DMLU já retirou 40 toneladas de lixo do Arroio Dilúvio

Em função da quantidade de lixo, a ação deverá ser ampliada até o dia 17  Foto: Divulgação/PMPA

Em função da quantidade de lixo, a ação deverá ser ampliada até o dia 17 Foto: Divulgação/PMPA

O Departamento Municipal de Limpeza Urbana (DMLU) recolheu, até a tarde desta segunda-feira, 40 toneladas de lixo do Arroio Dilúvio. A ação de limpeza, que segue até o final do dia, teve início na última quinta-feira, 2. Nos dois primeiros dias foram recolhidas 22 toneladas de lixos. Em função da quantidade de lixo recolhida, a ação será ampliada até o dia 17 de maio.

Nesta segunda-feira, os 25 garis da Cootravipa se concentraram na limpeza sob a ponte da av. João Pessoa. Até o momento foram recolhidos carcaças de computadores, de aspirador de pó e de ventiladores, sacolas plásticas, garrafas pet, embalagens longa vida e ventiladores de teto. Também foram recolhidos fogões, geladeira, pneus, lonas, roupas, vasos de plantas, canos PVC, ferros, para-choques de carros, panelas, sofá, tanque de lavar roupas, cabine de orelhão, pias e colchões.

Para o diretor-geral do DMLU, André Carús, devido ao número excessivo de resíduos e lixo encontrados, não foi possível cumprir o cronograma inicialmente estabelecido de quatro dias. A ação será estendida até dia 17 de maio, junto com a roçada da vegetação que se acumula nos taludes do Dilúvio. “A ampliação se dá pela necessidade de realizarmos o serviço com excelência e qualidade.”

Prefeitura de Porto Alegre

 



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24 respostas

  1. Há informações que não se realizava limpeza há 5 anos, claro que não poderia ser diferente a quantidade de lixo, mas convenhamos se a Pref. Mun. POA instalasse câmeras ao longo da Av. Ipiranga seria uma vigilância em tempo real, questão de gerenciamento.

    Certamente a instalação de câmeras sairia mais em conta com referência as despesas agora realizadas.

    • Sobradinho, a limpeza do Dilúvio é feita constantemente, só que o lixo é atirado dentro dele dia e noite. Caso há cinco anos ele não fosse limpo o lixo estaria saindo pelos taludes….

  2. Nunca se pensou em tapar o dilúvio?

    Ou vão me dizer que é um dos cartões postais da cidade?

    Quanta área desperdiçada ali….

      • Pelas toneladas de lixo retiradas (custam dinheiro e tem que ser periódico, pelas vidas que alí já se perderam e a educação que vai se conseguir incutir nas pessoas, se olharem alguns Blogs atrás, já falei em fazer o encanamento do Arroio e aterrar. O espaçó que ficaría largo, poderia ser utilizado para estacionamento tanto para quem vai da ZSul ou vem da ZNorte e teria o Aeromóvel passando por cima (ponte da Azenha tombada) que seria circular para o Centro de Poa.Pagaria td junto, o estacionamento e a passagem… Tudo com paisagismo, bancos, pista de ciclismo embaixo dos pilares e reta (sei que tem problemas com árvores p/pista de ciclismo c/a Smam). Não sei como fazer mas os entendidos devem ter captado a idéia e fazer um belo projeto. Seria mt mais interessante ter um espaço para a população, do que um Arroio que a vida inteira só deu despesas, trabalho e mortes.

        • Cara Gladis.
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          A principal carga que recebe o arroio Dilúvio não é de lixo lançado pela população, se fosse isto a retirada seria algo relativamente simples e pouco oneroso. O que mais chega ao arroio são sedimentos como areia, silte e argila.
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          Cada grande empreendimento feito na bacia do Dilúvio lança toneladas destes materiais provenientes dos cortes e e decapagens que fazem sobre o solo. O maior problema não é fazer os cortes e as decapagens, mas a falta de monitoramento ambiental sobre estes serviços.
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          Quando se faz qualquer intervenção sobre o solo, quebrando a sua estrutura superficial este fica completamente vulnerável a chuva, que no momento da sua chegada o desagrega e o transporta através de diversos processos erosivos, desde o simpático “splash” (simpático pelo nome!) que é o início de tudo, dado pelo choque da chuva no solo que faz um splash e remove o solo do local, até as ravinas e voçorocas (todos nomes interessantes) que concentrando em determinado local a chuva escavam o solo carregando-o para o leito dos rios, no caso o nosso Dilúvio.
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          Pois bem, todos estes processos, que poderiam ser evitados em grande parte, levam material para dentro do arroio, como canalizando ou não o Dilúvio este material continuará a ser levado para dentro do mesmo, não adianta transformar o Dilúvio num conduto forçado.
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          Além do problema do assoreamento do Dilúvio por areia ou outra granulometria, se transformarmos o Dilúvio num conduto a capacidade de transportar água diminui. Se alguém falou para ti ao contrário, disse uma coisa errada para ti em termos de hidráulica. Um conduto forçado teria a superfície superior coberta (como era de se esperar) e esta cobertura quando em contato com a água atrasa o seu movimento, é como andarmos num automóvel com o freio de mão puxado!
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          Logo posso te dizer com certeza que transformar o Dilúvio num conduto é totalmente proibitivo, pois ter-se-ia que fazer um conduto com aproximadamente mais 50% a 75% mais área do que o atual Riacho, necessitando, por exemplo, utilizar toda a avenida Ipiranga para este conduto.

        • Era isso que eu queria ler: uma explicação plausível para não fechar o Diluvio.

          Grato Rogério.

        • Gosto de ler os comentários do Rogério. Me parece uma pessoa bastante inteligente e esclarecida, além de sempre trazer informações que complementam o post. Obrigado pelas informações!

          “Se tu fostes um candidato à prefeitura, teria meu voto, hehehehe. Pena que não sou porto alegrense 😦 ”

          Algo parecido acontece em São Lourenço do Sul: existe um tipo de córrego que fora construído para escoamento das águas das chuvas de vários bairros da cidade (inclusive o centro). Ele atravessa uma boa parte da cidade, extendendo-se por alguns quilômetros, sendo que destes, em torno de 1Km é a céu aberto, ou seja, o restante é fechado, como um cano gigante.

          Diz a prefeitura que é impossível fechá-lo devido a problemas ambientais. Nós o chamamos de “valão”. Ele não é sujo nem poluído, quanto menos fede, a idéia do fechamento seria mais estética do que qualquer coisa. E até hoje não lembro de tê-lo visto cheio. Nem mesmo na enchente de 2011.

    • Eu e muita gente já.

      • Não é que não se possa canalizar, tudo vai depender do porte do mesmo e da vazão média de água.

        Pelo que li no documento (e nesse trabalho, muito bom http://www.lume.ufrgs.br/handle/10183/17323) canalizando tu aumenta o fluxo na jusante, onde o custo ficaria proibitivo em alguns casos.

        Mas também se fala em canalizar para controle de enchentes. Nesse caso do dilúvio a proposta seria pra “aproveitar” melhor o espaço existente.

        Se falei muita bobagem um especialista me corrija, por favor!

    • Achei um link de um pdf falando sobre isso, interessante… na pg17 tem comentários sobre a canalização de arroios/riachos:

      Clique para acessar o manual_de_drenagem_ultima_versao.pdf

    • Como é que alguém em sã consciência pode sequer por um segundo pensar em fechar o Arroio Dilúvio, quem não vê beleza ali tem que fazer um tratamento bem sério…
      O Arroio Dilúvio é muito bonito só não é mais por causa deste povo porco que atira de tudo dentro dele.
      Imagina fazer um estacionamento al,i que mente é esta que pensa numa coisa dessas, CREDO……..que horror….

  3. Me pergunto também se não valeria o investimento em educação nos pontos que mais poluem, creio que a ação seria mais direta. Mas claro que retirar essas toneladas de lixo já ajudam, mas todos sabemos que em pouco tempo estará cheio novamente. Por isso ou se educa ou gasta-se com frequência nesta medida paliativa, eu iria pela primeira…

    • Comentário extremamente sensato! É exatamente isso que deve ser feito: Educar para EVITAR que o arroio volte a ser poluído. O problema, acredito eu, é que a maioria das pessoas que fazem isso dificilmente mudarão seus hábitos.

    • Quantos carros já caíram no Diluvio? Só de restos de carros deve dar umas 100 toneladas.

      • Meu deus…e tu acha mesmo que os carros ficam ali, no rio, jogados?

        • E tu acha que eles são retirados inteirinhos de dentro?

        • Tu não manja nada de carro né?

        • Da onde que você acha que veio os “para-choques” que está no texto, por exemplo? Fora calotas, faróis, sinaleiras, espelhos… ninguém vai ficar no dilúvio pegando os restos dos carros que caem. Um guindaste puxa o chassi com o que vier grudado nele e pronto.

          Trabalhei 6 anos na indústria automotiva. Isso é importante? Está interessado?

      • É claro que os carros são retirados, imagina que este povo louco por carro vai deixar o seu dentro do Arroio, e depois o Arroio não tem toda esta profundidade para encobrir carros…..

  4. Ótimo trabalho! Muito bom mesmo.

    Alguém sabe o que estão fazendo no dilúvio perto da PUC? Tem um monte de terra e uma escavadeira dentro.

    • deve ser o de sempre, se não me engano é pardar profundidade.

      Faz anos que essa escavadeira fica no diluvio, não?

      • Mas passando a perimetral indo para a PUC há um monte de terra clara que parece que foi colocada ali propositalmente dentro do Dilúvio, não sei se foi só para conseguir colocar a escavadeira dentro do dilúvio ou se vai sair alguma obra dentro do dilúvio que usará aquela terra toda.

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