Vereador propõe projeto-piloto para criar Zona 30 em Porto Alege

Vereador Marcelo Sgarbossa. Foto: Ederson Nunes

Vereador Marcelo Sgarbossa. Foto: Ederson Nunes

Entrou em discussão, na Câmara Municipal de Porto Alegre, proposta de Indicação para que o Executivo analise e viabilize a implementação de um projeto-piloto de Zona 30, por meio da criação de um Grupo de Trabalho, com representantes da sociedade civil e do poder público. A proposta do vereador Marcelo Sgarbossa (PT) busca instituir medidas e ações de limitação da velocidade dos veículos a 30 km/h em regiões de grande movimento de automóveis, motociclistas, pedestres e ciclistas na Capital.

“A redução da velocidade de circulação dos veículos motorizados desempenha um papel fundamental na forma de utilização do espaço público, em particular na devolução de seus componentes social e ambiental. Para tal, é necessário contribuir para a mudança de comportamento dos condutores e para uma maior consciência do espaço público enquanto espaço de convivência”, justifica Marcelo.

O vereador lembra que a primeira cidade a implantar a Zona 30 foi Buxtehude, na Alemanha, em 1983. “A partir daí, muitas outras na Alemanha, França, Bélgica, Itália, Holanda, Áustria, Reino Unido e Dinamarca aderiram à medida. Londres, por exemplo, percebeu uma queda de 40% no número de acidentes. Na Bélgica, chegou a 72%”, afirma.

Marcelo também destaca que, em setembro de 2011, o Parlamento Europeu fez a recomendação para que todas as cidades façam adesão ao projeto. “Em 2012, uma iniciativa popular pede que a União Europeia institua Zonas 30, como lei, em todo seu território.”

As informações são do Instituto Avante Brasil, que lançou a Campanha Zona 30 – Menos Velocidade, Mais Vida, a qual tem por escopo disseminar uma perspectiva sustentável para a preservação de vidas no trânsito, que respeite a coexistência e a convivência dos diversos meios de transporte e pedestres.

A iniciativa vem sendo testada também no Brasil. “Recentemente, Florianópolis (SC) implementou sua primeira Zona 30. A conhecida Lagoa da Conceição, um dos pontos mais famosos da capital catarinense, será o foco do projeto-piloto, que passa a valer a partir de 7 de dezembro de 2014. Desta data em diante, motoristas não poderão trafegar acima dos 30 km/h numa extensão de 1.686 metros de vias”, ressalta.

Câmara Municipal



Categorias:Meios de Transporte / Trânsito

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32 respostas

  1. Em certos pontos, os carros já andam em baixa velocidade, no centro por exemplo, apenas na Mauá que a velocidade é maior, mas é uma via pra isso.

    Acredito que a maior parte dos atropelamentos ocorrem em corredores de ônibus, ou em vias de grande velocidade, onde o pedestre não deveria atravessar.

  2. Marcelo, minha mulher aprova, mas eu sou contra. Acho mais importante fiscalizar e reprimir o comportamento abusivo, irresponsável e displicente de pedestres em ruas como a Salgado Filho, Andrade Neves e outras do Centro Histórico. Um abraço. Pércio

    Enviada do meu iPhone

    >

    • Caro Percio,
      Ao meu ver, o grande número de pedestres no Centro Histórico merece mais espaço que os automóveis, o que justifica a adoção de medidas que tornem mais seguro o caminhar. Não creio que seria exagero algum se a Prefeitura, através de sua engenharia de tráfego, decidisse aumentar as calçadas e baixar a velocidade permitida nas vias do centro.
      Creio ser um absurdo o fato dos pedestres, em farto número, terem que se arriscar a caminhar na faixa de rolamento, por não terem calçadas de tamanho adequado em muitas das ruas do Centro (como Dr. Flores, Otávio Rocha e aquela pequena que fica ao lado do Largo Glênio Peres, por onde passam lotações).

    • As duas propostas são complementares. COm certeza precisamos de educação para os pedestres, mas velocidade alta comprovadamente causa mais fatalidades (e nossos motoristas não são exemplares também)

    • Isso, Percio, pau nos pedestres, pra eles não atrapalharem os carros. Se eu fosse preconceituso, diria que tu digitou esse comentário no iPhone dirigindo, e que só anda pela cidade de carro.

    • O cara vai pro Centro de carro. hahahaha

    • Uma pessoa caminhando não mata ninguém no trânsito. Já uma pessoa conduzindo uma tonelada de metal a 60 km/h… Para mim é simples: pedestres devem ser cobrados, sim, pelas suas atitudes no trânsito, mas apenas depois que todos os outros agentes (caminhões, carros, ônibus, bicicletas – nessa ordem) forem cobrados, fiscalizados e cumprirem as leis de trânsito (coisa que não acontece).

  3. Surpreendente: parece que alguém tenta trabalhar na Câmara Municipal de Porto Alegre. Parabéns ao vereador pela proposta de uma cidade mais humana.

  4. Se vocês soubessem a quantidade de gente que é atropelada por ônibus naquela esquina da Borges com a Salgado Filho… Ali deveria ser Zona 10!

  5. É impressão minha, ou o blog faz assessoria de imprensa pro Sgarbossa? Volta e meia pinta notícia de projeto dele aqui. Daqui a pouco o nobre vereador fará moção de repúdio aos automóveis e motoristas. Tudo o que ele propõe é entrave aos veículos. O cara detesta carro…essa é a plataforma permanente dele. Deve ser acionista da Caloi. Que cantilena mais repetitiva.

    • Acho que o Sgarbossa aparece bastante aqui porque é o único que apresenta projetos relevantes.

      Até onde eu sei, ele prioriza pedestre e ciclista, só isso. Já assisti entrevistas com ele e não percebi nenhum ódio ao automóvel. Só porque ele não apresenta projeto onde o automóvel é o único beneficiado não quer dizer que ele odeie o carro. Se for assim tem um monte de vereador que odeia a educação, que odeiam idosos, que odeiam mulheres, que odeiam o comércio, que odeiam a indústria…

    • Não, não faço assessoria de imprensa do Sgarbossa. Nem gosto muito dele, mas é inegável a preocupação e o trabalho dele em benefício da cidade e os seus pedestres e ciclistas. Enquanto a cidade ainda viver com um atraso de 50 anos, serão de suma importância parlamentares com essas ideias.

    • Uma vez sgarbosa deu uma palestra em uma empresa que trabalhei, a nos primeiros minutos da palestra ele afirmou que nao odeia carro, ate por que ele nao pensa em viajar com a familia de bicicleta ate o litoral…

    • O blog também postou notícias de leis do Nedel, por exemplo.

      Sobre ser anti carro, nem vou comentar. Quando não há argumentos, só resta dividir entre nós e eles.

  6. Ciclovias e Zonas 30 são medidas em metros de tão curtos que são.

  7. Finalmente. Imagino alguns trechos da cidade baixa e do centro histórico assim.

    Na boa, no centro declarar Zona 30 em alguns trechos seria apenas uma questão de oficializar a baixa velocidade das ruas, já não tem como passar disso.

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