Prefeitura anuncia empresa que fará estudos para despoluição do Arroio Dilúvio

O consórcio Regeneração Urbana Dilúvio – formado pelas empresas Profill, Consult e Pezco – foi o vencedor da licitação que irá elaborar os estudos urbanísticos, sociais, econômicos e ambientais para a implementação da Operação Urbana Consorciada na avenida Ipiranga e consequente recuperação do Arroio Dilúvio. O resultado foi divulgado no Diário Oficial de Porto Alegre (Dopa) nesta sexta-feira, 21. Não havendo recurso decorrido o prazo de cinco dias, a licitação será encerrada.

O projeto, anunciado em 2022 pelo prefeito Sebastião Melo, deve viabilizar novas construções no entorno da Ipiranga e, como contrapartida, garantir recursos para a despoluição do arroio. “Este projeto ambicioso projeta a Porto Alegre do futuro com a transformação urbana necessária na Ipiranga. O conjunto de intervenções tem custo alto e seguiremos no caminho da parceria, que está no DNA da nossa gestão, para atrair investimentos e viabilizar a recuperação do Arroio Dilúvio”, enfatiza Melo.

O consórcio terá um ano e meio para realizar uma série de estudos no entorno do Arroio Dilúvio. Serão analisadas as condições necessárias para ampliar o potencial construtivo das edificações da região da avenida Ipiranga, com suporte ao adensamento populacional, desenvolvimento econômico e aumento de empregos, além de estudos sociais, demográficos e de impacto ambiental. A contratada também deverá definir as características das intervenções urbanísticas e arquitetônicas a serem implementadas, sua localização e seus possíveis impactos.

Investimento – A prefeitura investirá R$ 4,49 milhões no trabalho que definirá a modelagem da Operação Urbana Consorciada que prevê uma regulamentação urbanística específica para a região da avenida Ipiranga. Os recursos para recuperação do Dilúvio virão do leilão do solo criado, certificado que o empreendedor paga para construir prédios mais altos.

“A partir da definição da modelagem, vamos formatar um projeto de lei a ser apreciado pelos vereadores. Após a aprovação do projeto, a prefeitura implementa a operação consorciada, emite certificados de potencial construtivo e eles vão a leilão. Aí começa a operar o fundo específico para gerir esses recursos para recuperação do Dilúvio”, detalha o secretário do Meio Ambiente, Urbanismo e Sustentabilidade, Germano Bremm.

Os recursos do fundo serão destinados para as obras de despoluição, desassoreamento, contenção e reflorestamento das margens do arroio e criação de um parque linear.

Estudos preliminares apontam que, em 30 anos, seria possível arrecadar R$ 1 bilhão em solo criado. Enquanto isso, a prefeitura prevê orçamento para financiar, pelo menos, a primeira fase da operação. “Assim, iniciamos um círculo virtuoso, garantindo segurança jurídica para atrair mais investimentos para a região e, por consequência, mais recursos para despoluição do Dilúvio”, completa Bremm.

Link: https://prefeitura.poa.br/smamus/noticias/prefeitura-anuncia-empresa-que-fara-estudos-para-despoluicao-do-arroio-diluvio



Categorias:Meio Ambiente, Revitalização do Arroio Dilúvio

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10 respostas

  1. Uma pena que não vou estar vivo para ver isso acontecer. Ridículo!

  2. Amei. Além de incentivar a vida na região da Ipiranga, existe uma chance de limparem e revitalizarem o diluvio. Espero que não sejam mesquinhos com a altura dos prédios, e que não aceitem qualquer arquitetura.

    Tem gente que prefere o estilo capitalista americano, uma cidade cheia de casas, obrigando as pessoas a usarem carros para se locomover. Além de mais asfalto, investimento em infraestrutura básica.

  3. Muito bom! As grandes torres que pontuam por exemplo a região do Puerto Madero, as quais projetam uma imagem de dinamismo e albergam os maiores players da economia argentina conectando-a com a global, são resultado de uma estratégia parecida em que os terrenos são “subastados = leiloados” por valores astrônomicos, e o dinheiro arrecadado abastece os cofres do governo portenho. Porto Alegre precisa de uma outra atmosfera um tanto mais moderna e dinâmica, sendo que a reconfiguração dessa área será verdadeiro um divisor de águas. Chega né de cidade com cara de parada no tempo, decrépita, feiosa, caindo, e SIM que venha outra cheia de coisas novas, lindaças com vibração voltada para o futuro! Acho ótimo que finalmente uma solução para o arroio Dilúvio haverá e que a cidade se renovará também, ganhando vida em um cenário estimulante, todo um gás, mais qualificação, atividades de alto nível e mais riqueza circulando. Poa merece!

  4. Impressionando como a turma do pessimismo adora criticar absolutamente tudo.

  5. Adensamento populacional na Ipiranga? Isso não é desenvolvimento, é criar um problema prata o futuro. Isso é o que a gestão melloso está fazendo com a cidade.
    Empresas ganhando muito e a cidade sendo maquiada.
    Para revitalizar o Arroio Dilúvio não é preciso “intagramá-lo”. Falta comprometimento ambiental.
    O prefeito, personalista de primeira ordem, está esquecendo do que é estratégico e dou um exemplo: faltam corredores de ida e volta para a zona sul.
    Porto Alegre está sendo sitiada pelo capital puro e simples e não está sendo pensada pela ótica de quem aqui vive.

    • Se a prefeitura não consegue acabar as obras da Copa, imagina quanto tempo levará para projetar, licitar e construir a ampliação do acesso à zona sul? O plano diretor prevê novas avenidas e até um túnel, mas duvido que sejam construídos nos próximos 20 anos

    • SE o transporte publico acompanhar o adensamento nao tem problema algum. Iniciativa muito bem vinda.

  6. essa é a maior desculpa esfarrapada para isentar as construtoras das contrapartidas..
    Deixaremos de arrecadar as benfeitorias das contrapartidas por 30 anos para essa ilusão.

    A despoluição de um rio se faz com recurso federal, levantando estudos de viabilidade econômica e criando projeto, como fizeram para executar a Orla.

    O estudo aí em questão sequer é sobre a despoluição, mas levantar dados de viabilidade econômica para as construtoras.. Um estudo de mão beijada e com dinheiro público, que era o dever da própria iniciativa privada executar. Essa gestão está virando uma piada

  7. Melo está nos fazendo de trouxa, não com é possível.
    As poucas mudanças ao redor da cidade estão sendo feitas através dessas contrapartidas, e qual a ideia do Melo?
    Uma contrapartida para ser executada daqui a 30 anos.
    Esse projeto serve pra destinar as contrapartidas a um fundo que a iniciativa privada sabe que nunca irá se concretizar, portanto não precisará pagar.

    A ideia depende da arrecadação das construtoras construindo na ipiranga por 30 anos para sair do papel, basta as construtoras cessarem isso em dado momento que jamais veremos o resultado desse fundo..
    Não é mais Porto Alegre, é o Melnickistão.

    • Faz tempo que é o Melnickstão… A liberdade de mercado aqui na verdade é libertinagem de mercado. E é só pra uma construtora… Um dia a verdade sobre isso tudo ainda há de aparecer…

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