Governo quer fazer concessão da rodoviária de Porto Alegre

Licitação. Propostas para administração e reformulação do terminal rodoviário de Porto Alegre já foram enviadas para avaliação

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Obras no terminal estão previstas na licitação | RAMIRO FURQUIM/ARQUIVO/METRO

O governo do Rio Grande do Sul se prepara para o lançamento do processo licitatório para conceder a operação da rodoviária de Porto Alegre para a iniciativa privada. Até o momento, três propostas já foram encaminhadas ao Executivo estadual. Elas preveem a reformulação do terminal e um novo modelo de gestão no negócio.

O secretário estadual de Planejamento, Governança e Gestão, Josué Barbosa, destaca que, apesar de diferentes, todos os projetos visam ao aumento do conforto e da segurança dos usuários. “Um modelo que contemple o maior investimento e o maior conjunto de facilidades. Qualquer coisa que eu falar agora é pura especulação, então não tem modelo fechado. O modelo vais ser o que der viabilidade econômica”, esclarece.

A intenção do governo do estado é encontrar uma proposta semelhante à concessão do aeroporto Salgado Filho, que garanta a modernização da estrutura pública em troca da exploração comercial e administrativa da rodoviária de Porto Alegre.

“Não tem nenhuma alteração de endereço, e a ideia é, como sempre, que a rodoviária seja melhor ainda no atendimento ao usuário. Vão ser avaliadas todas as propostas, que têm previsão de novos investimentos,” explica o secretário Barbosa.

Este será o primeiro processo licitatório para a concessão total da rodoviária de Porto Alegre à iniciativa privada. Atualmente, a administração é feita pelo poder público em parceria com a empresa Veppo – responsável pela venda de passagens de ônibus intermunicipais há 77 anos.

Metro Porto Alegre – 21/08/2018



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15 respostas

  1. Dúvido que este pessoal que está criticando a rodoviária faça uso dela, ela sempre me satisfez, pego um pouco de fila, mas nunca de forma estressante, as filas se formam em momentos específicos, nos demais é bem tranquilo, querem que a rodoviária tenha cara de aeroporto? Mas quem usa de fato as dependências dela? eu chego na hora do embarque e já era, quando pego minha mãe, que tem idade, consumo algum lanche e tudo o que eu preciso funciona, no aeroporto, não dá pra comprar nada lá, pois tudo é caro, eu não quero isso para a rodoviária. Tirar a rodoviária dali vai realmente resolver o transito? Pelo que vejo, somente vai atenuar, o problema maior é geométrico, muita via importante chegando no mesmo ponto, eu pego tranqueira todo dia pela manhã no túnel, e não é por causa da rodoviária pois o sentido que faço é em direção a UFRGS. Estão só querendo obras, mas tem ainda muita área ociosa no 2º pavimento e querem uma nova com mais áreas ainda? Melhor fazer as reformas necessárias, dar um pouco mais de conforto aos passageiros, dar uma melhorada na fachada e deixar ela ali mesmo. A beleza da nossa rodoviária é uma questão de gosto, eu a acho bonita, nas maioria das rodoviárias das capitais, os prédios são funcionais mais são umas caixas quadradas, a nossa pelo menos tem um estilo único. E depois já foi o tempo da rodoviária lotada, cada vez menos se usa ônibus, sempre que estou lá vejo os ônibus chegarem com menos da metade da ocupação, daqui a pouco será menos ainda, haja visto que as empresas estão investindo em veículos cada vez mais confortáveis para tentar reverter esta tendência, mas não sei se conseguirão.

  2. Achava que a rodoviária de PoA era sinônimo de atraso, até fazer uma viagem de busão para o Chile. Isso sim, Chile, o queridinho da América Latina.
    Lá os bilhetes são rifados na plataforma de embarque e, dependendo da demanda de lugares, os preços são corrigidos a bom gosto do vivente que os vende. Sem contar o tamanho dos terminais (um terminal rodoviário de Santiago equivalia a 1/4 do tamanho da nossa rodoviária e o pessoal fica abarrotado entre as rodas dos ônibus.
    Se aqui é ruim a fila nos guiches, é porque o sistema da Veppo de venda de passagens online ainda é arcaico e nem todas as empresas possuem seu próprio sistema de vendas online ou via cartão.
    Resumo minha antipatia com a rodoviária em 3 pontos: Estética, via de acesso difícil, sistema de compra de passagens ruim.

  3. Quando falamos em má gestão, ou ineficiência do administrador, a que nos referimos especificamente? À questão estética/arquitetônica ou a quesitos de manutenção, organização estrutural, administração e gestão deste terminal?
    Acho que muitos falam aqui em “mudança” se referindo apenas ao teor estético/arquitetônico, sem levar em consideração todo o montante de elementos que isso realmente engloba. Te pergunto, leitor deste comentário, quantas vezes utilizastes os serviços da rodoviária de Porto Alegre nos últimos anos?
    Posso falar com propriedade, afinal eu utilizei esta rodoviária semanalmente durante 15 anos da minha vida e até hoje utilizo esporadicamente (inclusive para viagens internacionais).
    Afirmo que a rodoviária de Porto Alegre tem uma administração satisfatória no que tange a concessão da qual é responsável, se compararmos com a média dos terminais de mesmo porte espalhados pelo Brasil.
    Com muitos guichês de atendimento (somente vemos filas acentuadas em situações especiais como finais de semana prolongados), limpeza constante (os banheiros são melhores do que muitas rodoviárias país a fora), segurança (apesar de ser totalmente aberta e ter um entorno complicado, seu interior é bem vigiado) e pontualidade das linhas. Ela possui áreas de embarque e desembarque que comportam tranquilamente o volume de pessoas que aguardam o ônibus ou desembarcam dele. Se circularmos pelo terminal veremos um sem número de bancos e acessibilidade para pessoas com PNE.
    A fiscalização sobre os estabelecimentos internos impede que eles se apropriem dos espaços de circulação, como acontece em muitos terminais em que não há controle sobre os locatários. Inclusive, não é fácil fazer com que estes pontos comerciais internos mantenham sua sustentabilidade financeira, uma vez que é comum que muitos permaneçam fechados em rodoviárias. No caso de Porto Alegre, esta rotatividade é bastante baixa e a taxa de ocupação é das mais elevadas e isto passa pela administração. Aliás, seria interessante saber qual a opinião dos locatários e trabalhadores sobre o que acham da estrutura e da administração do terminal. Ouso dizer que eles, que ali vivem diariamente e dali tiram seu sustento, Talvez tenham opinião bem menos crítica que muitos que escreveram neste blog e pouco tenham entrado no edifício.
    Embora nós reclamemos urbanisticamente da localização do terminal, saibam que a população destaca este item como um dos principais pontos positivos dele.
    Inclusive, ha um post de 2011 deste mesmo blog que mostra o nível de satisfação dos usuários.
    https://portoimagem.wordpress.com/2011/01/24/rodoviaria-de-poa-perde-apenas-para-ribeirao-preto-e-curitiba/

    Embora salientei alguns pontos positivos que observei através dos anos como usuário rotineiro, tenho que concordar que, de maneira geral, a estrutura está desatualizada, mas isto não é culpa exclusiva da empresa administradora.
    Acho que uma remodelação se faz urgente e, quem sabe, o estudo para transferência a outro local, por mais que isso doa no âmago dos usuários.
    De qualquer maneira, quando falo em atualizar a estrutura física, isto certamente passa por mudar as “cabeças pensantes” que até hoje não tomaram nenhuma iniciativa neste sentido, não sendo apenas aquelas que administram o terminal, mas sim também aquelas que elaboram a forma de concessão e fiscalização do mesmo.

    • Um fato de interesse:
      A Taxa de Embarque Internacional cobrada pela rodoviária de Porto Alegre é de menos de R$ 4,00 ? Isso mesmo, Menos de 1 dólar!
      Retiro, em Buenos Aires, cobra cerca de 12 dólares (comprar a passagem para o trecho BUE-POA em Buenos Aires é muito mais caro que comprar aqui em Porto Alegre.
      As vezes deixamos de reconhecer pontos positivos daquilo que criticamos.

  4. Algo que pode ajudar a rodoviária é alguma forma de integração com os demais ônibus, algo como um circular com piso baixo conectando os demais terminais, por exemplo mercado, camelódromo, salgado filho e viaduto da Conceição.

  5. Já passou da hora de mudanças na administração na rodoviária de POA, e da mesma ser mais moderna.

  6. Só para eu entender, hoje é pública????


    https://polldaddy.com/js/rating/rating.js

    • Hehe! Ótima pergunta. E nós que pensávamos que a solução contra a má gestão e o atraso seria a iniciativa privada. A panacéia do momento, absolutamente desmentida no caso Veppo e tantos outros. Há um bocado de incauto que jura de pés juntos que basta conceder um serviço ou uma área pública à iniciativa privada. Magicamente tudo melhora. Coitados. Eles acham que a nossa iniciativa privada é via de regra mais honesta e eficiente do que o setor público. Só rindo muuuuuito.

      • A cada caso de concessão que deu errado nós temos dez exemplos de serviços públicos que não funcionam. Todos os aeroportos, estradas, serviços de telefonia e parques que passaram para as mãos privadas melhoraram absurdamente. Mas fique à vontade para citar algum caso que deu errado.

        • Vou citar mais ainda. Não vou nem ficar pelo Brasil, que é um lixão em termos de tudo. Vou direto pra, por exemplo, a Europa. Lá quase todas as concessões de água estão sendo devolvidas pela iniciativa privada, por incapacidade de gerenciar o serviço. Claro! O povo de lá não é babaca. Lá viram que a água ficou mais cara e por uma óbvia razão. Tarifa + lucro. Por que pagar mais por algo que se pagava menos? O caso Veppo é emblemático e uma sinalização de uma das tantas merdas que podem acontecer no caso das concessões. Ficaram dezenas de anos ocupando moita – sem comer a moita. Só mamando na primazia da outorga estatal. O Brasil não é parâmetro administrativo para nada, pois tudo aqui é corrupção e má gestão – com raríssimas exceções. Qualquer estratégia de gestão (pública, privada ou mista) incorre e gera malversação de dinheiro público. O serviço público realmente é uma bosta, a inciativa privada aprendeu a financiar campanha política pra surfar obras públicas e concessões. Estão caso Concepa, Odebrecht, Queiróz Galvão, UCT, OAS, AG, etc.por exemplo. As maiores companhias brasileiras são um grande cartel de mamadores estatais. O problema do Brasil não é a dicotomia da gestão pública vs privada, visto que ambas operam em conluio pra se beneficiarem do dinheiro público em prol de um bando de representantes eleitos. A começar pelas urnas eletrônicas, que são uma vergonha. Democracia de fachada para um país de bananas. E o nosso povinho, desaculturado, ignorante e igualmente corrupto se presta a participar e aceitar tudo o que aí está. Também não pode reclamar. Merede o que aí está.

          • Aceitamos tudo mesmo. Aceitamos um desserviço de saneamento público. A taxa de tratamento de esgoto no Brasil, serviço majoritariamente prestado por empresas públicas, é medieval. O tratamento de água não é melhor, ou alguém esquece água fedorenta que sai das torneiras de Poa a cada verão? E que tal perguntar ao pessoal de Santa Maria, que recentemente sofreu um surto de toxoplasmose, se confiam no tratamento público da água por lá?

  7. Veppo, ma gestão a 77 anos….atraso, so admitido no RS

  8. solução moderna: construir uma nova ao lado do aeroporto.

  9. Mais do que na hora de mudar administração da Rodoviária
    Formou-se uma máfia eterna com vícios que não buscavam em nada modernizar as instalações ou buscar alternativas
    Para melhoria da Estação
    Que vença a melhor proposta em projeto arquitetônico e urbanístico
    Melhor prazo melhor competência
    Que as obras comecem logo

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