A EPTC apresentou uma proposta de ciclovia que interligando o Gasômetro, a Redenção e a ciclovia da Avenida Ipiranga, nesta segunda-feira, 03 de setembro. A via para ciclistas passaria pela Avenida Loureiro da Silva, rua José do Patrocínio e Avenida Érico Veríssimo.
Na avenida Loureiro da Silva (primeira perimetral) a ciclovia seria bidirecional, junto ao canteiro central da via.
Na rua José do Patrocínio, a ciclovia seria bidirecional, à esquerda da via, em alguns momentos com estacionamento à sua direita.
Na avenida Érico Veríssimo a ciclovia seria bidirecional sobre o canteiro central, sobre a área verde (gramado).
Confira no vídeo abaixo o arquiteto da EPTC Antônio Vigna, fazendo a apresentação da proposta de ciclovia:
Houve consenso entre os presentes, usuários de bicicletas, moradores e comerciantes da região, de que a implementação da ciclovia é positiva e importante e trará melhorias para o bairro e tanto o presidente da Associação de Moradores da Cidade Baixa, como usuários de bicicletas pedestres concordaram que o planejamento urbano deve ser realizado tendo como prioridade a vida e a segurança, principalmente dos mais frágeis.
Os representantes da EPTC ressaltaram que ainda não há um projeto detalhado, que o que eles apresentaram é apenas uma proposta, e que há alternativas. Mas a proposta já recebeu várias críticas e questionamentos:
- O fato de a ciclovia ser junto ao canteiro central na avenida Loureiro da Silva faria com que ela fosse de difícil entrar e sair da ciclovia para acessar imóveis ou ruas laterais, além de expor os ciclistas aos veículos que andam em velocidade mais elevada, os que utilizam a faixa mais da esquerda.
- Estudo aponta que em ciclovias bidirecionais o ciclista corre um risco maior nos cruzamentos, do que se não houvesse ciclovia.
- O fato de a ciclovia ser bidirecional na rua José do Patrocínio, pois existem estudos que mostram que ciclovias bidirecionais ao lado da via podem representar um risco até quatro vezes maior do que se pedalar na via junto com os automóveis;
- O fato de a ciclovia ser sobre o canteiro central na avenida Érico Veríssimo, pois irá remover área verde da cidade para criar uma nova faixa de asfalto, removendo vegetação, diminuindo a permeabilidade do solo e contribuindo para a formação das ilhas de calor. Diversos cidadãos propuseram a implementação de ciclovias sobre a via que já existe, junto ao passeio ao invés de remover área verde;
- Comerciantes de móveis mostraram preocupação com a questão de carga e descarga de seus produtos;
- Pessoas que andam a pé pela região mostraram preocupação com o intenso fluxo de automóveis na rua José do Patrocínio e pediram que o projeto preveja melhoria e mais segurança para o fluxo de pedestres;
- Alguns cidadãos mostraram preocupação sobre o que irá acontecer com o intenso fluxo de automóveis da rua José do Patrocínio se uma das pistas de rolamento for removida;

Estudo aponta que em ciclovias bidirecionais o ciclista corre um risco maior nos cruzamentos, do que se não houvesse ciclovia.
Pelo menos duas pessoas mostraram dúvidas sobre como será a participação e acompanhamento do projeto daqui pra frente e pediram o diálogo permanente entre os planejadores do espaço público e a população, para que não aconteçam mais erros grosseiros como os que existem nos projetos de ciclovias que já estão em andamento.
Entretanto o diretor-presidente da EPTC, Vanderlei Capellari, não pareceu querer abrir esse canal de diálogo.
Por outro lado presidente da Associação de Moradores da Cidade Baixa convidou todos os interessados em estabelecer uma conversa para dialogar sobre o bairro e as ciclovias.
Confira também o relato da reunião feito pela ACPA.
Apenas sendo redundante: https://portoimagem.wordpress.com/2012/08/31/video-como-funcionam-ciclofaixas-na-holanda/
Não gostei da participação da ACPA. Ficaram se queixando da cor da pista e nem mencionaram o fato que a ciclovia da José do Patrocínio vai ter bicicletas na contramão dos veículos, o que é um risco de segurança.
Bah, se queixar da cor é ruim. Pra mim vermelho é perfeito, chama atenção demais. Não tem como um motorista dizer que ‘não viu’ a ciclofaixa.