Estado lança hoje edital sobre concessão do Zoo

Novo gestor deverá investir no mínimo R$ 59 milhões e ampliar a variedade de espécies no Parque Zoológico

O Parque Zoológico de Sapucaia do Sul deve ser cedido à iniciativa privada até o final deste ano. O edital de consulta pública sobre a concessão será publicado hoje pela Sema (Secretaria do Ambiente e Desenvolvimento Sustentável).

Para tentar evitar maiores oposições ao certame – a situação do Zoo devido à extin- ção da Fundação Zoobotânica já foi alvo de inquérito do Ministério Público –, a Sema procurou esclarecer alguns pontos que poderiam se tornar bandeiras de contestação. Um deles é a impossibilidade de o novo administrador construir empreendimentos imobiliá- rios na área. Outro é a previsão de ampliação da sua variedade de espécies animais.

A secretária estadual do Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, Ana Pellini, lembra que, nessa fase do processo licitatório, os interessados em assumir a gestão do Zoo e a população poderão se manifestar. “É um parque muito querido, importante turisticamente, até por estar localizado no caminho de quem passa em direção a Gramado. Nosso sonho é que o vencedor seja um gestor de algum grande parque”, afirma, citando como exemplo a administradora do Parque Nacional do Iguaçu, em Foz do Iguaçu (PR).

O debate público durará 30 dias. A seguir, em 60 dias o edital da concorrência propriamente dita será publicado, com possíveis alterações a partir das sugestões recebidas. Em 90 dias, o vencedor da licitação deverá ser conhecido. Ana Pellini acredita que até o final deste ano o contrato estará assinado.

Prejuízo

Segundo a secretária, o Zoo dá um prejuízo anual de R$ 5 milhões ao estado, que passa por dificuldade financeiras, e por isso precisa ser concedido. Para ter lucro, o gestor poderá criar novas atividades no local para os visitantes e explorar serviços como os de alimentação e estacionamento. O ingresso, hoje de R$ 10, tem previsão de aumento para R$ 15, com reajustes anuais.

zoo-rs

Jornal Metro Porto Alegre

Postado sob licença do Jornal Metro Porto Alegre.



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17 respostas

  1. “Então vou guardar os bons exemplos de gestão pública pra mim.” (Guilherme) Não acredito que até hoje você não conhece Ivoti, Flores da Cunha, Picada Café, Morro Reuter, Nova Petrópolis e Gramado, todas aqui no quintal da sua casa. Em duas linhas mostrei não apenas um exemplo, mas vários.

    • Resposta acima foi pro Pablo, que disse não conhecer nenhum exemplo de boa gestão pública.

    • Interessante é que a prefeitura de cada um desses municípios são de partidos de direita, ou seja, se algo não funciona, privatiza e não fica desperdiçando o dinheiro do contribuinte.

      • Não sei se são de direita, esquerda nem de centro. Sei que são bem geridas. Além do mais são bem geridas há muitos anos, e certamente foram geridas pelos mais diferentes tipos de correntes. Pare com essa babaquice de direita vs esquerda. Papo maniqueísta.

    • Conheço Ivoti, Gramado, Picada Café, Bento Gonçalves e outras cidades agradáveis. Mas não vejo prefeituras com algo comparável à uma fundação ou empresa pública. Por isso não considerei entre os exemplos comparáveis…

  2. Temos um problema: “prejuízo e PRECISA ser concedido”. É interessante como todos os problemas (prejuízos) em geral se resolvem livrando-se do problema.
    O atual governo do Estado e também a PMPA tratam seus problemas como uma criança. Ou se livra deles ou que se resolvam sozinhos ou nos fazemos de tonta até que sejam esquecidos ou substituidos por outro(s) que será igualmente delegado oy não resolvido

  3. Se criou um monstro tão grande contra o investidor/explorador imobiliário que até numa publicidade de uma concessão de zoológico tem que estar salientado e grifado que não poderá ser construído isso ou aquilo.
    Isso me lembra os anos 90, quando no Brazil se começo a falar em internet e ao mesmo tempo os alienados iam pra rua latir “não à globalização”.
    O terrorismo da desinformação continua funcionando…

  4. Prejuízo anual de 5 milhões não é muito. Duvido que não exista uns 30 pensões fraudulentas, CCs ou funcionários publy que não trabalham para enxugar e tirar esses 5 milhões.

    • Mas para que? O zoológico está abandonado. A iniciativa privada é muito mais competente para administrar esse tipo de empreendimento, vide o que aconteceu com o Parque das Cataratas, em Foz do Iguaçu.

      • Você colocou tudo quanto é privado em um balaio de gatos e embrulhou tudo. Esse tipo de simplificação é costumeiro. A vs B, direita vs esquerda, branco vs negro, homem vs mulher, público vs privado. Depende, cara. Não funciona com esse pensamento mágico e dicotômico. Existem milhões de entes privados. Ótimos, bons, médios, ruins e péssimos; e depende do modelo de privatização.

        • Mas eu não conheço um caso de ente público que é no mínimo bom.

          • Fora do Brasil eu conheço vários, mas se eu fizer a comparação vão dizer que o brasileiro é infinitamente mais vândalo, néscio e incapaz. Então vou guardar os bons exemplos de gestão pública pra mim.

          • Serviço público brasileiro no exterior? Vc quer dizer consulados e embaixadas? Das vezes que precisei da embaixada brasileira no exterior é que eu vi que a estrutura governamental brasileira é um lixo, aliás, se melhorar muito, fica um lixo. Tive oportunidade de conhecer as dependências internas da embaixada brasileira em Moscou e é um luxo que só vi nos museus retratando a vida dos antigos Tsares, entretanto o serviço prestado ao cidadão brasileiro é uma piada.

          • Fora do Brasil eu conheço vários serviços públicos (não brasileiros)…

      • Concordo contigo. Por mim privatiza tudo! Quanto menos governo melhor.

    • Isso é informação? Ou apenas mais um coice nos funcionários públicos?

      • Cara , você leva isso erroneamente como uma crítica ao servidor público. Eu sei muito bem que há muitos funcionários públicos que trabalham bem e que querem melhorar a gestão pública, mas esbarram na burocracia e na legislação ultrapassada. Só que infelizmente não há remédio contra isso no médio prazo. Um zoológico privado bem administrado dará um retorno para a sociedade muito maior do que hoje. E se for mal administrado, será vendido para outro investidor, porque não é ONG.

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