Cortes frequentes em diversos bairros reflete a falta de acompanhamento e investimentos em função da alta da demanda

Falta de luz constante comprova que o sistema de distribuição está antigo e ultrapassado Crédito: CP MEMÓRIA
Está ultrapassada a rede de distribuição de energia da CEEE, principalmente em Porto Alegre, registra o consultor em energia Paulo Milano (Siclo). A ocorrência de cortes frequentes no fornecimento da energia em diversos bairros é uma prova da falta de acompanhamento dos investimentos em relação ao aumento da demanda. Quem chega do trabalho percebe o piscar da luz de aparelhos eletrônicos e rádios-relógio sem bateria. No caso do Centro, onde a rede elétrica é subterrânea, “a eficiência era boa lá nos anos 1950/1960, quando a carga de uma residência era formada por lâmpadas, geladeira e rádio. A cidade cresceu muito”, diz ele.
Segundo Milano, os cortes todas as semanas na cidade, às vezes pequenos, noutras mais longos, denunciam a baixa qualidade. “A energia da CEEE, nesse sentido, não é das melhores e não chega a estar entre as piores. É uma situação comum do sistema elétrico do Brasil”, afirma o consultor. Para a CEEE superar o gargalo da baixa qualidade de energia, seriam necessários alguns bilhões em investimentos em distribuição, afirma. “Não vejo saída, nem solução no curto prazo”, frisa Milano.
Para reforçar a distribuição de energia, o consultor entende que é fundamental melhorar ou substituir linhas (cabos, fios), subestações, rede de alimentadores, chaves e diversos equipamentos. “Esperamos que os mais de R$ 2 bilhões a serem repassados à CEEE, relativos à dívida da União, sejam mesmo aplicados na estatal. Se forem, pode ajudar muito”, conclui. De janeiro a abril, o Procon em Porto Alegre recebeu 24 reclamações de mau fornecimento de energia elétrica da CEEE. “Não é hábito do consumidor recorrer ao Procon quando o assunto é energia”, explica a diretora-executiva Flávia do Canto.
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Bairro Santa Rita que possui uma Subestação da CEEE, ou falta luz ou tem queda de luz, todos dias.
Que engraçado… Um grande amigo meu trabalha na CEEE e me diz que os investimentos em modernização estão a todo o vapor incluindo chaves telecomandadas. Vocês se lembram do projeto de Internet por rede elétrica que teve financiamento da CEEE, entre outros.
Acho que essa é uma notícia que oficialmente é sobre o sucateamento, mas o objetivo é noticiar uma dívida da União e isso não gera notícia.
Quando forem investir na manutenção/melhoria da rede elétrica, poderiam aproveitar e colocar tudo pra debaixo da terra, aquela fiozarada toda. Não deve ser tão caro assim, protege a rede de vento e chuvas e a cidade fica muito mais bonita.
Enrico
Infelizmente é caro, não esqueça que os cabos de alta tensão que estão nos postes não são isolados e para enterra-los eles deverão ser BLINDADOS. Também há o problema dos transformadores, que não se pode simplesmente fazer um buraco no chão e coloca-los.
Só para dar uma noção do custo. Por que os condomínios de luxo em Porto Alegre e no Interior trabalham com redes aéreas?
Empresa estatal, custa caro, cabide de emprego, e é todas do Brasil. Estas faz parte do CUSTO BRASIL.Falta competividade/competição/produividade.
Realmente, essa semana faltou luz em algumas sinaleiras na ipiranga, mal tava chuviscanto, incrivel….
Aqui na zona norte é tenso, eu morava num apartamento em que qualquer chuvinha ou vento era motivo pra faltar luz por horas, chegava a faltar luz mais de duas vezes numa semana, era horrivel.
O mais engraçado é que me mudei para um apartamento na mesma rua, porem algumas quadras pro lado.
Em mais de 4 anos, se faltou luz 5 vezes é muito.
No outro ap faltava mais de 5 meses por MÊS dependendo da época do ano.
Porem, temos luz aqui, mas o que falta de água não é brincadeira, e quando não falta, a pressão é absurdamente baixa.
Onde eu moro (Cavalhada) raramente falta luz, só quando um temporal muito forte atinge a cidade e cai algum poste.
Hum… empresa pública que cobra caro e não investe. Tá, qual é a lógica quando alguém diz que o problema é a “ganância” das empresas privadas? O que vai impedir a futura empresa de pedágios do Tarso de fazer o mesmo que a CEEE faz?
O problema da CEEE é bem mais complexo do que separar em administração pública e privada.
Uma coisa é uma empresa que se instala e a medida em que o tempo passa o seu passivo trabalhista aumenta e o que era tão bom começa a não ficar tão bom assim, e outra coisa é uma empresa que tem décadas e décadas de existência. Atenção, não diferenciei propositalmente empresa pública da empresa privada, pois o custo do “envelhecimento” das duas é igual.
Também chamo atenção para o gigantismo das estruturas criadas para a gestão e controle de grandes empresas (públicas ou privadas), tem que ser auditado a todo o momento, pois se não as empresas começam a trabalhar mais para as funções meio do que fins.
Quanto a criar mais uma empresa para gerir pedágios é o mesmo caminho que foi adotado pelos governos militares para “dinamizar” a administração pública (uma enorme quantidade de estatais), no lugar de enfiar a cabeça nas estruturas que não funcionavam e procurar corrigir as falhas (algo extremamente difícil), cria-se novas estruturas para substituir as antigas. O Tarsinho está querendo fazer o mesmo que seus desafetos fizeram.
Aqui no Bom Fim – Rio Branco, basta uma chuva com um pouco de vento para faltar luz.
O número das quedas/faltas de luz em Porto Alegre é absurdo, me sinto na Coréia do Norte, qualquer chuvinha já vira um caos. Fora os vários casos sem motivo aparente.
Bairro Santo Antonio, que possui uma Subestação da CEEE, ou falta luz ou tem queda de luz, quase todos dias.