Consórcio afirma já ter investidores para revitalizar o Cais Mauá

Formalização de contratos com fundos nacionais ocorreu em outubro

Um dos acionistas da empresa Porto Cais Mauá do Brasil confirmou, nesta terça-feira, que já foram conseguidos os investidores para a revitalização do Cais Mauá. Segundo um dos diretores do consórcio, o espanhol Francisco Javier Aran, a formalização dos contratos com os financiadores, que seriam fundos de investimento de capital nacional, ocorreram em outubro. Aran, que esteve em Porto Alegre na segunda-feira para revisar estudos e projetos do complexo avaliado em cerca de R$ 400 milhões, adiantou que nas próximas semanas deverá ser apresentada a modelagem econômico-financeira ao governo estadual e à prefeitura da Capital.

“Queremos definir a data nesta semana”, projetou o interlocutor do consórcio, que tem sócios brasileiros, como a Contern. “Estamos vendo as agendas para poder marcar o dia.” O espanhol justificou que o atraso nas obras, prometido em 2011 para começar na metade deste ano, tem relação com dificuldades para obter fontes de financiamento. O acionista e integrante do conselho de administração da empresa que conquistou o arrendamento da área por 25 anos admitiu que a crise financeira na Europa frustrou a garantia de aportes por potenciais investidores, entre ingleses e espanhóis. De Porto Alegre, Aran seguiu, na noite de segunda-feira, para encontros no Rio de Janeiro e em São Paulo até esta quarta-feira. O interlocutor não quis revelar os investidores que firmaram o contrato. Também disse que havia pressa em ter recursos para custear estudos.

Parte dos pagamentos das empresas que estão fazendo levantamento de impacto de tráfego e ambiente do empreendimento, que prevê shopping center, hotel, áreas de lazer e eventos, além projetos executivos, ainda não foi quitada. Mesmo assim, não teria havido paralisação de trabalhos. “Estou aqui para empurrar o projeto. Temos de avançar”, definiu o acionista, indicando ações para acelerar o desenvolvimento técnico. Ele também negocia a locação de espaços e atribuiu à indefinição de gestores de empresas interessadas à demora em firmar acordos. “Há muitos interessados, mas nenhum contrato fechado”, informou.

A intenção é entregar os estudos necessários à habilitação de licenciamentos prévio e de instalação até dezembro. Depois disso, a prefeitura fará o exame e poderá solicitar algum ajuste. Antes de março de 2013, dificilmente deve ter início a reforma dos armazéns. O consórcio, que pagará R$ 3 milhões anuais ao Estado a título de arrendamento quando a operação estiver plena, garantiu ao governo que os prédios históricos serão abertos ao uso da população para a Copa do Mundo de 2014. O chefe da Casa Civil, Carlos Pestana, chegou a dizer que só acredita que o complexo sairá do papel quando começarem as obras. O Tribunal de Contas do Estado (TCE) aprovou a criação de um grupo de acompanhamento do contrato, prazos e condições para o Cais Mauá, semelhante ao adotado para os projetos previstos para o Mundial de 2014 na Capital.

Patrícia Comunello – Jornal do Comércio



Categorias:Projeto de Revitalização do Cais Mauá

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6 respostas

  1. “…O chefe da Casa Civil, Carlos Pestana, chegou a dizer que só acredita que o complexo sairá do papel quando começarem as obras……” Infelizmente vou ter que concordar com o Sr.Pestana.

  2. Na boa… Os caras tão enchendo linguiça.. postergando agora só para Março???
    e olha que nem confirmara se lá vao começar!

    Que furada esse consorcio!

    Rica duma area… abandonada!

    Pobre Porto Alegre.

  3. Nao adianta secar (os secadores sabem quem sao)! O cais vai sair!

  4. Agora vai…

    Oxalá!

  5. Aleluia irmão

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