Audiência discute projeto para conclusão de prédios do Centro

Foto:  Gilberto Simon - Porto Imagem

“Esqueleto” Foto: Gilberto Simon – Porto Imagem

Nesta terça-feira (17/9), a Câmara Municipal de Porto Alegre promoverá uma audiência pública para discutir o Projeto de Lei do Executivo 38/12, que estabelece incentivo ao setor privado para a adequação e a inclusão de prédios inacabados no Centro Histórico visando a sua reinserção na estrutura urbana. O evento será realizado a partir das 19 horas no Plenário Otávio Rocha.

Encaminhada há um ano, a proposta da prefeitura concede incentivos ao setor privado para a conclusão de construção na região central. É válida para imóveis que tiveram o projeto original iniciado antes da instituição do Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano e Ambiental (PDDUA), em 1999.

O projeto lista os imóveis que podem ser beneficiados e também prevê outros prédios que possam vir a ser identificados nos limites do Centro Histórico. Caso o texto seja aprovado, os interessados terão até dois anos para apresentar uma proposta de readequação e mais cinco para concluir a obra.

A Associação Comunitária do Centro Histórico de Porto Alegre não concorda com o projeto da prefeitura e estará presente no encontro de hoje para manifestar sua posição. Nesta segunda-feira, a entidade utilizou a Tribuna Popular para criticar o projeto de lei do Executivo.

Texto: Maurício Macedo (reg. prof. 9532)
Edição: Claudete Barcellos (reg. prof. 6481)

Câmara Municipal de POA



Categorias:Prédios, Restaurações | Reformas, Revitalização do centro

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11 respostas

  1. Certamente eles são minoria Renan, mas se vocês que são maioria ficarem de braços cruzados, com certeza eles conseguirão os objetivos deles em detrimento do pensamento da maioria dos moradores do bairro.

    • Com certeza amigo, no entanto eu ja elegi os meus representantes que estao na camara de vereadores, infelizmente nao tenho tempo pra frequentar qualquer asssociaçao que aparece dizendo falar em meu nome pois trabalho o dia todo, por isso elejo meus representantes nas eleiçoes.
      O que acontece é que o sistema democratico que ja existe tem que ser respeitado e nao é qualquer grupo de malucos que aparece por ai gritando mais que todo mundo, no qual incluo tambem certos movimentos ditos populares, que tem que ser ouvido como se fosse a vontade da maioria. Para nos representar elejemos vereadores e deputados, estes sim, por pior que sejam, sao osrepresentantes do povo ao menos ate as proximas eleiçoes.

  2. Texto publicado no site da camara de vereadores:

    Associação quer preservação do Museu Júlio de Castilhos
    Na Tribuna Popular da Câmara Municipal de Porto Alegre, nesta segunda-feira (16/9), a Associação Comunitária do Centro Histórico tratou do projeto de lei do Executivo, que estabelece incentivos para a conclusão das obras de prédios inacabados na região central da Capital. Em nome da entidade, Rogério Veit fez um resgate da discussão sobre a proposta da Prefeitura. “Questionamos a legalidade deste projeto, que se ancora em Plano Diretor anterior ao atual”, afirmou.

    Veit destacou, em especial, imóvel localizado próximo ao Museu Júlio de Castilhos, instalado em dois antigos casarões de Porto Alegre, na rua Duque de Caxias. “Estamos preocupados com o futuro que cabe a nós projetar hoje. Nossa preocupação deve ser voltada ao coletivo. Preservar nossos museus e praças, e não abonar o que pode causar impacto negativo. Queremos a proteção do Museu Júlio de Castilhos e a defesa da paz e da segurança da vizinhança, e não o benefício de um empreendedor em detrimento dos demais moradores”, complementou.

    Segundo ele, a rua Duque de Caxias é estreita e veículos que sejam estacionados na via causarão grande impacto. “Se autorizarmos esta obra, com certeza na carona virá outra obra ao lado do museu. E daqui a alguns anos estaremos discutindo para onde será levado o museu, que sucumbirá prensado entre dois espigões”, alertou. Veit disse, ainda, que para finalizar obras inacabadas e construir prédios novos não se pode colocar em risco o patrimônio histórico e cultural de Porto Alegre. “As leis mudaram por clemência, e mudaram justamente em razão do mal que alguns empreendimentos causaram à nossa cidade. Este certamente é um deles.”

    Para finalizar, o representante da Associação Comunitária do Centro Histórico pediu que se faça um estudo detalhado de todos os imóveis passíveis de serem enquadrados no projeto de lei por meio de um grupo de trabalho com representantes de universidades e do conjunto de moradores.

    Texto: Maurício Macedo (reg. prof. 9532)
    Edição: Helio Panzenhagen (reg. prof. 7154)

  3. Mas a associação comunitária do centro irá bater pé e tentar impor com todas as formas e mecanismos possíveis, os seus interesses. Acham que o centro foi feito só pra eles, ignoram que o centro pertence à todos os porto-alegrenses é até aos habitantes de cidades da RM que diariamente utilizamo centro. É a lógica do egoísmo que impera na cidade.

    • Pois é, não entendi porque eles são contra.

      Qual o problema do projeto da Prefeitura?

      • Vai ver esta tal associação é formada por maloqueiros que não querem desocupar estes pardieiros em que se transformaram estas obras inacabadas do centro.

      • Eles são contra porque provavelmente vários integrantes dessa associação devem ter o “habite-se” de alguns dos esqueletos espalhados pelo centro.

    • Eu sou morador do centro e assim como muitos vizinhos estou torcendo para que este absurdo que é o esqueleto entre outros seja finalmente resolvido. Essa associaçao eu sinceramente nao conheço mas ja ouvi falar, no entanto como a maioria dessas entidades nem sempre representa a vontade da maioria dos moradores. Pelo que sei os membros mais ativos dessa associaçao sao os comerciantes do viaduto da borges e representantes desses grupos que nem sei se moram mesmo no bairro.
      Quanto ao centro ser de todos, digo o mesmo com relaçao a qualquer bairro da cidade, no entanto o beneficio direto é sim para quem mora lá.

    • Pelo que li no site da camara de vereadores o impasse principal e com um predio da duque que estaria destinado a construçao de um hotel. Diz o texto:

      “Moradores rejeitam espigão em terreno do Centro Histórico

      16/09/2013 15h08min
      A Associação Comunitária do Centro Histórico quer que o terreno na Duque de Caxias onde morou Borges de Medeiros seja excluído do projeto que contempla obras inacabadas na região. De acordo com a entidade, a construção de um hotel de um hotel causará impactos negativos, principalmente no que diz respeito à mobilidade local.”

  4. Finalmente algo sendo feito!

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