Este artigo escrito por mim foi publicado no dia 28/08/2010 no Blog Porto Imagem e também no clipping do site do Jornalista Políbio Braga, ontem, domingo, 31/03/2013.
Aproveito e faço uma reprise hoje.
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Os contra Porto Alegre
Eu classifico todas as pessoas que falam (e agem) no sentido de irem contra os projetos que embelezam e modernizam a cidade, em especial a orla e o Cais Mauá, de PESSOAS CONTRA A CIDADE DE PORTO ALEGRE.
Independente de leis, e de regras diversas, a orla da cidade de Porto Alegre agoniza em termos urbanísticos.
E existe um grupo que se define como protetor das leis (a quem beneficiam estas leis?) e que, de qualquer maneira, quer ver o fracasso destes projetos. Quem perde? Quem ganha ? Um partido ?
Com o projeto de revitalização do Cais Mauá, Porto Alegre vai entrar numa nova era em termos de turismo (finalmente!) que, consequentemente, trará mais divisas e mais empregos para a cidade.
Sydney – Australia – Cidades no mundo inteiro deixam suas orlas em condições de serem usufruídas pela população e pelo turismo
De que adianta termos leis se estas leis não beneficiam a cidade e sua população? Fazem ela permanecer estagnada, parada no tempo, em comparação com todas as outras cidades do mundo que querem ser conhecidas turisticamente, e querem ter desenvolvimento econômico através desta atividade que só cresce em todo o lugar. Por que Porto Alegre tem que ser diferente do resto do mundo ? Técnicos e arquitetos do mundo inteiro observam a orla de Porto Alegre e ficam estupefatos perante tamanha INUTILIZAÇÃO, ABANDONO, DESCASO ! Só nós não enxergamos ?
Sim, os arquitetos de Barcelona, de Miami, de Buenos Aires, os da Ilha da Madeira, os de Paris, os de Porto Rico, os de Los Angeles, os de Manaus, os de Belém, etc, ESTÃO TODOS ERRADOS.
NÓS estamos certos, e nos orgulhamos de sermos diferentes. Nós queremos barro, nós queremos um bar flutuante medíocre na orla, nós queremos todas as marinas fechadas, nós queremos as torres da cidade fechadas a visitação.
Mas afinal, por que estas pessoas se prestam ir CONTRA A CIDADE ?
Sim, eu repito quantas vezes for necessário, eles vão CONTRA A CIDADE E SUA POPULAÇÃO!
Quem de sã consciência deseja ver sua cidade estagnada urbanisticamente e turisticamente?
Quem de sã consciência não sabe que o turismo é uma atividade que gera MUITO DINHEIRO E MUITOS EMPREGOS, de forma limpa?
Sim, eu digo isso, por que quem se mostra contra a urbanização do Cais Mauá e de qualquer outro ponto da orla, não tem idéia do que representa o turismo no mundo. E faz questão de deixar a cidade à margem deste tipo de desenvolvimento. Porto Alegre turística ? Imagina, quero que minha cidade continue provinciana, sem atrações internacionais, sem nada para os outros visitarem. Usina do Gasômetro é uma grande atração, não precisamos de mais nada. Isso eles devem dizer ….
Barcelona, Espanha – um exemplo a ser seguido
E então, eles propagam, a meio mundo, que a população de Porto Alegre não quer prédios na orla, que a população de Porto Alegre não quer este desenvolvimento que seria representado pelo turismo. Claro, 1,8 % da povo desta capital votou contra os “espigões” na orla, quando da votação ao projeto Pontal do Estaleiro, em 2009. (e isso que a votação era somente para decidir se era a favor ou contra os PRÉDIOS RESIDENCIAIS NO PROJETO, pois o projeto sairia de qualqer forma. Isto eles não dizem a ninguém.)
ENGANAM-SE ELES. Ninguém aqui nesta cidade é tão ingênuo ou tão burro, que acredita que 1,8% deva decidir por 100% da cidade! Sabem quantas pessoas votaram no referendo do Pontal ? Não sabem? Cerca de 18 mil pessoas. Sabem quantos eleitores existem em Porto Alegre? Mais de 1,1 milhão ! E agora? Vocês acham que a CIDADE de Porto Alegre é contra ou a favor de alguma coisa ?
Este foi apenas um exemplo da manipulação de informações a que a cidade é sujeita, se continuar esta idéia de que os ditos “ambientalistas radicais” são os que detém a verdade sobre o que acontece em Porto Alegre. Está na hora de nos depararmos com outra verdade, ou melhor, outras opiniões. Está na hora de deixarmos somente de escrever neste Blog e passarmos a escrever para os legisladores e representantes do poder executivo que comandam esta cidade. Está na hora de passarmos a integrar este tal “fórum de entidades”, pois este fórum é constituído somente por pessoas que querem ver Porto Alegre parada no tempo. Esta é minha sugestão.
E lembrem-se: ser radical não leva a lugar algum !
Obrigado.
Gilberto Simon
Categorias:Abandono, Descaso, ORLA, Pontal do Estaleiro, Projeto de Revitalização da Orla, Projeto de Revitalização do Cais Mauá
portoimagem.wordpress.com 
Quem foi votar se mobilizou e foi lá dizer o que queria para a cidade, deu o seu tempo. Os errados não são os que foram votar pró ou contra e sim quem comodamente ficou em casa e não se importou….
A eleição não foi válida…..o que fazer, tem muita coisa não válida neste pais, neste estado nesta cidade…
Opa, se o chapéu serviu o problema não é meu. Por acaso eu disse que TU não fez nada?
A única coisa que disse foi que sim, 1,8% da população pode representar democraticamente a vontade da maioria. Acho que a falta de conhecimento não está deste lado do teclado.
Gostaria de saber quantas das pessoas que estão criticando a votação foram votar. Se apenas 1,8% da população compareceu em um fim de semana nas zonas eleitorais é por pura acomodação. Não podiam atrasar o churrasco em meia hora? Se a votação foi pública e democrática não importa quantos votaram. Talvez se este artigo (ou algum texto exagerado como esse) fosse produzido antes da votação, o processo teria sido mais equilibrado. Faz mais e fala menos, por favor.
Ja ta falando sem saber o que aconteceu na época. Sim, eu agi e não fiquei falando apenas. Fui pra rua fazer campanha, pois eu acredito no que falo. O eterno problema de quem afirma coias sem ter conhecimento….
Polêmico o texto, o que a meu ver, o que o cidadão gostaria de saber e ter o esclarecimento é com relação as negociatas que foram realizadas em torno da orla e outros lugares desta cidade, em que Agentes Públicos manipularam e com grande maioria na Câmara Municipal de Porto Alegre negociaram os espaços públicos desta cidade em prol do progresso, fato que não tenho conhecimento que teria ocorrido em outros lugares mundo afora.
Se conquista o desenvolvimento de uma cidade através de atos com transparência total e não negociatas como foram realizadas ou não foi isso que aconteceu.
Como a privatização no país não deu certo e não puderam vender mais, os Agentes Públicos desta cidade negociaram os espaços públicos da cidade através de concessões que deixariam qualquer cidadão do primeiro mundo de cabelos arrepiados.
Pior ainda é que são concessões por migalhas, vejam o trabalho porco que a Coca-Cola fez na Praça XV e Largo Glênio Peres, o calçamento da Praça XV que foi arrumado há poucos anos, já possui pedras soltas na frente do chalé. O chafariz é uma monstruosidade mal-feita, tosca e que raramente é ligado. O Largo virou estacionamento e agora querem transformar outras praças e parques em mais espaço para carros. Não tem como ser a favor de tanta porcaria.
Gilberto, antes de querer uma cidade para os “turistas” eu quero uma cidade boa para se morar, boa para as pessoas daqui, com qualidade de vida, etc. Uma cidade boa para se morar, será boa para quem quiser visitá-la também.
Não sou contra a cidade mudar para melhor, pelo contrário. Se sou contra qualquer projeto apresentado é porque acredito que esse projeto piorará a cidade ao invés de melhorá-la. Por exemplo, a duplicação da Av. Beira-rio, que irá afastar ainda mais o portoalegrense da orla do Guaíba, e os viadutos e trincheiras, que degradam a cidade e a tornam mais hostil para o pedestre e ciclista.
Sou totalmente a favor de projetos que privilegiem os pedestres – mas infelizmente não existem projetos desse tipo em Porto Alegre – e usuários do transporte público, como os corredores do BRT. Pois o transporte coletivo é muito mais importante para a mobilidade na cidade que qualquer viaduto ou rodovia, e as obras do BRT em comparação não exigiram o corte de quase nenhuma árvore e beneficiam muito mais pessoas.
Pare de criar antagonismos infantis criando os “pró-progresso” e os “do contra”. Isso não existe, todos queremos o melhor para Porto Alegre. Só precisamos todos juntos discutir qual é a cidade que queremos que Porto Alegre seja.
Os contra e os bagual, tem cabeça de anim….,, camarão! Que atraso.
Manaus tem 2km, ou menos de orla cuidada e modernizada, o restante são áreas militares e bairros que no passado foram invadidos e hoje é coberto por casas de costas do rio negro ou palafitas sem um minimo de infraestrutura, e Belém tem um porto revitalizado, mais uma orla no geral, não difere tanto assim de Manaus, então as 2 cidades do norte não são o “grande exemplo” a se seguir, com o tamanho de orla que se tem, coberta de área de parque como o aterro do Guaíba mais o cais revitalizado POA deixaria as 2 do norte no chinelo.
E Poa que nem um porto revitalizado tem?
Estamos pior que os pessimos exemplos então…
ahaah
Aí está uma outra questão importante!
Porque o nosso porto deixou de ser “porto” de verdade ?
Por que está sub aproveitado? Porque houve a priorização do transporte rodoviário. Uma das maiores “sacanagens” que se fez no Brasil em todos os tempos. Simplesmente liquidaram com as ferrovias e não desenvolveram o transporte marítimo fluvial.
Nem vou falar em países desenvolvidos. Masaqui perto entre Montevideu e Buenos Aires tem o aerobarco.
Mas e mal começamos agora com o catamarã.
E nossas cargas, que deveriam ser transportadas por hidrovia/ ferrovia, passam na sua maioria pelas péssimas estradas do Brasil.
QUem lembra do trem húngaro ? POA-Santa Maria- Uruguaiana.
Voces já pensaram se hoje existisse um bom transporte ferroviário entre POA e a fronteira ?
Trem Húngaro, meu pai viajava muito nele, todo mundo gostava, depois acharam que o ônibus era melhor e o trem acabou….todos que viajam para a Europa não deixam de andar de trem…..nós tinhamos e puff…….sem falar nos bondes….
Vamos ficar só com Manaus, Belem né Porto Imagem, nao compare Porto Alegre, uma capital de um pais de 3 mundo, a Los Angeles, Barcerlona ou Sydney!
Essa ótica do CONTRA é totalmente relativa. Os que tu chama de CONTRA, seja lá quem for, certamente acham que tu é CONTRA a cidade por defender tais projetos. O mundo é redondo.
Sim, Bagual, e esse é um blog que tem essa ótica. Prazer, Gilberto !
A proposito, alguem leu a coluna do Humberto Trezzi, na pagina 16 de ZH de ontem (domingo)?
Tá falando aquela “Viva os ciclistas… e os motoristas?”. Achei péssimo. Mas tem um debate sobre isso aqui: http://discutindopoa.blogspot.com.br/2013/03/elevando-o-nivel-do-debate.html
O cara compara um evento histórico local, pontual em um ambiente especial que foi a destruição de máquinas na revolução industrial com o processo de desmotorização que vem acontecendo à pelo menos 15 anos em todos os países desenvolvidos…
Eu morei 8 anos em Londres e ninguem viu desmotorizacao alguma por aquelas bandas, pelo contrario, carros sao baratissimos.
Depende do círculo que você vive e o os ambientes onde você frequenta, mas os dados são bem claros. Perceba o que acontece depois de 2005.
http://goo.gl/9T3LL
Ricardo, londres é a terra do traffic calming. A questão não é cobrar mais pela compra dos carros, é parar de priorizar eles nas decisões de trânsito e infra estrutura. O que temos aqui em POA é infra sendo criada para eles (como a duplicação da beira-rio) e a manutenção de estacionamentos onde não devia haver ou onde devia ser cobrado, e por aí vai.
Ah, o”notório atrapalhar” porto-alegrense… Isso sim é uma marca registrada da Capital.
Aliás, vamos ver o que dirão os malucos-beleza sobre o “notório saber”, se avançar a proposta de um NIEMEYRZÃO para o Centro de Eventos Estadual.
Sugestão de tópico: Artigo da revista do CREA intitulado “A busca da balneabilidade no Lago Guaíba”. Fala-se do PISA e de obras em outras cidades para limpeza do Guaíba
Clique para acessar o revista_98_CR94_PDFCOMPLETO_72dpi.pdf
pg. 32
Cabe tanta coisa em “projetos que embelezam e modernizam a cidade” que tenho certeza que o articulista compreende que ninguém é “contra a cidade” simplesmente: há pessoas contra projetos específicos que representam concepções de cidade com as quais não se concorda. Por que se deveria ser a favor de qualquer projeto que “embeleza e moderniza”? Com todo respeito, o primeiro parágrafo tem esse grave equívoco: pressupõe que qualquer projeto apresentado é bom e deve ser aceito pela população sem críticas, sem alternativas. Como se embelezar, modernizar, estagnação urbanística e turística fossem conceitos fechados e não em disputa. Essa passividade e adesão acrítica é perigosa para a própria cidade.
Posso deixar uma dica de leitura (provavelmente já leste em algum momento): http://labcs.ufsc.br/files/2011/12/16.-VAINER-C.B.-P%C3%A1tria-empresa-e-mercadoria.pdf
Prq vcs numca apresentam uma contra proposta? Koreia do norte ou cuba nao sao exemplos para ninguem seguir, esta utopia que vcs querem tanto NAO EXISTE, E’ UMA ILUSAO e vcs sabem disto! Poratanto vcs sao contra a cidade sim!
Fazer concurso de projetos em áreas públicas importantes para toda a população em vez de engolir “notório saber” já é algo ousado em se tratando de Porto Alegre. E aí, discordas dessa ilusão? Outro exemplo de utopia recente: a infraestrutura ciclística que antes inexistia e agora existe (apesar de mal feita). Não dá pra considerar um avanço impulsionado pelos “do contra”? Isso representa uma concepção de cidade bastante possível sim. Mas concordo em parte contigo: plano diretor, estatuto da cidade, etc. é tudo utopia, quem decide mesmo sobre a cidade não é a população nem parte radical dela. E já que me incluíste no “eles”, misturando comunismo no meio, agradeço o rótulo de radical, que é simplesmente ir na raiz dos problemas.
Vcs se escondem atraz de leis, artigos, sub-artigos, burocracia, “regulamentacoes”, arvorez, rsrsrs…ate’ as arvorez!! mesmos memes de sempre, a funcao e’ a mesma!! IMPEDIR QUE QUALQUER COISA QUE BENEFICIE A MAIORIA ACONTECA!!!! A faixa de bicicleta? aquela que pedestres andam e carros estacionam? Tambem se nao deixasem rabiscar umas linhas no asfalto dai……….!!!! E so’ isso que tu queres?? faixa de bicicleta? Isso e’ sonhar alto!
phil, pedir concurso é exatamente pedir propostas em vez de aceitar o que o executivo quis, que pode ser algo por um amigo, por exemplo.
Dando tiro assim para todos lados é difícil debater. Num assunto só cuba, arvores, ciclovias… que bagunça.
Eu gostaria muito de ver os projetos que os ambientalistas tem para a cidade, pois não acredito que eles realmente gostem da orla do jeito que está. Mas não tenho conhecimento de nenhum projeto apresentado ou algum forum de discussão para ver o que eles pensam. Se vocês tem conhecimento de onde essas pessoas se encontram (na internet) eu gostaria de saber. Infelizmente sou um trabalhador dono de empresa que fica das 8 horas da manha até as 8 horas da noite trabalhando. Não tenho tempo de fazer passeatas ou ir a encontros de associações de bairros ou afins, mas gostaria muito de dar minha opinião sobre a cidade. Mas como eu trabalho e tenho responsabilidade, sou um “excluído cidadão”, só tenho alguma pequena voz aqui neste blog.
Renato, não sei se tu me considera um ambientalista mas eu fui contra a derrubada das árvores. Se fossem criar um transporte de massa ali eu até mudaria de opinião, mas enfim. Se é para fazer a duplicação, eu esperaria no mínimo este projeto, fui eu que fiz este artigo:
http://vadebici.wordpress.com/2013/02/15/o-parque-do-gasometro/
Acredito que fazendo o rebaixamento, mesmo tendo uma via mais larga ali não teria tanto o efeito de rodoviarização da região.
Obs: Não me considero ambientalista.
So’ deixa se tu tirar vantagem direta, se nao, tu “leva a bola pra casa”? Sim tipico do povo dai mesmo, tudo que beneficie a populacao em geral, NAO, como se a coisa nao iria melhorar tambem para os onibus. Vcs estao ficando ultra radicais, e esse nao e’ um bom caminho.
Phil, tens algo a adicionar ao debate ou nem? Detalhe: não falei em ônibus.
Que texto mais melancioso!
O que significa isso?
Melancia = verde por fora, vermelho por dentro.
Apoiado. Chegamos a um ponto no qual meia dúzia de pessoas param uma cidade.
Esse artigo é radical, a começar pelo título. Bem, saiu no Políbio… 😛
Sim, sim, eu mesmo relendo-o achei radical, Felipe. Se eu fosse escrever agora seria mais leve um pouco… 😉