Parque do Pontal – showroom antecede obra

Licença de Instalação deve sair em junho, segundo a prefeitura, mas detalhes do empreendimento serão apresentados antes

Projeto prevê duas torres comerciais, à esquerda; ao fundo, torres do BarraShoppingSul | BMPAR / DIVULGAÇÃO

A estrutura que cresce aos poucos há cerca de duas semanas no local onde ficava o antigo Estaleiro Só chama atenção de quem passa pela região entre a Fundação Iberê Camargo e o BarraShoppingSul. Não se trata, no entanto, da obra em si do Parque do Pontal, e sim de um showroom do empreendimento.

O showroom deverá mostrar detalhes do projeto e já encaminhar a comercialização de espaços, de acordo com a assessoria da BM Par, empresa que adquiriu a área em 2005. Depois, o showroom será desmontado, conforme a assessoria.

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Em fase final de liberação, obra deve começar depois da instalação de showroom que está sendo construído no terreno do antigo Estaleiro Só | JOÃO MATTOS / ESPECIAL

O empreendimento está em estágio final de liberação. Ainda falta a expedição da Licença de Instalação, que é a fase anterior ao início da obra. A prefeitura calcula que a licença deverá ser obtida no próximo mês. É um prazo mínimo, que poderá ser postergado.

O projeto prevê a construção de duas torres comerciais, uma com cinco pavimentos para um centro médico e outra de 22 andares, sem moradias. Serão investidos R$ 155 milhões, sendo R$ 5 milhões em uma praça pública que ficará entre os prédios e as águas, ao longo de 700m de orla.

Os primeiros sinais de obras no local apareceram em julho de 2016, quando foram iniciados trabalhos de sondagem geotécnica para localizar pedras no terreno. Quando estiver concluído, o empreendimento terá espaço somente para comércio – uma consulta pública em 2009 definiu que não pode haver moradias na área. Uma loja da Leroy Merlin e um complexo de saúde são alguns dos estabelecimentos previstos.

Depois do Estaleiro Só, pontal viveu polêmicas

Houve um tempo em que Porto Alegre produzia embarcações. O Estaleiro Só começou a operar em 1850, e chegou a produzir equipamentos para serem utilizados na Guerra do Paraguai e outros confrontos.

A companhia operou até 1995, quando foi à falência. A massa de dívidas, especialmente as trabalhistas, levaram à liquidação da empresa e a leilões do terreno para o pagamento dos ex-funcionários.

Em 2005, a BM Par adquiriu a área após quatro leilões infrutíferos. A ideia era construir um empreendimento misto na região, mas o plano foi frustrado. Em 2009, o projeto Pontal do Estaleiro, que previa utilização comercial e residencial na área, foi rejeitado pela população em consulta feita pela prefeitura. Restou a possibilidade de uso comercial do terreno.

Em abril de 2015, uma audiência pública debateu o EIA-Rima (Estudo de Impacto Ambiental e o Relatório de Impacto Ambiental) do empreendimento no salão da Paróquia Sagrada Família, no bairro Cidade Baixa. Foi uma sessão tensa, com apoiadores e críticos do Parque do Pontal trocando acusações.

JORNAL METRO PORTO ALEGRE – ANDRÉ MAGS – 15/05/2018

Postado sob licença do Jornal Metro Porto Alegre.



Categorias:Arquitetura | Urbanismo, Parque Pontal, Pontal do Estaleiro, Reurbanização

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22 respostas

  1. O melhor é o pessoal que nunca vai ter um escritório ou consultório no lugar defendendo essa obra, só pra admirar os espigões de vidro enquanto tá no engarrafamento gerado pelos 1800 carros que vão poder estacionar por lá, ainda com umas contrapartidas superfaturadas que não trazem benefício algum

  2. Depressa com a marcação de gabarito e inicio do estaqueamento antes de que comecem algum movimento na busca por cabelo em ovo…

  3. Cais Mauá decidiu fazer shopping a céu aberto após R$ 30 mi do PreviPalmas
    Por Cleber Toledo última atualização 19 mar, 2018 às 6:54
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    Pode ser apenas coincidências. Afinal, alguns relutam, mas elas existem. Porém, depois de ter recebido o aporte de R$ 30 milhões do Instituto de Previdência de Palmas (PreviPalmas), em dezembro, o Cais Mauá do Brasil anunciou no dia 1º deste mês que o projeto de um shopping fechado para o local, no centro de Porto Alegre, já foi alterado para a construção de um shopping a céu aberto. Essa proposta também está sendo executada em Taquaralto, distrito de Palmas, e tem como seu principal idealizador e entusiasta o prefeito Carlos Amastha (PSB).

    O presidente do consórcio Cais Mauá do Brasil, Vicente Criscio, explicou à Rádio Gaúcha, centro de compras está previsto para ser erguido na terceira etapa de obras. “A ideia é não ter um shopping como uma caixa fechada, como era o projeto original. Vai ter alguma coisa como um open mall”, explicou Criscio.

    Conforme a Rádio Gaúcha, a terceira e a segunda etapas da obra ainda não têm previsão de início, até porque o consórcio, para isso, precisará ainda obter licenças de órgãos públicos e angariar recursos junto a investidores. Por ora, o consorcio têm licença e recursos para a primeira etapa, que envolve o pórtico central e 11 armazéns.
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    O investimento total previsto é de R$ 500 milhões, e a concessão da área é de 25 anos. O projetista do empreendimento é o arquiteto, ex-prefeito de Curitiba e ex-governador do Paraná Jaime Lerner, amigo de Amastha e que chegou a ser alvo da Operação Nosotros, em novembro de 2016. Lerner, na época, negou participação em qualquer irregularidade.

    Shopping a Céu Aberto de Palmas
    O Cais Mauá recebeu investimento em dezembro de R$ 30 milhões do PreviPalmas, o que vem sendo questionado. É um dos motivos do desenquadramento do instituto de previdência do servidor municipal, que deve perder o Certificado de Regularidade Previdenciária (CRP), com vencimento em 21 de abril.

    Palmas, onde está o órgão que passou a também financiar o Cais Mauá, já tem um projeto de shopping a céu aberto, que segue, a trancos e barrancos, em Taquaralto. A ideia foi trazida à capital do Tocantins pelo prefeito Carlos Amastha (PSB), já na primeira campanha dele em 2012.

    As obras do Shopping a Céu Aberto de Taquaralto só foram iniciadas, contudo, no segundo semestre de 2017. Mas, sem projetos, nem orçamento, o Tribunal de Contas do Estado (TCE) suspendeu o empreendimento.

  4. Visualmente esse projeto é bacana e esse prédio está lindaço, agora esperamos mesmo que esse render se materialize e que não saia um daqueles prédios pobreza arquitetônica apesar de caríssimos como aquele nhaca gigante que fizeram no tal Bourbon Wallig, em que se jogam milhões na arquitetura mais chinfrim impossível. Tomara que a cidade ganhe essa área de volta e com um prédio lindo de primeira lá.

  5. O Zaffari tem participação no empreendimento, portanto vai sair do papel. Esse grupo é tão poderoso que no governo PonT conseguiu mudar a legislação sobre hipermercados e barrar a expansão do carrefour a época. Mas o seus projetos(bourbon wallig, country e outros)foram aprovados.

  6. Ué, mas teve um estagiário da Prefeitura que comentou aqui que a obra não sairia porque o Ministério Público tinha embargado e blábláblá… esqueceram de pedir a autorização do estagiário!!

    • Não confunda quiosque promocional com implantação de projeto. Aqui na parte de aprovação de projeto, EVU e solo criado ninguém está sabendo nada sobre liberação/aprovação desse empreendimento. Neguinho coloca um estandezinho enfeitado e a cachorrada já sai latindo eufórica. kk

      • Passo lá todo dia. O terreno já está demarcado pra começarem as fundações. Vai ficar chato pra ti hein….

      • És contra o projeto estagiário?

        • Sou totalmente a favor do projeto, só que não fico cantando marra em algo que ainda nem foi aprovado. Aliás, o que se comenta é que o projeto (se sair) será outro, bem modificado em relação ao render.

        • Você está cego pelo mesmo ódio ideológico que acusa nos “de esquerda”. A diferença é que você é o radical de direita. Os atuais gestores da PMPA também discursam que nem você. Nas reuniões de governo eles vomitam bobagens através de uma neo-linguística liberal. O problema é que eles fazem um discurso completamente antagônico com o que praticam da administração pública. Eles adoram falar sobre a burocracia excessiva do estado, a ineficiência do servidor público, etc. Aí quando chega a hora deles provarem que são diferentes sabem o que eles fazem? Fomentam burocracia ainda. O maid curioso é que há uma série de novos “gênios” do setor público que se gabam de ter estudado nos EUA, de terem feito vários projetos de relevância fora do Brasil, que moraram, muitos anos lá fora, de serem empreendedores modernos e competitivos, que são seres superiores egressos da iniciativa privada – aquela que segundo eles salvará a humanidade – entretanto aonde vieram parar? Numa cidade suja, do terceiro mundo e exatamente no setor público. kkkkk Nada como a realidade para desmentir lero-lero, numa prova de que papel aceita tudo. Na verdade eles não passam de incapazes de passar em concurso público, e que se caíram de pára-quedas no setor público como única alternativa para ganhar a vida, além de serem incapazes de competir na iniciativa privada. Vieram se encostar no dinheiro do contribuinte. Como se vê, em nada diferem-se dos (segundo eles) parasitas funcionários públicos.

  7. Se a licitação não for desafiada pelo Ministério Público, se a empresa for idônea e tiver finanças saudáveis, se a prefeitura não achar novos impeditivos, se os documentos de licenciamento saírem, se o financiamento não for cancelado, se não houver crise financeira, se não inventarem outro plebiscito para definir se dentro de um prédio privado haverá cozinhas e camas ou mesas de escritório, poderemos sonhar em usufruir dessa área que inexiste para o porto-alegrense hoje. Oremos!

  8. E as pombas SEUS FASCISTAS?

    • diria mais! e as macegas, butiás e outros inços que serão dizimados por esta obra opressora? kkk só entrando no espírito e rindo, porque nesta terra do atraso não se duvida de mais nada.

      • Nessas horas é que vemos que poa tem um potencial enorme e que valeu ter acordado para a briga com os esquerdistas nos últimos 10,15 anos. Seja o pontal, seja o cais, seja a revitalização do calçadão da orla, todas elas só aconteceram pois também soubemos fazer barulho. não podemos desistir, pois muita gente boa DE POA, que quer empreender, ter qualidade de vida, quer segurança jurídica se foi para fora do pais, sp, ou serra gaucha. o desafio é tornar poa novamente atraente para esse pessoal retornar.

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