Método de escavação do futuro metrô de Porto Alegre será definido até março

 

 

 

Jornal Metro – Porto Alegre – 10/08/2012



Categorias:Metro Linha 2

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52 respostas

  1. Olha, vou opinar em cima da minha “leiguice” mesmo. O traçado original dessa linha de metrô existe há décadas. Sei de dois lugares que há MUITOS ANOS possuem marcas metálicas da trensurb chumbadas no chão, indicando que em algum momento do passado, houve um estudo. Uma é perto da minha casa, próximo à esquina da Benjamin Constant com a Marquês de Alegrete. A outra é no centro, na Borges perto da esquina da Fernando Machado. Coincidentemente são pontos previstos para a passagem do metrô no projeto antigo, visível neste mapa aqui do site mesmo: https://portoimagem.files.wordpress.com/2010/03/tracado_metro.png.

    Continuando… o traçado foi alterado, pois deveria passar por baixo da Cristóvão Colombo, e não da Farrapos. Até onde sei, e me corrijam se estiver falando abobrinha, ano passado quando apresentaram o novo traçado, trocaram pela Farrapos justo pela porque seria usado o “cut and cover”, onde hoje é o corredor de ônibus ali. Assim como estenderam pra Fiergs pra compensar o corte da Borges de Medeiros do traçado, pois seria difícil transpor o solo ali e não passaria na aprovação do projeto no PAC. Sou leigo, mas acompanho essa lenga há muito tempo. Resumindo: houve algum estudo em algum momento do passado, o Gilberto até podia contatar a Trensurb pra saber das marcas metálicas encravadas nas ruas para algum esclarecimento, pois elas estão lá há muito tempo. Esses estudos foram ignorados em prol do “cut and cover”, que alegam ser mais barato. Agora estão dizendo se não sabem se vai ser “cut and cover”?? Concordo com o Rogério Maestri aí… tão brincando com coisa séria, vai dar muita coisa errada. Isso eu vejo só ligando os pontinhos dos poucos detalhes que vieram a público.

    • Carlos

      Se existisse um projeto completo ou no mínimo encaminhado. Provavelmente os marcos que tu falas devem ter sido colocados para marcar a topografia da linha, isto hoje em dia, como a cidade possui um levantamento georreferenciado, é dos custos o menor. O problema principal é um levantamento das características geotécnicas do solo por onde passa o metrô, para fazer isto precisa-se fazer um verdadeiro paliteiro de sondagens, sondagens estas que devido a profundidade que passam as linhas não podem ser feitas de qualquer forma.
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      Para mostrar que não estou falando coisas que realmente não entendo vou colocar aqui um trecho pequeno de um “press release” da Secretaria de Transportes Metropolitanos do Governo de São Paulo (os mesmos técnicos que previram o acidente em São Paulo e foram simplesmente ignorados pela empreiteira e os políticos do governo de São Paulo).
      O nome da notícia é Metrô inicia sondagens de subsolo para a futura linha 15 -branca, e pode ser achado em:
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      “http://www.stm.sp.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=3243:metro-inicia-sondagens-de-subsolo-para-futura-construcao-da-linha-15-branca&catid=1:noticias&Itemid=95”
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      O trecho diz:
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      “O Metrô de São Paulo já está realizando sondagens para a caracterização do subsolo em áreas que deverão ser usadas para a futura construção da Linha 15-Branca, ligação entre a Vila Prudente até Dutra. O novo traçado prevê 13,5 quilômetros de extensão e chegará até a divisa do município de Guarulhos.
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      ANÁLISE PRELIMINAR DO SOLO AUXILIA NA DEFINIÇÃO DOS MÉTODOS CONSTRUTIVOS E PROPORCIONA A OBTENÇÃO DE DADOS TÉCNICOS FUNDAMENTAIS PARA O DESENVOLVIMENTO DOS PROJETOS”

      Chamo a atenção das seguintes palavras, “….auxilia na definição dos métodos construtivos…” e “…dados técnicos FUNDAMENTAIS para o DESENVOLVIMENTO DOS PROJETOS.”
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      Mais adiante a nota diz claramente:
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      “Sempre que uma linha metroviária vai ser construída são realizados o projeto funcional e o projeto básico. O projeto funcional estabelece o traçado da futura linha, a localização das estações, se a linha será subterrânea ou elevada, a demanda de usuários prevista para as estações, os locais de integração com outros sistemas de transporte, a localização dos pátios, a frota de trens necessária, entre outros aspectos.

      O projeto básico complementa as informações do funcional, assegurando sua viabilidade técnica e econômica, com o pré-dimensionamento das estruturas, a avaliação do custo da obra, a definição dos métodos construtivos e o prazo de execução.”

      Ou seja, a única coisa que foi executada até hoje é o PROJETO FUNCIONAL, para o “PROJETO BÁSICO” é necessária a execução de FUROS DE SONDAGENS e com estes, E SÓ COM ESTES É POSSÍVEL DEFINIR A “AVALIAÇÃO DO CUSTO DA OBRA, A DEFINIÇÃO DOS MÉTODOS CONSTRUTIVOS E O PRAZO DE EXECUÇÃO”.

      A quantidade destes furos para projeto básico segundo a norma varia entre 30m a 50m, conforme poderemos ver na notícia, e isto indicaria que se deveriam fazer mais ou menos 300 a 500 furos só para a linha do metrô, e mais uns 50 a 100 furos para as estações.
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      Pergunto: Alguém viu alguma sonda sendo operada nestes 14.800 metros de linha?
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      A população de Porto Alegre como está ansiosa pelo o metrô, que já deveria ter sido começado há mais de quinze anos (estamos com vinte anos de atraso) está sendo iludida com uma pseudo-eficiência.
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      Insisto se tivéssemos um Ministério Público atuante, este já teria pedido esclarecimentos a prefeitura, depois é chorar o leite derramado.

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