Em passagem por Curitiba nesta quinta-feira, 18, o prefeito José Fortunati reuniu-se com o arquiteto e urbanista Jaime Lerner, responsável pela revitalização da orla do Guaíba. Conforme o prefeito, o encontro serviu para a realização de uma discussão conclusiva do projeto que qualificará a orla.
Conforme o prefeito, a intenção é fazer a publicação do edital de licitação até o final do ano para que a empresa contratada para realizar a obra inicie os trabalhos no primeiro semestre de 2013. A expectativa é de que, até o final de 2013, já esteja concluída a primeira fase de 1,5 mil metros a partir da Usina do Gasômetro até a altura da primeira curva da avenida Beira Rio.
“A implantação do projeto de revitalização irá transformar esse espaço nobre da cidade, resgatando o convívio da população com o Guaíba”, disse o prefeito, lembrando que a qualificação estará associada ao empreendimento da Revitalização do Cais Mauá.
Além do projeto arquitetônico de revitalização, foram realizados outros 27 complementares, como o elétrico, que garantirá uma iluminação diferenciada, com tecnologia de ponta, permitindo que as pessoas possam caminhar pela Orla à noite. “As equipes técnicas do Escritório Jaime Lerner e da prefeitura trabalharam permanentemente em conjunto. Agora, estamos discutindo os últimos detalhes, estamos muito perto de começar a obra física”, enfatizou o prefeito.
Pela primeira vez na história da cidade, a extensão da orla do Guaíba receberá investimento público para transformar a beira do lago em parque de lazer para porto-alegrenses e turistas. A proposta completa da prefeitura prevê a revitalização unificada de 5,9 quilômetros entre a Usina do Gasômetro e a foz do Arroio Cavalhada, na avenida Diário de Notícias. O projeto inclui terminal turístico para barcos de passeio, calçadão, ciclovia, banheiros, quadras esportivas, instalação de bancos e quiosques
Categorias:Arquitetura | Urbanismo, ORLA, Paisagismo, Projeto de Revitalização da Orla
Não ouço mais falar do trecho entre a Avenida Copacabana e a Dea Coufal, lamentavelmente.
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colocá-lo não clocalo 🙂
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Eu tenho dificuldade de entender como um cidadão Porto-alegrense dotado de plenas capacidades intelectuais pense que “a prefeitura pode fazer o que quiser, não quero saber o que, como e não quero opinar”. A não ser, é claro, que trabalhe na prefeitura e goze de privilégios quanto ao acesso a essas informações.
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Pablo
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Estou procurando entender a reação de muitas pessoas neste Blog, e somente agora estou começando a ter uma compreensão mais exata do que está ocorrendo, vou preparar um texto que vai ser meio longo, mas talvez correlacione a alegria de muitos com a truculência da polícia, a felicidade com a falta de democracia no manejo da coisa pública, as raízes históricas do PDT e a caminhada da vida do nosso Prefeito.
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Se o texto ficar bom, vou clocá-lo como um ou vários comentários.
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Aguardo com expectativa o míssel que vem por aí …
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Já deu para perceber a inconsistência de pensamento dos partidários do Fortunati quando confronta-se com a história do PDT.
A frase “Ame-o ou deixe-o” me lembra alguma coisa… não sei o que… não consigo lembrar!
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O que vou escrever não é bem o que estou preparando, mas vou tocar em alguns pontos porque talvez nunca publique, a medida que escaparia do escopo deste blog, mas poderíamos dizer que é por aí. As contradições que existem tanto na trajetória do Fortunati como do próprio PDT dá para escrever um livro!
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Os apoiadores do Forunati, exceto os CCs, não sei e eles também não sabem o que estão apoiando. O PDT como alguns outros partidos (PPS, PSDB e outros) questionam muito o PT e o PCdoB (criticas reais e procedentes), porém não olham para suas próprias contradições.
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O PTB histórico, não o PTB atual do Roberto Jefferson ou do Zambiazi, tinha uma ideologia, cheia de contradições da prática com a teoria, com uma base econômica tremendamente fraca e sem muito nexo, mas tinha uma ideologia. Entretanto esta ideologia que tinha por seu expoente Alberto Pasqualini, Brizola tentou recuperar para a sigla do PDT não conseguindo devido a sua política esdrúxula de alianças, não tem a mínima ressonância com a realidade atual do PDT. Poderíamos dizer que do Brizola no PDT atual só restou o que havia de pior neste líder, o caudilhismo.
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É interessante analisar o que resta quando um partido ou um grupo de pessoas ficam totalmente sem a mínima ideologia, é como um veleiro sem rumo, se o vento sopra para um lado e o comandante sabe aproveitar este vento, ele consegue levar este barco numa dada direção, se o vento muda a direção muda. Agora qual o destino final, ninguém sabe.
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Qual é a ideologia do Fortunati? Alguém sabe? O que ele deseja a longo prazo? Outra incógnita. Administrar uma cidade em curto espaço de tempo ainda vai, porém o que define à longo prazo o verdadeiro rumo desta cidade é algo bem mais amplo do que fazer trincheiras ou viadutos estaiados.
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Lendo a entrevista do último elegante, vemos que o grande mentor de todos os pró-Curitiba, floresceu durante a ditadura militar e desta teve benesses para transformar o centro daquela cidade um modelo de sucesso dos governos militares. Podemos ver que a mesma fórmula aplicada a uma cidade com mais história, o caso de Porto Alegre, foi um desastre em termos urbanísticos, por exemplo, a maior rede de transporte por bondes do Brasil (que a baixo custo poderiam ser transformados em modernos VLTs), foram desativados por outro interventor como Jaime Lerner, o Telmo Thompson Flores.
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Muitos perguntam o porque da decadência do nosso estado em relação ao resto do país, e a resposta talvez esteja na verdadeira perda de identidade política que possuía o nosso estado até mais ou menos 1950 (fui longe, né). O positivismo que começa com Júlio de Castilhos (todos só conhecem o monumento!) e segue permeando inclusive dentro do trabalhismo brasileiro, foi uma ideologia forte que levava para as obras públicas, para as prioridades políticas uma dada linha de raciocínio, devido a constância dela, fazia com que o rumo sempre fosse o mesmo, errado ou certo, era um rumo.
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Poderia procurar explicar qual é a ideologia do Fortunati e de seus apoiadores como a proposta por Francis Fukuyama no seu artigo polêmico de 1989 denominado o “The End of History?”, onde este controverso intelectual nipo-americano proclamava a vitória inconteste do liberalismo como ideologia que dominaria o mundo sem questionamento daí por diante.
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A tese de Fukuyama parece que se mostra dentro dos dias de hoje completamente ultrapassada tanto nos países europeus como também no próprio Estados Unidos. Mas parece que aqui na província ainda não avisaram para ninguém.
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Poderia citar no lugar de Fukuyama, Hegel, mas não tenho claro se seria totalmente correto,
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É bem como eu imaginei… Quando eu leio algo assim e que fica claro como nossa educação é ridiculamente fraca!
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