ARTIGO: Porto Alegre carece de melhorias na mobilidade, por Adeli Sell

Um dos maiores problemas que enfrenta a cidade moderna é sua rede de circulação e transporte. Sempre ouvimos falar dos congestionamentos do trânsito em São Paulo, mas hoje já é consenso entre todos que o trânsito em Porto Alegre beira o caos.

Temos excesso de automóveis nas ruas e avenidas, ônibus lotados, cenas de desrespeito ao ciclista e ao pedestre. O metrô ainda está longe de se tornar realidade para o usuário. Outro problema enfrentado pela população é a falta de vagas para estacionamento em toda a cidade. Este é o cenário da mobilidade na cidade.

Sabemos que a Capital carece de um planejamento histórico na área da circulação e transporte e obras viárias recentes tem vários problemas que devem ser enfrentados e resolvidos, corrigindo velhos gargalos do trânsito. Cito três exemplos, apenas para exemplificar.

Tivemos uma obra importante, a terceira Perimetral, que corta a cidade de Norte a Sul. Mas desde a sua concepção houve problemas graves, como a não previsão de passagens que evitassem os congestionamentos quando cruza outras grandes avenidas, como a Bento Gonçalves, a Ipiranga e o início da Plínio Brasil Milano.

Tivemos também a ampliação e melhorias na av. Baltazar de Oliveira Garcia, após muitas reclamações da população e como resultado de longos e exaustivos debates. Ao invés de uma evolução gradual, a obra foi iniciada em cinco pontos diferentes e os ônibus foram
obrigados a trafegar fora dos corredores, aumentando o caos já instaurado.

As obras feitas na Sertório foram importantes, mas também mal planejadas. Um dos problemas está na área do corredor de ônibus, que é pouquíssimo utilizado e que poderia ter sido melhor estruturado com a integração ao Terminal Triângulo, evitando muitos transtornos.

Apesar do consenso sobre a necessária modificação de algumas vias, medidas concretas e urgentes seguem não sendo tomadas. O que se vê por aí é a cega preocupação envolvendo as obras da Copa. Por isso digo e repito, precisamos pensar com ousadia e responsabilidade a cidade do futuro, a cidade para além de 2014.

Para resolver este imbróglio, o governo precisa articular políticas de transporte, trânsito e acessibilidade, a fim de proporcionar o acesso amplo e democrático ao espaço de forma segura, socialmente inclusiva e sustentável. Do pedestre ao motorista, do ciclista ao
usuário de ônibus, todos têm pressa e o direito à mobilidade segura e com qualidade.

Adeli Sell – Vereador e presidente do PT de Porto Alegre



Categorias:Artigos, Meios de Transporte / Trânsito

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12 respostas

  1. Aos nossos amigos leitores Luis Antonio, Portofan e Felipe X e a todos outros leitores os nossos agradecimentos por terem visitado o nosso Blog Pregopontocom @ Tudo e terem nos honrado com as suas presenças.O assunto VLT bem como tudo que se locomove sobre os trilhos é para nos um verdadeiro fascínio,objeto de muito estudo pesquisas e debates,infelizmente as nossas ferrovias ao longo de 60 anos foram abandonadas e sucateadas em detrimento unica e exclusivamente do transporte rodoviário,uma politica equivocada e prejudicial ao desenvolvimento de um país de dimensões continentais como o nosso Brasil.Trabalhamos para ajudar a reverter essa situação,e os expls. começam a aparecer em cidades do Nordeste com um bom trabalho desenvolvido pela recuperada CBTU com apoio da Bom Sinal ( empresa com tecnologia de ponta) unica fabrica de VLTs do Brasil instalada em Barbalha a 400 klms de Fortaleza capital do Ceará. Sugiro também conhecerem o nosso movimento “Eu Quero VLT em Salvador” através do nosso blog consorciado -http://vltemsalvador.blogspot,com/- O VLT do Cariri ( Crato a Juazeiro do Norte) o pioneiro e primeiro a a ser projetado e implantado no Nordeste fabricado pela Bom Sinal concorreu ao premio Green Best – http://greenbest.greenvana.com/2011/vlt-do-cariri/#more-464 – (premio de consumo de iniciativas sustentáveis) sendo o vencedor do júri popular.Ponto para o VLT.Os trens e VLTs de Maceio e João Pessoa ( os quais tive a oportunidade de conhecer pessoalmente bem como Recife,Natal,Fortaleza) estão sobre o controle e administração da CBTU.Quanto ao VLT de Teresina curiosamente existe uma ligação entre ela e P.Alegre,pois o primeiro VLT de Teresina que começou a operar em 1999 usou durante 10 anos os famosos trens Húngaros (na mesma época S.Paulo também recebeu esse trens importados da Hungria que eram consideradosde alto luxo) que eram usados ai no RS que foram adquiridos pelo governo do Piaui reformados e transformados em VLT e recentemente foram desativados sendo substituidos por outros trens que ainda usam partes mecânicas do antigo trem Hugaro.Quanto ao aeromovel trata-se de um projeto revolucionário desenvolvido ai no RS por institutos e Universidades locais – http://www.pucrs.br/aeromovel/ – Infelizmente pouco posso falar sobre a nossa ferrovia pois a mesma sofreu um grave processo de deterioração após a CBTU passar a administração para a Prefeitura de Salvador e o nosso metro (vitima de chacotas e ridicularizado) uma vergonha para todos baianos com quase 15 anos esperamos por uma obra de 13 klms dos quais apenas seis estão quase prontos vitima de embargos e ações judiciais do TCU e MPF.Lutamos agora pela implantação do VLT (metro leve) no corredor da Av Paralela que ligara Salvador a RMS.Agradeçemos a todos pela atenção e continuem sempre nos visitando -Atenciosamente – Pregopontocom

  2. Adeli, liberem o Cais para os investidores iniciarem a revitalização o quanto antes, que depois a gente pode conversar. Antes disso, é só conversa fiada.

  3. Coisa absurda isso…um senhor vereador que tem poder de mudar esta situacao, esta aqui fazendo a mesma coisa que a populacao desamparada (toda a classe media) reclama!!! Se essea vereador esta aqui reclamando..entao QUAL O MOTIVO DE TERMOS PREFEITURA??? QUEM MANDA NESSA NABA QUE NAO DEIXAM NADA SER FEITO???????

  4. POA não tem com crescer e criar espaço. até as industrias estão indo embora, Eu ontem 18 horas sai de POA para São Leo e o caos na BR-116, quer é muita idéia e pouca ação.

  5. Entre as alternativas citadas sobre as causas dos problemas no trânsito, foi esquecida a quantidade de carros que estão nas ruas. Para colocar o que é pequeno dentro do que é grande, é fácil. Para colocar o que é grande dentro do que é pequeno, é impossível. Simples.

    E considerando que o crescimento da quantidade de veículos não vai retrocer, só temos a alternativa de investir e interferir no trânsito de outras maneiras. Coisa para especialistas em trânsito. Os engenheiros de trânsitos de Londres são considerados autoridades por seu trabalho.

    Não considero o trânsito um assunto para leigos. E acho a maioria das colunas que leio fantasiosas e superficiais, sem embasamento técnico.

  6. Mas não tem problema não, quando o PT assumir a prefeitura de Porto Alegre (e espero que isso nunca mais aconteça) haverá mudança de critérios e o trânsito da cidade passará do nível ruim para razoável e todos passaremos a ser mais felizes, pelo menos nos programetes do “Cidade Viva”.

  7. Sabe aquela campanha “Lula para Presidente da Argentina”, no maior estilo “pimenta nos olhos dos outros é refresco”, visando sacanear os hermanos brindando-os com uma presidência de um político populista e demagogo?

    Na mesma linha: “Vereador Adeli Sell para Vereador de Buenos Aires”!

    Me espantei ao ver que ele é o PRESIDENTE do PT de PORTO ALEGRE e nem assim consegue fazer Tarso e Dilma (Antaq) aprovarem o cais. Quanta eficiência, ou seria preguiça?

  8. Caramba, é o próprio Vereador Adeli Sell??

    “Por isso digo e repito, precisamos pensar com ousadia e responsabilidade a cidade do futuro, a cidade para além de 2014.”

    Que frase, hein! Pena que ele seja apenas bom de papo. Não vi ousadia nesse artigo, que ação ousada ele propôs, além de criticar genericamente tudo? Que solução “ousada” ele propôs, já que ele mesmo citoi a falta de ousadia?

    Concordo que a cidade não pode se focar na Copa, mas o cais, a orla, o mirante e etc ficarão para a população depois, não são só para a Copa.

    Até me animei quando comecei a ler o artigo dele. Achei que o cara tinha acordado, mas só “choveu no molhado”.

    Leu o post do Gilberto “No tempo em que Porto Alegre Ousava Mais” (não lembro se era bem esse o título exato), mas não leu a matéria do Gilberto e muito menos os comentários à ela.

    Quer ser ousado, mas só comenta aqui no Blog post para reformar a calçada da cidade e criticar parade mofada de prédio. Quer só promover o sue livro.

    Poxa, nobre vereador. O site PortoImagem só serve para hospedar a tua coluna e mais nada? Não lê as publicações do blog e então dá nisso, reclama de falta de ousadia mas não porpõe uma forma para a cidade ousar.

    E já que ele ficou falando na mobilidade urbana, porque não propôs nada ousado nesse sentido? Ousado é fazer como na austrália, onde o monorail é levado à sério e tratado como efetivo meio de transporte (não serve para adornar parques temáticos nem tem finalidades puramente turísticas). Os monorails de Sydney “rasgam” a cidade da mesma forma que as linhas de metrô de NYC, mas a um custo infinitamente menor. Lá na austrália os monorais foram um emaranhado de linhas/rotas e suas estações suspensas são acopladas nos mais diversos locais e as vias elevadas chegam até mesmo a cortar (entrar dentro) de prédios, como já postei fotos em links aqui.

    Uma linha de metrô custa BILHÕES e leva DÉCADAS para ficar pronta. Sou afavor da linah 2, mas quem sabe pensar também no aeromóvel (que é ainda mais barato que o monorail) e implantá-lo pela cidade toda? Isso é ousar. VLT também é ousar. Só criticar não é ousar.

    Fica com discursinho demagogo de falta de ousadia só para se reeleger no ano que vem.

    Pode contar com o meu voto. Em 2050, talvez.

  9. Continuando o comentário acima:

    Na Sertório, tenho certeza que a idéia foi desafogar o trafego na Assis Brasil. É uma idéia obvia e acertada, mover tráfego de uma avenida saturada para outra. Orçamento foi priorizado e obras foram realizadas. O que faltou? Combinar com as empresas de ônibus que suas linhas mudariam da Assis Brasil para a Sertorio. Agora a pergunta seria: como pode uma gestão chegar ao ponto de fazer uma obra sem saber se vai ter alguém pra usá-la? Por que isso é feito assim? Será que a gestão (não sei quem seria responsável) está interessada apenas em inaugurar obras ou será que foi incompetência? Será que foi ingenuidade (isto é, incompetência) ao ter um combinado com as empresas de ônibus que depois elas não respeitaram? Ou será que faltou continuidade na administração pública, com a gestão seguinte simplesmente não dando seguimento por completo no plano da gestão anterior? Será que a gestão seguinte tinha comprometimento com as empresas de ônibus e não teve vergonha de jogar fora o investimento feito? Ou será que foi com a associação de comerciários da Assis Brasil? Esta é a análise a ser feita. Não há justificativa para o desperdício de milhões.
    – Se esperava-se que as empresas de onibus naturalmente passassem a usar a Sertório, foi incompetência, por tocar em frente uma obra sem a certeza de que será utilizada.
    – Se as empresas de onibus estão legalmente obrigadas a usar a Sertorio é incompetência de quem deveria fiscalizar e fazer cumprir a lei
    – Se o legislativo deveria votar leis ou emendas (ou sei lá) alterando linhas de ônibus e não o fez, foi incompetência política de ambos, por não haver garantido o cumprimento desse ponto essencial

  10. Concordo com quase todo o texto, mas discordo do primeiro e segundo parágrafo. O trânsito de Porto Alegre não beira o caos, tanto é que especialistas em trânsito do resto do país consideram o trânsito de Porto Alegre como bom. Ouvi isto de um especialista em entrevista no programa Marília Gabriela.

    Há várias etapas na degradação da qualidade do trânsito. Em Porto Alegre temos trânsto bom fora dos horários de pico em todas as ruas e cruzamentos congestionados nos horários de pico. Dificilmente uma grande cidade vai ter trânsito melhor que isto que acabei de descrever, simplesmente por que não se investe em trânsito para que ele seja perfeito, e sim para que ele seja razoável.

    Claro, estou dando minha opinião, mas isto é diferente do que vi em São Paulo onde o trânsito realmente é caótico. Em São Paulo, vi ruas de bairro congestionadas antes das 7 da manhã. Lá há ruas constantemente congestionadas, e não apenas perto de cruzamentos.

    Como já afirmei em comentários anteriores, ainda não vi estatísticas relevantes sobre o trânsito de Porto Alegre. Estas seriam:
    – Variação anual no tempo gasto em congestionamentos, médio, por habitante/motorista. É importante temos a variação para que se saiba em que velocidade isto estaria evoluindo.
    – Valor em reais do prejuizo causado pelo trânsito, sendo calculado pelo valor/hora médio da renda multiplicado pelo número de horas médio anual perdido em congestionamentos. Este valor é a melhor justificativa para investimentos no trânsito.

    Fora isto, há outro lado do trânsito, que é o transporte coletivo, mas este assunto nem chegou a ser debatido no texto acima.

    O lado que eu acho mais interessante a analisar é das reais causas dos problemas no trânsito. Isto é, será que o problema é falta de dinheiro? Ou é a definição de prioridades diferentes para o destino da receita da cidade? Ou seria incompetência na gestão? Talvez desinteresse smplesmente?

    Para responder os questionamentos acima a população teria que olhar criticamente e profundamente para os sintomas, a fim de encontrar a real causa do problema. Por exemplo, por que foi gasto dinheiro em corredores subutilizados e proibida para carros uma parte da pista da Sertório? Por q? Vou colocar abaixo uma análise

  11. Então mãos à obra vereador! Represente-nos!

  12. Agora que o PT decidiu ter candidatura propria em 2012 (http://zerohora.clicrbs.com.br/zerohora/jsp/default.jsp?uf=1&local=1&section=Pol%C3%ADtica&newsID=a3315001.xml) provavelmente veremos ouvir falar mais e mais do vereador Adeli e suas ideias mirabolantes para POA.

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