Rosane de Oliveira (ZH) faz ótimo artigo sobre a Revitalização do Cais Mauá

Cais Mauá é exemplo do jeito gaúcho de resistir, por Rosane de Oliveira

Projeto de Revitalização do Cais Mauá.

Projeto de Revitalização do Cais Mauá.

O Rio Grande do Sul é um Estado que se orgulha de suas tradições (o que é ótimo), mas tem uma incrível vocação para viver do passado. Qualquer tentativa de mudar alguma coisa, mesmo que para melhor, esbarra numa muralha de conservadorismo. Ainda vivemos como se houvesse dinheiro farto nos cofres públicos para não precisar da iniciativa privada, esse ente ganancioso que, vejam só, quer recuperar o dinheiro investido e lucrar quando entra numa parceria com o Estado.

Os românticos porto-alegrenses cochilaram à época em que se discutiu o projeto de revitalização do Cais Mauá e não conseguiram evitar a realização da licitação e a assinatura do contrato. Eis que agora, quando o Estudo de Impacto Ambiental está pronto e a fase de licenciamento se encaminha para o desfecho, um grupo se mobiliza para começar tudo de novo. São pessoas bem-intencionadas, de respeitável formação intelectual, mas que parecem não ter se dado conta de que os tempos mudaram. E, mais estranho, parte dos inimigos do projeto Cais Mauá se encanta com a beleza do cais de Barcelona e com o Puerto Madero, em Buenos Aires.

Em um mundo ideal, o poder público faria a reforma dos armazéns e ali instalaria equipamentos culturais gratuitos ou lojinhas de artesanato para a população usufruir. No mundo real, a prefeitura e o Estado não têm dinheiro nem para garantir saúde e educação de qualidade para as crianças. Repassar o Cais Mauá para um investidor privado reformar os armazéns e explorar todo o complexo foi a saída encontrada para que os porto-alegrenses e turistas possam usufruir dessa área que está abandonada há décadas e à qual só se tem acesso uma vez por ano, na Feira do Livro.

– Ah, mas vão construir um prédio de escritórios e um shopping center – reclamam os adversários do projeto.

– E é elitista porque vai ter um estacionamento para 4 mil carros – agregam outras vozes.

Sim, e daí? Por acaso algum negócio hoje prospera sem estacionamento? Não quer ir de carro? Vai a pé, de ônibus ou de bicicleta. Quem quiser frequentar o cais sem gastar um centavo poderá levar sua cuia ou sua cesta de piquenique e passar o dia contemplando o Guaíba, com pôr do sol incluído. Para quem quiser consumir, haverá bares, restaurantes e lojas.

Fonte: Zero Hora – Rosane de Oliveira – publicado ontem, 19/09/2015

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A resposta do “Cais Mauá de Todos”, a “entidade” criada com o propósito de acabar com o projeto de revitalização:

Gostaríamos de fazer algumas observações em relação ao teu texto de sábado na ZH, te passar um pouco da visão de quem está se opondo a este projeto para o cais, ou seja, o famoso “contraditório”, ok?

Vamos lá:

1. com todo respeito, uma “muralha de conservadorismo” se constrói por quem acredita que o combo-revitalização “shopping + torres + estacionamento ” é sinônimo de melhoria de uma cidade.
Encarar um shopping como agente revitalizador urbano poderia ser aceitável nos anos 60 do século passado, quando o consumo de massa e a política rodoviarista estavam no topo da lista das novidades em termos de estratégias de desenvolvimento econômico e urbano de uma cidade. Hoje esse tipo de instrumento de desenvolvimento urbano torna-se a cada dia mais obsoleto, em parte pelo crescimento do sistema de vendas online (veja artigo do Estadão abaixo), em parte pela consciência de que esses bunkers no meio da cidade nada têm de urbanos, já que, entre outros efeitos colaterais, provocam o esvaziamento das ruas ao transferirem não só o comércio como também as pessoas para dentro de um ambiente fechado e controlado. As pessoas que defendem shopping e estacionamento no centro de Porto não percebem que o espaço público de uma cidade é realmente onde a cidade acontece, onde ela existe, e que portanto promover condições para que as pessoas permaneçam nas ruas, usufruam e se apropriem do espaço público de uma cidade é dever de sua gestão. Aliás, nesse sentido a Prefeitura parece ter esquecido de que ela mesma já esteve alinhada a esse pensamento, afinal o Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano e Ambiental de Porto Alegre estabelece que um dos vetores de desenvolvimento econômico do centro da cidade é justamente o comércio de porta de rua.
O melhor exemplo dessa crise do modelo do shopping se vê nos Estados Unidos, país criador desse modelo de equipamento urbano, e que há algum tempo já começa a sentir seus efeitos colaterais. Além dos prejuízos decorrentes da retração desse tipo de economia, o país não sabe ainda o que fazer com o crescente número de edifícios desse tipo que estão em estado de abandono. Seguem aqui dois links com breves artigos sobre o tema, caso queiras buscar mais informação a respeito:
http://www.bbc.com/…/n…/2014/12/141219_vert_cul_fim_shopping
http://economia.estadao.com.br/…/geral,o-desinteresse-ameri…
2. Uma “muralha de conservadorismo” também se constrói por quem acredita que nenhum negócio prospera sem estacionamento.
Repensar o lugar do carro nas cidades é talvez o maior desafio deste século 21.
O que vemos hoje no mundo todo – de países desenvolvidos aos em desenvolvimento – é um movimento no sentido de diminuir o fluxo de carros em áreas centrais, qualificar transporte público e priorizar modais não motorizados, ou seja, pedestres e ciclistas. A cultura do automóvel individual, embora ainda seja propagandeada por aqueles que acreditam na ideia do “desenvolvimento a qualquer custo”, é reconhecidamente uma cadeia produtiva extremamente nociva não só ao meio ambiente mas também ao ambiente urbano e à saúde mental e social do ser humano. Falando especificamente do ciclo final dessa cadeia, o excesso de automóveis individuais nas cidades, além de congestionarem as vias e com isso dificultarem o deslocamento entre pontos, gera impactos negativos também no ambiente por onde circulam. A poluição do ar, da visão e do som faz com que ruas muito movimentadas tenham seus imóveis residenciais desvalorizados – ninguém quer morar em rua barulhenta – bem como diminuem significativamente a presença de pedestres circulando – ninguém quer caminhar por rua barulhenta – o que por consequência acarreta a desvalorização de imóveis comerciais voltados para a rua. E assim o círculo vicioso de esvaziamento e desvalorização de uma rua se completa, e é exatamente o que vemos no horizonte da nossa avenida Mauá, hoje, já vazia e desagradável, o que só tende a piorar com o aumento exponencial do tráfego de automóveis estimulados pelas 4 mil vagas de estacionamento junto ao Cais.
3. Uma “ muralha de conservadorismo” se constrói por quem acredita que os românticos são contra a iniciativa privada.
Pelo contrário, achamos que o instrumento PPP é bastante apropriado, desde que devidamente regulado pelo Estado em prol da cidade. A questão é que isso não está acontecendo: a regulação não existe, a iniciativa privada comanda a operação, define o que quer à revelia da lei e modifica incessantemente o projeto buscando enxugar recursos. Que fique bem claro, queremos sim a revitalização dos armazéns e seu uso para comércio, restaurantes, serviço e cultura. O que não aceitamos é o argumento de que a desfiguração da área com um projeto mutilado é a única possibilidade. Esse discurso de “ou é isso ou é nada” não cola.
4. Uma “ muralha de conservadorismo” se constrói por quem acredita que os “românticos” veem como exemplos a serem seguidos o caso de Puerto Madero e do Porto de Barcelona.
Não é verdade. Sem nem entrarmos no mérito de erros e acertos desses dois projetos de “referência”, a tentativa de comparação esbarra em dois fatores básicos: 1. O nosso porto é significativamente menor do que os outros dois e praticamente não há possibilidade de expansão – a área disponível nas dependências do cais é relativamente pequena, e ele está totalmente envolvido pela cidade, portanto não há para onde crescer. Essa dificuldade de expansão – e obtenção de retorno financeiro com as transações imobiliárias que daí derivam – está demonstrada claramente no atual projeto, em que se tenta desesperadamente equacionar índices construtivos de ocupação do solo na área das torres e do shopping, na tentativa de tornar o empreendimento viável – coisa que aliás parece não ter ocorrido ainda, dada a quantidade de alterações que o projeto tem sofrido nos últimos anos. 2. Porto Alegre não é uma cidade com o perfil turístico de Barcelona ou Buenos Aires. Para fins de comparação, em 2014 Porto Alegre arrecadou cerca de 19 milhões de reais com tributação relacionada ao turismo; no mesmo período, Barcelona, que é a quarta cidade mais visitada da Europa movimentou mais de 14 bilhões de euros e em Buenos Aires os turistas gastaram mais de 3 bilhões de dólares. Esses dados demonstram ainda que, além da comparação impossível em termos de modelo de gestão, tipo de equipamento urbano a ser implantado etc, a ideia divulgada pela prefeitura e empresa consorciada de propor uma ocupação da área com vistas a um retorno de arrecadação para a cidade através do turismo é uma visão, no mínimo, ingênua.
O que sim os “românticos” veem é que um modelo de reocupação bem sucedida da área deve se basear na ideia de reintegrar esse pequeno trecho de tecido urbano ao restante do centro da cidade, não só em termos de espaço, mas também de cultura e economia. O futuro do Cais como empreendimento autossustentável – e de Porto Alegre como uma cidade referência em planejamento urbano – está na ideia de pensar aquela área como parte de um conjunto maior – a região central e a cidade – e que tipo de benefícios ela pode trazer para o todo, não só em termos de retorno financeiro imediato – geração de empregos na construção civil ou nas lojas do shopping, por exemplo – mas também em que tipo de benefícios socioeconômicos ela pode trazer em um horizonte de médio, longo prazo. Destinar parte dos armazéns para usos voltados à educação e bem-estar físico e social pode, por exemplo, ajudar a enxugar as contas da saúde e da educação das crianças no futuro, hoje tão precárias e tão carentes de investimento.
5. Uma “muralha de conservadorismo” se constrói por quem acredita que os românticos estão atrasados em seu discurso, tentando reverter o irreversível.
Em primeiro lugar, importante deixar claro que, ao contrário do que tem sido divulgado por correntes defensoras do atual projeto, o processo de apresentação e discussão de possíveis projetos para o cais com a população passou ao largo da ideia de um “amplo debate”. Desde o estabelecimento das diretrizes urbanísticas que delinearam o modelo de negócios até o estágio atual em que se encontra o projeto, a postura predominante foi a da tomada de decisões a “portas fechadas”, com divulgação de informações e apresentações apenas pro forma. Se houve audiências públicas anteriores a essa, a prova cabal de que não houve interesse, por parte da prefeitura ou da empresa consorciada, em estabelecer um diálogo efetivo com a população está no fato de que nem nos mecanismos de busca do site da prefeitura, nem na página da consorciada é possível encontrar qualquer referência a eventos de discussão pública anteriores a esse.
Tu mesma pode fazer essa busca se quiseres verificar:
http://www2.portoalegre.rs.gov.br/portal_pmpa_…/default.php…
http://vivacaismaua.com.br/?s=audiencia
Além disso, a legislação é clara: enquanto se analisa o EIA/RIMA para conceder a Licença Prévia, o projeto pode sim sofrer alterações ou mesmo ser negado. Portanto a Audiência Pública não serve apenas para esclarecer o projeto, mas para o órgão ambiental receber novas informações e sugestões visando a licença. Ou seja, embora seja consultiva, dependendo dos argumentos e importância do que se apresentar o órgão ambiental tem a obrigação de considerá-los na Licença Prévia. Portanto questionamentos nessa etapa estão absolutamente dentro da normalidade protocolar. Por outro lado, o empreendedor afirmar que “descarta alterar o projeto” nessa fase é no mínimo desconhecimento da legislação, para não dizer arrogância. E essa distorção tem a ver obviamente com a conduta de subserviência do nosso poder público, que fez crer que o simples recebimento do documento era uma vitória e que não caberia questioná-lo. É triste quando essa postura deseducadora da cidadania encontra eco em alguns formadores de opinião.
O fato de estarmos questionando pontos do projeto que ultrapassam os temas ambientais e de tráfego – que em si já são suficientes para a ruína desse projeto – se embasa na constatação de que a cada nova leva de documentação divulgada há uma crescente queda da qualidade do projeto original em prol de uma melhora na “taxa de retorno do investimento” (que ainda não parece ter sido atingida). Isso demonstra não só a desqualificação do projeto atual mas também invalida qualquer consulta/aprovação pública realizada previamente, uma vez que o projeto já não é mais o mesmo e, mais profundamente, demonstra a inviabilidade do modelo formulado pelo poder público através do CAUGE (Comissão de Análise Urbanística e Gerenciamento da Secretaria do Planejamento de Porto Alegre) e portanto a necessidade de uma revisão estrutural do processo.
6. Por fim, uma “muralha de conservadorismo” se constrói por quem acredita que os românticos não têm o poder de realizar mudanças no curso da história da cidade.
Que fique bem claro que os românticos de Porto Alegre já conseguiram, entre outros, criar o Parcão, que antes de se tornar parque nos anos 50 quase foi loteado para a construção de cerca 40 edifícios, assim como conservar o Mercado Público e a Usina do Gasômetro, que na década de 70 quase foram demolidos para “melhorar o trânsito” da região. E é nesse mesmo espírito que seguiremos insistindo que se realize um projeto para o Cais Mauá que efetivamente seja positivo para a cidade.
Vou te colar alguns links com referências, ok? Tudo coisa rápida. Nem vou indicar livros, porque sei que o tempo é curto.
* Amanda Burden, urbanista de NY fala sobre a High Line, linha férrea elevada de carga dos anos 30, desativada nos anos 80, que cruza Manhattan. A linha ia ser demolida, mas um grupo de românticos impediu. E hoje ela é o espaço público mais visitado da cidade.
https://www.ted.com/…/amanda_burden_how_public_spaces_make_… – t-46933
* Como a cidade de São Francisco aproximou as pessoas da orla, retirando uma highway que funcionava como barreira. (aqui, ao contrário, construíram 6 pistas na orla do Guaíba. O ex-presidente Sarkozy tentou correr na orla, mas achou muito barulhento e poluído.)
https://vimeo.com/11910299
* A comissária de transportes de NY (que virá ao Fronteiras este ano) Janete Sadik-Khan fala sobre a experiência de fechar para carros a Broadway, criando uma área para pedestres e ciclistas de 50 mil m2. Os comerciantes foram contra num primeiro momento, porque acreditavam que sem carros os negócios cairiam e o que aconteceu foi justamente o contrário.
https://www.ted.com/…/janette_sadik_khan_new_york_s_streets…
* Em Milão, capital da moda e do design no mundo, está sendo construído um estádio para 48 mil pessoas, sem estacionamento. Qual é a lógica? Convidar as pessoas a usarem outros meios de locomoção para acessá-lo.
http://esportes.terra.com.br/…/milan-divulga-detalhes-de-pr…
obrigada pela atenção
beijo
CAIS MAUÁ DE TODOS



Categorias:Artigos, Projeto de Revitalização do Cais Mauá

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75 respostas

  1. MAV em peso no blog!!!

    • O que eu mais leio aqui no blog é pessoal criticando os esquerdistas, e não o contrário… Sem paranóias.

      Aliás, os poucos “esquerdistas” que eu vi postar aqui, de forma geral, estão argumentando melhor que os “direitistas” (embora eu não compactue com suas opiniões).

      • Sou a favor do projeto e não sou de direita! Uma coisa não tem nada a ver com a outra!

      • Essa bipolaridade, grenalismo (esquerda/direita) gaúcho é o que está estragando o estado há décadas!

      • Eu também sou a favor do projeto e não sou de direita (nem de esquerda).

        Mas quem veio com grenalismo foi tu ao citar “MAVs” (sendo que a maior parte dos comentários contrários aqui nem teve tanto teor ideológico).

  2. O mais interessante em ler os textos, comentários, é que ninguém compreende a opinião do outro.
    Todos temos opiniões diferentes. O que devemos fazer é entrar num consenso.
    Isso é difícil, eu sei, mas nada justifica a atitude dos contrários à revitalização.
    Eles não gostam de serem chamados de baderneiros, esquerdistas, marginais, etc, mas são os primeiros a chamarem, quem é contrário a opinião deles, de burgueses, elitistas, direitistas, etc…
    Em relação ao texto que diz que as pessoas não utilizam os espaços da cidade e que passam a vida dentro de um shopping, acredito ser equivocado.
    Quem nunca foi na Redenção, Parcão, Marinha nos finais de semana e já presenciou uma multidão?

    A questão aqui é que todos somos e temos gostoso diferentes, uns gostam do vermelho e outros do azul.
    já imaginaram se fosse tudo igual?

    Vamos nos respeitar e respeitar o próximo.

    • Eu concordo em linhas gerais. Você há de convir que é difícil respeitar quem não te respeita, mas creio que os opositores ao projeto têm se esforçado MUITO para isso.

      Talvez você não tenha enxergado o desrespeito. Vou ajudar:

      o próprio texto da Rosane é desrespeitoso ao claramente não compreender os argumentos que pretende refutar, e fazer a refutação apenas com chavões e generalizações, que praticamente equivalem a mentiras, porque induzem o leitor não-informado sobre o tema a crer que os opositores seriam uns malucos sem nenhum fundamento
      o editor deste blog acaba de afirmar lá em cima que a motivação dos contrários ao projeto é de natureza político-partidária, o que é uma tremenda bobagem, uma mentira, e desvia o foco da discussão do verdadeiro tema, que é:

      o que queremos de fato para nossa cidade?

      como se formata tecnicamente uma tal visão

      como se viabiliza economicamente?

      Se você entrar nas páginas do fb poderá ver com os próprios olhos que são os defensores do projeto – via de regra, pessoas que têm interesse pessoal financeiro direto nele! – os primeiros (e geralmente os únicos) a faltar com o respeito, usando ironias, fugindo do assunto, e, principalmente, tentando o tempo todo fazer o debate escorregar para a vala das acusações e ofensas pessoais.

  3. Não é negócio para ninguém entregar de graça uma área super hiper valorizada para um consórcio explorar sem pagar nada nada nada ao erário público. (invertem esse fato dizendo que não haverá custo ao município). Imagine se você entregaria uma fazenda sua para alguém fazer benfeitorias (horrorosas e anacrônicas, por sinal), explorar por 50 anos e devolver com as tais benfeitorias (talvez devolver) depois de meio século. Você faria isso? Agora imagine que haveria outros projetos PPP, em outros termos, com benfeitorias para todos e não para poucos, não seria de preferir esse outro projeto? E ele EXISTE.Existem formas de viabilizá-lo.

    • Não é de graça, o preço será a restauração do Cais, sem falar da geração de empregos, renda e impostos.

      • Nós basicamente concordamos, Julião.

        A diferença entre quem está a favor (você, p.ex.) e quem está contra a ATUAL formatação do projeto (eu, p.ex.) é que uns acham que QUALQUER negócio é BOM negócio para os donos do terreno (=NÓS, a população), enquanto outros acham que um negócio de tal importância precisa ser conduzido com muito mais responsabilidade, inteligência e dureza, e que a proposta atual é inaceitável, simplesmente por ser um MAU negócio (só um lado realmente ganha muito, o outro ganha um pouco e perde muito).

      • Essa revitalização está sendo tratada com “responsabilidade, inteligência e dureza” demais, tanto que a cidade espera há mais de 2 décadas que alguma coisa acontece. Agora, que estamos as portas de um sonho se realizar, querem mais discussões, mais dureza?

      • Eles vão pagar um valor mensal pela concessão. Quem falou que será de graça ?

    • Como não irão pagar nada? Vão pagar e caro. Se informe melhor antes de criticar.

  4. Republicou isso em Energia Urbana!e comentado:

    Tem um tempinho?
    Faça essa leitura.

  5. A política é própria das relações humanas em sociedade.

    Dizer que o ato político e cidadão – de protestar e defender uma causa – está necessariamente vinculado a posições partidárias é coisa de quem tem vínculo com partidos políticos ou governos.

    O Cais Mauá de Todos não é formado por pessoas que tenham vínculos partidários – embora seja um movimento político – e nenhum dos seus integrantes é filiado a partidos políticos.

    Respeitamos os políticos e os partidos, sem eles não há democracia. Mas a cidadania é o exercício de cumprir deveres e exigir direitos, como de ampla participação popular, total transparência e legalidade, principalmente quanto se trata de bem público e especialmente um patrimônio de imenso valor histórico.

    Pensar o futuro da cidade com a reintegração do Porto ao Centro Histórico. Jamais continuar preso ao passado de shopping center, espigões e mega parks em pleno Cais Mauá.

    A mediocridade urbanística e arquitetônica cobra um alto preço da cidade, constrange a população e evidencia a transferência de responsabilidade do bem público ao ente privado.

    E não se trata de descartar a parceria público privada, pelo contrário, mas de cobrar espírito republicano dos governantes aos tratar da “res publica”, isto é, da coisa pública, do povo.

    Mas o que acontece é justamente a inversão da pauta do planejamento público do Estado, aquela que transforma a cidade em planilha de custos e planos de negócios de acordo com interesses privados.

    #CaisMauadeTodos

  6. Texto muito infeliz da articulista. Sem noção, sem inteligência, preconiza que devamos engolir o que vem de cima, sem ponderar, pensar, discutir. E quando vier algo ruim (é o caso deste projeto, eivado de erros, anacrônico, inconsistente), caberia calar-se em nome do que se auto-intitula “progresso”. É por força deste tipo de ranço provinciano que estamos na vanguarda do atraso: o oposto do que pretende a simplória (ou canhestra) colunista. Pior é alguém achar que esta atitude tacanha de Rosane de Oliveira tem algo a ver com progresso, quando é seu oposto.

  7. Ô povinho de mente atrasada!! Bonito é mato, junco e drogados na orla.

  8. O que mais me dói, é que ta na cara que é uma situação de polarização política. Esse pessoal todo do tal grupo “Cais Mauá de Todos” são todos de esquerda, maioria de PT, PCdoB e PSOL. Se fosse no governo deles que tivessem criado este projeto, eles iam estar aplaudindo. Quem é cego a tal ponto de não ver isso? Pessoal, nós não nascemos ontem.

    • O problema, Gilberto, é que se a situação fosse contrária (ou seja, se o projeto tivesse sido criado no governo do PT, ainda que fosse idêntico ao atual), boa parte dos comentaristas daqui seria contra apenas por este motivo (não me refiro especificamente a ti, que já demonstrou ser ponderado em outras ocasiões). Radicalismo burro existe dos dois lados, só ler os comentários de algumas figuras (se for ler os comentários da ZH, então, tu te farta).

      Mais: sigo achando infantilidade tua rotular quem é contra o projeto de “turma do atraso” ou ironizar escrevendo “entidade” (assim, entre aspas). Estás radicalizando do mesmo jeito que critica neles.

    • Afirmação um tanto quanto leviana.

      Não existe motivação político-partidária!

      O movimento contra esse projeto brega e retrógrado é um movimento da CIDADANIA.

      São pessoas que amam sua cidade e sua identidade histórica, cultural, afetiva. Estão atuando politicamente, com toda a legitimidade, para defender uma visão de cidade, mais humana, e NÃO o contrário!

      Faça uma pesquisa entre os militantes. Se mais de 5% tiver filiação partidária eu venho aqui e me retrato formalmente.

      São afirmações equivocadas como esta sua que desviam o foco da polêmica para o campo político-partidário.

      Quando o foco do movimento dado valores humanistas, questões técnicas (por algum motivo o IAB apóia em nível nacional!), e preocupações éticas (vários indícios de irregularidades).

      • Mas se fizerem uma pesquisa com esse pessoal contra o projeto do Cais, perguntando em quem votaram nas últimas eleições, duvida que menos de 95% sejam de eleitores da Dilma e do Tarso. O que une essa gente é a ideologia do mundo de fantasia, que acredita que o Estado pode resolver todos os problemas da sociedade e dos cidadãos, que a inciativa privada é perversa por buscar o lucro e que a riqueza é feia e deve ser escondida.

      • NINGUÉM se manifestou “contra a iniciativa privada”.

        NINGUÉM disse que o Estado tem como resolver tudo.

        Isso está só na SUA cabeça e na de muitas pessoas que fogem do debate técnico e ético com generalizações e julgamentos pessoais.

      • Tá, então me diz como revitalizar esse Cais sem ajuda da iniciativa privada? Com o dinheiro que já falta para a saúde, educação, segurança pública? Ou querem que a iniciativa privada invista Meio bilhão de reais num projeto onde não obteria retorno?
        Isso é fantasia!

    • Eles esqueceram que o sr Raul Pont com o dr Tarso fizeram de tudo para bloquear as obras, quando a Yeda passou a bronca pro Fortunati, quem foi que se palestrou falando sobre o Cais?
      Saiu gritando que a obra tava demorando pra sair?
      hahaha

    • Pensa diferente de mim = “é movido por interesses partidários”.

      Assim fica difícil evoluir.

    • odeio o PT e todos os comunistas, sou empresário e gosto muito do capitalismo, mas nem por isso sou a favor do enfeiamento da minha cidade, idepedente do fato de se vai ou não ser benéfico para um grupo de pessoas.

  9. Só tenho uma coisa a dizer:

  10. Ótimo, próximo construímos um Shopping no Parcão, outro na Redenção, para que parques e praças? para que arvores? E para que leis que protegem os leitos dos rios, preservação do meio ambiente??? Vamos privatizar tudo!!! Entregar para construírem hotéis, shoppings para a iniciativa privada e para os políticos lucrarem, vamos colocar estacionamentos em toda a orla do Guaíba, que vista linda de dentro do estacionamento e shoppings, vamos derrubar também a Mercado Publico, Palácio Piratini, Igreja Matriz, e todos aqueles prédios velhos, construir prédios modernos e nada de arvores! Porto Alegre não precisa de arvores. Primeiro a gente diz que vai colocar um telhado verde para enganar a população e depois a gente tira do projeto e diz que o custo seria muito elevado, eles nem vão dar bola só foi isso que nos fez ganhar a licitação mas eles esquecem, quebra de contrato é normal no Brasil, não vai dar problema a população vai cair feito um patinho, Porto Alegre será moderna cheio de carros, estacionamentos, shoppings, perfeito! Para que arvores e preservação da história? e também que tal mudar o nome de Porto Alegre para Shopping Alegre também, pra que Porto? se parte do porto que dá nome a cidade será destruído, e o resto que sobrar quando for restaurar acho que pode faltar dinheiro, mas isso nem acontece no Brasil, não!!
    Os Arquitetos, Ambientalistas, Sociólogos que estão indo contra são tudo otários, até a IAB, estão todos errados, as universidades estão formando profissionais que não sabem agora nem planejar o futuro da cidade, vamos ouvir as construtoras e os políticos, esses sim estão pensando no povo e não pensam no dinheiro, eles nem terão lucro em cima disso, não capaz aqui é o Brasil, aqui não tem disso, esses sim são todos honestos, pessoas integras que estão do lado do povo!! #Caismáuadetodos #ShoppingnoParcãoJá

    • Não temos moderação ideológica, Alexsandro, como o Sul21 por exemplo. Só moderamos pessoas fake e termos chulos.

    • “Até o IAB”, que piada… Engraçado que ninguém sabe que os que estão no IAB hoje eram os que apoiavam o projeto ontem, mas só cairam contra quando souberam que o governo já não ia ajudar a financiar e não teriam mais lucros. Chega a ser engraçado ver o pessoal ser tão ingênuo. O nível do IAB hoje é tão baixo que nem os que trabalham lá e apreciam arquitetura aguentam. Realmente, a arquitetura e urbanismo no RS choram.

    • hahahahaha

      Que piada boa.
      Aliás, todo mundo sabe que as federais são centros ideológicos, estragam a cabeça de muita gente.
      Mas ta certo, vamos preservar o meio ambiente do cais, a mata fechada que tem por lá é linda.
      hahahah

  11. Não vi nada de ótimo no texto da Rosane Oliveira, apenas um comentário atrasado e ideológico, o mesmo de sempre de quem defende a especulação imobiliária e a degradação urbana e ambiental.

  12. Assim como fizeram com o pontal da zona sul, esse povo não quer a evolução do cais por um único motivo, – se eu não vou ganhar nada, então eu não quero. Simples, os empregos, as valorização do local não tem sentido se e não irei ganhar nada com isso, mas não vejo eles reclamando da expansão do Iguatemi que mata o trânsito para a zona norte. Mas é isso ai, melhor que tudo continue no lixo que no luxo.

  13. Resumindo: a Cais Maua de Todos quer que, a partir da revitalizaçao, as pessoas deixem de usar carros e usem bicicleta ou transporte publico na cidade.

    Estranho que nao vejo tanta mobilizaçao assim para cobrarem dos gestores publicos melhores condiçoes de transporte coletivo e segurança, ou seja, os principais fatores que induzem ao uso do carro.

    • Primeiro, se sucateia o transporte público, direcionando licitações, mantendo ônibus sem manutenção e colocando a população contra os rodoviários que fazem greve.

      Segundo, ao se saturar as vias com o transporte privado, se propõe como solução aumentar o espaço aos veículos, repetindo um pensamento de 50 anos atrás, resolvendo o problema apenas no curto prazo enquanto causa diversos malefícios.

      Terceiro, se coloca a população a acreditar que esse mesmo pensamento ainda significa progresso, apoiando desapropriações e mau uso do espaço público, vendendo a ideia de que um shopping, hotel e estacionamento vão trazer alguma utilidade à cidade.

      Essa priorização do automóvel é o que mais leva ao desperdício de dinheiro, já que os custos são enormes (o que se paga de IPVA não cobre manutenção e construção) e só aumentam o problema de mobilidade. Em vez dos R$80 milhões utlizados para construir o viaduto da Bento que não resolveu nada (nem a curto prazo), por que não reformar as docas e armazéns, que custariam menos do que isso?

      Boa parte do custo do projeto é em hotel, shopping e escritório, no momento em que o preço dos imóveis cai cada vez mais, ou seja, não há demanda. Mesmo que houvesse, não seria interessante atendê-la em uma região já saturada (e com valor histórico) da cidade.

      Que se façam praças, restaurantes (com preferência aos locais, sem redes ou âncoras), complexo de artes. O Denver Performing Arts Complex fica em uma região metropolitana com 1,5 milhão de pessoas a menos que Porto Alegre e rende US$140 milhões por ano, ou seja: um verdadeiro benefício de turismo. Não consigo acreditar que alguém honestamente ache que um shopping vá atrair turistas.

      De qualquer forma, se pega ônibus em qualquer lugar de Porto Alegre em direção ao Centro, pagando-se uma passagem só. E ainda tem lotação pra quem quiser mais conforto. A Redenção, por exemplo, vive lotada sem depender de estacionamento.

  14. obs. Lendo os comentários sobre o projeto do pessoal do contra, uma moça comentou que gostaria de ver o Guaiba de dentro do shopping.
    A resposta da pagina oficial deles foi um belo “vai para Miami”.

    hahahaha

    Só pra ver o nivel.

    • Não é diferente dos “vai pra Cuba” que sê lê por aqui…

      • Do jeito que tu fala parece que um valida o outro.

      • Do jeito que eu falo, não, do jeito que o pessoal daqui fala. Da minha parte, ambos os argumentos são infantis (tanto que nunca os uso, pode pesquisar nos meus posts).

        Só acho engraçado o pessoal ironizar o “nível da discussão” de lá e fazer a mesma coisa aqui. Apenas isso. Acho que quem critica a forma de agir do outro lado não deveria fazer exatamente o mesmo, concorda?

      • Sim, pequena diferença do comentário do pessoal, para o comentário de uma pagina oficial de algo que se diz ser serio.
        haha

      • Ué, e nosso blog também não quer ser sério e ter voz junto à administração pública (assim como o “movimento” deles)?
        Comentários de usuários daqui se rebaixando ao nível do pessoal de lá também fazem o blog perder credibilidade.

    • por gente assim porto alegre não é miami kkkk

  15. O gaúcho acha que vive no tal Rio Grande do Sul rico, da qualidade de vida, com um povo politizado, um povo com cultura.
    Ainda não perceberam que essa arrogância do povo faz eles não perceberem que tal melhor lugar do mundo decretou falência, faz parte do Brasil, e vive num mundo capitalista.
    Pra piorar, tem um grupinho barulhento que acredita em contos de fadas, acha que alguém vai investir meio bilhão em algo, sem ter algum retorno.
    O shopping sequer vai ser grande, e Porto Alegre é uma cidade em que colocam um shopping em algum lugar, a região valoriza, as pessoas passam a ir para esse lugar, e muitas vezes, vão apenas para passear, sem precisar consumir.
    Falam como se esse estacionamento fosse um patio aberto, mas não pararam pra pensar que com o cais revitalizado, os prédios antigos (e bonitos) da Maua, que hoje estão largados justamente por serem estacionamentos, podem no futuro virar lojas, bares, baladas, entre outros.
    As pessoas pagam 500 reais por mês para deixar o carro no centro, alguém acha mesmo que vai ser facil assim fazer com que parem de usar?
    hahaha

    Durante os dias da semana, quem vai aproveitar o cais são pessoas que já trabalham no centro, não vai ter todo esse aumento de movimento que tanto, falam, entretanto, nos finais de semana, quando o centro fica largado, olha o que vai acontecer?
    O povo vai pro shopping curtir um ar, ir pro centro, caminhar pelo cais, pelo gasômetro, alguns vão pegar uma bike e ir até o marinha outros vão no mercado, e assim vai.
    O que temos pra fazer no centro nos finais de semana?
    Quase nada, só ir no mercado mesmo.

    O cais vai ter espaço para todos, para o pessoal que vai de carro, vai pagar para deixar o carro, para o ciclista, vai ter 500 opções de ônibus na frente, quando vê, da pra fazer até alguma abertura na estação do trensurb, direto pro cais.

    Mas não, eles não conseguem ver esses pontos, querem apenas o que é do gosto deles, e se discordar, é elitista, racista, fascista, nazista, entre outras palavras do tipo.

    Acham que a empresa não estudou para isso?
    Que acharam que é isso e ponto final?
    Que vão gastar meio bilhão sem ter certeza de que vão ter um retorno?
    Eles querem forçar o povo a mudar seus hábitos, de uma maneira escrota e que atinge a população.
    O direito do povo ir ao shopping não vai tirar o direito deles irem fumar maconha, tomar chimarrão ou ver o por do sol no cais, vai seguir com esse espaço, de graça, com segurança e movimento.

    Aliás, é bem interessante, falam que eles não escutam os moradores do centro pela obra, como se o cais não fosse de todos, mas adoraram berrar contra o pontal do estaleiro, sendo uma obra de outra zona da cidade.
    Estranho, não?
    hahaha

    Vai ter cais sim, e a demanda vai decidir o que teremos ou não.

    • O mais interessante em ler os textos, comentários, é que ninguém compreende a opinião do outro.
      Todos temos opiniões diferentes. O que devemos fazer é entrar num consenso.
      Isso é difícil, eu sei, mas nada justifica a atitude dos contrários à revitalização.
      Eles não gostam de serem chamados de baderneiros, esquerdistas, marginais, etc, mas são os primeiros a chamarem, quem é contrário a opinião deles, de burgueses, elitistas, direitistas, etc…
      Em relação ao texto que diz que as pessoas não utilizam os espaços da cidade e que passam a vida dentro de um shopping, acredito ser equivocado.
      Quem nunca foi na Redenção, Parcão, Marinha nos finais de semana e já presenciou uma multidão?

      A questão aqui é que todos somos e temos gostoso diferentes, uns gostam do vermelho e outros do azul.
      já imaginaram se fosse tudo igual?

      Vamos nos respeitar e respeitar o próximo.

    • Alguns dados:

      Shopping não será grande, somente será a metade do Barra.
      O shopping não vai ser que nem do powerpoint, onde se tenta mostrar que não é um caixote e não mostra onde os carros irão ficar.
      Duvido que terá telhado verde, possivelmente vão usar o andar para estacionamento.
      Nem tem projeto ou ideia de shopping, muito menos para o hotel, não é o negócio da empresa, os caras não sabem nada de como se constroi.
      2.700 vagas para carros. Em um terreno pequeno. Logo vai ter 2 andares somente para estacionamento, e não pode ser subterrâneo pq a região alaga.
      Vai criar 4500 novas vagas para automovel, algumas rente ao centro. Logo, vai reduzir o preço das outras garagens, logo mais viagens de automóvel para o centro.
      Pra quem quer chegar a pé, somente vai melhorar essas novas portas, com algumas sinaleiras a mais na Mauá. Como terão mais carros trafegando, o tempo do verde para os pedestres vai ser pior do que agora (e já é ruim atualmente para quem quer acessar o Cais ou pegar onibus na Maua.)
      A passarela da frente do Gasometro não elimina a sinaleira que vem logo antes. Para o pedestre é muito ruim atravessar. Para os idosos nem se fala (vai ter elevador ? quem mantem ?). Qual motivo tecnico de nao se fazer o rebaixamento dos carros naquele local ? Não me diz que o custo é alto, ganharam a licitação com isso, agora não me venha com esse papinho de politico corrupto.
      O próprio estudo “qualitativo” do relatório sugere que nada muda pro pessoal que está trabalhando ou morando no centro. Vão continuar se alimentando e comprando nos mesmos locais. Dificil achar que o pessoal vai ir caminhando até o shopping no horario de almoço. Obvio que tem excessão, sempre vai ter gente com tempo e disposta a caminhar.
      De onde vem o dinheiro ? Essa empresa tem mesmo $ ? Pelo que o pessoal anda falando isso é um dos motivos que nem deveria continuar com essa empresa.
      Deveriam ficar mais preocupado em mostrar para a população do centro e arredores o que acham que vai ser bom, responder tb as críticas (que é o mínimo). Se o projeto fosse bom a empresa mostraria empenho em angariar gente que queira. Ficar so no “patrocinio” de políticos não ajuda com a mobilização do povo em favor do projeto.

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