mais limpo, menos carregado, poderiam construir um complexo de restaurantes, bares e afins nesse local onde se encontrava esse mais largo.

  6. Será que só eu que percebi que tiraram um dos edifícios residenciais do projeto ??

    Nessa imagem e em outra do Correio do Povo aparece só 3 edificios residenciais.

  7. Realmente ! Está neutra a matéria. Eles desistiram de fazer campanha contra o Pontal porque viram que é bom pra cidade e a Câmara aprovou por 20 a 14. Eles não podem ser contra a população e a Câmara sempre.

  8. Que milagre, uma matéria equilibrada e com informações corretas a respeito do Estaleiro no Correio do Povo!

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