Prefeitura homologa resultado para revitalização da orla

Anúncio do vencedor da licitação e cronograma da obra será nesta terça  Foto: Divulgação/PMPA

Anúncio do vencedor da licitação e cronograma da obra será nesta terça  Foto: Divulgação/PMPA

O processo licitatório para a revitalização da orla do Guaíba chega em sua fase de conclusão. Nesta terça-feira, 25, às 14h, será homologado o resultado do certame. O ato ocorrerá no gabinete do prefeito José Fortunati, e contará com a presença dos secretários municipais de Gestão, Urbano Schmitt, de Obras, Mauro Zacher, do Meio Ambiente, Mauro Moura, do coordenador do Gabinete de Desenvolvimento e Assuntos Especiais, Edemar Tutikian, e de representantes da Comissão de Licitação para Projetos Estruturantes.

O julgamento publicado no último dia 13 apontou que o consórcio Orla Mais Alegre ofertou o menor preço, no valor de R$ 60.682.477,52, atendendo às exigências do edital de licitação. Nessa segunda-feira, 24, foi encerrado o prazo para recurso das empresas licitantes.

Na ocasião, também serão conhecidos os próximos passos da obra que irá revitalizar os primeiros 1.320 metros da orla, compreendido entre a Usina do Gasômetro e a Rótula das Cuias. De autoria do arquiteto Jaime Lerner, o projeto está dividido em cinco fases. Os recursos são provenientes do Banco de Desenvolvimento da América Latina – a CAF (Corporação Andina de Fomento).

Concorrência pública – Dos cinco consórcios que se apresentaram para participar do processo licitatório, quatro foram habilitados. Seguida do consórcio Orla Mais Alegre, a proposta do consórcio Alberto Couto Alves foi a segunda mais baixa, no valor de R$ 61.391.541,37. O consórcio Home/ Portonovo ofertou R$ 66.823.803,19. O consórcio Pelotense/ Cidade apresentou a maior proposta, no valor de R$ 67.134.69,96. O teto estabelecido pela prefeitura era R$ 67,8 milhões.

Revitalização da orla – Haverá uma intervenção total correspondente a dez hectares, com a construção de novos passeios, ciclovia, um ancoradouro para barcos de passeio, um restaurante e seis bares, quatro deques, duas quadras de vôlei, duas de futebol e duas academias ao ar livre, vestiário, playground, além de duas passarelas metálicas com jardim aquático.

A obra qualificará as atividades de lazer e gastronomia da região, além de agregar total acessibilidade em todos os seus espaços. Com foco na segurança de quem frequentar o parque, será colocada iluminação especial, com caminhos iluminados com fibra ótica e lâmpadas LED, permitindo o uso durante as 24 horas do dia. Também haverá uma central de segurança com a Guarda Municipal para videomonitoramento da região.

O projeto passou por avaliação do Tribunal de Contas do Estado e pela Promotoria de Justiça e Habitação e Defesa da Ordem Urbanística do Ministério Público do Rio Grande do Sul.

Prefeitura de Porto Alegre



Categorias:Projeto de Revitalização da Orla

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18 respostas

  1. Agora falta dar em empurrão no cais mauá, no pontal. Outra coisa que deveria ser feita pra revitalizar essa região mais antiga da capital é o rebaixamento do Trensurb. Claro que o trem é uma importante obra de infraestrutura pra ligar a região metropolitana, mas o impacto urbano que causa desde a avenida Mauá até Canoas é muito negativo, de degradação nas áreas que são cortadas por ele. Rebaixando seria possível dar um outro aspecto pra cidade. Já imaginou uma avenida Mauá sem ser cortada pelos trilhos, com espaço pra ciclovia e um canteiro arborizado com palmeira californiana, ipê e jacarandá (e não os malditos jerivás) e ainda integrado com o cais, tal como era a cidade no início do século passado? Seria lindo <_<

    • Pois é, a região, sem dúvida alguma, daria uma guinada de 180°.

      Quem sabe por aí comece a revitalização daquela parte tão degradada do centro da cidade…

      • POA tem que voltar a pensar grande, grandes projetos de qualificação foram feitos no passado, como o próprio aterro onde hoje é a área administrativa. Mas nunca vi projeto sobre o rebaixamento do Trensurb em POA, só em Canoas. A gente precisa começar a divulgar essa ideia, o impacto numa das áreas mais charmosas porém degradada – baixo centro e quarto distrito – seria extremamente positivo.

      • Pensando melhor: talvez ficasse inviável – física ou financeiramente – fazer o rebaixamento tão próximo ao Guaíba…

      • Construíram um túnel de trem entre uma ilha no meio do oceano, a Grã-Bretanha e o continente Europeu. Tu acha que é inviável rebaixar uma linha de trem só porque tem água ali do lado? Duvido que seja inviável financeiramente, olha o movimento que é o trensurb, usuário o dia inteiro. Por essa lógica, então qualquer metrô construído no mundo inteiro seria inviável financeiramente, o que é besteira. Falta é visão mesmo e se livrar desse pensamento tacanha, pessimista e cultura do “não”, que rege o portoalegrense há décadas.

    • Já citaram em alguma matéria por aqui: não dá pra rebaixar o Trensurb porque sob a linha estão os diques que compõem o sistema de contenção contra cheias da cidade.

      Uma ideia que eu sempre tive é: não dá pra mudar o trajeto do Trensurb, fazendo ele subterrâneo sob a Borges, por exemplo?

      • E dá pra acreditar na veracidade disso? Será que a engenharia moderna é tão barroca assim? Um sistema de contenção que usa como uma das ferramentas vanguardistas um muro físico é algo digno do século XX; não sou engenheiro, mas é óbvio que com a tecnologia de hoje (que consegue evitar a Holanda de ir mar adentro), seria possível .

      • Não tem dique sobre a linha. O dique é o muro que vai até certa profundidade, não tem nada para colocar em baixo do trem.

        O problema de enterrar é o custo mesmo.

      • @ Felipe X
        Me baseei no comentário abaixo do usuário fmobus, postado em 2014 (https://portoimagem.wordpress.com/2014/10/01/canoas-inicio-das-obras-do-aeromovel-e-projeto-do-rebaixamento-do-trem/):
        “Se você prestar atenção, vai ver que a Av. Castelo Branco e o Trensurb estão construídos em cima de um ‘morrinho’. Esse ‘morrinho’ na verdade é um dique, e faz parte do sistema de proteção contra enchentes de porto alegre. Não é seguro tirar essa estrutura.”
        Não tenho conhecimento técnico para avaliar a veracidade da informação, só estou citando o que li.

        • Esse “morrinho” deve ter sido invenção do Mobus ou ele tava bêbado. Não existe morrinho nesta parte. O dique da cidade nesta área é exclusivamente o muro, o qual tem 3 metros de altura e mais 3 metros de profundidade. O morrinho começa somente na área passando o Gasômetro, ao longo da orla, onde fica a Avenida Edvaldo Pereira Paiva.

      • Pois é, que eu saiba o “morrinho” começa pelo gasômetro e vai até o fim da beira-rio.

      • Mas custo não é necessariamente um problema, em Canoas já se fala me rebaixar. Creio que seja mais barato até que metrô, já que metrô vai mais fundo e costuma ter de 3 a 4 andares pra debaixo da terra. Enfim, falta é visão, interesse. O benefício social e mesmo econômico derivado duma possível reaproximação das áreas cortadas pelo trensurb compensaria custos, assim como a própria melhoria do transporte público através de metrô compensa a construção de linhas. E esse sistema de contenção das águas do Guaíba é uma verdadeira piada. Se fosse um país minimamente decente já tinha se criado algum tipo de complexo pra conter a cheia desses rios da região metropolitana. Vem uma chuva forte e algum lugar sempre alaga, seja São Leopoldo, Esteio, Ipanema ou Sarandi. Só parem de achar que as coisas são impossíveis. É improvável que ocorra num futuro próximo, por se pensar pequeno, tacanha, de maneira provinciana, temerária à inovação. Mas nem de longe impossível.

      • @Gilberto Simon

        Valeu pelos esclarecimentos, Gilberto. Tinha me baseado só no que havia sido dito pelo Mobus, mesmo.

        @henrique

        Eu também acho absurdo o muro da Mauá, que enfeia aquela parte da cidade e impede o acesso direto à orla naquele ponto, na minha opinião poderia muito bem ser substituído por diques, como em outras áreas da cidade.

        Mas não concordo que o sistema de contenção das cheias seja uma piada. Não se vê notícias de grandes inundações nas áreas de orla na Beira-Rio ou na Zona Norte onde há a proteção por diques. Falta proteger outras áreas, naturalmente (como o Ipanema, que tu citaste, onde não tem nenhum sistema de contenção).

        E, se possível, também sou amplamente favorável a tornarem subterrâneo o Trensurb. Se não dá pra fazer ali (por causa do muro), que avaliem a possibilidade de mover a linha para outro local do Centro, como citei.

  2. “Na ocasião, também serão conhecidos os próximos passos da obra que irá revitalizar os primeiros 1.320 metros da orla”.

    Esse valor é pela revitalização de toda a orla ou só desses 1.320 metros? Imagino que seja de toda a orla, mas como tem obras mais caras (ancoradouro, por exemplo) e em se tratando da relação PMPA x empreiteiras não é de se duvidar de nada…

    Outro ponto: o que farão com as áreas cedidas a Grêmio e Inter?

    • Este valor é só para o primeiro trecho de 1.320 metros. Você chegou a olhar no que se constitui a obra? Não acho um valor elevado.

      • Sim, olhei.

        A dúvida ficou em razão de a matéria não ser clara e eu não entender nada de custos de engenharia.

        Obrigado pelas respostas!

    • As áreas cedidas para Grêmio e Inter continuarão cedidas para Grêmio e Inter. O projeto não contemplará estas áreas.

      • Podem até continuar, mas qual a contrapartida ao município pelo uso das áreas? Eu proporia que eles podem usar as áreas porém o acesso deve ser livre. Por exemplo, o parque gigante pode ser usado pelo inter mas o espaço deveria permitir o acesso da população. Se é uma área pública, eu poderia ir lá fazer um churrasco. O complicado é deixar como está.

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