Prefeito apresenta restauração do antigo Cine Capitólio

Prédio terá acervo para preservar a memória do cinema Foto: Luciano Lanes / PMPA

Prédio terá acervo para preservar a memória do cinema Foto: Luciano Lanes / PMPA

O prefeito José Fortunati, o secretário municipal da Cultura, Roque Jacoby, o presidente da Fundacine, João Guilherme Barone, e representantes do Ministério da Cultura (Minc) apresentaram na manhã desta sexta-feira, 4, o restauro do prédio do antigo Cine Capitólio, que vai abrigar a Cinemateca Capitólio. A solenidade foi realizada na sala de cinema do prédio, que é patrimônio histórico do estado. As obras tiveram início em 2004 e o investimento foi de R$ 6.753.865,80.

O titular da Secretaria Municipal da Cultura destacou a soma de esforços para que a restauração do local se tornasse realidade. “Foi um desafio enorme e não teríamos sucesso se não fosse o apoio de todos. A prefeitura e o governo federal investiram recursos e dedicação para que essa obra fosse possível. Tivemos diversas dificuldades, pois é um prédio especial, tombado, com muitas peculiaridades e a estrutura que uma cinemateca exige também tem suas especificidades”, afirmou Roque Jacoby.

Com a reforma concluída, o prédio está recebendo mobiliário, equipamentos de projeção e estão sendo realizadas as adequações da obra à nova legislação de prevenção contra incêndios. Assim que o Plano de Prevenção Contra Incêndio (PPCI) estiver completamente implementado, a cinemateca será aberta ao público.

O local será um centro de referência para pesquisadores da área, com acervo para preservar a memória do cinema gaúcho, constituído por filmes, cartazes, fotografias, livros, roteiros originais, entre outros. Contará ainda com sala de cinema, biblioteca especializada, um café, área de exposição e sala multiuso para grupos de estudos. “Há uma grande preocupação da cidade com a memória deste prédio, que teve um papel muito importante na história do cinema gaúcho e para os gaúchos. O Capitólio sempre foi conhecido pela programação intensa e diferenciada, então não existe local mais adequado para instalar essa cinemateca. Estamos muito orgulhosos de poder oferecer esse espaço tão qualificado para o público”, disse o prefeito José Fortunati.

Também foi descerrada a placa alusiva aos patrocinadores da obra de restauro do prédio, que nesta etapa foram o Ministério da Cultura, a Prefeitura de Porto Alegre, a Petrobras e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). “A Cinemateca Capitólio vai valorizar toda essa região da cidade, já conhecida pela intensa atividade cultural e concentração de artistas”, projetou a representante do Minc na região Sul, Margarete Moraes.

Cine Capitólio – Era um antigo cinema de rua. O prédio na esquina da avenida Borges de Medeiros com a rua Demétrio Ribeiro foi adquirido pela Prefeitura de Porto Alegre em 1994, e tombado pelo Município no ano seguinte.

Ao ser restaurado, o local teve que passar por toda uma adaptação especial, com instalação de equipamentos como gerador de energia próprio e sofisticado sistema de refrigeração, pois o acervo de filmes exige controle diferenciado de temperaturas. “Não estamos apenas inaugurando um cinema. Nós estamos instalando aqui uma cinemateca. Poucas cidades brasileiras possuem um local desses e nenhum é como a Cinemateca Capitólio. Realmente é um espaço diferenciado e qualificado”, declarou o presidente da Fundacine, João Guilherme Barone.

O custo da obra foi dividido entre os patrocinadores. Petrobrás investiu R$ 4,1 milhões, o BNDES repassou R$ 1,11 milhão, o Ministério da Cultura entrou com R$ 800 mil e a PMPA com outros R$ 743 mil.

Prefeitura de Porto Alegre

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Agora sim, a imagem do Cine Capitólio como está agora.



Categorias:Arquitetura | Urbanismo, Patrimônio Histórico

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6 respostas

  1. Ainda bem que alguém com um pouco de senso visual estético, refez a pintura da fachada e substitui aquela mistura de um tudo tribizarra, por esta tonalidade mais coerente.

  2. Se eu tiver passando pela frente e ver alguém pichando sou capaz de sair no soco com o CRIMINOSO.

  3. Extra ! NADA Q ESTÁ RUIM PODE FICAR AINDA PIOR : http://felipeprestes.wordpress.com/2014/04/04/analise-do-edital-de-licitacao-parte-i-a-prefeitura-quer-quebrar-a-carris/

    Análise do edital de licitação – parte I: a Prefeitura quer quebrar a Carris?
    Publicado em abril 4, 2014 |

    Durante os meses que antecederam a publicação do edital para licitar o transporte público de Porto Alegre, o diretor da EPTC, Vanderlei Cappelari, explicou que a Carris ficaria apenas com as linhas transversais. Isto passou batido, até porque falando assim parece apenas um bom modo de organização. Cada bacia, faz as linhas que levam do centro a leste, a sul e a norte, tudo muito tranquilo.

    Agora que o edital saiu, porém, parece que a Carris sai perdendo, e que isto favorece as empresas privadas.

    A empresa pública seguirá com todos os Ts (transversais), mais os Cs (ônibus circulares da região central), além das linhas, digamos, universitárias: o D43, o Campus/Ipiranga e o Ipiranga/PUC. Até aí, tudo bem.

    O problema é que a Carris entregará linhas que têm um itinerário curto e (pelo menos, algumas delas) com muitos passageiros; e trocará por linhas com muita rodagem e pouco passageiro. A extensão de cada linha consta no próprio edital.

    De acordo com o edital, a Carris perde:

    A linha 510 Auxiliadora, possivelmente uma das mais lucrativas, porque está sempre cheia e vai apenas do Mercado Público até o Zaffari Higienópolis. Tem 5,7 quilômetros num dos sentidos e 7,9 no outro.

    A linha 431 Carlos Gomes, que sai do Mercado Público, sobe a Protásio Alves até a Carlos Gomes e vai até o Zaffari Higienópolis. Tem 10,1 quilômetros num dos sentidos e 11,5 no outro.

    A linha 525 Rio Branco/Anita, que vai do Mercado pela Osvaldo/Protásio até a Goethe, depois pega a Anita Garibaldi e vai até as proximidades do Country Club. Tem 9,9 quilômetros num dos sentidos e 10,3 no outro.

    A linha 473 Jardim Carvalho/Jardim do Salso, que vai do Mercado Público pela Protásio Alves até descer para a Terceira Perimetral, próximo ao Jardim Botânico. Atravessa a Cristiano Fischer e dá umas voltas pelos bairros Jardim Carvalho e Jardim do Salso. Tem 14,2 quilômetros de extensão num dos sentidos e 12,9 no outro.

    POIS BEM. A Carris perdeu estas linhas. E o que ela pegou em troca?

    A linha 286 Belem Velho/Cristal/UFRGS que vai do Campus do Vale, no limite com Viamão, até Belem Velho, e depois sobe até a Avenida Diário de Notícias (onde fica o Barra Shopping). A extensão da linha é de 23 quilômetros num dos sentidos e 25,8 no outro.

    A linha 314 e suas variantes 3141 e 3142, que são linhas PUC/Restinga. A linha 314 chega a 21,5 e 22,7 quilômetros. A linha 3141 vai mais longe ainda: são 28,9 quilômetros num dos sentidos e 29,5 no outro. A linha 3142 só faz duas viagens por dia, de 24,6 quilômetros.

    A linha 5201 Triângulo/24 de outubro/PUC, cujo nome já explica o itinerário — triângulo para quem não sabe, é onde a Assis Brasil se encontra com a Baltazar de Oliveira Garcia, no extremo norte da cidade. Esta linha tem 23,5 quilômetros de extensão.

    Linhas pouco utilizadas

    Pelo número de viagens, dá para ver que estas linhas que a Carris vai abraçar não são muito utilizadas pelo usuário porto-alegrense. Todo mundo que pega ônibus sabe que as linhas mais utilizadas fazem mais viagens.

    A linha Auxiliadora, que a Carris vai entregar para a iniciativa privada, deverá fazer de acordo com o edital 123 viagens num dos sentidos e 122 noutro, um dos números mais altos de todo o sistema. A Carlos Gomes, 68 e 69. A Jardim Carvalho, 85 nos dois sentidos e a Rio Branco/Anita, 76 e 77.

    Enquanto isto a Belém Velho/Cristal UFRGS faz 56 (menos da metade que a Auxiliadora) e 55. As PUC/RESTINGA somadas não passam de 73 viagens num dos sentidos e 71 noutro. E a Triângulo/24 de Outubro/PUC faz 59 viagens.

    E mais: os números de viagens previstos para as linhas que a Carris vai deixar para as empresas privadas são quase os mesmos que os atuais (que podem ser checados aqui), as empresas não precisarão aumentar o número de viagens — a única exceção são duas viagens a mais num dos sentidos do Carlos Gomes. Enquanto isto, a Carris vai aumentar sensivelmente o número de viagens do PUC/Restinga para atender uma demanda que, possivelmente, o consórcio privado se recusava a dar vazão.

    Não resta dúvidas de que a Carris vai trocar linhas com itinerário mais curto e com maior procura por outras longas e menos utilizadas. Um leigo em planilhas e quetais, como eu, pensa que isto vai dar prejuízo à empresa pública. Mas deixo mais como pergunta que como afirmação: a Prefeitura quer quebrar a Carris?

    • E pensar que simplesmente não precisaria existir linhas longas com poucos passageiros. Basta usar linhas alimentadoras com ônibus pequenos e linhas troncais “expressos”.

  4. Muito bom e aguardado por muito tempo. Só espero que o resto seja rápido, para não deteriorar o que foi feito até agora….

  5. Sensacional. Depois da longa espera até que enfim poderemos ter à disposição mais um atrativo. Me pergunto agora quanto tempo ainda teremos que aguardar para pleno uso da cinemateca.

    Tocando nesse assunto, sei que são coisas distintas, mas me pergunto também quanto mais demorará para conclusão de outras obras do gênero como a reforma do edifício do Cine Imperial, que se arrasta há quase uma década? http://lproweb.procempa.com.br/pmpa/prefpoa/vivaocentro/default.php?p_secao=77

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