ESPM debate hoje “Shopping Center x Comércio de Rua”

Foto: Iguatemi

Foto: Iguatemi

Nesta terça-feira, dia 7, às 19h, acontece o Seminário “Shoppings Centers x Comércio de Rua – Sinergia ou Competição ?”, na ESPM de Porto Alegre.

O programa incluiu como painelistas o diretor do Shopping Total, Eduardo Oltramari, e o franqueador das Lojas Barriga Verde, Marcos Pozza, com a mediação do presidente do Sindilojas, Ronaldo Sielichow.

 As inscrições, gratuitas, foram aceitas pelo e-mail cefor@marapoa.rs.gov.br



Categorias:Comércio, Economia da cidade, Shopping Centers

23 respostas

  1. Ninguém comentou sobre os debatedores. Diretor do shopping total ( nada pode ser pior em temos de shopping, seja em mix de lojas – todas iguais ou estética, conseguiram fazer um caixote totalmente destoante da arquitetura original) e franqueador das lojas barriga verde ??
    Dois exemplos de comércio de classes C e D.

  2. O que ouve com aquele projeto de transformar a estação aeroporto em shopping?? Agora com o aeromóvel e hotéis de 3-4 estrelas na área seria bom para qualificar a região.

  3. E importante: nao foram so grandes e renomadas redes de colegios, lojas, lazer (o que eh otimo)

    Tem muito comerciozinho minusculo. Daqules que so uma pessoa trabalha. Minimercados aos montes. Coisnhas simples. Ou seja, aqueles que os esquerdoides dizem que vao a felencia quando um shopping se instala na regiao…

    • Não acho que o Barra seja o único responsável por isso. O bairro Tristeza há muito tem um comércio de rua interessante. Lembro de quando fiz o ensino médio no Col. Pe. Reus lá por 1996 já era assim. O que você chama de Cristal, para mim é uma extensão da Tristeza e, para mim, não mudou muito nos últimos 17 anos, tem uma ou outra coisa nova, tipo o Paseo Zona Sul. Em compensação, o ZS Strip Center e o Granville, que eram centros comerciais a céu aberto bem simpáticos, hoje estão meio decadentes…

    • Olha, eu moro REALMENTE no Cristal, pertinho da Campos Velho. Até onde sei a Tristeza começa basicamente junto com a Wenceslau.

      Desde que o barra foi construído pouco mais foi criado de comércio de rua no bairro Cristal, e a densidade do bairro também mudou pouco.

      No mesmo período a Tristeza floresceu, e não vejo qualquer interação entre o barra shopping e a Wenceslau, me desculpe. A tristeza adensou nos últimos anos e o comércio de rua cresceu como consequência. Acho o crescimento deste bairro bem mais interessante.

  4. Sim, Gilberto ! Moro a 10 anos no Cristal e testemunhei a grande transformacao – para melhor – no Cristal, Camaqua, Tristeza… o comercio ta florescendo como nunca. Comercio de rua, mesmo. Tao surgindo padarias por todo lado, lojinhas pequenas, barzinhos, sapateiros, xerox, restarantes, pizzarias, casas noturnas, otimos restaurantes, loja Homem, colegio Leonardo da Vinci, cursinhos de ingles, Unificado, todos os bancos…
    De 2002 a 2008 nao havia quase nada disso. De 2006 em diante, quando recem comecaram a aquaplanar o terreno do shopping, ja comecou o fonomeno de surgir comercios e servicos nas ruas. Em 2008, quando o Barra ficou pronto, aquela regiao da zona sul viu um boom de novas lojas e servicos. Aquela zona, hoje, eh das mais autossuficoentes da cidade em lazer, servicos, compras…
    As ruas sao vivas.
    O eixo da Wenceslau virou um polo,de tudo.

    Eu faco TUDO a pe !

    .

  5. Mais seminarios que acho que ja tivemos

    – O exemplo de Barcelona – fulano vem trazer a Porto Alegre as licoes da cidade que se reinventou

    – IV Circulo de Palestras de Urbanismo

    – jaime Lerner participa de debate hoje na PUC
    – fulano da Italia diz que no mundo inteiro as cidades buscam suas orlas

  6. MAIS UM SEMINARIO SOBRE URBANISMO EM PORTO ALEGRE !
    Um dia eu ja postei uma lista aqui. Ja tivemos seminarios, debates e mais debates, palestras, mas seminarios… alguns deles com convidados internacionais!

    Ja fizeram debates e seminarios tipo:

    – A cidade do futuro

    – Cidades humanas

    – Solucoes para a cidade do seculo 21

    – A cidade sem carros

    – Solucoes para o uso da orla

    – A nova arquitetura

    Pra que ?

    • Acho que trabalhar a parte conceitual das soluções urbanísticas é importante também. Empresários e governos podem ser influenciados pelas discussões que daí surgem. Eu não tenho a menor vontade de abrir um negócio em shopping, muito menos uma franquia. Não vou questionar as razões de quem o faça, mas se pedirem a minha opinião, sugerirei fortemente que não pasteurize o seu negócio.

      Abrir uma loja na rua significa dar o seu toque pessoal ao empreendimento. É procurar a melhor locação, a iluminação ideal, o público que tem a ver com o seu estilo de comércio. Não torna ninguém rico, mas creio que seja um trabalho gratificante quando o empreendedor acerta a mão, podendo remunerar muito bem em alguns casos, sem o ônus do custo-shopping e o de concorrer com outros franqueados na mesma cidade.

      Um contra-exemplo de empreendimento que, na minha opinião, soube se adaptar bem ao comércio de rua e ao shopping foi a Petiskeira. No centro, faz referências ao bairro e serve café expresso (grande sacada), além do deck na rua. Deu vida nova a uma área da Siqueira Campos que andava meio escanteada. Logo em seguida, a temakeria Japesca pegou carona e se instalou ao lado.

      Mas veja bem, embora a loja tenha a marca Petiskeira, houve um certo esforço para buscar uma identificação com o centro. Isso fez a diferença. Mas, se não me engano, a rede não é franqueada, o que acaba viabilizando ajustes finos de cada filial.

  7. Pode ser, Gilberto. Acho que o shopping atrai a construção de edifícios comerciais e residenciais, além de algum comércio de rua. Mas não imagino alguém estacionando no Iguatemi para bater perna na Nilo atrás de uma camisa ou de um cafezinho. No sentido que vc fala, há sinergia: o shopping faz aumentar o interesse comercial pelo bairro. Se bem que não sendo residente das imediações do Iguatemi, não me imagino andando pela Nilo a passeio ara visitar o comércio local. Já no Bom Fim, Centro, CB, Moinhos, Tristeza e Menino Deus me parece mais fácil fazer turismo de compras.

    Há vários tipos de sinergia, você lembrou bem. O shopping atrai edifícios e prédios comerciais para o entorno. Já o comércio de rua bem planejado consegue criar um ambiente turístico.

  8. Nem sinergia, nem competição. A única sinergia que vejo é no caso do Bourbon Country – Iguatemi. É um exemplo de sucesso da sinergia shopping-shopping.

    Também não é competição porque são propostas diferentes. O comércio de rua do futuro é para atender a demandas culturais, gastronômicas e conveniências. O centro de Porto Alegre e a Azenha são contra-exemplos disso, onde há um mix de lojas que se assemelha ao dos shoppings, mas acho que esse modelo está falido.

    O shopping center será interessante apenas para comprar um Macbook, um Samsung Galaxy ou talheres importados na Brickell, além de roupas de grife. Já o comércio de rua será para cafés, restaurantes, livrarias, vestuário menos pasteurizado, entre coisas mais artesanais e de nicho, além de lojas de conveniência.

    O shopping será o bastantão e as ruas oferecerão o requinte, além da ligação cultural mais forte com o bairro. Isso tem sido muito bem executado no comércio de vestuário, artesanato e conveniências da Cidade Baixa, que funciona à noite, muito bem integrado à vocação boêmia da região.

    • Aliás, o grande concorrente dos shoppings é a internet. Cada vez compramos mais eletroeletrônicos pela internet, sendo geralmente mais em conta em termos de preços. O shopping terá de se reiventar drasticamente quando os adolescentes de hoje, acostumados com a tecnologia, passarem a comprar massivamente pela rede.

      Nesse momento, os shoppings terão de oferecer mais entretenimento e cultura para fazer as pessoas saírem de casa ou das ruas de seus bairros.

      • O que eu vejo, no caso do Iguatemi pelo menos, é muuuuito mais comércio de rua nas redondezas desde que o shopping abriu. E continuam abrindo. E não só em shoppings ou galerias. Lojas isoladas continuam abrindo. Ao meu ver, e vendo a situação dos diversos shoppings de Porto Alegre é que não existe este problema. O shopping traz mais comércio de rua para perto de si, pois o shopping, ao atrair mais gente atrai para toda a redondeza. Ele ajuda a desenvolver toda a região. Se fosse pelo pensamento de que o shopping repele comércio de rua a Nilo Peçanha seria um deserto sem loja alguma.

        • Generalização indevida, Gilberto. Que tal um estudo de caso sobre Bourbon Assis Brasil e adjacências ?

        • Ou Praia de Belas… não tem nem restaurantes ali no entorno, e a região é densamente residencial e com bastante demanda (prédios públicos, etc).

        • Ja respondendo aos outros..

          Na area do Bourbon da Assis Brasil, proximo dele são areas residenciais e comerciais, mas de serviços, não de lojas, até por que não tem uma boa estrutura pra isso, sem contar, que apesar de alguns berrarem, queiram ou não, não tem espaço para estacionar.
          Mas ainda assim existem restaurantes, cursinhos e mais alguns serviços.

          Na area do praia de belas, bom, onde tem terreno é no parque, totalmente proibido de estacionar, fora isso, tudo serviço, mas não muito longe do shopping, tu consegue encontrar lojas.

          Na area do Total em plena Cristovão tem varias lojas, e muitas pessoas que moram por perto falam que o shopping fez o preço de qualquer coisa na area valorizar.

          Até mesmo na Farrapos bem perto do shopping tem bons comercios.

      • Eu compro basicamente tudo pela internet. Inclusive roupas, já que eu sei meu tamanho.

    • Mas por que a Apple, a Samsung ou a Brickell não abrem lojas na rua? Acho que esse é o ponto aqui… Pra mim tem muito a ver com a falta de segurança e policiamento nas ruas.

      • Sim, acho que a falta de segurança dificulta a criação de um iPlace ou um FastShop na rua. O shopping, por outro lado, despersonaliza as cidades. Qualquer cidade tem shopping. As capitais do Brasil estão se tornando capitais McDonald’s. Todas iguais, previsíveis, forçando seus moradores a juntar dinheiro para viajar, já que a monotonia das nossas cidades está cada vez mais entediante.

        • Existem nas grandes cidades, e também em Porto Alegre, os pólos de lojas especializadas em determinadas áreas do comércio. E são lojas de rua, como a Osvaldo Aranha especializada em lojas de móveis, a Quintino Bocaiúva em lojas de decoração chiques, a Azenha em lojas de peças de carro e por aí vai. E essas zonas não estão em risco de acabar por causa dos shoppings. Elas são super frequentadas e sólidas. Assim como tem ainda lojas de rua isoladas. Não consigo ver este problema relacionado aos shoppings. Na verdade eu acho mais que está na área do temor de que acontecesse isso por parte dos lojistas de rua. Mas na prática não aconteceu.
          Quem mora perto do BarraShopping, por exemplo, pode dar um depoimento aqui: o comércio de rua está aumentando nas redondezas também.

    • Interessante o debate, mas o que achas do desenvolvimento do bairro tristeza? Tem crescido muito o comércio ali, mas mesmo os shoppings são de pequeno porte e mais “arejados”, como o Paseo zona sul que é a céu aberto.

      • Exato, Felipe. Essa vocação da Tristeza para o comércio de rua é de longa data. Em 1996, quando entrei no ensino médio ali no Pe. Reus, estava sendo inaugurado o Zona Sul Strip Center; na época, era um ambiente bem mais arejado do que hoje – tornou-se um strip center com ares claustrofóbicos.

        Ainda nessa época, já havia as lojas Athenas, a casa noturna “a céu aberto” Sauza Café (saudosa), o bar Tolotti, o Xis Coqueiro, o posto Dioga, só para citar algumas “marcas” populares na região. Havia uma padaria 24h junto à praça da Tristeza. Um pouco mais tarde, surgiu outro strip center, que não lembro o nome (hoje chama-se Granville), mas tinha um Dado Pub que não vingou.

        Alguém dessa época foi ao natal luz da Tristeza, que era financiado pelos comerciantes locais? O comércio na Tristeza é ótimo e tem vida própria sem precisar do Barra. Ainda hoje, mesmo morando no centro, gosto de dar um pulo na padaria Bassani, um local agradável para um café expresso e uma torrada à tarde no pequeno deck externo.

        Há uma padaria nova mais chique junto à praça da Tristeza, que acabou atraindo uma filial da Saúde no Copo, entre outros. Mas ainda prefiro a Bassani que tem mais a alma Tristezense. O Paseo é, vamos dizer, bacana. Melhor do que nada… é, talvez, a melhor ideia que os shopping-makers tiveram nos últimos tempos. Poderia ter mais identidade com o bairro, mais espaço sem lojas, formando uma área maior de lazer e circulação, mas, enfim, seria pedir demais para os burocratas da construção civil. Vou elogiar porque daria para piorar bastante.

        Ironicamente, Tristeza é um dos bairros mais alegres de poa…

        • A Bassani é fantástica mesmo. Essa outra que falaste na praça realmente não é tão típica, mas vale a visita pelas tortas, são muito boas.

Faça seu comentário aqui: