Porto Alegre terá mesquita financiada por Abu Dhabi

O sonhado bi-mundial ficou pelo caminho, mas a presença de milhares de gaúchos torcedores do Internacional em dezembro em Abu Dhabi vai trazer um novo marco para a capital do Rio Grande do Sul. A cidade ganhará a sua primeira mesquita. Um antigo sonho da comunidade islâmica gaúcha está muito perto de tornar-se realidade. Os detalhes já foram apresentados à Prefeitura Municipal. Uma carta do prefeito José Fortunati irá permitir que o acordo com os representantes do Emirados Árabes seja assinado e o Centro Cultural Islâmico do Rio Grande do Sul comece a virar realidade.

A área onde o empreendimento será construído não está fechada, mas deverá ser nas imediações do Aeroporto Internacional Salgado Filho. O custo da obra é estimado em R$ 7 milhões. A presidente do Instituto Jerusalém, Rima Hourari, acredita que a presença do Internacional no Mundial da FIFA permitiu aos árabes de Abu Dhabi saberem sobre a existência de Porto Alegre. Os recursos virão de empresários locais, do Crescente Vermelho (equivalente árabe para a Cruz Vermelha) e de uma ONG financiada pelo dízimo dos fiéis de lá.

O projeto arquitetônico foi contratado pela comunidade muçulmana aqui do estado junto a uma empresa de design. A escolha do parceiro pelo Instituto Jerusalém foi longa. Era preciso que fosse uma corrente islâmica que compreendesse o despojamento da sociedade brasileira. A parceria com o Emirados Árabes Unidos atende a este requisito.

O local contará com oratórios, auditórios e salas de aula. O Instituto Jerusalém calcula em 60 mil o número de pessoas seguindo a fé islâmica no Rio Grande do Sul. Muitas são descendentes de povos árabes ou de outras regiões onde é comum a presença de muçulmanos. Rima Hourari adianta que o prédio será construído dentro das mais modernas técnicas para garantir a sua sustentabilidade e adequação aos melhores padrões ambientais.

O Centro Cultural Islâmico contará com o tradicional minarete das mesquitas, mas aqui acoplado a uma fachada de vidro e estilizado. A tradicional chamada para as orações deve ser mais discreta do que nos países onde prepondera a fé muçulmana para as seis orações do dia.

O prefeito José Fortunati é um entusiasta da ideia. A carta da Prefeitura Municipal está pronta e apresenta a capital do Rio Grande do Sul como a cidade da tolerância. O executivo faz agora uma discussão técnica para saber se a área pretendida interfere ou não na operação do aeroporto. Muito além da religião, a obra traz para a capital olhar de uma parte do mundo que até então nos desconhecia. E junto com ela o que isto possa significar em investimentos.

É uma boa notícia que se espera se transforme logo em realidade.

Zero Hora – Blog do Andre Machado 



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