Faixa exclusiva para bicicletas foi inaugurada hoje em Porto Alegre
Ciclofaixa é usada não apenas por ciclistas Crédito: Arthur Puls
A nova ciclovia de Porto Alegre foi inagurada nesta sexta-feira, mas já gera polêmica: o trecho exclusivo para bicicletas – localizada na rua Sete de Setembro – fica ao lado de uma faixa de estacionamento, onde também há contêineres para coleta de lixo seletivo. A ciclofaixa é separada apenas por tachões. Do outro lado da rua existem, ainda, paradas de táxi-lotações.
O engenheiro e consultor de trânsito Mauri Panitz não considera seguro o sistema implantado pela prefeitura neste trecho. “Entre os veículos passam pessoas, e as crianças não são percebidas. Isso pode favorecer o acidente por atropelamento”, avaliou. Uma alternativa, segundo ele, seria retirar as faixas de estacionamento – que no caso desta rua estão localizadas nos dois lados da pista. “O estacionamento em via pública não é recomendável em zonas onde o número de faixas é restrito, porque ele consome uma grande porcentagem da capacidade viária”, observou.
O diretor de trânsito da Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC), Carlos Pires, não vê problemas. “Já implantamos esse tipo de ciclofaixa na avenida Icaraí (concluída em maio de 2012) e não tivemos nenhum registro de transtorno. O espaço mínimo entre o veículo e a ciclofaixa é de 30 centímetros”, explicou. Ao longo do percurso, placas e sinalizações específicas já foram instaladas. “Estamos iniciando a ligação do Centro da cidade em direção as ciclovias já existentes”, informou o diretor.
A ideia é que, em breve, a via chegue até a Usina do Gasômetro. De acordo com Pires, as ciclofaixas não atendem apenas aos usuários das bicicletas de aluguel, disponibilizadas em outubro do ano passado. “Na verdade, estamos construindo as faixas para toda a cidade como um modal de transporte, não apenas para um público”, argumentou.
Conforme a EPTC, Porto Alegre conta hoje com 11,5 quilômetros de ciclovias e ciclofaixas. Segundo Pires, as próximas ciclovias entregues estarão localizadas na rua Adda Mascarenhas de Moraes, na zona Norte (1,2 quilômetros), na avenida Chuí, na zona Sul (650 metros) e na rua José do Patrocínio, Cidade Baixa (2 quilômetros).
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Mais informações no site da Prefeitura, clicando aqui.
Outras fotos:
Fotos: Ricardo Giusti – PMPA
Categorias:Bicicleta, Ciclofaixas, ciclovias
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Ninguem comentando sobre os ciclistas sem capacete… claro, e’ mais divertido zoar a EPTC.
Pois é. Não gostam de usar os equipamentos obrigatórios de segurança. Depois acontecem tragédias como o do moço que morreu de noite, sendo que, ao que consta, não estava de capacete e não usava iluminação noturna e culpam a “carrocracia”.
Uma vida a menos por birra com aquilo que é para o próprio bem.
Poisé,eu como ciclista entendo a parcela de “culpa” da vítima em andar de bicicleta de forma irresponsável.Mas o que algumas pessoas condenam como culpa da carrocracia é o fato de que,se não houvesse tanto espaço para circulação de veicúlos motorizados,talvez essa tragédia não tivesse acontecido.
Adriano, se me disseres qual lei que obriga o uso de capacete, eu te dou um beijo na boca.
Ao contrário do que muita gente pensa, capacete NÃO É OBRIGATÓRIO para ciclistas no Brasil. Basta ler o CTB, artigo §5, inciso VI:
E quer saber uma coisa? Que bom que não é obrigatório. Existem estudos que apontam para a correlação entre a não-obrigatoriedade do capacete e um maior número de ciclistas circulando. Não é à toa que, nos lugares onde se anda de bicicleta com segurança mundo afora, é comum não ser obrigatório o uso do capacete.
RicardoUK, dá uma olhada neste vídeo aqui sobre capacetes para ciclistas. O raciocínio simplista às vezes nos leva a conclusões inadequadas.
Já é a segunda vez que o Ricardo critica os ciclistas por causa do capacete , eu mostro esse video. Acho que ele está se fazendo de louco.
Existe uma coisa que se chama “viés cognitivo”. Leia-se: a pessoa já tem uma opinião (ou pré-conceito) e filtra tudo que vá contra aquela idéia.
Sobre essa ultima tragedia que aconteceu com o rapaz ciclista no transito de POA, vejam o que diz o pai dele:
“— O importante é alertar para o uso do capacete. O corpo do meu filho estava inteiro, mas ele teve morte cerebral. Com o capacete, talvez estivesse vivo — diz o pai, participante do Massa Crítica por influência de Cauã.”
A morte de ciclistas e’ sempre pela cabeca, ninguem morre quebrando braco ou perna. Neste caso, a vitima nem quebrou nada, como relata seu pai, mas bateu a cabeca no chao, provavelmente.
O rapaz era participante do Massa Critica, inclusive.
Sem mais, meritissimo.
http://zerohora.clicrbs.com.br/rs/geral/noticia/2013/01/ciclistas-fazem-homenagem-a-amigo-morto-no-transito-de-porto-alegre-4023358.html
O caso dele eu entendo, mas “A morte de ciclistas e’ sempre pela cabeca”. De onde tiraste isso? tu acreditas que não é possível quebrar a coluna quando se está de capacete é? Interessante 😀
Bem, já que estão negativando, gostaria de adicionar: o cara bebeu antes de sair pra rua e não usou sinalização. Não ter capacete foi o menor dos erros.
Isso aí são duas coisas graves… Sem sinalização e bêbado.
Claro, morreu um cara (bêbado, de noite, e sem sinalizações) sem capacete, então todo mundo que anda sem capacete (sóbrio, de dia, e com sinalizações) é imbecil e sua opinião é automaticamente descartável.
Me assusta o nível da argumentação por aqui de vez em quando.
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Enfim, como parece que certos comentadores aqui não sabem clicar nos links que embasam os meus comentários (mas negativar sabem), vou explicar mais uma vez, bem esmigalhado para caber no cérebro dos oligofrênicos:
O lugar mais seguro pra se andar de bicicleta, com as melhores estatísticas de segurança para ciclistas em todo o mundo (Dinamarca) não obriga o uso do capacete. Também é o país com maior proporção de bicicleta como modal escolhido para transporte pessoal diário.
O segundo lugar mais seguro (Holanda), não obriga o uso do capacete. É o segundo país em proporção de bicicleta como modal.
O terceiro lugar mais seguro (Alemanha), não obriga o uso do capacete. É o quarto em proporção de bicicleta como modal.
O quarto lugar mais seguro (Suécia), não obriga o uso do capacete. É o terceiro em proporção de bicicleta como modal.
Sério, preciso continuar?
Três pessoas não gostam de fatos sustentados por estatísticas.
Sei de um caso de um ciclista em Bagé, que foi atropelado por um automóvel a 150km/h e teve sua cabeça arrancada pelo impacto.
Realmente, Ricardo, toda morte de ciclista é pela cabeça. Quem dera ele estivesse de capacete, a cabeça dele estaria intacta.
O Ricardo está certo. É a cabeça que toma a decisão de usar um meio de transporte extremamente inseguro, no qual um pequeno acidente por descuido é motivo pra morte.
Olha Adriano, extremamente inseguro é o automóvel, que mata mais de 40 mil pessoas por ano só no Brasil.
Demoniza quem usa um meio de transporte menos seguro, mas ai do motoboy se essa pizza demorar pra chegar.
Pessoalmente, nesse caso, deveriam retirar o estacionamento ao lado da ciclovia, afinal, tanto alguém saindo do carro pode ser atropelado por uma bicileta, quanto um ciclista pode ser atingido por uma porta abrindo.
E de fato, é necessária educação, tanto por parte dos pedestres, que devem saber que a ciclovia não é calçada, por tanto, não devem andar por alí. Por parte dos motoristas, que devem respeitar os ciclistas, e não jogarem o carro em cima, achando que o fato de estarem em uma caixa de aço com menos de 1 mm de espessura va os deixar mais seguros. E os ciclistas também devem respeitar os carros, sabendo quando a preferência é do carro, respeitando o sinal. Afinal, pode estar de bicicleta, mas também tem de respeitar sinaleira e saber que se acabar se jogando na frente de um ônibus ou carro, ele pode perder a vida enquanto o motorista vai amassar o parachoque.
Além do mais, é interessante notar, que na faixa de pedestres, ela continua preta e branca, sem nada de vermelho. Ou seja, alí, a preferência é do pedestre, que também deve estar ciente de não se jogar na frente de uma bicicleta.
“Porto Alegre gera polemica”
Acho muito mais seguro ter carros estacionados ao lado da ciclofaixa, do que carros andando bem ao lado.
No início pensei isso, mas depois de usar a ciclovia da Icaraí por meses eu não acho mais… no final a barreira de carros te esconde dos que estão em movimento. Como o pessoal as vezes não freia nas conversões, eles só te vêem quando estão em cima.
Concordo com o Felipe X. Fora a questão das “portadas”. Na Icaraí, pintaram uma área de uns 50cm de largura, “zebrada”, afastando a ciclofaixa das vagas de estacionamento. Claro, foi depois de muita pressão dos cicloativistas nas redes. Quando a gente acha que a EPTC aprendeu algo, a gente tem que ensinar tudo de novo… Ai ai ai…
A ideia é evitar que aconteçam acidentes óbvios como essa imagem sugere: http://denverurbanism.com/wp-content/uploads/2011/07/2011-07-28_NYbikelane1.jpg
O certo mesmo é não ter estacionamento, mas também não é o fim do mundo… Muito pior é a ciclovia sem calçada da Restinga.
Sinceramente a prefeitura jamais vai remover a calçada, afinal vão alargar uma rua algumas dezenas de metros para criar estacionamento.
Essas são as caríssimas bicicletas que a EPTC comprou? Não vejo nada que justifique o preço de R$ 2.390,00!
Pela foto tu sabe se são de carbono por exemplo?
Dava pra comprar bikes de R$ 500 no Carrefour. Mas aí seria um tal de desregular cambio, arrebentar raio, entortar roda…
O barato sai caro, e o que é bom custa dinheiro. Dois mil e pouco por bicicletas que vão rodar todos os dias e tem que aguentar o tirão está longe de ser um absurdo.
para quem esta começando a andar de bicicleta como eu já comecei a ver os preços das peças de melhor qualidade, e realmente não são nadas baratas eu por enquanto estou com uma bicicleta dessas de 500 reais mesmo mas já tem pequenas melhorias que tenho que fazer que vou fazendo quando for sobrando dinheiro.
a unica coisa que acho errado nessas bicicletas é que pelo menos eu não vi nada esclarecendo quais peças estão nas bicicletas se na hora da compra mostrassem as peças tudo bem mas não fazem isso, são coisas simples que diminuiriam as desconfianças.
Mais um trechinho de ciclovia? Ótimo!
Mas era obvio que iriam reclamar, ninguem esperava isso?
hahaha
Se tirarem os estacionamentos, vão reclamar das saidas de garagem, e assim vai….
Se a reclamação tiver fundamento, OK.
Melhor que povo passivo que não reclama de nada!
Nem tudo é perfeito. Realmente se tirássem os estacionamentos do lado da ciclovia ficaria BEM melhor.
Mas frente ao que sempre tivemos, já é uma BAITA mudança!
Relacionado ao assunto: bem que poderiam aumentar a quantidade de bicicletas da estação mercado né? é a estação que mais tempo fica vazia! principalmente de manhã cedo…..
Passei por ali hoje cedo e o que vi foram as pessoas usando como calçadas. Antes tem que educar esse bando de gente ignorante.
Falta educação mesmo, já explicquei para diversos colegas de trabalho que não se deve caminhas nas ciclovias. Algumas pessoas te olham com surpresa quando tu diz isso…
Vejo algumas pessoas que estão sempre complicando, a EPTC nunca esta certa para esta gente, acho que eles(EPTC) erram mas não sempre, em Istambul (Turquia) o metro fica no meio da rua, convive com carros camilhões onibus e pedrestres, no Brasil tudo tem que ter guarda corpo, faixa disto faixa daquilo, pessoal eu acho é que falta educação, coerencia, bom senso, palavras estas que num futuro não muito distante terão que ser banidas do dicionário.
Bem, se é de superfície não deve ser metrô, mas tram e é bem comum mundo a fora. Eu vi um funcionando em Melbourne e realmente não tinha separação alguma tanto que quase fui atropelado por um hehe. Na Austrália parece que o povo está bem informado, mas não sei sobre Istambul. Na índia que eu saiba acidentes com trens são bem comuns.
Falta bom senso? Concordo, falta mesmo. Mas enquanto ele não existir precisamos de proteção. Se os motoristas acham que podem converter a direita em velocidade de cruzeiro na Icaraí eu acho que a ciclovia deve estar mais visível (ou seja, mais vagas de estacionamento devem ser removidas nas esquinas). Tanto para aumentar a chance deles me verem quanto aumentar minha chance de vê-los.
Nos bondes que circulam pelo eixo da pista, ao parar para embarque e desembarque os carros param nos dois lados. Não há parada no meio da rua, as pessoas esperam na calçada e quando o bonde (tram) para todos os carros respeitam… É muito legal!
Essa coisa de segurança é algo que a EPTC nunca entendeu. Inclusive na ciclofaixa da Icaraí.
Nossa ciclovias parece uma colcha de retalhos….
É justamente essa frase: “nunca deu problema” é que é perigosa. Essa é prima-irmã da “ando a 160 e nunca deu problema”, “eu bebo antes de dirigir e nunca deu problema”, “eu falo ao celular dirigindo e nuca deu problema”…
heheh pior, já vi gente dizendo “sempre bebi meia garrafa de dirigir e nunca deu problema”… sempre fico me segurando e não respondo nada 😀
Eu conheço a história de um torneiro mecânico, que é hailitado a operar a máquina, mas não para fazer manutenção a manutenção da parte elétrica dela. Porém, ele sempre à fez. A desculpa? “Nunca deu nada”. Até que um dia deu algo. Mas não irá se repetir, afinal, não é comum sobreviver á um choque de 380 volts…