Revitalização do Dilúvio mobiliza prefeituras e universidades

Marco conceitual do programa já foi desenvolvido pelas universidades

Foto: Jorge Piqué - Movimento Quero Cais

A união de esforços entre as prefeituras de Porto Alegre e Viamão, com o conhecimento acadêmico das maiores universidades do estado, devolverá à população das duas cidades um Arroio Dilúvio limpo e revitalizado. Na manhã desta quarta-feira, 14, o prefeito José Fortunati assinou um termo de cooperação com a prefeitura de Viamão, Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs) e Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS). A meta é avançar nas ações do Programa de Revitalização da Bacia do Arroio Dilúvio e recuperar seus 15 quilômetros de extensão, com intervenções integrando saneamento, erosão, inclusão social e educação ambiental. (fotos)

Marco conceitual do programa já foi desenvolvido pelas universidades. Foto: Jorge Piqué - Movimento Quero Cais

A parceria foi formalizada sob as árvores do Parque Saint´Hilaire, para trazer a Porto Alegre e Viamão uma transformação inspirada no projeto do rio Cheonggyecheon, da cidade coreana de Seul, onde foram investidos mais de US$ 300 milhões. O projeto incluiu a retirada de um viaduto localizado sobre o rio e despoluição da água com canalização do esgoto cloacal. Ao final do processo, os 5,8 quilômetros de extensão foram transformados em espaço de convivência e lazer.

Para o prefeito José Fortunati, a proposta é ousada e baseia-se na cooperação para viabilizar o que será um marco de preservação ambiental nas duas cidades. “Cada vez mais precisamos focar os projetos no crescimento sustentável. O poder público e as universidades estão empenhados nessa revitalização, buscando apoio concreto da cidadania”, disse o prefeito, destacando que o esforço soma-se às políticas ambientais já praticadas no município, com destaque para o Projeto Integrado Socioambiental, que resultará no tratamento de 80% do esgoto de Porto Alegre e ajudará a devolver a balneabilidade do Lago Guaíba.

Fortunati defendeu, entretanto, um forte envolvimento da população no projeto do Arroio Dilúvio, conscientizando os moradores sobre as responsabilidades na preservação ambiental, uma vez que hoje são depositadas irregularmente toneladas de lixo e objetos na bacia. A necessidade de mobilziar os cidadãos foi reforçada pelo prefeito de Viamão, Alex Sander Boscaini. “Precisamos trabalhar a mentalidade das pessoas. Temos que mudar o conceito da relação com o arroio, integrande as redes municipais e estadual de ensino”, propôs Boscaini.

As equipes técnicas das universidades já desenvolveram um marco conceitual do programa, com diagnóstico inicial com os principais pontos a serem atendidos no Dilúvio, bem como uma projeção de futuro a partir da revitalização. O reitor da Ufrgs, Carlos Alexandre Netto, reforçou o compromisso da universidade no projeto. “O objetivo é colocar o que temos de melhor a serviço do Dilúvio e das comunidades de Viamão e Porto alegre”, afirmou. Para o reitor da PUCRS, Joaquim Clotet, o trabalho pela ecologia e pelo meio ambiente interessa todos os cidadãos. “A natureza é a nossa casa, por isso temos que cuidá-la preservando o bem estar da sociedade”, avaliou.

De acordo com a diretora do Instituto do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais da PUCRS, Betina Blochtein, o grupo de trabalho com técnicos representando todos os parceiros trabalhará agora para desenvolver um projeto básico para definir efetivamente as obras que serão realizadas, e depois a captação de recursos. Na prefeitura de Porto Alegre, o processo será coordenado pelo secretário municipal do Meio Ambiente, Luiz Fernando Záchia.

“Vamos estruturar um modelo de gestão, definindo as responsabilidades no projeto, para depois captarmos recursos junto à iniciativa privada, poder público e fontes internacionais”, explicou Betina. Conforme a professora, o projeto é complexo porque a fonte de problemas do arroio não é somente na sua extensão em Porto Alegre e Viamão, mas também nos demais pontos que compoem a bacia, com mais de 15 córregos.

Após a assinatura do protocolo de cooperação, Fortunati, Boscaini e os reitores realizaram o plantio de mudas nativas no Parque Saint’Hilaire. Foram plantadas guabiroba, acoita-cavalo, cerejeira e guabijú.

Prefeitura

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Aproveitamos e divulgamos alguns materiais sobre o Dilúvio:

VideoEntrevista com Prof. Dr. Luis Humberto Villwock sobre o Arroio Dilúvio

Duas universidades gaúchas decidiram se mobilizar e trazer uma experiência adotada na capital da Coreia do Sul para recuperar o Arroio Dilúvio, em Porto Alegre.

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Video: Bacia Arroio Dilúvio: Um Futuro Possível

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MARCO CONCEITUAL DO PROJETO DE REVITALIZAÇÃO DO ARROI DILÚVIO

DESENVOLVIDO PELAS UNIVERSIDADES UFRGS E PUCRS

CLIQUE AQUI PARA BAIXAR: MARCO CONCEITUAL – ARROIO DILUVIO – 17.NOV.2011



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2 respostas

  1. Ótimo. Taí uma obra essencial para a cidade, talvez uma das mais importantes dos últimos anos, ao lado do PISA. Tomara que as ações comecem logo.

  2. Muito legal divulgar este fantástico projeto. Precisamos unir todas as forças para que isto aconteça, é extremamente complexo e difícil, mais de 450.000 pessoas vivem na bacia do arroio Dilúvio, temos um longa jornada pela frente, muitos conflitos vão surgir, colocar todos na mesa bem antes minimiza as chances de fracasso. Eu estou tentando mobilizar algumas pessoas no facebook http://www.facebook.com/pages/Eu-quero-o-Arroio-Dil%C3%BAvio-Despolu%C3%ADdo-e-Limpo/179737705413902 se você se interessa sobre o assunto faça o mesmo crie um grupo. Divulgando o site e o twitter oficial do projeto http://paginas.ufrgs.br/arroiodiluvio @ProjetoDiluvio e o Facebook deles http://www.facebook.com/arroiodiluvio precisamos criar um MOVIMENTO aqui mais uma entrevista do professor Prof. Dr. Luis Humberto Villwock http://www.youtube.com/watch?v=2c3B-KIzlls eles tem 6 meses a partir de agora para escrever o projeto e depois apresentar. Vamos participar.

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