Leilão do Cais Mauá recebe apenas uma proposta

Projeto prevê a revitalização de 12 armazéns e possibilita a construção de até nove torres na área das docas

Projeto apresentado pelo governo do Estado traz previsão de construção de nove torres na área das docas do Cais Mauá | Foto: Governo RS / Reprodução

O governo do Estado confirmou nesta quarta-feira (31) que recebeu apenas uma proposta para o projeto de concessão do Cais Mauá. Os documentos estão sendo avaliados. Se a análise for positiva, o leilão acontecerá na B3, em São Paulo, em 6 de fevereiro, às 10h.

A proposta foi apresentada pelo Consórcio Pulsa RS, liderado pela empresa Spar Participações e Desenvolvimento Imobiliário LTDA. O site oficial da empresa traz uma imagem do Cais Mauá, sem explicações. Também informa atuação em mais de 25 hipermercados, 5 shopping centers e R$ 1 bilhão em valor geral de vendas (VGV) de imóveis residenciais. Entre marcas alcançadas, cita empresas como L’Oréal, Natura, Unilever e Mercedes Benz. O Linkedin da empresa informa que tem entre 11 e 50 funcionários e atua na estruturação de projetos de infraestrutura e desenvolvimento imobiliário.

A secretaria explica que, mesmo tendo apresentado a única proposta, o consórcio não garantiu, necessariamente, a vitória na licitação, uma vez que a proposta ainda precisará ser avaliada.

Leia matéria integral clicando no link abaixo:

Link: https://sul21.com.br/noticias/geral/2024/01/leilao-do-cais-maua-recebe-apenas-uma-proposta/



Categorias:Projeto de Revitalização do Cais Mauá

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26 respostas

  1. Porto Alegre a única cidade do mundo em que construir um prédio de 40 andares virou um escândalo.
    Será que o mesmo acontece em: N.York, Londres, Paris, B.Aires, etc … ?
    Quanto ao cais aquele muro mais priva o acesso do que protege.
    Acho que agora vai.

    • Paris pode construir prédio alto em apenas um bairro. Londres e Buenos Aires possuem regras semelhantes e muito cuidado sobre onde liberar prédios grandes. Sugiro pesquisar antes.

      • Uma coisa é construir um prédio mais alto ao lado do Casarão onde fica o museu Julho de Castilhos (ou em outros locais no Centro Histórico). Outra coisa é construir no local do Cais Mauá…

    • Em NY se compra o espaço aéreo de prédios mais baixos (e antigos), para a incorporação de empreendimentos mais altos (e novos)

  2. Lembro de quando eu olhava os renders do site do Cais Mauá (Consórcio anterior) esperando ansioso pela concretização da revitalização do espaço. Passou 10 anos sem materialização alguma … Concessão desfeita.

    Veio a nova proposta de concessão, resultou sem interessados….Agora veio essa nova com 1 interessado.

    Dentro dessa perspectiva (frustrante) só me resta torcer para que esteja tudo certo com a documentação deste novo Consórcio e para que ele seja formado por empresas sérias, que possam tirar do papel e materializar esse projeto tão esperado e necessário para a revitalização do Centro Histórico.

  3. É a realidade de um estado falido. Em qualquer lugar do mundo um local como esse não é reformado/recuperado somente com investimento privado. Em todos os exemplos há aporte dos governos locais na revitalização. Aqui, será tudo privado.

    Vale lembrar que uma empresa anterior passou 10 anos no local sem mover uma pedra e, por ser amiguinha dos reis, não foi cobrada em nada. Travou o espaço por 10 anos, saiu sem fazer nada e ficou por isso mesmo.

    Já que o estado não vai investir absolutamente nada, apenas entregar o espaço, que pelo menos faça o mínimo de gestão sobre a evolução. Temos exemplos negativos aí, como o Parque Harmonia, concedido a dois anos e que até agora só serve para estacionamento e shows.

    • O problema é a repleta inexistência de segurança jurídica, isso afasta. É só ver o prédio embargado da Melnick na Duque, mesmo estando em conformidade com o plano diretor, ou seja, com o governo instituído democraticamente pelo voto. Uma associação de 1500 pessoas recorreu ao judiciário que acatou ao grupo de interesse. Ou seja, numa cidade de mais de 1 milhão de eleitores, uma associação organizada agindo em interesse próprio conseguiu barrar. Então me diga, quem de índole séria e ordeira vai correr o risco de se expor ao mercado de uma cidade em “revolução/ocupação/banditismo constante” que quer controlar e ingerir inclusive o desenvolvimento urbano de propriedades que não são suas e que estão de acordo com a legalidade? Quem garante que mesmo bem intencionados em investir na cidade consigam tirar do papel? POA é refém de um grupo ideologicamente alinha herdeiro da tradição escravagista açoriana. É complicado, o progresso do pensamento livre incutido no Brasil pela colonização não-escravagista alemã e italiana não conseguiu vencer na cidade que “resiste” se mantém escrava dessa mesma ex-aristocracia esquerdista.

      • Vai me dizer que a empresa que ficou 10 anos sentada em cima do Cais era bem intencionada e foi prejudicada? Por favor…

        Prédio da Duque tem diversas irregularidades, está sendo barrado pela tosquice do projeto mesmo. São coisas completamente diferentes.

      • “mesmo estando em conformidade com o plano diretor”

        Errou. Tem portaria do IPHAE de 2002 que delimita a área de proteção ao redor do museu Júlio de Castilhos. Este projeto não está em conformidade, portanto, foi concedida a liminar. Tudo dentro da lei.

      • Fora o teu comentário sobre a “tradição escravagista açoriana”, concordo em tudo o que falaste – principalmente a insegurança jurídica (obrigado seres superiores e oniscientes do Ministério Público e “grupos de interesse”).

        O projeto de fostfato da Aguia Resources aqui no RS foi embargado por uma Procuradora pois iria impactar na industria de ambrosia da região. (comentado por um geólogo amigo meu que trabalhou no projeto).

    • Acredito que tu matou a charada. O Estado se exime muito da sua participação. Joga muito peso para a parte privada, que precisa de garantia e estabilidade pra tocar o negócio.

      Aí fica naquela gangorra. Ou fazem o que querem, sem cobrança, ou acabam amarrando demais o negócio, jogando toda a bronca no colo da empresa. Espero que a questão do Harmonia tenha gerado um aprendizado (mesmo que tenha sido âmbito municipal, e não estadual, como o Cais).

      Além disso, a enchente do ano passado deve ter contribuído para gerar um receio nas empresas.

      Não tem nada de “tradição açoariana esquerdista” (besteirol sem pé nem cabeça).

      No meu ver o projeto já evoluiu demais nos últimos tempos. Nos últimos anos tem muito projeto sendo tocado pra frente na cidade, muito distante da visão de terra arrasada.

      • Tem sim a ver com tradição portuguesa escravocrata. Quem escravizou os negros no Brasil? Portugueses brancos. O tráfico negreiro se acentuou quando a corte veio para o Brasil. Tanto que só foi acabar a escravidão que os lusos pararam de vir para o Brasil e o imperador começou a vender as terras de segunda e terceira categoria pros colonos alemães e italianos pra evitar contra-ofensiva espanhola. E terra arrasada foi o que aconteceu na cidade com os movimentos lúdicos contra a industrialização que os alemães e italianos estavam fazendo no quarto distrito, da mesma forma que fizeram na região do Porto em Pelotas, lá a industrialização tava sendo feita pelos alemães, se eu não me engano em Rio Grande também mas falta investigação. Pelotas foi ainda pior porque, por não ser capital, faliu de vez (não há mal que seja feito que não retorne). Em Porto Alegre transformaram o quarto distrito num cubanismo que nem cantava o poeta: pra ninguém mais fazer sucesso e pra sambar na cara do porto-alegrense ainda ergueram um muro para separar a cidade do rio, da fluidez da vida livre. A raiz é uma só, o escravagismo que migrou para essa mentalidade neo-eco-marxista. Eu anseio que esse projeto realmente saia do papel e seja um esplendor, a cidade tem uma dívida histórica com o progresso e com a honestidade histórico-intelectual de seus próprios posicionamentos políticos.

        • Ah, deixa eu ver se eu entendi, a Prefeitura construiu o muro não por causa da enchente catastrófica de 1941… Mas sim por causa da suposta tradição “esquerdista” açoriana.

          O 4o Distrito se degradou não por que as indústrias se mudaram para a região metropolitana, em busca de espaço e fugindo das enchentes… Mas sim por causa dos “movimentos lúdicos contra a industrialização”.

          É uma salada de informações misturada com política (‘tudo que eu não gosto é fascista ou esquerdista’).

          A ironia é que o maior edifício de Porto Alegre está sendo construído justamente lá no 4o Distrito. Baita projeto, tudo alinhado prefeitura, iniciativa privada, especialistas em urbanismo, comunidade, etc. Parece que os cubanos ainda não foram avisados.

          • A desindustrialização de POA ocorreu na década de 50, a industrialização da RMPOA a partir da década de 80. Sim, a desindustrialização causada pela esquerda foi para gerar empregos na RM que nem te contaram. A desativação da atividade portuária e a construção do muro 15 anos depois da enchente foi sim para proteger a cidade, que nem teu professor te contou. Nada tem a ver com efervescência do movimento marxista nessas décadas em êxtase com o movimento marxista-escravocrata latino americano do período correspondente.

            • Ok. Tu estás certa. Assunto encerrado. Pode continuar escrevendo aí do São Pedro (não o teatro…).

              • Eu estou certa. Eles reescrevem a história para manter o domínio da narrativa e o mal que fazem não seja exposto pra que possam enganar e fazer o mal de novo, seja no microcosmo duma cidade, seja num país, seja numa geração, e o sistema hegemônico que tá operando quer alcançar os feitos de 1917, 1945, 1959, isto só pra ficar nos mais recentes porque antes do capitalismo o sistema era irrestritamente deles, onde houver liberdade e felicidade lá eles estão atacando. Não importa o nome que se dá à manifestação das diferentes ideologia racionalizadas, a ação é a mesma. É assim desde sempre, desde antes do Egito, desde o conflito com os Anunnakis. Não dá pra defender a deturpação do sistema da excepcional liberdade que temos pro retorno do controle e adoração reptiliana que eles estão implementando pelo Estado goela abaixo a todo ocidente e depois vendem como “ciclos orgânicos de ascensão e queda econômica”, quando eles que operam essa queda. Enfim, acho que me fiz clara e já deixei minha contribuição: é a agenda reptiliana.

  4. Que não seja que nem a GAM3Parks que precisou correr muito atrás das garantias e até hoje não demonstra muito profissionalismo e experiência…

    • Pois é, prometeram muito e entregaram nada até agora. Se falou em roda gigante, show de águas e outros atrativos náuticos no Guaíba. Foi o mesmo com o Pontal, prometeu que até metade de 2023 teriam as águas dançantes em frente ao parque, mas também nunca se ouviu nada a respeito mais.

  5. Spoiler: essa obra nunca vai sair do papel.

    Que vergonha.

    • Acho que temos bons prognósticos. O consórcio de empresas tem um bom capital e experiência com empreendimentos. Uma coisa é ser realista outra é ser negativo. Não leva a lugar algum.

      “A proposta foi apresentada pelo Consórcio Pulsa RS, liderado pela empresa Spar Participações e Desenvolvimento Imobiliário LTDA. O site oficial da empresa traz uma imagem do Cais Mauá, sem explicações. Também informa atuação em mais de 25 hipermercados, 5 shopping centers e R$ 1 bilhão em valor geral de vendas (VGV) de imóveis residenciais. Entre marcas alcançadas, cita empresas como L’Oréal, Natura, Unilever e Mercedes Benz. O Linkedin da empresa informa que tem entre 11 e 50 funcionários e atua na estruturação de projetos de infraestrutura e desenvolvimento imobiliário.”

      • Gostei bastante da sua visão e a diferenciação feita entre negativo e realista. Acredito que até pelo que expuseste a empresa é gabaritada e poderá facilmente implantar o projeto, e assim fazendo, depois colherá bons frutos na forma de lucro ali. Na minha opinião partimos, a maioria dos porto-alegrenses, do momento presente e olhando a área do cais é só depressão que dá, agora os visionários conseguem ver além e pressentir quanto potencial tem ali. Após as reformas, tudo lindo, maravilhoso, seguro e com estrutura anti-cheias, não resta dúvidas de que será o maior cartão-postal de Porto Alegre, um divisor de águas e que vai ser fator de estímulo para muita gente vir e curtir a capital gaúcha. O que é, já deu, basta de ruínas e então que venha a reforma e reutilização desse Cais Mauá, aonde tanta coisa boa ainda poderá pode acontecer e mais renda ser gerada.

  6. Lamentável. Precisaríamos de mais opções para a gestão pública avaliar. Alguém que entenda saberia explicar o motivo do desinteresse? Projeto arriscado?

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