Prefeitura decreta racionamento de água em Porto Alegre

Foto: Captura de vídeo de Newton Zelihmann

A prefeitura publicou em edição extra do Diário Oficial de Porto Alegre (Dopa), nesta segunda-feira, 6, decreto que determina o racionamento de água na cidade e restringe o uso do recurso enquanto a enchente impedir a regularização do serviço. A água distribuída pelo Departamento Municipal de Água e Esgotos (Dmae) deve ser, exclusivamente, para consumo essencial.

“Estamos vivendo um desastre natural sem precedentes em Porto Alegre e no Rio Grande, e todos precisam contribuir. O desabastecimento é real e vai levar tempo até ser retomado com regularidade. Estamos buscando alternativas em diferentes frentes, mas a consciência de cada cidadão é decisiva para não piorar o cenário” – Prefeito Sebastião Melo.

Atividades como lavagens automotivas, de calçadas e fachadas, rega de jardins e gramados, bem como uso em salões de beleza, clínicas estéticas, academias, em banho e tosa de animais devem ser evitadas para preservar o recurso.

As decisões valem até que seja retomada a regularidade no abastecimento de água em Porto Alegre.

Link: https://prefeitura.poa.br/gp/noticias/prefeitura-decreta-racionamento-de-agua-em-porto-alegre



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2 respostas

  1. Então, racionamento é uma palavra sutil. As 6 áreas de tratamento que impulsionam a água pra cidade foram todas brilhantemente construídas em áreas alagáveis, com exceção do Moinhos que depende de bomba que fica em área alagável, ou seja, fica também em área alagável por consequencia. O que acontece é que 4 foram atingidas pelas águas (a do Moinhos acabou por tabela então sem função) e a de Belém Novo parcialmente, então 85% da cidade está sem água. Não por racionamento, mas porque as bombas tiveram que ser desligadas porque algum comuna brilhante que administrou a cidade teve a ideia de fazer todas as áreas de tratamento em aterro e/ou grudadas à orla. E aliás eu fui um pouco mais afundo na questão das bacias hidrográficas pra entender melhor o cenário que a gente tá vivendo. Funciona da seguinte maneira: a Lagoa dos Patos é a nossa saída para o mar. Na lagoa desembocam duas bacias hidrográficas, a do delta Jacuí e a do Canal São Gonçalo. Em 1915 os Molhes de Rio Grande diminuíram o ritmo de vazão da água pra possibilitar os atraques de navios com mais segurança. Talvez isso tenha a ver com a própria enchente de 1941 e com a atual da RMPOA. O Guaíba hoje já tem então a sua vazão artificialmente alterada. A enchente dessa vez, que nem em 1941, foi no delta do jacuí. A água tá represada, mas a tendência é diminuir a não ser que a vazão do São Gonçalo aumente. Existem registros de enchentes antes da construção dos molhes? Ocorrerá um evento de proporções apocalípticas quando houver enchente nas duas bacias, do Guaíba e do São Gonçalo porque a água não terá escoamento, literalmente o delta do Jacuí se tornaria uma represa natural porque não vai escoar caso a saída do canal tenha disputa com vazão extraordinária do São Gonçalo. Seria possível fazer uma nova vazão entre a Lagoa dos Patos e o Mar porque o nível do mar é inalterado. E represas nos afluentes altos que formam os rios para não impactar tanto a região dos vales e serra.

  2. Medida acertada… nao pderia ser diferente.

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