Um show de imagens: veja as obras do Parque da Orla

Ontem a tarde, percorri os 1.300 metros do Trecho 1 do Parque Urbano da Orla do Guaíba. Andei os 1.300 metros da Rótula das Cuias até a Usina, pela parte inferior do parque, e de lá até as cuias novamente, pela parte superior.

Um das imagens do projeto de Jaime Lerner. Divulgação.

Aqui, esta série de 68 fotos (das 205 que tirei) mostra o andamento das obras deste projeto que vai revolucionar a forma como o Porto-alegrense enxerga sua orla. O contato com o Lago vai mudar. Passarelas sobre a água, jardins em vez de barro, muita grama e caminhos de concreto vem pra qualificar esse nosso contato com o Guaíba. Antes tarde do que nunca, já diziam nossos avós.

Projeto de Jaime Lerner, começou a ser executado em 2015, com previsão de inaugurar no mês de DEZEMBRO, já com os 4 bares e restaurante circular sobre a água em funcionamento. Iniciativa do prefeito anterior, José Fortunati, segue sendo implantado a todo vapor pela atual administração municipal. Os trechos 2 e 3 terão aporte de empresas privadas. Em breve, tudo terá gerenciamento privado. Viva as PPPs! Vão ajudar ainda mais a desenvolver e trazer de volta a orla que um dia foi nossa.

Fotos: Gilberto Simon (tiradas no dia 18 de setembro de 2017, das 14:30 as 16:00, publicadas em ordem de percurso)

Para entender o trajeto:

O projeto original simplificado:

As fotos:



Categorias:Projeto de Revitalização da Orla

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36 respostas

  1. Minha preocupação é exatamente o uso de madeira para a construção do deck. Todos sabemos que a madeira não resiste por muito tempo o sol e a chuva (as intempéries) , assim, dentro de poucos anos todo esmalte, verniz, laca ou o que seja, será desfigurado e a madeira começará a rachar. QUEM DARÁ MANUTENÇÃO? – Nem falo na depredação dos vândalos que já nos primeiros dias após sua abertura ao público, irão demonstrar sua revoltante falta de convivência harmoniosa em sociedade.


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    • O piso tem garantia de 20 anos. É alta tecnologia em tratamento de madeira. Vcs estão extremamente negativos e desatualizados em termos de tecnologia. Antes de completar 20 anos, acredito que lá pelos 12 a 15 anos, pode-se planejar uma manutenção pra que ele dure mais um tanto. Não sejam negativos e não ignorem que existe este tipo de material em piers pelo mundo afora.

  2. Adorei tudo!!! A ponto de eu não acreditar que isso vá acontecer em Porto Alegre.
    Agora também vou ter onde levar pessoas de fora pra ver o pôr do sol, que sempre perguntam, mas só tinha Ipanema pra poder chegar na orla.

    Não gosto de ser chato, daqueles que adoram botar um “mas”. Mas eu realmente fico nervoso em pensar se isso vai se manter, ou se vai ser mais um exemplo das Tradições Porto-Alegrenses de quebrar e destruir tudo. De até mesmo a grama virar o nosso tradicional areião com restos de grama.

    Não quero fenômenos da tradição portoalegrense que vimos nas paradas-favelas e nas paradas-ruinas da Glória, na Aparício, S.França e Carlos Gomes, e nas paradas destruidas, de “vidros” pretos e cheias de cartazes da Assis Brasil.

    Quero que nossa orla tenha a conservação das paradas de Curitiba, da orla do Rio de Janeiro, do bonito porto revitalizado de Belém, orla de Atalaia, da orla de Ponta Negra.

    Bom, eu fiquei com niveis altíssimos de ansiedade à espera da nossa orla! Vou levar todo mundo lá, vou adorar ir, e vou ter muito orgulho. Uma orla que além de bonita vai trazer algo inédito à cidade : vai ser uma orla com vida e com USO, com opções de lazer e de apoio para as pessoas estarem nela, que serão os bares e restaurantes qualificados. Uma vez uma deputada gaúcha linda e vermelha disse que não temos nem como tomar uma Coca Cola sentada na orla. Agora teremos.

    Tenhamos esperança, Porto Alegre pode estar sofrendo um inédito upvrade na sua história!

    • Isso se chama complexo de vira-lata, uma forma de procurar meios de provar para si mesmo e para os outros que tá ruim, vai dar errado e melhor não fazer nada.

  3. Só espero que o corrimão desse deck de madeira não fique vazado por baixo como esta, fácil de uma criança querer se pendurar.
    E o design do banco de madeira do deck possui rebarbas que fogem da silhueta da armação, tentador pra vandalos quererem levantar a madeira..

  4. belas imagens, pra mim, esse formato de post é o melhor.

  5. Bonito pode ser que fique mas bem pertinente pensar quanto o olhar da prefeitura em manter. Colocar plantas que requerem manutenção constante num poder público que deixa escolas virarem ruinas, só nos resta pensar que logo a beleza da inauguração se vai ou que este visual mascara as ruinas das escolas. Na época da copa a Borges de medeiros recebeu grama nos canteiros que não duraram 1 mês e NUNCA MAIS FORAM REPOSTAS.


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  6. O problema do Brasil está na raíz cultural da nação. Não possuímos uma consciência de cidadão. Não aprendemos a respeitar tudo o que é público, exatamente pelo motivo supracitado. Os brasileiros não se imaginam inseridos num contexto de sociedade unida. Querem um exemplo? O vandalismo dos bens públicos. As pessoas desprezam o coletivo, o que é de todos. Jogar bagana de cigarro no chão e lixo nas ruas, terrenos e rios é a demonstração diária e cabal de que as pessoas não dão a mínima importância ao coletivo. Elas sentem-se de algum modo desprezadas pelo estado, mas na verdade a coisa é exatamente ao contrário. Elas é que desprezam o estado e nasce delas esse ódio e essa falta de consciência e respeito pelo patrimônio de todos. Por isso tanto vandalismo. O estado não pode fazer o paternalista. estado é muito mais do que representantes eleitos governando. Estado, lato sensu, é um povo que entende que faz parte de um ENTE COLETIVO, que zela pelo bem comum e, portanto, preza pela qualidade de vida da cada um dos seus indivíduos. É por isso que os EUA me encantam. Lá qualquer sistema de governo funcionaria muito melhor do que aqui, por que lá as pessoas respeitam o lugar em que vivem (independentemente das leis rígidas). Lá há um sentimento fortíssimo de nacionalidade, pertencimento e preocupação uns com os outros. Esse é o começo de tudo. Respeitar-se, valorizar-se e por conseguinte, respeitar ao próximo, ao vizinho, ao concidadão, à nação.

    • Essa falta da “consciência de cidadão” foi justamente construída por políticos e “intelectuais” para que o brasileiro sempre demande um governante/mestre/senhor de terras/patrão. Dessa forma estamos sempre com esperança de um novo governo, como se um governante fosse resolver nossos problemas. E assim se justifica a quantidade de lideranças consumindo o nosso dinheiro e nosso trabalho. Sempre tem alguém justificando a existência de sindicatos, conselhos, federações, comissões e uma infinidade de políticos, como se não fossemos capaz de resolver as coisas por nós mesmos.

      • Discordo que o problema seja essa “cultura maldita” que existe aqui. Vandalismo e sujeira existem no mundo inteiro, é errado achar que aqui é diferente. A única diferença está no valor investido em limpeza e manutenção. As coisas em Porto Alegre ficam como estão por pura falta de limpeza e manutenção. Para manter as coisas bonitas tem que prever todo ano orçamento para isso, senão não tem “mudança de cultura” que dê conta.

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