De uma altura de dez metros se pode ver, do topo do altar- -mor, toda a nave da Igreja das Dores. Ao lado de quem observa estão as imagens de Jesus Cristo e Nossa Senhora das Dores, que nomeia a igreja, datadas do século 19 mas que agora parecem novas. Em torno, tudo está pintado e nesta semana faltava somente uma limpeza. Com a entrega do altar-mor, a restauração do templo mais antigo de Porto Alegre ficou pronta.
O processo de restauro durava desde o início dos anos 2000. A igreja, cuja constru- ção começou em 1807 e só terminou em 1903, ainda receberá um museu de arte sacra, que precisa de R$ 2,5 milhões via leis de incentivo à cultura, e do PPCI (Plano de Prevenção e Proteção Contra Incêndio). Com o PPCI, esperado para ficar pronto em janeiro de 2018, será possível liberar as visitas às torres, também reformadas.
O arquiteto Lucas Volpatto liderou as obras nos últimos anos. Segundo ele, a intervenção foi profunda. “Recuperou todo o forro da nave, a fiação elétrica, as pinturas murais e os retábulos laterais, onde se achou a cor original deles. Nesta etapa agora, foi feita uma conservação e um restauro de um restauro anterior, de 1996. Houve uma repintura do altar-mor e trabalhamos no telhado, onde não havia uma subcobertura.”
Volpatto já identifica que a fachada em breve terá de ser repintada. É assim mesmo. O patrimônio precisa estar sempre em manutenção.
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Jornal Metro – Porto Alegre – 23/11/2017
Categorias:Arquitetura | Urbanismo, Restaurações | Reformas
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