Vá de Bici: apesar de construírem mais viadutos, não adianta, o trânsito continua ruim ou até piora

Estamos publicando o post do Blog Vá de Bici na íntegra sobre congestionamentos e viadutos. Confiram:

As avaliações de tráfego locais ainda que simplistas já estão começando a indicar diagnósticos.

É isto que ocorre, é o que acontece com a falta de qualidade na gestão do tráfego.

Este é uma das melhores explicações dos congestionamentos que tenho lido por aqui.

Observem que esta via, a BR116 na região metropolitana tem sempre recebido vários viadutos, só que não adianta, ela segue congestionada.

br116

O motivo é que não se atende a Lei Federal da mobilidade urbana e não se dá prioridade ao transporte coletivo.

Então os ônibus demoram cada vez mais no congestionamento dos carros, o custo da viagem aumenta, os passageiros diminuem, o preço da passagem aumenta e a qualidade cai, o sistema entra em colapso, os ônibus diminuem.

O tráfego e os congestionamentos aumentam.

As obras e viadutos ficam inúteis, dinheiro posto fora.

E a nossa qualidade de vida vai para o saco.

Com esta política errada.

O prefeito errado na contra-mão corta árvores para asfaltar os parques da cidade.

br116-2

Vejam o texto:

-”Embora a rodovia tenha recebido melhorias como o viaduto próximo à Unisinos e a inclusão de uma terceira faixa em Canoas, isso não foi suficiente para amenizar um tráfego impulsionado pelo aumento de 29,9% na frota do Estado desde 2008. Um alívio maior deverá ser trazido apenas pela conclusão da via alternativa BR-448, prevista para o que vem.

— A rodovia está em melhores condições graças a obras que foram feitas. O que pode explicar esse resultado é o aumento da frota ou pequenos acidentes que podem acontecer num lugar e ter reflexo bem longe — acredita o engenheiro supervisor da unidade de São Leopoldo do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), Carlos Pitta.

Outra razão para o inchaço é o progressivo abandono do ônibus. O trajeto feito nesta segunda-feira explicita o cenário do transporte coletivo na rodovia: a viagem foi demorada, com 33 paradas, e em nenhum momento todos os bancos foram ocupados. No final, o repórter foi o único passageiro a descer no Viaduto da Conceição. O penúltimo, o metalúrgico Daniel Santos Vargas, 47 anos, havia descido na Avenida Farrapos.”

Publicado em 31 de maio de 2013 por airesbecker

Blog Vá de Bici+ ZH



Categorias:Meios de Transporte / Trânsito

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56 respostas

  1. Não é verdade.

    Viadutos obviamente adiantam.

    Imagine o cruzamento da Protásio com Silva Só sem o viaduto.
    Imagine o cruzamento da Assis Brasil com perimetral sem viaduto.

    Imagine o cruzamento da Ipiranga com Silva só com um viaduto, fluindo sem paradas. As vias ao redor ficam subutilizadas. Com o viaduto teriam sua capacidade melhor utilizada e todo mundo que passa por aquele cruzamento se beneficiaria.

    Viadutos são construidos em qualquer cidade que tenha cruzamentos congestionados. Ele evita a perda de tempo de quem fica parado no congestionamento esperando para passar um grande cruzamento. Ao evitar essa perda de tempo, as pessoas tem mais tempo para descansa, estudar ou trabalhar, assim produzindo mais e melhorando nosso desenvolvimento.

    Não podemos mais admitir esse posicionamento de um blog feito por pessoas com outros interesses. O vadebici (e outros) quer é impedir o uso de carros. Tem muita gente que usa carro por necessidade. Muita gente que usa carro para ter mais tempo para conviver com seus familiares. Muitos pais compram carros quando o primeiro filho nasce para poder levar o filho na creche e depois ir pro trabalho. Se as pessoas achassem que bicicleta é um transporte viável no dia a dia, estariam usando.

    Não vou nem falar de esquerda e direita pois já cansei disto. Só não vê o uso de um movimento para os fins do outro quem não quer.

    • Queridão, ninguém aqui fala em extinguir os carros das cidades.

      Já foi falado aqui (e no vadebici e afins) milhares de vezes que a grande questão é priorizar o transporte “mais justo” e menos “danoso” a cidade e a saúde das pessoas.

      Mas sim, há pessoas que ainda necessitam utilizar o carro no dia a dia.

      Só que se tu parar pra pensar (não é difícil, tenta!) tu vai ver que a GRANDE maioria não precisa ir de carro, pois vai e volta pra casa direto. Mal passa em outros lugares. Se tivéssemos transporte coletivo decente e rápido, muita gente poderia começar a utilizá-lo.

      E assim, sobraria espaço para quem realmente precisa dos carros no dia a dia, não concorda?

      • Agora se quiserem mesmo retirar os carros das ruas devem programar linhas de VLT, por que?
        Simplesmente porque este tipo de veículo é muito mais agradável de viajar do que um automóvel no meio de um engarrafamento.
        Quem tem mais de 60 anos sabe que muitos dos usuário dos antigos Bondes não aderiram aos ônibus, mais por uma questão de conforto do que qualquer coisa.

    • Obviamente existem lugares que precisam de viadutos. Um exemplo é o cruzamento da perimetral com a Bento. Achei aquele viaduto uma aberração, mas é fato que alguma coisa precisava ser feita lá.

      Mas a partir disso aprovar que o vem sido feito, que é a criação de infra para transporte individual pela cidade toda, é outra história. Ao mesmo tempo se cria infra estrutura para “BRT” que não inclui até agora uma única parada apropriada, e corredores de ônibus que terminam perto do centro (como na Padre Cacique), é pedir para congestionar a cidade.

      O vá de bici não quer impedir carros, quer que eles parem de ser a prioridade absoluta.

      E falar que as pessoas precisam de carro para ter mais tempo com suas famílias é uma simplificação do debate. Transporte de massa de qualidade tem o mesmo fim e é muito mais eficiente.

      Falar que bicicleta é inviável é mentira, pois para alguns é, inclusive para mim. Isso por que resolvi morar em um local com acesso a ciclovia e transporte público, em vez de ir morar longe e depois reclamar que não há opções.

      Note que o artigo do “vá de bici” não mencionou o termo bicicleta.

      • Concordo contigo em todos os pontos.

        Mas sobre “em vez de ir morar longe e depois reclamar que não há opções” acaba trazendo a idéia de que, se tu não tem condições de morar próximo do teu emprego (ou mesmo não tá afim de pagar o valor de um apartamento de 45m enquanto tu pode comprar um de 200m pelo mesmo preço em região mais afastada) tu tem que “se ferrar” por causa disso?

        Desculpa se interpretei errado.

        • Eu sei que isso que eu disse não se aplica a todos, e de certa forma foi uma provocação mesmo.

          Mas eu conheço muita gente que tem excelentes condições financeiras e opta por morar em um lugar em que nada pode ser feito a pé. A opção é feita por ser um bairro mais “chique”, por espaço como falaste ou por simplesmente não pensar no assunto da mobilidade, ou dar pouca importância.

          É uma questão de opção, a pessoa está exercendo seu direito de escolher onde morar, mas é importante entender que isso foi uma decisão consciente da pessoa, ela resolveu ficar dependendo de seu carro para tudo e talvez a cidade não disponha de infra para suportar isso.

        • Ahh sim, com certeza. Conheço diversos casos que realmente a pessoa tem que fazer tudo de carro, por morar dentro de condomínios isolados do resto da humanidade.

          Mas o brabo é tu morar em uma cidade onde tem tudo perto e pra ir perto só indo de carro, pois o ambiente é tão “hostil” com o pedestre e ciclista que chega a desanimar!

          Daí tu vê bizarrices como o pessoal indo de carro na padaria, sendo que ela fica a 200mts de casa…

  2. No trecho da BR-116 em Curitiba, foi construída uma linha de BRT, a linha verde. Cada estação (tubo) deve ter uns 2Km de distância entre si. O sistema é muito bom e eficiente pois você pode se deslocar da zona sul da cidade até o centro em uns 20 minutos.

    Como todos sabem, Curitiba não tem metro. E por mais que vocês reclamem do transporte de Porto Alegre, nenhuma outra cidade da região Sul (talvez do Brasil) possui um metro que liga toda a RM ao aeroporto, rodoviária e centro da capital.

    A minha sugestão é a seguinte: implantação de um sistema de BRT na BR-116, ligando as cidades da região metropolitana. Em Curitiba esse sistema funciona, mas com problemas. O maior problema daqui de Curitiba é que essa linha possui muitos semáforos e está sempre congestionada do mesmo jeito. Por exemplo: há semáforo no cruzamento, antes da estação tubo, daí o ônibus pára na estação tubo, depois tem mais um na saída da estação tubo (pois em alguns casos, há tres linhas de onibus que param ali, o ligeirão e dois alimentadores que cruzam a via no BRT. Mesmo assim, os onibus passam em média a cada meia hora, o que não justifica os semáforos) e tem outro logo após o da saída do tubo, no outro cruzamento. Ou seja, para parar na estação, o ônibus pára 2 vezes, pára na estação e pára outras duas vezes antes de seguir viagem.

    A minha idéia para Porto Alegre é fazer toda a linha do metro elevada, com estações bem distantes (pouquíssimas paradas para dar velocidade), e com pequeno intervalo entre cada “carro”. Juntamente com uma linha de BRT logo abaixo do metro (ocupando, assim, menos espaço), com mais paradas (a cada um ou dois Km por exemplo). Interligar as estações de metro e BRT com integração. E nas estações do BRT, integrar com linhas menores que ligarão as estações na 116 aos bairros das cidades da RM.

    Para quem não entendeu (pois não sou bom em explicar) ficaria assim:

    Metro/BRT———-BRT———-BRT———-BRT———-Metro/BRT… assim por diante. Em cada estação de BRT, integrar duas linhas de alimentadores de bairro, uma para cada lado da BR-116.

    • Não seria viável, pois justamente evitam que duas linhas de transporte coletivo de grande capacidade façam o mesmo trajeto. Prova disso é que extinguiram o BRT Assis Brasil por que o metrô vai passar por ali. No caso de um BRT na 116 seria mais viável, pois mesmo que ande paralela à linha do metrô em boa parte, elas se distanciam à partir de Esteio. Além de que seria uma opção à mais para desafogar a BR.

      Já um BRT assim embaixo do metrô seria desgastante, pois o passageiro deveria descer do trem, pegar o BRT e em seguida pegar mais um ônibus, isso se já não pegou outro ônibus e BRT antes.

      • Obrigado Guilherme. Eu não sabia que o metro se separa da BR. Não conheço muito bem a região.

        Mas a parte do desgaste, isso é realmente verdade. É bastante desgastante ficar trocando de ônibus, mas é assim que funciona aqui em Curitiba. E não é de todo ruim. O pior é quando você precisa fazer integração no final de semana. “Aquele momento em que você chaga no terminal e percebe que seu ônibus acabou de sair”. Daí você cansa de esperar o próximo.

        De qualquer maneira minha proposta seria inviável até por questões econômicas. Mas traria agilidade para quem mora longe, diminuindo o número de paradas durante o trajeto. Eu citei o BRT como linha secundária utilizando como exemplo a linha verde em Curitiba, que tem estações a cada 2km, mais ou menos, e integração com alimentadores. Mas não precisa ser exatamente o BRT.

        Mas acho interessante que, mesmo que permaneça a configuração atual, haja integração com linhas de ônibus em cada estação do metro (isso se já não há, pois sou leigo no assunto e não conheço mais do que da estação aeroporto até rodoviária, hehehehe).

  3. Tem mais um agravante: concentração de vagas de trabalho em poucas cidades ou só na capital.

    Porque as cidades da RM são praticamente cidades dormitório? com excessão de alguns casos, onde o fluxo se inverte.

    Pra mim, a percepção é essa (sendo bem genérico):

    Quem trabalha na:

    – Indústria = trabalha em Canoas, Cachoeirinha, Gravataí, Esteio.
    – Funcionalismo público estadual/federal = Porto Alegre
    – Empresas de TI = Porto Alegre, São Leopoldo;
    – Outros setores, como comércio, serviços judiciários, etc = Porto Alegre

    Então, como as pessoas precisam se deslocar muito pra irem trabalhar, não há planejamento de mobilidade que resolva! temos que atacar o problema principalmente na raiz!

    • Fora o grande número de pessoas que se desloca em direção às universidades de Porto Alegre, Canoas, São Leopoldo e Novo Hamburgo.

    • Estás equivocado Alex W, moro em NOVO HAMBURGO e trabalho em POA pq sou funcionário público na área da saúde (e também pq em poa o salário é bem maior inclusive…), é importante saberes que cidade dormitório é aquela que praticamente não tem emprego o que não acontece em novo hamburgo por exemplo, essa cidade tem muito emprego, pesquise nos classificados e inclusive muitos trabalhadores da capital e RM vão até a cidade para trabalhar ( é uma cidade ainda industrial – apesar de perder espaço nos últimos anos, possui muita força no comércio-em breve vai ser inaugurado um novo shopping e no setor de serviços falta mão de obra qualificada o que acontece em várias regiões do brasil). Faça um teste: vá de trem no horário de pico ( ás 7:00 da manhã) até são leopoldo ou nh e comfirmarás o que estou dizendo)

      • Como mencionei no comentário: “(sendo bem genérico)”

        Há vagas para praticamente todas as áreas, em todas as cidades da RM. Mas acontece muito do que tu disse: para ter um salário melhor, muitas pessoas acabam indo trabalhar em Poa.

        E querendo ou não, a grande maioria (e em boa parte, as “melhores”) das vagas está na capital.

        Mas sinceramente não sei como reverter isso.

  4. Saiu na ZH (não sei se é a mesma reportagem) que muitas linhas de ônibus que faziam o transporte metropolitano foram desativadas nos últimos 5-10 anos.
    Some-se a isso, o fato da BR-116 existir há digamos 50 anos. Nesse período de tempo, em quantos % aumentou o numero de veículos ? Se pegarmos só dos anos 70 pra cá, em quanto aumentou o número de automóveis ? Só a grande POA já deve ter passado de 1 milhão com folga. Deve ter aumentado umas 10 vezes no mínimo.
    Isso tem um nome bem conhecido: falta de planejamento.
    Estimularam o transporte rodoviário, acabaram o com o ferroviário. Fabricaram e venderam carros feito loucos, não fizeram estradas nem ruas para suportar isso. Não tem transporte fluvial (mal e mal agora em 2011 começou o catamarã). Já que resolveram adotar a rodovia como modal no Brasil, deveriam investir em rodovias (não estou dizendo que é certo ou errado, apenas que fazem as coisas pela metade, quando fazem). Essa BR-448 já deveria existir há pelo menos 15-20 anos, quando começaram os engarrafamentos na 116. Em breve, a 448 também vai congestionar, nós ainda veremos isso e não vai demorar.
    No Brasil é tudo feito aos trancos e barrancos, conforme a “as conveniencias” de determinado governo. Não existe um planejamento “de estado” pensando no bem-estar comum, das pessoas. Os políticos e governantes só pensam em quanto eles podem ganhar em cada obra, em quanto $$ sobra para eles e para o caixa 2 do partido, de todos os partidos, pra mim ninguém se salva..
    Imaginem se na Alemanha e no Japão do pós-guerra, existissem políticos brasileiros ? Eles ainda estariam no meio dos escombros. Mas não, lá eles tinham pessoas como um Konrad Adenauer, que foi um dos homens que ajudou a recontruir uma Alemanha devastada, e cuja boa parte da força de trabalho (homens adultos) tinha morrido ou ficado mutilada na guerra.
    Basta ver esses estádios para a copa. Fazem uns elefantes brancos, meia-boca, bonitinho mas ordinário, inaugurado com ferro e cimento na volta, mal acabado, querendo imitar os europeus. Bem coisa de terceiro mundista mesmo.
    Então meus amigos, vamos continuar debatendo nesse espaço que o Gilberto nos proporciona. Mas nós e o nosso País ainda temos muito o que crescer como sociedade e vai ser um longo caminho. Eu sinceramente espero que, quem sabe, os meus tataranetos (tenho 44 anos) possam ver um Brasil bem melhor, honesto e mais justo.
    Educação, respeito ao próximo, boas maneiras, disciplina. Enquanto nós, Brasileiros não tivermos um mínimo disso aí…seremos sub-desenvolvidos, exportadores de matéria prima e importadores de produtos manufaturados. Continuamos como índios do temp ode Cabral, recebendo “espelhinhos/ iPhones” dos colonizadores. Pobreza, favelas, sem educação, sem saúde e a corrupção e a roubalheira campeando solta.
    Abraços.

  5. A br 116 está um caos a rodovia do parque é a solução. Obs: Congestionamento sempre vai existir, mas se não construir novas vias o trânsito para. Antes congestionado que parado. O GRANDE PROBLEMA É QUE HÁ MUITA DEMORA NA CONCLUSÃO DAS OBRAS E QUANDO FINALMENTE FICA PRONTA A OBRA JÁ INAUGURA COM LOTAÇÃO. POR ISSO É IMPORTANTE TER UM PLANEJAMENTO E CONCLUIR NO PRAZO. p r e s t e m Atenção já existe o trem que é um transporte de massa e mesmo assim a 116 esta parada, rodovia do parque já.

    • O trânsito parar é consequência de engarrafamento muito longo. A medida que o trânsito vai ficando mais lento, as oscilações da velocidade ficam maiores até ocorrer o efeito de para-anda.

      O curioso é que em, em vias de muito tráfego, reduzir a velocidade máxima aumenta a velocidade média, justamente por esse efeito. Se a velocidade máxima é muito alta, aqueles que aceleram mais demandam mais espaço, pois quanto mais rápido, mas espaço se dá para o carro da frente por segurança, assim se a velocidade máxima é muito alta, ao engarrafar o arranca-para será mais intenso ao invés de uma “andar lentamente”.

  6. Não esqueçam que a BR-448 (Rodovia do Parque) fica pronto no final do ano, ou mais tardar início de 2014. Creio vai ser uma boa alternativa à BR-116.

    Espero que melhore, mas como diz o post do Vá de Bici, pode não ser o suficiente. Não duvido disso. Afinal, cada vez tem mais carros e caminhões.

    • Poderiam investir pesado no transporte publico na 116, trancando os carros em menos faixas, e liberar a rodovia do parque, porem, com pedagios.

  7. Eu sei que vão me crucificar mas tudo bem. Sei que os viadutos não tem adiantado, mas já imaginaram como seria a BR sem esses viadutos? Podem reclamar falando em demanda induzida, que o governo só prioriza o transporte por carro…

    Mas o pessoal simplesmente me ignora quando falo que verticalizam demais os imóveis, sejam de moradia ou trabalho, mas esquecem que as pessoas se locomovem num só plano. Prova disso é o trajeto Porto Alegre – Novo Hamburgo, onde se tem duas opções para vir (a BR 116 ou a Linha 1 da Trensurb), e ambas estão lotadas.

    O problema é que as obras estatais, como os viadutos, demoram eternidades para ficar prontas, enquanto as obras privadas (prédios e condomínios) ficam prontas rapidamente, resultando sempre em mais pessoas se locomovendo até um ponto tendo poucas alternativas de transporte.

    Investir para a construção de um viaduto não é errado, imaginem hoje como seria a BR, sem nenhum viaduto, só com sinaleiras, as pessoas simplesmente não entrariam na rodovia, passariam mais de 3 ou 4 horas nela. Ainda vou achar e mandar pro Gilberto um estudo que mostra que uma simples freada (mesmo sem parar o carro) pode causar um congestionamento enorme.

    Está certo que o melhor sempre é investir no transporte de massas, aliás, hoje o ideal para desafogar a BR seria ter uma frota maior pra Trensurb (não sei se esses 15 trêns vão ao menos conseguir desafogar o movimento atual do metrô, onde várias vezes espero passar 2 ou 3 trens para conseguir entrar no vagão) e fazer um BRT na BR 116 ou na 448 (aproveitar que essas duas rodovias tem poucas curvas e todas de raio bem grande, dando pra usar ônibus biarticulados inclusive) e aproveitar toda essa estrutura de viadutos que já foram feitos, afinal, eles também beneficiam o transporte público por ônibus.

  8. Quando eu passo BR fico observado os caminhões. Há um fluxo constante de caminhões passando pela rodovia, como uma locomotiva. Pois bem, quer dizer que se removesse uma das pistas para criar uma linha de carga não atrapalharia nada os carros, pois já existe um volume suficiente para consumir uma pista constantemente.

    Supondo a existência dassa linha para carga, isso significaria milhões economizados em combustível, asfalto, óleo, pneu… Esse dinheiro que gastamos com esse transporte hoje sai de algum lugar, afinal de contas dinheiro não dá em árvore. Pois bem, esse dinheiro sai dos nossos impostos, sai do preço dos produtos que compramos, sai dos órgãos de fiscalização que precisam fazer trabalho de formiguinha, ao invés de fiscalizar uma composição inteira.

    Tudo isso gera custo para o estado e para o nosso bolso, diminuindo nossa competitividade…

    • Já existe essa linha, repare que no Trensurb ao lado da linha que vai em direção à Novo Hamburgo existe uma linha com bitola menor, onde passam os trens de carga da ALL. Mas com certeza, ela deveria ser mais utilizada.

  9. E deixar de investir na 116 iria melhorar algo?

    Bom, na br tem ainda o trêm e os onibus alem dos carros e motos.

    Não da pra comparar, é se não me engano a segunda rodovia mais movimentada do Brasil, corta varias cidades de uma região metropolitana, com diversas faculdades, clubes, industrias, junta isso com a distribuição e a chegada para a cidade com veiculos de todo o Brasil, não teria muito o que fazer.

    A região cresce bons numeros por ano, obviamente com isso, teria um aumento no numero de carros, junto com o aumento da população.

    Fazer ciclovia não iria adiantar muito, mas ja seria uma ajuda, acho que o que mais falta ai, é uma organização do sistema de transporte, retirar algumas entradas para as cidades, finalizar a rodovia do parque, quem sabe por os onibus rodando por dentro das cidades (não sei se tranca tanto como na 116)…

    • Quem falou em deixar de investir?

      Quem falou em ciclovia?

      Outro Guilherme falou em outro artigo que poderiam fazer um corredor de BRT ali. É uma boa idéia.

      • Ninguem, mas o pavor de investimentos no transporte individual é tanto que tenho certeza que teve gente que pensou.

        Diversas pessoas ja comentaram no blog que não vão de bike para Poa por falta de uma ciclovia, claro que dependendo da distancia.

        Quem sabe uma ciclovia por uma rua interna?

        BRT seria uma boa idéia…

        • É que o investimento em transporte individual e não no público já atingiu o limite

          http://noticias.r7.com/cidades/noticias/a-cada-r-1-investido-em-transporte-publico-governo-da-r-12-em-incentivo-para-carro-e-moto-20110527.html

          Daí uns e outros vem dizer que “tem que investir em tudo” Investir em tudo com essa disparidade toda?

        • Eu não conheço este trecho para saber das ruas internas, mas devem haver diversas que teriam espaço para uma ciclovia.

          Honestamente acho que seria melhor arranjar maneiras criativas de levar bicicletas no trensurb, ou botar pontos da bikepoa do lado das estações da capital, além de expandir para outras cidades da RM.

          Digo isso pois acho que fazer um trecho longo destes de bicicleta é só para ciclistas mais dedicados mesmo, para o morador médio das cidades seria melhor encaixar o uso de bicicletas como uma maneira de não depender dos péssimos ônibus. Ainda mais nas outras cidades, que imagino que tenham ônibus piores ainda que os de POA.

        • Sim, existem ônibus piores que os de Poa, aliás, os ônibus Porto Alegrenses são luxuosos perto do restante da RM. Em Canoas por exemplo, mesmo os ônibus sendo novos, eles não tem o mínimo isolamento acústico, as suspensões são tão macias quanto o pavimento por onde passam, e ar condicionado é simplesmente artigo inexistente. Fora a frota velha da Vicasa, que deve ter no mínimo uns 20 anos.

          E em São Leopoldo temos os ônibus antigos da sinoscap, que além de todos os problemas dos de Canoas, ainda são mais velhos e cara que instalou os bancos não parou pra pensar que temos que colocar as pernas em algum lugar…

          Quanto as estações de Bike Poa, simplesmente não sei ainda porque não tem uma em cada saída das estações da Trensurb.

    • Ciclovia à beira de uma rodovia federal não é uma boa ideia. E em certas cidades só iria piorar, como em Canoas, que já consegue deixar trancados no transito os próprios ônibus, assim como os que vêm de São Leopoldo, Nova Sta Rita, Cachoeirinha e os que vão para Porto Alegre.

      • Realmente, ciclovia na beira da estrada é bem desagradável. Poluição, barulho, ambiente inóspito… É perigoso até, mesmo com separação física (é o que diferencia ciclovia de ciclofaixa). Mas uma “bicycle superhighway”, como os países de “primeiro mundo” já estão fazendo, que ligasse desde o centro de Porto Alegre até Novo Hamburgo, passando pelas regiões centrais das cidades, poderia ser uma grande sacada.

        Tem alguém da Metroplan por aí?

        • Eu fiz 60km de bici no litoral este ano, pela interpraias, indo de Tramandaí até Atlântida. Acho que está faltando muito uma opção de ciclovia por lá, combina muito com praia e alguns trechos da estrada são tensos.

          Se bem que a coisa é tão ruim que há trechos que sequer a estrada é asfaltada.

        • Dei uma paradinha na casa de uns conhecidos em Atlândida para me esticar e tomar litros de água. Mas deve ter dado umas 4hs.

        • Olha o tipo de loucura que o cara tem que ler hahaha, alguém achar viável ir de bicicleta como meio de transporte diário POA-NH passa dos limites de todas as sandices que já li nesse blog.

        • Cara, tem que fazer um puta esforço pra não cometer um “adhominem” aqui.

          Se um cara de 63 anos pedala diariamente 44 km, porque não?

          http://zerohora.clicrbs.com.br/rs/vida-e-estilo/bem-estar/noticia/2013/05/um-dia-para-ir-de-bike-ao-trabalho-4132429.html

          Abre essa tua cabecinha cheia de preconceitos e medos!

        • É… tem gente que não foge do pensamento “se eu não faço não faz sentido os outros fazerem”.

        • Meu caro Adriano.
          .
          Não sou um grande adepto da bicicleta, pelo menos para mim, porém o que escreveste isto sim que é uma sandice. Morei algum tempo na França, mais precisamente perto da cidade de Grenoble (junto aos Alpes), onde eu trabalhava existia um francês que vinha e voltava para casa todos os dias, nada de muito longe, mais ou menos uns 20km, só havia um pequeno problema, ele tinha que na volta subir mais de 1200m para chegar em sua casa.
          Para quem anda de bicicleta sabe o que é isto, ou melhor, quem anda de bicicleta no Brasil, não sabe o que é isto.

        • Ah sim, realmente, vocês pegam casos pontuais e especiais, tão especiais que são até motivo de reportagem, e por isso, defendem que outras pessoas usariam uma ciclovia na beira da 2º estrada mais movimentada do país, retirando uma pista desta, inclusive. Sim, isso é sandice. As pessoas “normais” já acham que caminhar mais 1km para a parada do ônibus é um horror, imagina tocar de bike todo dia indo para o trabalho, faça chuva, faça 40 graus, 40 e poucos KM. Me perdoem, mas isso é fora da realidade, e vocês sabem disso. Se fosse tão bom assim fácil assim, então teriamos uma demanda gigante de ciclistas vindo de Canoas, que é bem mais perto, sendo que isso não se visualiza no mundo real, e não no de fantasia como alguns vivem.

          Aliás, ontem eu estava ali na sorveteria jóia apreciando um bom sorvete e troquei uma ideia com o cidadão que ali trabalha e o questionei sobre como andava o movimento na mesma. Comentário: “não passa nem 10 por dia”.

          Vejam bem, se na “meca” da bicicleta de porto alegre, a nossa querida CB, não tem demanda, imaginem na 116….

          Não é preconceito como o outro suscitou ali em cima, é bom senso meu amigo, coisa que tá faltando em alguns posts por aqui.

        • “As pessoas “normais” já acham que caminhar mais 1km para a parada do ônibus é um horror.”

          Não sabia que preguiça e má vontade tinha outro nome!

          Claro que é utópico querer que todos tenham boa saúde, que a cidade seja mais “amigável” com os pedestres e tal. Nem todos tem a vontade ou iniciativa do pessoal que encara 20, 40km de bicicleta todos os dias e não reclama.

          Só não vem me dizer que é impossível! é impossível pra quem não quer!

        • Caro Alex, não disse que é impossível, eu disse que é fora do comum. Fora do normal. Tanto é fora do contexto do dia-a-dia que virou reportagem…

        • Adriano,

          A Ipiranga vai desde a Beira-Rio até a Antônio de Carvalho. Isso significa que todo mundo que anda na Ipiranga faz esse percurso todos os dias? Evidente que não!

          Uma ciclovia pela região metropolitana seria a mesma coisa: algumas pessoas iriam de Porto Alegre a Canoas. Outras, de São Leopoldo a NH, outras de Esteio a Sapucaia. Algumas poucas, bem poucas mesmo, iriam de NH a Porto Alegre. Inclusive por causa dessa diversidade de origens e destinos é que seria interessante que ela passasse pelas zonas centrais, como eu falei.

          Outra coisa: a bicicleta já é usada amplamente como meio de transporte, especialmente por pessoas de mais baixa renda. É só olhar um pouco na volta que se constata isso. Essas pessoas estão constantemente sujeitas a riscos, especialmente em áreas de tráfego intenso de carros. Por que tanto empenho em fechar os olhos para esta realidade?

        • Não é deixar de ver a realidade, caro Enrico. Eu vivi o boom de vendas de bicicletas ocorrido no inicio da década de 90. Puro modismo, que durou pouco mais de 2 anos. Por isso, sou cético no tocante a demanda de certos empreendimentos, situação pouco comentada por aqui, Até porque por ser um assunto sensível para alguns, qualquer comentário contra a pessoal é taxada automaticamente de “carrolatra”, então fica difícil aprofundar o tema.

          No mais, continuo achando um absurdo uma ciclovia perto de uma rodovia.

  10. O problema das obras feitas na BR é que não houveram obras suficientes em transporte de massa, e acho que está acontecendo o mesmo aqui em POA.

  11. Não sei qual a validade de trazer posts desse blog pra cá, considerando a ideologia e radicalismo do dono do mesmo.

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