Com criação de polo gastronômico, comerciantes esperam mais investimentos na Cidade Baixa

João Alfredo, uma das ruas mais movimentadas do bairro | Foto: Guilherme Santos/Sul21

João Alfredo, uma das ruas mais movimentadas do bairro | Foto: Guilherme Santos/Sul21

O bairro Cidade Baixa, em Porto Alegre, foi declarado Polo Gastronômico, Cultural e de Entretenimento da cidade na última terça-feira (7). Os proprietários de estabelecimentos no local esperam que a medida traga mais investimentos por parte do poder público e de iniciativas privadas, enquanto a Prefeitura acredita que o reconhecimento fará os comerciantes se preocuparem mais com o entorno de seus estabelecimentos. A área que comporá o polo compreende o perímetro entre as avenidas João Pessoa, Loureiro da Silva, Praia de Belas, Getúlio Vargas, Venâncio Aires e rua Barão do Gravataí.

Conforme o documento, os estabelecimentos integrantes do polo, com o poder público e os demais órgãos da iniciativa privada, promoverão ações coordenadas para melhorar os investimentos na Cidade Baixa. As entidades representativas dos grupos empresariais também poderão propor e custear com recursos privados, obras ou ações de melhoria para o bairro, desde que aprovadas pelo Comitê de Trabalho e devidamente licenciadas pelos órgãos competentes.

Delimitação do bairro, que agora é polo gastronômico | Foto: Reprodução/ Google Maps

Delimitação do bairro, que agora é polo gastronômico | Foto: Reprodução/ Google Maps

O vice-prefeito Sebastião Melo (PMDB) contou que as conversas “vêm de longe” e a experiência foi baseada em polos já existentes no Rio de Janeiro. Ele destacou que o decreto visa também dar mais autonomia e incentivo aos comerciantes para melhorarem o bairro. “Por exemplo, na Rua da República, comerciantes querem rebaixar os postes, porque sentem que não estão dando a iluminação necessária. Eu disse que se conseguirem pagar, a Prefeitura vai autorizar”, apontou.

A partir de um comitê gestor formado por município, comerciantes e moradores, um escritório de arquitetura foi contratado e deve apresentar um diagnóstico do bairro em 90 dias, a partir do qual as mudanças necessárias começarão a ser feitas. “A palavra-chave foi governança, quando reúne vários ativos a favor de uma causa comum, além de diálogo”, afirmou Melo.

A presidente da Associação dos Amigos da Cidade Baixa, Roberta Rosito Corrêa, julga ser “muito importante” a formação do polo. “Isso vai trazer investimentos privados, através de financiamento de empresas como Caixa, Santander, para participar do projeto de revitalização do bairro. Vai suprir necessidades financeiras que a Prefeitura não tem como investir no momento”, afirma.

Débora Fogliatto – SUL 21

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6 respostas

  1. gourmetizaram a cidade baixa! hehehe… mas falando sério… se valorizaram/gourmetizaram o bairro… poderiam “gourmetizar” a segurança também…

  2. A meu ver, a rua que precisa URGENTE de intervenções é a João Alfredo. Algumas ideias:
    – aumentar a largura das calçadas (logicamente diminuindo a largura da pista para automoveis)
    – padronizaçao das calçadas
    – velocidade máx. 30 km/h para veiculos
    – fiação subterrânea
    – parklets, bancos e floreiras

  3. Quando eu morava na divisa do menino deus com a cidade baixa eu usufrui muito do “polo gastronomico”.
    Existem muitos restaurantes e pubs bons na cidade baixa, diferente do que muitas pessoas pensam sobre la so ter X, ala minuta ou fritas nos restaurantes e bares.
    Eu considero exepcional os ambientes em casas e casaroes antigos, cada um com um estilo e decoração.
    A cidade baixa esta mudando, espero que a visao das pessoas sobre ela tambem.

  4. Se turistas resolverem irem à noite no “novo pólo gastronômico” , vai ter hora pra ter que sair da calçada pra entrar (ou ir embora)?

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